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Pequenos procedimentos em cirurgia

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FACULDADE NOVA ESPERANÇA DE MOSSORÓ
CURSO DE MEDICINA
MÓDULO: TÉCNICA OPERATÓRIA E CIRURGIA EXPERIMENTAL 
Pequenos procedimentos em cirurgia
Mossoró-RN, 19 ago 2021
Vimael Jefferson de Oliveira
Médico pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte 
Cirurgião Geral pela SES-DF
Cirurgião do Trauma no HRTM pela CCM
PEQUENOS PROCEDIMENTOS EM CIRURGIA
Acesso venoso central
Cricotireoidostomia
Toracocentese
Drenagem de tórax
Paracentese
ACESSO VENOSO CENTRAL
ACESSO VENOSO CENTRAL
Veia jugular interna
Subclávia
Femoral
E ai, qual vai ser? 
Agora cê vai ter que escolher
Ou eu ou a ...
Se decide,...
Você tem três opções...
ACESSO VENOSO CENTRAL
ACESSO VENOSO CENTRAL
INDICAÇÕES
- Ausência de acesso venoso periférico
- Drogas vasoativas (instabilidade hemodinâmica)
- Nutrição parenteral
- Drogas com risco de lesão endotelial e risco de flebite
- Passagem de marca-passo transvenoso
- Aferir a Pressão Venosa Central (PVC)
ACESSO VENOSO CENTRAL
CONTRAINDICAÇÕES
- Coagulopatia ou anticoagulação*
- Infecção no sítio de punção / queimado?
- Distorção da anatomia vascular
- Profissional inexperiente, não supervisionado
ACESSO VENOSO CENTRAL
IMPORTANTE SABER:
- Se risco de lesão e sangramento → preferir sítio compressivo
- Femoral; passagem periférica (jug. externa e veia antecubital)
- Desconectar o paciente do ventilador mecânico (subclávia)
- Plaquetas < 30.000/mm³ (risco de sang + óbito)
ACESSO VENOSO CENTRAL
CATETERES – técnica de Seldinger x intracath
ACESSO VENOSO CENTRAL
CATETERES - Seldinger
ACESSO VENOSO CENTRAL
CATETERES - Seldinger
ACESSO VENOSO CENTRAL
CATETERES - Seldinger
ACESSO VENOSO CENTRAL
CATETERES - Seldinger
Faixa etária Calibre do cateter
RN e lactentes menores de 1 ano 1.0 a 2.0 French
Crianças de 1 a 5 anos 2.0 a 3.0 French
Crianças maiores de 5 anos e adolescentes 3 a 5 French
Adultos > 7 French
ACESSO VENOSO CENTRAL - veia jugular interna
ANATOMIA – triângulo de Sedillot
ACESSO VENOSO CENTRAL - veia jugular interna
ANATOMIA – localize o ápice do triângulo de Sedillot
ACESSO VENOSO CENTRAL - veia jugular interna
ANATOMIA – palpação do pulso carotídeo 
ACESSO VENOSO CENTRAL - veia jugular interna
REALIZE O PROCEDIMENTO – sempre posicionar o paciente primeiro, SEMPRE!
- Necessário colocar o paciente em posição de Trendelemburg?
