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Apostila Completa GR UNIBH

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Prévia do material em texto

Maria Inês Machado de Salles
Jurema Barreiros Prado Debien
Belo Horizonte - 2009
SUMÁRIO
 1 - HISTÓRICO DA GINÁSTICA RÍTMICA........................................................................................................4
 ..............................................................................................................................................................4
1.1 A Ginástica Rítmica no mundo........................................................................................................4
1.2 A Ginástica Rítmica no Brasil........................................................................................................12
1.3 Principais Resultados do Brasil......................................................................................................13
 2 - CONCEITO E CARACTERÍSTICAS ESPECÍFICAS DA GINÁSTICA RÍTMICA......................................14
 3 - INTRODUÇÃO À DISCIPLINA......................................................................................................................15
 3.1 - Importância da GR na escola......................................................................................................15
 3.2 - Individuais..................................................................................................................................15
 3.3 – Conjuntos...................................................................................................................................15
 3.4 – Cronômetro................................................................................................................................16
 3. 5 – Júri.............................................................................................................................................17
 Dificuldade (D): (4 árbitros) Dividido em dois subgrupos:..............................................................17
 • Dificuldade de Movimento Corporal (D1) : (número e nível das da aparelho e possíveis dificuldades de outros grupos 
de dificuldades corporais). (10,0 no máximo) ...................................................................................17
 • Dificuldade de Aparelho (D2) : Maestria dos aparelhos, com ou sem lançamento, com risco). (10,0 no máximo)
..............................................................................................................................................................17
 ............................................................................................................................................................17
 Artístico (A): (4 árbitros) : Avalia o valor artístico da Coreografia de Base: Acompanhamento musical e coreografia 
(escolha dos elementos do aparelho, escolha dos elementos corporais, unidade e variedade) (10,0 no máximo). 17
 ...........................................................................................................................................................17
 Execução (E) (4 árbitros) Avalia a execução (Faltas técnicas) ( de 0,0 a 10,0)..................................17
 O árbitro 1 de D1 é o árbitro coordenador. Ele aplica as penalidades por saída do tablado, tempo do exercício e todas as 
outras faltas com relação a disciplina ( aparelho, colant, etc)..............................................................17
 Nota Final= (D1 +D2) + A + E (Máximo = 30,0)...........................................................................17
 2.............................................................................................17
 3.6 – Praticable ou Tablado.................................................................................................................17
 4.1 - Elementos Corporais Fundamentais (dificuldades)....................................................................18
 4.2 - Outros Grupos de elementos: (não são dificuldades).................................................................18
 5 – ORGANIZAÇÃO.............................................................................................................................................19
 5.1 - Estrutura da GR:.........................................................................................................................19
2 6 - OBJETIVOS GERAIS DE ENSINO DA GR.................................................................................................20
 7 - ELEMENTOS CARACTERÍSTICOS DO TRABALHO A MÃOS LIVRES (OUTROS GRUPOS)...............21
 7.1 - Formas de andar:.........................................................................................................................21
 7.2 - Passos:.........................................................................................................................................21
 7.3 - Corrida:.......................................................................................................................................21
 7.4 - Saltitos:.......................................................................................................................................21
 7.5 - Formas de girar:..........................................................................................................................22
 7.6 - Balancear:...................................................................................................................................22
 7.7 - Circunduções:.............................................................................................................................22
 8 - SIMBOLOS GERAIS DOS GRUPOS FUNDAMENTAIS DE MOVIMENTOS CORPORAIS.....................23
 9 – SALTOS..........................................................................................................................................................24
 9.1 - Características básicas para a avaliação do elemento corporal Fundamental Salto:..................24
 9.2 - Pequenos saltos...........................................................................................................................25
 10 – EQUILÍBRIO..........................................................................................................................................28
