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Melhoramento genético em bovinos Profa: Leni Rodrigues Lima UNIVERSIDADE DE CUIABÁ FACULDADE DE MEDICINA VETERINÁRIA MELHORAMENTO GENÉTICO ANIMAL Origem e classificação zoológica Reino: Animalia Filo: Chordata (vertebrados) Classe: Mamalia (mamíferos) Ordem: Artiodactyla (dedos articulados) Subordem: Ruminantia (ruminantes) Família: Bovidae Subfamília: Bovinae Espécie: Bos Taurus Subespécies: Bos taurus taurus e Bos taurus indicus Seleção de raças em bovinos Seleção pelo exterior dos bovinos, com base em sua forma e aparência, tem sido utilizada há centenas de anos. Para avaliação, o corpo do bovino pode ser dividido em: Cabeça: nuca, fronte, testa, marrafa, chanfro, garganta, boca, focinho, chifres, orelhas, olhos, narinas, ganachas ou mandíbula. Pescoço: bordo superior e bordo inferior, tábua direita e esquerda, goteira da jugular e barbela. Seleção de raças em bovinos Tronco: cernelha, giba ou cupim, dorso, lombo, garupa, cauda, períneo, peito, axilas, costado, flancos, ventre, umbigo, bolsa escrotal, prepúcio ou bainha, vulva, úbere e tetas. Membros anteriores: espádua, braços, antebraços, joelhos, canelas, boletos, quartelas, coroas e cascos ou unhas. Membros posteriores: pernas, jarretes ou curvilhões, canelas, boletos, quartelas, coroas e cascos ou unhas. Seleção de raças em bovinos Conjunto de características específicas de cada região Estabelecimento de padrões raciais Instituição de registros genealógicos reunidos em livros de raça. Seleção para características morfométricas: Funcional, pois há correlações genéticas entre as características morfométricas e as características de desempenho produtivo. Estabelecimento de padrões de exterior = preconizando um tipo ideal ou tipo verdadeiro, do termo em inglês true type (bovinos de corte e bovinos leiteiros). Bovinos de corte Características de tipo ideal relacionam-se com bastante precisão à aptidão do animal: Conformação: forma cilíndrica, com corpo alongado e profundo. Aspecto geral: corpo musculoso e sem saliências ósseas. Cabeça: pequena, com focinhos largos, as narinas abertas e os olhos bem separados. Bovinos de corte Tronco: cilíndrico, com peito desenvolvido e não saliente. Tórax: amplo, costelas bem arqueadas e afastadas entre si. Garupa: comprida e larga em toda sua extensão. Membros: bem aprumados, com ossatura desenvolvida, mas não grosseira, e com boa cobertura muscular. Bovinos de corte Ferramenta moderna – avaliação morfológica por ultrassonografia: Espessura de gordura subcutânea entre a 12ª e a 13ª vértebra torácica (contrafilé) quanto na região P8 (picanha). Região do contrafilé: verifica-se a quantidade de gordura intramuscular. Seção transversal entre a 12ª e 13ª vértebra torácica do músculo: altamente correlacionada ao peso ao abate e à quantidade de músculo do animal. Bovinos leiteiros Avaliação do tipo ideal: Observam-se a aparência geral do indivíduo quanto à harmonia e ao desenvolvimento do conjunto; O desenvolvimento compatível com a idade; As regiões do corpo devem ter passagens suaves, sem demonstrar fragilidade ou excesso de musculatura; feminilidade evidente; Pele deve ser flexível e macia, coberta de pelos finos, curtos e sedosos. Bovinos leiteiros Avaliação do tipo ideal, pode ser obtida com precisão a partir: Conformação: uma boa vaca leiteira lembra a forma de um triângulo, tem como base os membros posteriores; como lados, as costelas e espáduas; e como vértice, a cabeça. Aspecto geral: animal que expressa feminilidade. Cabeça: fina e de tamanho médio, com chanfro e focinho largos, demostrando boa capacidade respiratória; olhos grandes e brilhantes. Tórax: amplo, com costelas arqueadas e bem espaçadas, indicando boa capacidade respiratória. Bovinos leiteiros Cruz: bem definida e com pouca massa muscular, com ossatura desenvolvida, mas não grosseira, e com boa cobertura muscular. Dorso-lombo: linha dorso-lombo, longa e horizontal. Abdômen: volumoso e bem colocado, indicando boa