- Antissepsia do local e colocação de campo cirúrgico fenestrado
ACESSO VENOSO CENTRAL - veia jugular interna
REALIZE O PROCEDIMENTO – infiltre o local da punção com solução anestésica
ACESSO VENOSO CENTRAL - veia jugular interna
REALIZE O PROCEDIMENTO – introduza a agulha no ápice do triângulo com ângulo de 30-45°
- Direção: lateral a pulsação da carótida e no sentido do mamilo do 
mesmo lado
ACESSO VENOSO CENTRAL - veia jugular interna
REALIZE O PROCEDIMENTO – introduza a agulha no ápice do triângulo com ângulo de 30°
- Direção: lateral a pulsação da carótida e no sentido do mamilo do 
mesmo lado
ACESSO VENOSO CENTRAL - veia jugular interna
REALIZE O PROCEDIMENTO – passagem do fio guia
ACESSO VENOSO CENTRAL - veia jugular interna
REALIZE O PROCEDIMENTO – retira-se a agulha
ACESSO VENOSO CENTRAL - veia jugular interna
REALIZE O PROCEDIMENTO – incisão na pele para passar o dilatador e depois o cateter
ACESSO VENOSO CENTRAL - veia jugular interna
REALIZE O PROCEDIMENTO – retire o dilatador da pele e passe o cateter
ACESSO VENOSO CENTRAL - veia subclávia
ANATOMIA
ACESSO VENOSO CENTRAL - veia subclávia
REALIZE O PROCEDIMENTO - antissepsia
ACESSO VENOSO CENTRAL - veia subclávia
REALIZE O PROCEDIMENTO – anestesia local
ACESSO VENOSO CENTRAL - veia subclávia
REALIZE O PROCEDIMENTO – punção da veia subclávia
ACESSO VENOSO CENTRAL - veia subclávia
REALIZE O PROCEDIMENTO – punção da veia subclávia
ACESSO VENOSO CENTRAL - veia subclávia
REALIZE O PROCEDIMENTO – punção da veia subclávia
ACESSO VENOSO CENTRAL - veia femoral
ANATOMIA
ACESSO VENOSO CENTRAL - veia femoral
REALIZE O PROCEDIMENTO - punção
ACESSO VENOSO CENTRAL 
PADRÃO-OURO
ACESSO VENOSO CENTRAL 
PADRÃO-OURO
FV
FA
ACESSO VENOSO CENTRAL 
ACESSO VENOSO CENTRAL 
COMPLICAÇÕES POSSÍVEIS:
- Punção acidental da artéria → formação de hematoma
- Punção acidental da traqueia; lesão de nervo laríngeo recorrente
- Embolia aérea
- Pneumotórax
- Trombose, flebite, sepse
- Lesão cardíaca pela cateter
- Má-posição, perde e embolia do cateter
ACESSO VENOSO CENTRAL 
CATETERES - Intracath
ACESSO VENOSO CENTRAL 
RECOMENDO NÃO RECOMENDO
ACESSO VENOSO CENTRAL 
VÍDEO
ACESSO VENOSO CENTRAL – se falhar tudo → dissecção venosa
CRICOTIREOIDOSTOMIA 
CRICOTIREOIDOSTOMIA 
CRICOTIREOIDOSTOMIA 
DEFINIÇÃO:
Acesso emergencial e invasivo às vias aéreas através da membrana cricotireóidea, 
de forma cirúrgica ou por punção
Indicada quando não se consegue ou não se pode realizar uma IOT ou INT
CRICOTIREOIDOSTOMIA 
INDICAÇÃO:
Cricotireoidostomia Cirúrgica:
Traumatismos maxilofacial grave em que a intubação translaríngea não é possível
Cricotireoidostomia por punção:
Somente se a intubação translaríngea E a cricotireoidostomia cirúrgica forem inviáveis
CRICOTIREOIDOSTOMIA 
ANATOMIA:
CRICOTIREOIDOSTOMIA 
ANATOMIA:
CRICOTIREOIDOSTOMIA 
ANATOMIA:
CRICOTIREOIDOSTOMIA 
TÉCNICA:
CRICOTIREOIDOSTOMIA 
TÉCNICA: por punção
CRICOTIREOIDOSTOMIA 
TÉCNICA: cirúrgica
CRICOTIREOIDOSTOMIA 
TÉCNICA: cirúrgica
CRICOTIREOIDOSTOMIA 
TÉCNICA: cirúrgica
CRICOTIREOIDOSTOMIA 
TÉCNICA: cirúrgica
CRICOTIREOIDOSTOMIA 
COMPLICAÇÕES:
Semelhantes nas duas formas:
- Asfixia
- Broscoaspiração (sangue)
- Laceração/perfuração da parede posterior da traquéia e esôfago
- Hematoma/hemorragia
- Enfisema subcutâneo e pneumomediastino
- Lesões de tireóide
- Lesões de laringe/cordas vocais (evitar a forma cirúrgica em < 10 anos)
- Estenose subglótica (realizar TQT em 24-72h)
TORACOCENTESE 
TORACOCENTESE 
DEFINIÇÃO:
Punção do espaço pleural para drenar um derrame pleural
Derrame pleural:
- Acumulação anormal de líquido no espaço pleural
- É sempre anormal e indica alguma patologia subjacente
- Mais de 50 tipos de causas:
- Patologia pleural, pulmonar, sistêmica ou uso de fármacos
TORACOCENTESE 
DEFINIÇÃO:
Punção do espaço pleural para drenar um derrame pleural
Dois tipo:
- Diagnóstica ou de alívio
Necessário o uso de USG para guiar o procedimento?