 ...........................................................................................................................................................................28
 10.1 - Características básicas para a avaliação do elemento corporal Fundamental Equilíbrio:........28
 11 – PIVOT............................................................................................................................................................31
 11.1 - Características básicas para a avaliação do elemento corporal Fundamental Pivot:................31
 12 – FLEXIBILIDADE/ONDAS...........................................................................................................................37
 Ondas Parciais no plano sagital (Outros Grupos)..............................................................................37
 13.2 - Ondas totais (Outros Grupos)...................................................................................................38
 Ondas Laterais (Outros Grupos).........................................................................................................41
 12.1 – Exercícios para o desenvolvimento da flexibilidade ...............................................................42
 12.1.1 - Extensões, flexões e inclinações......................................................................................42
 12.2 - Exercícios compensatórios:......................................................................................................45
 12. 3 - Flexibilidade das pernas...........................................................................................................4612.4 - Características básicas para a avaliação do elemento corporal Fundamental Flexibilidade/Ondas: 49
 13 – APARELHOS - SIMBOLOGIA....................................................................................................................50
3 14 – CORDA........................................................................................................................................................51
 14. 1 - Elementos característicos da corda e simbologia correspondente:..........................................51
 15 – ARCO............................................................................................................................................................55
2
 15.2 - Elementos característicos do arco e simbologia correspondente:.............................................55
 16 – BOLA.............................................................................................................................................................61
 16.1 – Elementos característicos da Bola e simbologia correspondente.............................................61
 17 – MAÇAS.........................................................................................................................................................65
 18.1 - Elementos característicos das maças e simbologia correspondente:.......................................65
 19 – FITA...............................................................................................................................................................68
 19.1 - Elementos característicos da fita e simbologia correspondente................................................68
 19 – REFERÊNCIAS.............................................................................................................................................71
3
 1 - HISTÓRICO DA GINÁSTICA RÍTMICA
 
1.1 A Ginástica Rítmica no mundo
A GR nasceu na metade do século XX, originária de temas educacionais básicos da 
ginástica, recebendo influências de diversas personalidades que contribuíram para o seu 
desenvolvimento, tais como Pestalozzi (pedagogia), 
Delsarte e Stebbins (expressão), Dalcroze, Bode, 
Mendau (rítmo) Duncan e Laban (dança). A GR foi 
sistematizada por Rudolf Bode que estabeleceu seus 
princípios básicos, introduziu os trabalhos em grupo e 
a utilização de alguns aparelhos como a bola, o 
tamborim e o bastão, definiu que a música deveria 
servir ao movimento e explorou todas as possibilidades 
de utilização do espaço.
A ginástica natural surgiu no século XVIII, na tentativa de formular um sistema de 
exercícios ginásticos baseados em movimentos naturais do corpo.
Esta forma de ginástica foi muito influenciada pelo filósofo e pedagogo 
Jean Jacques Rousseau (1712 – 1780), autor de Emilio, onde sustenta a 
bondade da natureza humana: “O homem nasce bom, a sociedade o corrompe”. Deu 
importância a educação do corpo como parte da educação total, e afirmou: “Cultivar à 
inteligência de nossos alunos, mas cultivai antes de tudo seu físico, porque é ele que vai 
orientar o desenvolvimento intelectual”. A Alemanha foi o primeiro país que colocou em 
prática a filosofia natural de Rousseau, através de Johann Basedow (1723 – 1790). Em 1774 
na escola de Basedow (Philanthropium) a Educação Física enfatizava a volta ao natural. 
O Instituto Schnepfenthal criado em 1785 por Cristian Salzamann (1744 – 1811) que foi 
o primeiro educador a escrever vários livros de ginástica e com isso, um grande 
desenvolvimento foi alcançado. Guts Muts, que foi conhecido como o avô da ginástica 
trabalhou no instituto de Salzamann por 50 anos. Seus livros foram traduzidos e utilizados em 
muitos países. Ele enfatizava que a ginástica poderia ser muito agradável e que todos os 
exercícios poderiam ser desenvolvidos individualmente.
4
No início do século XIX, o célebre pedagogo suíço, precursor da Escola Nova, 
Johann Henrick Pestalozzi (1746 – 1827), afirmou: “O hábito do exercício 
físico não só desembaraça fisicamente a criança como também lhe desenvolve as faculdades 
intelectuais e morais”. Pestalozzi, que foi profundamente influenciado por Rousseau e pelas 
teorias educacionais da antiga Grécia, enfatizou que a educação é um método de encorajar o 
desenvolvimento natural individual através de experiências e que o objetivo da educação é 
ajudar o desenvolvimento das capacidades individuais. Ambas as teorias de Rousseau e de 
Pestalozzi influenciaram tremendamente as idéias de educação e, portanto as idéias de 
movimentos naturais da ginástica. A educação natural reconheceu as diferenças individuais e 
salientou que o aprendizado deve ser individual.