capacidade digestiva. Garupa: ampla e comprida, não muito musculosa. Úbere: de grande tamanho, bem distendido para adiante e de inserção alta no posterior; com quartos volumosos e simétricos. Bovinos leiteiros Utilização do Sistema de Classificação Linear (SCL), que visa produzir animais com tipo funcional, ou seja, animais com padrão capaz de suportar altas produções durante muitas lactações. O principal objetivo do SCL é identificar outras características associadas à longevidade, que é muito importante para criadores. Bovinos leiteiros Características morfométricas padrão do SCL: Estatura: é tomada a altura na garupa (íleos), no ponto da inserção lombo-sacra. Profundidade do corpo: avaliado na parte central (no meio) de uma vaca. A profundidade das últimas costelas é a única medida quando se avalia uma vaca para essa característica. Ângulo da garupa: mensura-se a inclinação dos íleos para os ísquios. Características morfométricas padrão do SCL: Largura da garupa: distância entre as pontas dos ísquios. Posição das pernas posteriores: avalia-se o posicionamento das pernas posteriores, principalmente nas articulações correspondentes aos jarretes. A vaca é vista lateralmente. A única comparação que deve ser notada e/ou medida é o grau de curvatura dos jarretes. Ângulo do pé: medida do ângulo do pé levando em conta a pinça da unha. Deve-se observar o talão. O ideal é um ângulo de 45°. Bovinos leiteiros Características morfométricas padrão do SCL: Inserção dos ligamentos anteriores do úbere: mede-se a força dos ligamentos. Não se deixe influenciar pela profundidade do úbere. Altura do úbere posterior: mede-se a distância entre a parte inferior da vulva e a parte superior do tecido secretor de leite do úbere posterior. Ligamento central do úbere: mede-se unicamente a profundidade do sulco intermamário observado na parte inferior do úbere. O ponto exato para observar essa medida é entre os quartos posteriores do úbere. Bovinos leiteiros Características morfométricas padrão do SCL: Colocação das tetas anteriores: avalia-se a colocação das tetas anteriores dos quartos mamários olhando-as por detrás da vaca. Não se deixe influenciar pela relação entre as tetas anteriores e as posteriores. Comprimento das tetas: avalie o comprimento das tetas sem considerar o diâmetro. Bovinos leiteiros Fatores que interferem na SCL: Idade (vacas mais velhas recebem pontuação maior do que vacas de 1ª cria); Estação do ano (principalmente, quando se considera o sistema mamário); Estádio de lactação (fator de maior variação, sendo o início e o final de lactação atribuídos a maior pontuação, e o meio de lactação atribuído a menor pontuação); Classificador (geralmente, as diferenças entre os jurados são pequenas, sendo os itens que apresentam maiores divergências: pernas e os pés); Intervalo entre o parto e a classificação. Bovinos leiteiros Ano de nascimento: diferenças em peso e medidas morfométricas têm sido creditadas à ação de fatores climáticos sobre os animais e as pastagens. As comparações devem ser feitas entre animais nascidos no mesmo ano. Mês de nascimento: os efeitos do mês de nascimento estão associados às condições climáticas em que há maiores flutuações na qualidade e quantidade das forragens disponíveis. As comparações entre os animais devem ser feitas entre os nascidos em meses que as condições gerais são mais uniformes. Fatores ambientais que causam variações nas avaliações morfométricas Sexo: em geral, os machos são mais pesados do que fêmeas. Seleção deve ser feita comparando animais do mesmo sexo. Idade da vaca: a idade da vaca interfere no peso dos animais. Tendência de novilhas de 1ª cria ou de vacas velhas produzirem bezerros mais leves. O efeito da idade é mais pronunciado sobre o peso à desmama. As comparações devem ser feitas entre animais filhos de vacas de idades semelhantes. Fatores ambientais que causam variações nas avaliações morfométricas Escrituração zootécnica: estabelece os grupos de contemporâneos, os quais