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Como ter sucesso em uma mudança de hábito alimentar? Por Priscila Kondo História, a derrota de Maria Maria tem muita dificuldade em emagrecer. Ela vai na nutricionista, já fez várias dietas e foi a muitos nutricionistas. Entretanto, por mais que se esforce ela sempre volta ao peso anterior, e pior, tem sentido os resultados no seu físico desse efeito “sanfona”. Maria tem muito força de vontade para mudar, mas ela não entende...Por que não consigo? Por que eu me auto saboto? História, a infância de Maria Imagine que esta mulher passou por um período de infância em que não havia muitos alimentos e opções. E sua mãe sempre falava frases como: “-Come tudo, porque não é todo dia que temos essa fartura”. Ou seja, por mais que exista um desejo consciente de parar de comer, existe uma força inconsciente de comer tudo! “Se você tem sentido uma espécie de auto sabotagem, uma dificuldade, pode ser que tenha a alguma crença ligada ao seu inconsciente que o esteja bloqueando.” Você se conecta com as frases a seguir? -“Por que eu me auto saboto para algo que claramente me fará bem?” Comer bem, comer saudável e evitar um doce, isso me faria bem? -“Eu até consigo começar uma nova dieta, mas não aguento e logo volto ao meu peso...” -“Me matriculei na academia, mas só fiz o primeiro mês.” -“Eu tento parar de comer carne...Mas não consigo”. -Eu tento parar de comer queijo mas não consigo” Essas são pessoas que estão em transição. São simpatizantes do vegetarianismo, veganismo. Você tem controle sobre suas ações? Segundo a neurociência, somente 5% das nossas decisões são tomadas pela mente racional. Os 95% restantes ficam a cargo do nosso subconsciente e inconsciente. Subconsciente: Crenças, valores, hábitos, sobrevivência (necessidades). Inconsciente: Respirar, coração bater, digestão (opera em potência máxima). Não há nada de errado nisso porque foi parte essencial da nossa evolução como seres humanos. É inconsciente porque não se fica pensando, por exemplo, que a digestão aconteça. Essas atividades cerebrais ligadas a esses mecanismos inconscientes operam em uma potência máxima, totalmente necessárias para a evolução humana. É possível se transformar, mudar hábitos, crenças, ressignificar traumas e problemas, diminuir seus medos, impulsionando-o cada vez mais a ser a pessoa que você deseja ser! Compreendendo suas ações “Nosso inconsciente é tão maleável quanto a consciência ou talvez mais” Neurologista Ran Hassin Crenças limitantes ou não: como filtramos e percebemos a realidade. Valores: são critérios pessoais que consideramos em nossa vida Valorizamos tudo o que acreditamos Ser importante para nós. Cada pessoa vai ter uma visão diferente de mundo, baseada em suas percepções que são ligadas às suas crenças. Por exemplo, para uma pessoa que escute um barulho, ela pode não reagir com medo e outra sim pode sair correndo e gritando de medo. Uma vez que esta última possa ter tido uma experiência traumática, ligada ao seu subconsciente. É uma questão de percepção. Exemplos de valores: liberdade, humildade, inovação, sinceridade, honestidade, empatia. Assim como os valores do veganismo, os quais a pessoa que está em transição pode ir se conectando com tais preceitos. Compreendendo suas ações Necessidades: como seres humanos , nos motivamos a agir de acordo com nossa necessidade. Hábito: tudo o que você faz repetidamente e em um padrão específico em sua vida se torna um hábito. Todo comportamento tem uma crença subjacente, alterar a crença resulta na alteração do comportamento. Todo comportamento está em busca de satisfazer um valor, compreender o valor motivador pode alterar o comportamento. Se temos fome, procuramos alimento. Se nos sentimos tristes, ansiosos, estressados, agiremos de forma a diminuir esse sentimento. Para o cérebro é mais fácil compreender padrões já existentes do que criar comportamentos e mecanismos novos. Existem muitas formas de agir de acordo a uma necessidade. Por exemplo, há necessidades ligadas à sobrevivência e há outras relacionadas à consciência, as quais se pensa e se tem percepção, fazendo escolhas sábias. Tanto em situações de estresse e ansiedade quanto em situações das questões alimentares. Será que você está avaliando bem os padrões dos seus hábitos, necessidades, valores e crenças para efetuar uma real mudança? Qual a origem das suas crenças? Crenças: Padrões culturais e da sociedade Crenças: de nossa família / padrões culturais Crenças: de nossas próprias experiências vivenciadas. -Exemplo, no Brasil qualquer comemoração vira churrasco, qualquer coisa termina em pizza. É um padrão cultural. São padrões que acabam influenciando a pessoa. Padrões familiares: por exemplo, na cultura japonesa de uma família, o hábito é comer pouco. Em uma italiana, se come muita massa. Comportamento: experimento dos macacos Montaram uma grande gaiola, onde havia uma escada que levava até um cacho de bananas. Eles colocaram macacos dentro da gaiola e toda vez que um macaco subisse a escada para pegar as bananas, um jato de água fria atingiria os outros macacos que estavam no chão. Trocou-se um macaco veterano por outro novato e este não conhecia as “regras da gaiola” e ao subir na escada apanhou dos 3 macacos veteranos. Isso aconteceu algumas vezes até que ele desistiu de pegar as bananas. Se perguntassem aos macacos da gaiola o motivo de não pegarem as bananas e eles pudessem responder diriam: “Não sabemos, as coisas por aqui foram sempre assim”. O comportamento do meio pode estar afetando você: Escutado por algumas centenas de milhares de pessoas. Portanto, QUESTIONE-SE! Questione sempre porque você pode estar sendo influenciado pelo medo. Já escutou essas frases na infância? - “É falta de respeito deixar comida no prato”. - “Come tudo porque tem gente que não tem comida” (leia-se como a crença da escassez). -“Aproveita que não é todo dia que tem essa fartura”. -“Você é um(a) menino (a) guloso (a)” -“Se você comer tudo, ganha a sobremesa”. Em suma, são percepções e crenças trazidas da infância que podem nos bloquear. Palavras têm poder A distinção de dizer para uma criança: -O que ela deve fazer? -O que ela é? (“você é preguiçoso”; “não faz nada direito”; “você é sempre desastrado”). Reflita- normalmente você diz a si mesmo: -O que você é? A percepção de uma criança, quando escuta o que ela é, se torna muito forte. Interpretará como uma verdade absoluta. Se o adulto ficar repetindo que ela é gulosa, no inconsciente da criança isso será uma crença a bloqueá-la sempre e “Eu não sei....mas sempre foi assim”. provavelmente será um adulto com dificuldades de parar de comer. Reforçará a crença limitante. -O que você deve fazer? Em vez de se perguntar quem é, pergunte-se: o que devo fazer hoje de diferente, como devo montar o prato de comida, como devo me planejar e organizar durante a semana? “Palavras, em voz alta ou expressadas em pensamentos, têm um efeito incrível em nossa vida diária” Formação de crenças positivas e limitantes Você tem a experiência positiva ou negativa, tira uma conclusão dela e a generaliza. Exemplo: cair de uma escada. Quando for fazer um treino, de subir e descer escadas, sentira o trauma, uma auto sabotagem, e isso pode bloquear e não deixar ocorrer a prática. Ou se consultou com um nutricionista que passou uma dieta que te fez passar fome e assim reforça a crençade que dieta é “passar Generalização Conclusão Medo/ Trauma/Experiência positiva fome”. Dessa forma, a pessoa adia fazer um novo plano alimentar até que possa quebrar tal generalização sobre as dietas. Medos e bloqueios 1-Poder do hábito A Deixa é algo bem específico que vai acionar o cérebro para que você aja. Por exemplo, a deixa do cigarro: fumar após um pico de ansiedade, estresse ou sempre fuma depois que almoça. Geralmente nos vícios, são muitas as emoções ligadas a essa “deixa”. A recompensa é sentida e ativada: um ansioso fica mais calmo. O cérebro vai identificar como algo positivo e o comportamento será repetido, em uma rotina. Assim, vai formando um hábito, no caso negativo. “O gato depois de se sentar na chapa quente do fogão, jamais vai se sentar numa chapa quente de novo. Mas também não vai se sentar numa chapa fria”. Mark Twainn Hábito positivo Uma deixa para motivar a corrida: deixar tudo organizado, se comprometer com um amigo de ir correr junto, em um hábito que gerará a recompensa da produção de bem estar, causada pela endorfina no cérebro. Ou a deixa de todos os dias tomar suco verde e sentir a recompensas através dos benefícios visíveis no corpo. Alcance seu sucesso na mudança definitiva de seus hábitos 1- Trazer para a consciência. 2- Uma vez identificado algo que você faz (ou não faz) comece a se auto perceber. Exemplos: eu como muito doce, refrigerantes... 3-Faça diferente: processo de treinamento consciente para estabelecer novos hábitos e mudar seu mindset. Não é algo que acontece do dia para a noite. É um processos gradual. 4- Conecte-se com a recompensa. É você se perguntar o porquê. Como posso me autoconhecer?- Poder do autoconhecimento 1-Meditação 2- Coaching, Grupos de Coaching, Grupos de Apoio. 3-Terapias (experimente aquela pela qual se identifica). 4-Atividades que o conectem ao estado presente (exemplo: corrida, trilhas, práticas de yoga). Você se conecta com você mesmo e terá insights, ideias. 5-Retiros, Workshops. *Dicas: use o Plano 90 dias (é uma espécie “autofeedback” diário nesse período). Assim, as respostas estão dentro de nós mesmos, mas é um desafio buscá-las senão se tem claras as perguntas. Por isso que tais auxílios enumerados são importantes. Procure uma ajuda especializada porque fazer sozinho é muito difícil. 2-Poder da Ação Comece a quebrar padrões seus através da mudança de ATITUDE. Exemplo: 1) Dizer não. Recusar um alimento que alguém oferecer, por exemplo. O poder do “não”. 2) Dizer sim. Tomar um suco verde e experimentar e adaptar o paladar a isso. 3) Fazer uma aula diferente de algum treinamento físico. 4) Experimente. 3- O Poder da influência do meio Conecte-se a ambientes onde se encontram pessoas com hábitos que você almeja alcançar. 1) Aulas em grupo. 2) Estar em parques ou locais onde as pessoas costumam praticar atividades físicas. 3)-Frequentar restaurantes com conceito saudável. 4)-Frequentar feiras orgânicas. 5)-Fazer cursos de gastronomia saudável. 6)-Participar de desafios em grupo e comunidades. 4- O Poder do conhecimento Informações de qualidade e de fonte confiável. Podcast YouTube Palestras Redes Sociais Livros. Tudo isso ajuda na mudança de “mindset”. Vai ajudar a “trocar a chave” na mente para começar a entender. Por exemplo, explicar com conhecimento sobre um alimento para uma criança consumi-lo, em vez de só dizer: “come que vai te fazer bem”. 5- O Poder das suas experiências Se você tem a crença de que “eu sou preguiçosa, não adianta, não consigo”, lembre-se de um momento em sua vida em que agiu de forma diferente. Pense e escreva: qual momento de sua vida você... Teve muita disciplina. Superou suas próprias expectativas. Alcançou um objetivo. Acionar lembranças positivas, em vez das negativas, vai se tornando um hábito, elevando seu ânimo e desbloqueando as crenças negativas. 6- O Poder da mentalização Seu cérebro não sabe diferenciar imaginação e realidade. Quando se imagina de forma antecipada o futuro, você passa a criar as condições para que aquilo aconteça. Ao estimular seu cérebro com um futuro antecipado e desejado, você também irá estimulá-lo a buscar soluções para alcançar os resultados. Exemplos de atletas que utilizam treinamentos mentais para alcançar a mais elevada performance: Ayrton Senna, Michael Jordan, Michael Phelps. A mentalização é um tipo de hipnose (esta é um estado da mente focada). São nomes diferentes para a mesma coisa. No sonho, por exemplo, o cérebro não diferencia realidade da imaginação. Pode-se imaginar comportamentos que queremos cumprir: acordar cedo, correr e etc. Se a pessoa imaginar tais comportamentos positivos diariamente pode se surpreender, porque é uma técnica muito poderosa para mudar o hábito, vai atuar no subconsciente, através dessa mentalização. A pessoa faz um novo treinamento para o cérebro. É o princípio da neuroplasticidade: ter insights e novas ideias porque quando se percebe um novo caminho e começa a visualizá-lo, automaticamente se estimula no cérebro novos caminhos neurais e assim começam a se encontrar soluções. Agora se a pessoa só focar na dificuldade, não surgirão soluções novas. De fato, é uma postura de mudança de percepção das soluções.
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