- Somente se o derrame for muito pequeno
- Dificuldade técnica para drenar o líquido
TORACOCENTESE 
TÉCNICA: Paciente sentado
7º, 8º ou 9º espaço intercostal, na linha hemiescapular do lado acometido.
Obedecer todas as técnicas de antissepsia e anestesia; jelco 14 ou 16
TORACOCENTESE 
TÉCNICA:
TORACOCENTESE 
TÉCNICA:
TORACOCENTESE 
COMPLICAÇÕES:
- Pneumotórax, 11%
- Hemotórax, 0,8%
- Laceração do fígado ou baço, 0,8%
- Edema pulmonar de reexpansão
- Empiema
- Dor 22% 
- Tosse 12%
DRENAGEM DE TÓRAX OU DRENAGEM PLEURAL 
DRENAGEM DE TÓRAX OU DRENAGEM PLEURAL 
DEFINIÇÃO:
Introdução de um dreno no espaço pleural conectado a um s’elo dágua
DRENAGEM DE TÓRAX OU DRENAGEM PLEURAL 
INDICAÇÕES:
- Pneumotórax
- Hemotórax
- Quilotórax
- Empiema 
- Derrame parapneumônico
- Pós cirurgias torácicas
DRENAGEM DE TÓRAX OU DRENAGEM PLEURAL 
INDICAÇÕES:
DRENAGEM DE TÓRAX OU DRENAGEM PLEURAL 
INDICAÇÕES:
DRENAGEM DE TÓRAX OU DRENAGEM PLEURAL 
INDICAÇÕES:
DRENAGEM DE TÓRAX OU DRENAGEM PLEURAL 
INDICAÇÕES:
DRENAGEM DE TÓRAX OU DRENAGEM PLEURAL 
MATERIAL PARA DRENAGEM DE TÓRAX:
1- Dreno torácico com coletor (selo dágua);
2- Material cirúrgico para drenagem de tórax;
3- Anestésico local;
4- Fio para fixar o dreno (algodão 0-0 agulhado);
5- Solução antisséptica;
6- Campos cirúrgicos
DRENAGEM DE TÓRAX OU DRENAGEM PLEURAL 
TÉCNICA – realizar procedimento em centro cirúrgico
1- Paciente deitado em decúbito dorsal horizontal;
2- Procede-se à antissepsia rigorosa, ampla;
3- 4° ou 5° espaço intercostal dolado afetado, anterior, à linha médio-axilar;
4- Anestesia local de todos os planos (pele, subcutâneo, músculos, periósteo da costela, pleura);
5- Incisão da pele com bisturi;
6- Dissecção romba com tesoura ou pinça, dos planos, até a penetração do espaço pleural;
7- Exploração digital da cavidade antes de introduzir o dreno;
8- Inserção do dreno com o auxílio de uma pinça (Kelly, Crile ou Rochester) longa e curva, que
prende a sua extremidade e dirige o dreno para a cavidade pleural (posterior e para cima);
9- Fixação do dreno.