são grupos de indivíduos nascidos em uma mesma época, pertencentes ao mesmo sexo e que vivem em um sistema de criação. Cenário da bovinocultura Brasil: 215,2 milhões de cabeças (2º maior rebanho bovino do mundo), perdendo apenas da Índia. (IBGE, 2016) Brasil: dimensão territorial, e condições climáticas diferentes em cada região = desafio aos programas de melhoramento genético. Qual raça criar? Qual produto final produzir: carne, leite ou ambos? Processo evolutivo da espécie bovina: 2 subespécies: animais zebuínos (Bos taurus indicus) animais europeus (Bos taurus taurus) Espécie Bos taurus Elevada tolerância ao calor. Grande resistência aos ecto e endoparasitos. Boa capacidade de adaptação ao regime de pasto. Período de gestação mais longo (média: 292 dias). Orelhas geralmente grandes, largas e pendentes, quase sempre terminadas em ponta. Pescoço curto, estreito e com barbela ampla. Presença de cupim ou giba, sendo um dos caracteres mais importantes na diferenciação das subespécies. Tronco estreito. Membros longos e com menor cobertura muscular. Pele tem pigmentação abundante, com pelos curtos e lisos. Pereira (2008) Animais zebuínos Pequena tolerância ao calor. Menos resistentes aos ecto e endoparasitos. Período de gestação é relativamente menor do que no zebu (média de 281 dias). Cabeça pequena, curta e bem larga entre os olhos. Orelhas pequenas ou médias, sempre arredondadas, e chifres curtos e geralmente finos. Pescoço curto e amplo, com barbela pouco desenvolvida. Ausência de cupim. Pereira (2008) Animais europeus Tronco desenvolvido, com peito largo e profundo, e costelas arqueadas, com excelente cobertura muscular. Grande capacidade digestiva. Membros curtos, com boa cobertura muscular. Pele menos elástica do que no zebu, e pêlos mais longos. Geralmente precoce, sendo os machos enviados ao abate bastante jovens, e as fêmeas apresentam produtividade elevada. Pereira (2008) Animais europeus Conceitos Espécie – são considerados da mesma espécie todos os animais que possuem formas semelhantes do latim: species = "tipo" ou "aparência" Conceitos Raça - é um conceito convencional , que diz respeito a um conjunto de animais da mesma espécie, origem comum, caracteres particulares que os tornam semelhantes entre si e que são capazes de gerar, sob as mesmas condições de ambiente, uma descendência com os mesmos caracteres morfológicos, fisiológicos e econômicos. Variedade – diferenciação dentro da raça, limitada a poucos caracteres. Conceitos Raças Bos taurus Bos taurus indicus Bos taurus taurus Zebu indiano Zebu africano Europeu Africano Britânicas Continentais Raças Britânicas (ou inglesas) Shorthorn Hereford Aberdeen Angus Devon SHORTHORN Origem: Inglaterrra Aptidão: carne e leite Pelagem: Variada – castanho claro, amarelo, vermelho, branco e rosilho. SHORTHORN Macho: 800 a 1000 kg (1,45 m); Fêmea: 500 a 600kg (1,38 m); Alta precocidade. SHORTHORN Origem: Herefordshire (Inglaterra) Aptidão: Carne Pelagem: longa e ondulada; HEREFORD Pele mais grossa que Shorthorn e Aberdeen, permitindo suporte para inverno rigoroso. Uma das mais importantes raças bovinas de corte do mundo, tendo se espalhado em número muito maior do que qualquer outra e em muitos países constitui a base da produção de carne. HEREFORD Produz menos leite que as outras raças Britânicas (perde pouco peso na amamentação) - Macho: 800 a 1000 kg (1,42 m); - Fêmea: 540 kg (1,38 m); - Precoce (mas não tanto quanto Aberdeen Angus, mas supera o Shorthorn) HEREFORD ABERDEEN ANGUS ABERDEEN (e Red) ANGUS Originário de duas variedades de bovinos mochos existentes nos condados de Aberdeen e de Angus (nordeste da Escócia). Origem: Escócia Aptidão: Carne Pelagem: totalmente preta, não sendo toleradas manchas brancas, a não ser na região do umbigo. Variedade pelagem vermelha. Pele pigmentada de preta. ABERDEEN ANGUS Cabeça pequena, ausência de chifres; Tamanho médio, pescoço curto; Orelhas médias e cobertas de pelos; Barbela pouco desenvolvida; Corpo profundo e mais cilíndrico do que a maioria das raças, peito largo e com boa cobertura muscular, costelas arqueadas e espaçadas, garupa larga e extremamente musculosa. Carne marmorizada (gordura intramuscular) e bom acabamento de carcaça (3-6 mm de espessura de gordura subcutânea) >> sabor e maciez. - Macho: 900 kg (1,40 m); -Fêmea: 600 kg (1,20 m); - Bastante precoce; vacas com boa habilidade materna. ABERDEEN ANGUS Capaciade leiteira: maior que Shorthorn e menor que Hereford. ABERDEEN ANGUS BRANGUS – Angus x Zebuíno DEVON Origem: Condado de Devon (Inglaterra) Aptidão: Anteriomente dupla aptidão, sofreu seleção para corte (EUA – linhagem leiteira). Pelagem: vermelho-rubi; pequenas manchas brancas no úbere e virilha; pelos longos no inverno e curtos no verão. DEVON - Macho: 600 a 900 kg (1,40 m); - Fêmea: 500 kg (1,30 m). DEVON Extrema docilidade e excepcional habilidade materna; Touros rústicos e férteis; Italianas: - Chianina; - Marchigiana; - Piemontês. Raças Continentais Francesas: - Charolês; - Limousin; - Maine-Anjou. Suíças e Alemãs: - Simental; - Pardo suíço. Chianina Origem: centro da Itália – Vale Chiano; • Raça milenar; • Utilizado em trabalho de tração desde o séc. VII (aC.); • Hipótese de que deriva do Bos indicus; • Resistência ao calor e presença de barbela reforçam a hipótese. • Aptidão: Produção de carne. Características raciais: • Pelagem: branca com vassoura da cauda escura; • Pele: pigmentada (preta) e despigmentada na região inferior do corpo. • Corpo Cilíndrico com musculatura bem desenvolvida. • Altura: até 1,84 m. Chianina Chianina • Rápido Crescimento e maturidade tardia; • Incidência de partos distócicos; • Baixa produção de leite; • Adultos ultrapassam 1.200 kg • Origem: Centro-Sul da Itália – Região de Marquis; - 40% do rebanho Italiano; - Chegou ao Brasil em 1970; - Mais curtos e mais baixos que Chianina; • Aptidão: carne. Marchigiana Características raciais: • Pelagem: pelos brancos, curtos e lisos com vassoura da cauda preta e cinza escura; • Pele - pigmentada (preta). • Rápido ganho de peso; •Boa Rusticidade e adaptação às condições tropicais; Marchigiana Marchigiana • Bezerros nascem pesados: 40 a 50 kg, e apresentam crescimento rápido. • Machos: 1.200 a 1.400 kg (1,45 – 1,50 m) • Fêmeas: 650 a 700 kg (1,40 – 1,45 m) PIEMONTÊS • Origem: Noroeste da Itália – Região de Piemonte; - Raça mais difundida do rebanho de corte Italiano; - Chegou no Brasil em 1974; - 1996: 1.377 cabeças no Brasil. • Aptidão: carne. Características raciais: • Pelagem: cinza clara e escura com vassoura da cauda preta; • Pele: preta; • Boa rusticidade;• Excelente rendimento de carcaça; • Assim como Chianina e Marchigiana, não sofre restrições devido ao calor e insolação. PIEMONTÊS Italianas: - Chianina; - Marchigiana; - Piemontês. Raças Continentais Francesas: - Charolês; - Limousin; - Maine-Anjou. Suíças e Alemãs: - Simental; - Pardo suíço; CHAROLÊS • Origem: Comarca de Charolais (Centro-Oeste da França); - Uma das raças mais antigas do rebanho de corte Francês; - Bastante difundida na região Sul do Brasil; • Aptidão: Até 1920 dupla aptidão (carne e trabalho), depois carne; •Pelagem: Cor creme ou branca; pêlos longos; • Pele: rósea. • Bom ganho de peso; • Excelente rendimento de carcaça; CHAROLÊS • Boa marmorização da carne; • Muito utilizado em cruzamentos (atenção com partos distócicos). Machos: 900 kg (1,44 m) Fêmeas: 600 kg (1,34 m) CHAROLÊS • Origem: Antiga Província de Limousin, na região central da França; - Raça criada em várias partes do mundo; - Chegou ao Brasil em 1897, mas só à partir de 1970 foi difundida; • Aptidão: carne. • Pelagem: amarelo escuro ao alazão; • Pele: clara. LIMOUSIN •Boa rusticidade; • Excelente rendimento de carcaça; • Lombos, costelas bem desenvolvidos. LIMOUSIN Machos: 940 kg (1,45 m) Fêmeas: 600 kg (1,35 m) BLONDE D’AQUITAINE • Origem: Sudoeste da França, região dos montes Pirineus. • Fizeram parte da formação inicial das raças Shorthorn inglês, Charolês e Limousin; • Aptidão: carne • Excelente rendimento de carcaça; • Grande musculatura e pequena camada de gordura. MAINE-ANJOU • Origem: Leste da Bretanha; • Aptidão: dupla (melhor para carne); -Raça de maior tamanho dentre as francesas; -Macho: 1300 a 1400 kg. -Fêmea: 750 a 900 kg; MAINE-ANJOU Italianas: - Chianina; - Marchigiana; - Piemontês. Raças Continentais Francesas: - Charolês; - Limousin; - Maine-Anjou. Suíças e Alemãs: - Simental; - Pardo suíço; SIMENTAL • Origem: Vale do Simen na Suíça; • Aptidão: produção de carne e de leite. • Pelagem: creme com manchas brancas na cabeça e com vassoura da cauda branca; •Pele: pigmentada e escura. • Animais selecionados para leite: 5.000 – 5.300 kg/vaca em 305 d (4,0 a 4,5% de gordura); • Machos: 1.000 a 1.200 kg (1,44 a 1,52 m) • Fêmeas: 700 a 750 kg (,36 a ,44 m) SIMENTAL PARDO SUÍÇO • Origem: Sudeste da Suíça; - Vários nomes: - Brown Swiss (EUA); - Bruna (Itália); - Braunvieh (Suíça); • Aptidão: carne e de leite; • Pelagem: cinza clara e escura com pêlos curtos; • Pele: pigmentada e escura. • Adaptabilidade às condições tropicais; • Boa rusticidade; • Longevidade; • Docilidade; • Crescimento e maturidade sexual precoce. •Machos: 810 a 1.170 kg •Fêmeas: 585 a 810 kg PARDO SUÍÇO RAÇAS ZEBUÍNAS Raças Zebuínas Giba (ou cupim) - Localizada no garrote. - Zebu asiático – depósito de gordura; - Zebu africano – constituída de músculos; - Mais desenvolvida nos machos Raças Zebuínas Olhos -Elípticos; -No terço superior da cabeça, situados mais lateralmente em relação aos europeus Raças Zebuínas Raças Zebuínas Orelhas - Médias para grandes, com excessão de algumas raças como Nelore e Kangaian. - O centro do pavilão auricular não apresenta pelos. Barbela - Bastante desenvolvida, podendo se estender até o umbigo. Raças Zebuínas Ossatura - Mais estreitos que taurinos, com costelas menos arqueadas; “Temperamento” - Criados em grandes extensões, pode apresentar-se arisco e bravio, mas sob cuidados e manejo, tornam-se mansos. Raças Zebuínas Maior resistência a carrapatos e bernes -Pelas características da pele e pelos; -Secreção oleosa na dobras da pele, efeito repelente; -Pelos curtos e assentados não oferecem proteção à carrapatos juvenis. -Maior movimento do couro. Resistência ao calor e insolação -Resultado das características da pele: 1. maior num. glândulas sudoríparas; 2. combinação da cor da pele e pêlos; 3. maior quantidade capilares sanguíneos superficiais 4. pelos curtos, finos e lisos Raças Zebuínas Raças Zebuínas Distribuição geográfica: - Índia, Paquistão, China, Irã, Arábia, África, Austrália, EUA, Antilhas, México, Brasil, outros países da América do Sul. ZEBU, base da pecuária bovina tropical Guzerá - Origem – Gujarat, Índia; - Mais bela raça indiana; - Impressionante imponência; - Orelhas médias, um pouco largas, pendentes e pontas arredondadas. - Pelagem do cinza-claro ao escuro. Terços anteriores e posteriores geralmente são mais escuros. - Pele sempre preta, às vezes roseada em regiões sombreadas. É o que tem a pele mais escura; - Maior que o Nelore e Gir; - Dupla aptidão. -1a raça zebuína a chegar ao país em 1870, pelo Barão de Duas Barras. -Solução para arrastar os carroções de café nas montanhas fluminenses. Guzerá INDUBRASIL - Zebu brasileiro (Guzerá x Nelore) - Gir (1918) -Peso de 500 a 700 kg na vaca e 700 a 1000 no touro; -Estatura de 135 a 150 cm na vaca e 145 a 155 cm no touro; -A pelagem é branca, cinza ou vermelha, sempre sobre pele escura, bem pigmentada. - Bezerros com maior peso ao nascimento. GIR Gir -Origem: indiana; -Dupla aptidão; - Orelhas sempre compridas, enroladas (lembra uma folha enrolada); - Olhos situados lateralmente; pretos e elípticos, dando ao animal um aspecto sonolente; -Pelagem: vermelho + ou – escuro, mesclado com branco bem característico. Tabapuã - Origem brasileira - Guzerá x Nelore x Gir - Terceria raça a ser criada, depois do Indubrasil e Brahman BRAHMAN -Origem: Sul EUA (Texas) -Provenientes de uma pequena população de zebuínos puros; -Preocupação com características para corte; -Neozebuíno, assim como Tabapuã e Indubrasil. RAÇAS LEITEIRAS Raças leiteiras Existem várias opções de raças e cruzamentos para produção de leite, sendo que as principais são: A) Raças europeias puras; B) Raças europeias dupla aptidão; C) Raças Zebú Leiteiras. A)Raças européias puras Especialmente selecionada para produção de leite, como a Holandesa, Parda-Suíça (ou Schwyz), Jersey, Guernsey e Ayrshire. A) Raças européias puras: Holandesa - Resultado de uma série de cruzamentos entre bovinos de diversas regiões da Europa; - Seu úbere possui grande capacidade e boa conformação. -Universalmente conhecida como a de maior potencial para produção de leite; - Apresenta pelagem branca e preta ou branca e vermelha. Holandesa A) Raças européias puras: Jersey Origem: da pequena ilha de Jersey, formada há séculos, pelo cruzamento de animais provenientes da Normandia e da Bretanha. É uma raça criada em quase todo o mundo, inclusive no Brasil . A) Raças européias puras: Jersey - Apresentam uma estatura baixa, de 115 a 120 cm nas vacas. A) Raças européias puras: Jersey - O úbere é quadrado, bem irrigado, volumoso; - Leite é apreciado para a produção de manteiga. - Produz em média 3.300 kg de leite com média de 5,0% de gordura; - É a mais precoce das vacas leiteiras; Pardo-Suíça Origem: sudeste da Suíça, sendo disseminada em todos os países vizinhos Pelagem parda clara a cinzenta escura. A) Raças européias puras: Pardo-Suíça A aptidão predominante é a leiteira, mas também possui uma boa capacidade para produção de carne. A) Raças européias puras: Guernsey - Origem: ilha de Guernsey. - Exportado para a Inglaterra, Estados Unidos, Canadá, Austrália, Brasil e outros países . A) Raças européias puras: Ayrshire- Origem: Escócia, descende do gado dos condados de Ayr e Lanark. - Recebeu sangue de várias raças especializadas, entre elas o Holandês. É criada na Escócia, Irlanda e arredores de algumas cidades inglesas, Estados Unidos, entre outros países. A) Raças européias puras: - A aptidão dominante da raça Ayrshire é leiteira, sua pelagem é malhada de vermelho, bem definido. - Leite bastante utilizado para fabricação de queijos. A) Raças européias puras: Ayrshire B) Raças européias dupla aptidão Simental, Dinamarquesa, Red Poll. B) Raças européias dupla aptidão Simental • Animais selecionados pra leite: 5.000 – 5.300 kg/vaca em 305 d (4,0 a 4,5% de gordura); B) Raças européias dupla aptidão Simental B) Raças européias dupla aptidão Dinamarquesa Embora a seleção tenha se baseado durante muito tempo na produção leiteira, atualmente também leva em conta a velocidade de crescimento e o bom desenvolvimento muscular. B) Raças européias dupla aptidão Red Poll Resultante do cruzamento das raças inglesas norfolk e suffolk, a red polled é mocha e tem pelagem vermelha. Sendo sua carne excelente, as fêmeas destinadas ao abate alcançam melhor cotação que as das raças especializadas para leite. C) Raças Zebu Leiteiras Gir; Guzerá C) Raças Zebu Leiteiras Gir Origem: Índia, ao sul da península de Catiavar e largamente criada no interior do continente. É uma raça mista, produtora de carne e com boa aptidão leiteira. Girolando = usado 5/8 holandês + 3/8 Gir, onde é possível conjugar a rusticidade do Gir e a produção do Holandesa C) Raças Zebu Leiteiras Gir Considerada por muitos como a mais importante raça leiteira de clima tropical no mundo. Destaca-se pela rusticidade, precocidade, longevidade, fertilidade e alta capacidade de adaptação a diferentes tipos de manejo e climas. Origem: décadas de 1940 e 1950, Vale do Paraíba-SP. Touro da raça Gir invadiu uma pastagem vizinha e cobriu algumas vacas da raça Holandesa. 1989: normas para formação da raça Girolando 1996: aprovado o padrão racial. C) Raças Zebu Leiteiras Girolando C) Raças Zebu Leiteiras Guzerá - No Brasil, os núcleos leiteiros de Guzerá estão em Cantagalo (RJ), Governador Valadares (MG); - Alto teor de gordura (7 a 10%) Até a próxima aula
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