Per Henrique Ling (1776 – 1839) que adquiriu de Rousseau os 
conhecimentos sobre educação pelos exercícios físicos afirmou: “A verdadeira educação na 
ginástica deve atender de igual modo às necessidades morais e corporais do indivíduo”. Foi o 
fundador da ginástica sueca que classificou os exercícios de acordo com sua função, 
nomeando-os: pedagógicos, militares, médicos e estéticos. Apesar disso, ele não cultivou a 
ginástica estética que foi desenvolvida por educadores mais modernos.
François Delsarte (1811 – 1871) foi professor de arte dramática em 
Paris. Sentindo a importância dos movimentos do ator em cena para atender ao desempenho 
5
de sua comunicação com o artista de teatro, estudou e criou um método que teve grande 
repercussão. Seu propósito era o de ajudar os atores a desenvolverem poses naturais e 
gestos expressivos para usarem em cena. O sistema de gestos de Delsarte nunca se 
constituiu num sistema de ginástica. Apesar disso, se tornou uma forma popular de ginástica 
feminina do fim do século XIX porque ele enfatizava a graça, o porte e fez muito pelo 
desenvolvimento da saúde corporal. O sistema Delsarte trouxe duas qualidades nos 
movimentos ginásticos, chamadas estética e expressiva. 
Baseada neste trabalho que apesar de não ter sido endereçado à ginástica foi-lhe 
ponto de inspiração, sua aluna Geneviãve Stebbins criou na cidade de New York nos Estado 
Unidos, a Escola de Expressão Geniãve Stebbiens. Deu ao seu trabalho características 
próprias e orientou-o na busca de uma “atitude espiritual”, equilíbrio, postura correta e 
relaxamento. Stebbins acreditava que a expressão natural era a verdadeira forma de 
ginástica. Seu sistema, que foi criado pela combinação do sistema Delsarte com os exercícios 
suecos de Ling, tinha objetivo de treinar o corpo como um efetivo instrumento capaz de ser 
usado com toda expressão a graça artística. Apesar de seu sistema não despertar muito 
interesse nos Estados Unidos, suas discípulas Edwigew Kallmeyer e Bess Mesendieck 
difundiram sistemas de ginástica na Alemanha. A primeira deu ao seu trabalho um cunho 
pedagógico, com exercícios naturais e a segunda deu um destaque aos exercícios 
respiratórios. O método Stebbins teve uma forte influência no desenvolvimento da ginástica 
feminina e da dança moderna.
Henrique Cilas, por volta de 1821, editou um livro chamado “Exercícios para 
desenvolver a beleza e a força nas mulheres” e mais tarde Kallisthenie, endereçado também 
à Educação Física da mulher.
Emile Jacques Dalcroze (1865 – 1950) pedagogo e professor de 
Harmonia no Conservatório de Genebra criou formas variadas de exercícios para desenvolver 
a sensibilidade musical dos estudantes através de movimentos naturais do corpo. A 
Eurítmica, descrito como um sistema muscular e de instrução musical, mais tardeconhecido 
como ginástica rítmica foi divulgado por este educador suíço. Ele abriu duas escolas de 
treinamento para professores europeus de rítmica – a primeira em 1911 na Alemanha e 
6
muitos anos depois outra em Genebra, na Suíça. Muitos dos que fizeram Ginástica Rítmica 
Moderna estudaram em suas escolas e foram influenciados pelo famoso sistema de eurítmica 
ou ginástica que foi difundido como meio de educação rítmica infantil nas escolas primárias de 
todo o mundo, principalmente na Suíça, Alemanha, na Rússia, na Tchecoslováquia e nos 
Estados Unidos. Seu método visava:
• Desenvolver e aperfeiçoar o sistema nervoso e o aparelho muscular, de maneira 
a criar uma “mentalidade rítmica”, graças a uma colaboração íntima do corpo e 
do espírito, sob a influência da música;
• Estabelecer relações harmoniosas entre os movimentos corporais 
dinamicamente nuanceados e as diversas proporções e decomposições do 
“tempo” isto é criar o sentido do ritmo musical;
• Colocar em relação os dinamismos corporais nuanceados no tempo com as 
dimensões e as resistências do “espaço” isto é, criar o “sentido rítmico, músico e 
plástico”.
Rudolfo Bode, alemão e aluno de Dalcroze (1881 – 1970), deu ênfase 
a este trabalho, colocando a música a serviço do movimento corporal. Bode era professor de 
música, graduado no Instituto Eurítmico de Dalcroze, estudou filosofia e ciências naturais, 
estabeleceu o princípios básico da ginástica rítmica que são até hoje considerados como 
importantes. Alicerçou suas teorias no princípio da contração e relaxamento, que é a própria 
essência do movimento humano e forma a unidade do ritmo corporal. Adotou o princípio da 
totalidade como significado do movimento orgânico, numa interligação entre o corporal e o 
espiritual. Introduziu a ginástica de expressão e o trabalho em grupos, dando destaque à 
cooperação entre os participantes, despertando o sentido do centro do corpo se irradia para 
as extremidades, braços e pernas, fazendo trabalhar os grandes músculos e dando ao 
movimento o sentido global, diluído e oscilante. Embora Bode tenha tido muitas de suas 
idéias derivadas de Dalcroze, discordava deste de que a rítmica é somente condicionada à 
música. Bode acreditava que o movimento humano tem um ritmo marcado e próprio e que o 
movimento principal para a rítmica é encontrado no ritmo natural do próprio corpo. O caminho 
do movimento corresponderia então ao ritmo do corpo, no qual há uma fase de energia de 
7
contração seguida por uma fase de relaxamento. O objetivo do treinamento do movimento era 
o desenvolvimento total e natural do corpo. Quanto à música deixava claro: ela deveria servir 
ao movimento. Cria-se a música para o movimento e não o movimento para música; a 
ginástica rítmica não deve sujeitar-se à música e esta deve produzir um estímulo ativo capaz 
de auxiliar o praticante no domínio do movimento. Quanto ao espaço, explorar as direções e 
os planos em todas as possibilidades, Bode foi inspirado também pelas idéias de Pestalozzi 
que acreditava na liberdade e nos movimentos naturais desenvolvidos individualmente. 
Pestalozzi considerava ser a ginástica rítmica uma arte de expressão do interior do homem – 
corpo, mente e alma. Rudolf Bode criou em Munique na Alemanha, no ano de 1911, uma 
escola para professores de ginástica, música e dança. Com Delcroze a palavra Rítmica 
aparece pela primeira vez. Talvez por esse motivo Bode tenha chamado sua ginástica de 
Ginástica Rítmica.
Henrich Medau (1890), foi outro estudante do Sistema de Dalcroze. Era professor de 
música e de Educação Física e graduado pela Escola de Ginástica de Bode. Em 1929 ele 
abriu uma escola em Berlim que, após a Segunda Guerra Mundial foi transferida para Goburg. 
Medau criou o sistema de ginástica para jovens e mulheres aos quais ele pretendia 
proporcionar saúde, boa postura e graça. Estabeleceu uma diferença entre exercícios rítmicos 
e métricos, empregou aparelhos manuais para atingir o sentido rítmico do movimento e o 
relaxamento necessário para sua boa execução. O uso de aparelhos exigia maior 
concentração e conseqüentemente tornava a executante mais consciente de si mesma, 
permitindo movimentos mais relaxados e naturais. Por acreditar ser a música um fator muito 
importante no desenvolvimento rítmico e na expressão de movimentos, ele usava a música 
em ambos os treinamentos e também em apresentações. Suas alunas deveriam dominar um 
instrumento musical para estarem aptas a acompanhar suas classes, numa perfeita 
adequação entre o movimento e a música. Deu muita importância aos exercícios respiratórios, 
considerando fundamental o seu domínio para a contribuição na formação postural. Iniciando 
a educação de suas alunas com ginástica rítmica que, deveria ser espontânea, natural e 
expressiva, chegou à realização de espetáculos grandiosos de danças folclóricas.
Influenciada pelo desenvolvimento da educação dos movimentos da Alemanha, