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Lycia Abigail – p5 SEMIOLOGIA – P5/U1 à RADIOLOGIA (DR. FRANKLIN) 1. NEURORRADIOLOGIA I Ø EXAMES PRINCIPAIS • RAIO X Escala de cinza – bom para observar estruturas ósseas e aeradas; – INDICAÇÕES DO RX EM NEURORRADIOLOGIA: pouquíssimo indicado, somente quando não há TC disponível. Observar corpos estranhos, fraturas ou deformidades ósseas – porém não substitui a TC, mas pode-se servir de exame inicial de triagem. (corpo estranho adentrando a hemiface esquerda) (traço radiolucente compatível com fratura) Obs.: mesmo após confirmada a fratura com o RX, faz-se necessária a realização de uma TC para avaliar outros fatores. • TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA Bom para observar também estruturas ósseas e aeradas, porém com melhor resolução do que o RX. – VANTAGENS: custo intermediário (mais baixo que a RM); exame mais rápido (minutos em sala e radiação por segundo) – utilizado em urgências e emergências; grande resolução de contraste e imagens tridimensionais; OBS.: melhor que a RM para observar gás (pneumocrânio) e estrutura calcificadas (lesões de calota, calcificações encefálicas). – IMAGEM: São adquiridos cortes axiais aos quais podem ser reconstruídos em outros planos como o coronal e sagital. LOCALIZAÇÃO DE LESÕES: Axial: diferencia direita, esquerda, anterior e posterior; Coronal: diferencia direita, esquerda, cranial e caudal; Sagital: diferencia cranial, caudal, anterior e posterior; – INDICAÇÕES DA TC EM NEURORRADIOLOGIA: – Urgências e emergências: AVE: déficit neurológico focal agudo, convulsão, RNC (rebaixamento do nível de consciência), cefaleia com sinais de alerta; Se há tratamento indicado – como trombólise química ou mecânica; Se há sintoma progressivo; Se o Glasgow <13; Se há maior risco de sangramento (pacientes em uso de anticoagulantes); Se há HSA suspeito – cefaleia severa súbita, aneurisma prévia, rigidez de nuca; Ex.: TC de AVE (A) Janela de osso; (B) Janela de encéfalo (C) Janela de encéfalo para ver AVE – + contrastada; (1) Tábua óssea interna; (2) Tábua óssea externa; (3) Diploe – osso esponjoso com medula óssea; (4) Hipertrofia frontal benigna – sem relevância clínica; (5) Área hipodensa na janela de partes moles; TCE: trauma crânioencefálico; Fazer em até 1h; Lycia Abigail – p5 Se Glasgow <13 – ou qualquer alteração no Glasgow após 2h do trauma; Pacientes em maior risco de sangramento; Fratura suspeita na base do crânio – olhar de guaxinim com hematomas periorbitais, sangramento pelo ouvido externo –, ou com afundamento; Convulsão; déficit neurológico focal, 2 ou mais episódios de vomito, 2 ou mais episódios de perda de consciência ou amnesia; sono anormal; mecanismo de alta energia (ex.: queda>3m, capotamento etc.); (hematomas subdural e extradural); Ex.: TCE em Janela de osso: (1) Fratura – linha hipodensa; (2) Pneumocrânio; Hipertensão intracraniana: antes de colher o líquor; • RESSONÂNCIA MAGNÉTICA De forma eletiva, é o melhor exame para observar doenças encefálicas (partes moles) – grande resolução de contraste – detalhamento!!! Porém, em situações de urgência e emergência, por mais que a RM seja melhor para observar partes moles, utiliza-se a TC por ser um método mais rápido de exame. Emergência: trauma medular (TRM) ou TC inconclusiva; OBS.: pacientes com metal intracorpóreo devem estar acordados durante o exame de RM à pois caso sinta algum desconforto deve assinalar. – IMAGEM: observada por meio de sequências. SEQUÊNCIAS CONVENCIONAIS: T1 – mais anatômica; substância branca cinza claro, substância cinzenta mais cinza escuro e líquor (ventrículos) com hipossinal (mais escuro); FLAIR – T2 com LCR suprimido à substância branca mais escura, subs. Cinzenta mais clara, bem como o líquor com hipossinal – mais preto. Bom para observar lesões encefálicas! T2 – Substância branca mais escura, substância cinzenta mais clara e líquor (ventrículos) com hipersinal – mais brancos. Melhor para observar ventrículos, sulcos, cisternas (vasos); OBS.: T1 pós contraste: melhor para observar vasos que o T2. (1) Substância branca subcortical; (2) Substância branca periventricular; (3) Substância branca profunda; (4) Substância cinzenta – córtex cerebral e gânglios da base; DIFUSÃO (DWI): indicada para ver, principalmente, isquemias, AVEs, abscessos. AVEi: hipersinal à difusão – não há realce pós-contraste, mas pega regiões cortico/subcorticais de um território vascular específico (no caso da imagem, o da a. cerebral posterior); Abscesso: Halo fica com hipersinal no T1 PC – realce pós-contraste. SWI: melhor sequência da RM para ver calcificações e hemorragias; Lycia Abigail – p5 (1) Plexos coroides calcificados; (2) Gl. Pineal calcificada; T1 PC (PÓS CONTRASTE): injeção de contraste via venosa à estruturas vasculares; (3) Seio sagital superior; (4) Veias da calota craniana; (5) Plexo coroide; (6) Veias cerebrais internas; Obs.: com a injeção de contraste o tecido encefálico não contrasta devido a proteção da Barreira Hematoencefálica; Quando há área realçada do tecido encefálico à lesão com rompimento da barreira hematoencefálica. Obs.: nessas imagens há saturação de gordura à a gordura fica suprimida (não fica com hipersinal – fica mais escura – com hipossinal) MELHORES PARA OBSERVAR LESÕES ENCEFÁLICAS: Flair e T1 PC! SEQUÊNCIAS AVANÇADAS: ANGIO-RM arterial: não tem contraste (a única)!!!! Mas perde informações de encéfalo. PERFUSÃO CEREBRAL: é tumor ou não-tumor (ex.: abscesso)??? Tumor: quente Abscesso: Fria Ex.: TUMOR: Ex.: ABSCESSO O hipersinal à difusão no centro da lesão, aumenta a chance de ser abcesso. ESPECTROSCOPIA CEREBRAL: identifica particularidades dos microambientes (gráfico de substâncias) de cada um dos tipos das lesões. Obs.: lactato indica anaerobiose (necrose celular); lipídios indica quebra de membrana celular. Ex.: para saber se o glioma é de baixo ou alto grau. Alto: muito lactato, aumento de colina, NAA baixo (pouca célula neuronal); Baixo: pouco lactato, mais colina e mio- inositol; Ø ANATOMIA • CALOTA CRANIANA – RX.: Bom para ter mais noções de dimensão e localização dos seios da face. Porém o melhor exame de imagem para observar a calota é a TC. – TC.: observa a calota nos mais diferentes planos (como o sagital, coronal e axial) bem como possibilita a realização de reconstruções (MIP) – representada nas imagens superiores: Lycia Abigail – p5 (1) sela turca e seio esfenoidal; (2) seio frontal; (3) forame magno; (4) sutura coronal; (5) sutura sagital; (6) suturas lambdoides; Obs.: para observar fraturas a reconstrução MIP é melhor; Obs2.: na reconstrução MIP pode-se analisar pacientes com suturas abertas (fontanelas); Ex.: paciente sem fontanela (nasceu com as suturas sagitais fechadas – cranioestenose: • ENCÉFALO Pode ser referenciado por meio da tenda do cerebelo gerando 2 “compartimentos”; tendo, assim, as estruturas supra tentoriais (acima da tenda) e infratentoriais (abaixo da tenda). – Infratentorial: mesencéfalo, ponte, bulbo e cerebelo; – Supratentorial: diencéfalo e telencéfalo; Dividido em 5 lobos: frontal (A), temporal (B), parietal (C), occipital (D) e ínsula (E); Também é dividido pelo: telencéfalo (1), diencéfalo (2), mesencéfalo (3), ponte (4), bulbo (5) e cerebelo (6); O encéfalo é mais bem observado na RM!!! Corte sagital: (Ressonância T1 pré contraste); – 6 CORTES PRINCIPAIS DA TC: CORTE 1: acima dos ventrículos; (1) Giro pré-central; (2) Área da mão; (3) Giro pós-central; (4) Sulco central; (5) Giro frontal superior (6) Giro frontal médio; (7) Centros semiovais D e E – substância branca localizada ao redor dos ventrículos; Verificar: apagamento de sulcos, contusões cerebrais, hemorragias subaracnóide (qualquer corte); CORTE 2: ao nível dos ventrículos laterais; (1)Ventrículos laterais (corpos); (2) Coroa radiada frontal (área de substância branca anterior aos ventrículos); (3) Coroa radiada parietal; (4) Joelho do corpo caloso; (5) Esplênio do corpo caloso; Lycia Abigail – p5 Verificar: hidrocefalia (se os ventrículos estão alargados) – como é o caso da TC acima; CORTE 3: principal corte; observa os núcleos da base, ventrículos e tálamos; (1) Gl. Pineal; (2) Átrios ventriculares (plexos coroides); (3) Insula e opérculos (ao redor da insula); (4) Coroa radiada frontal; (5) Coroa radiada posterior; (6) Cápsula interna; (7) Cabeça do núcleo caudado; (8) Núcleo lentiforme; (9) Tálamos; (10) Cornos temporais dos ventrículos laterais; (11) Cornos posteriores dos ventrículos laterais; (12) Terceiro ventrículo; Analisar: observar sulcos, ventrículos, núcleos da base, estruturas tálamos-núcleo-capsulares (região primeiro atingidas por uma isquemia – território da a. cerebral média – ramos perfurantes lenticulares – segmento M1); CORTE 4: a altura do mesencéfalo; (1) Cisterna suprasselar; (2) Porção superior do cerebelo; (3) Polo temporal; (4) Segmento M1 da artéria cerebral média (sinal da artéria hiperdensa à hiperdensidade de M1 indicando AVE); (5) Aqueduto cerebral – se for comprimido forma hidrocefalia compressiva; (6) Mesencéfalo; Analisar: herniações uncus cerebral (na cisterna suprasselar) são consequências de hidrocefalias e lesões expansivas à comprimindo os pedúnculos, terceiro ventrículo etc.; contusões cerebrais (no TCE); hemorragias subaracnóideas (pois essa região é onde se encontra o polígono de Willis – locais mais comuns de aneurismas); – Lesões no mesencéfalo ou na região: podem causar compressões no aqueduto mesencefálico (que conecta o III ao IV ventrículo) podendo causar dilatação de III ventrículo; CORTE 5: a altura do IV ventrículo (1) IV ventrículo; (2) Hemisférios cerebelares; (3) Pedúnculos cerebelares; (4) Vérmis do cerebelo; (5) Ponte; (6) Lobos temporais (porções inferiores); (7) Órbitas; (8) Seios trabeculados etmoidais; (9) Seios esfenoidais; Analisar: lesões em estrururas pré-pontinas, apagamentos, dilatação de IV ventrículo etc. CORTE 6: (1) Bulbo; (2) Porção inferior do cerebelo; (3) Forame magno à para ver se há herniação das tonsilas cerebelares (4) (ocorre em Lycia Abigail – p5 hipertensão intracraniana – “empurra” a porção inferior do cerebelo para baixo e pode comprimir o bulbo) • VENTRÍCULOS • TERRITÓRIOS DE IRRIGAÇÃO DAS ARTÉRIAS: OBSERVAÇÃO: exames vasculares; ANGIO-RM ARTERIAL de Crânio: realizada sem contraste! ANGIO RM ARTERIAL de Pescoço: utiliza contraste! ANGIO RM VENOSA DE CRÂNIO: com contraste! Observa bem os seios venosos; (1) Seio sagital superior; (2) Seio sagital inferior; (3) Seio reto; (4) Confluência dos seios; (5) Seio transverso; (6) Forame jugular – VJI; ANGIO TC: SEMPRE usa contraste! Ø ANÁLISE – Do menos para o mais importante à da periferia para o centro! – Há desvio da linha média? São as patologias de efeito expansivo; Se o desvio for maior que 0,5cm à encaminhar para a neurocirurgia; Quanto maior o desvio maior a chance de dano cerebral; – Há simetria nos diferentes planos? Comparação entre os dois hemisférios; Observar diferenças de atenuação/sinal, de dimensões, de forma à de TODAS as estruturas (encéfalo, ventrículos, sulcos, cisternas) Observar se há hidrocefalia (dilatação dos ventrículos); se há sulco alargado (atrofia cerebral) ou apagado (hidrocefalia hipertensiva)? POSTAGENS DO INSTA DE FRANKLIN: Lycia Abigail – p5 OBSERVAÇÕES: Paciente Jovem vs. Paciente idoso No paciente idoso há calcificações e alargamento dos sulcos e ventrículos – normal para a faixa etária.
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