DRENAGEM DE TÓRAX OU DRENAGEM PLEURAL 
TÉCNICA – realizar procedimento em centro cirúrgico
DRENAGEM DE TÓRAX OU DRENAGEM PLEURAL 
TÉCNICA – realizar procedimento em centro cirúrgico
DRENAGEM DE TÓRAX OU DRENAGEM PLEURAL 
TÉCNICA – realizar procedimento em centro cirúrgico / Qual as duas imagens certas? E as duas inadequadas?
DRENAGEM DE TÓRAX OU DRENAGEM PLEURAL 
TÉCNICA – fixação do dreno. Qual o fio ideal?
DRENAGEM DE TÓRAX OU DRENAGEM PLEURAL 
TÉCNICA – radiografia após drenagem. Qual a posição ideal do dreno?
DRENAGEM DE TÓRAX OU DRENAGEM PLEURAL 
TÉCNICA – radiografia após drenagem. Qual a posição ideal do dreno?
DRENAGEM DE TÓRAX OU DRENAGEM PLEURAL 
TÉCNICA – radiografia após drenagem. Qual a posição ideal do dreno?
DRENAGEM DE TÓRAX OU DRENAGEM PLEURAL 
TÉCNICA – quando e como retirar o dreno?
Critérios para retirada do dreno:
1- Pulmão expandido
2- Parado de drenar o conteúdo ou
3- Fluxo de drenagem <150ml/dia (2ml/kg/dia)
4- Aspecto da coleção?
5- Sem escape aéreo por 24-48h
DRENAGEM DE TÓRAX OU DRENAGEM PLEURAL 
TÉCNICA – quando e como retirar o dreno?
O dreno deve ser retirado:
1- Paciente em decúbito dorsal horizontal;
2- Remoção do curativo e dos fios, feita antissepsia;
3- Solicita-se ao paciente para fazer expiração profunda e apneia;
4- Traciona-se o dreno progressivamente até sua retirada completa, cobrindo
imediatamente a ferida com gazes;
4- Cobrimos a ferida com curativo oclusivo que só deve retirado após cinco dias.
PARACENTESE 
PARACENTESE 
DEFINIÇÃO:
Manobra cirúrgica invasiva destinada a retirada de líquidos da cavidade peritoneal.
Seja para fins diagnóstico ou terapêutico.
PARACENTESE 
TÉCNICA: lado direito? Lado esquerdo? No meio? Bexiga sempre vazia.
PARACENTESE 
TÉCNICA: lado direito? Lado esquerdo? No meio? Bexiga sempre vazia.
PARACENTESE 
INDICAÇÕES:
Diagnóstica:
- Ascite ao exame físico ou ultrassonografia, de início recente
- Cirrótico ascítico com deterioração do quadro clínico (PBE)
De alívio:
- Ascite refratária ao tratamento
- Paciente dispnéico
- Asciste muito tensa
PARACENTESE 
IMPORTANTE SABER:
Contraindicações relativas:
- Cirurgia abdominal prévia (cicatrizes)
- Gestação
- Organomegalias***
- Coagulopatias (Fibrinólise e CIVD)
- Obstrução intestinal
- Infecção de parede abdominal
*** USG nos casos complicados
PARACENTESE 
COMPLICAÇÕES:
- Hematoma no local da punção
- Lesões de vísceras (intestinos, fígado, baço)
- Abcesso de parede abdominal, peritonite
- Fístula peritônio-cutânea
- Hipovolemia e hipotensão em grandes retiradas de líquido
Administrar 6 a 10g de albumina a 25% EV por litro de líquido ascítico drenado,
mas somente após retirada de 5 litros.
SUGESTÃO DE LEITURA

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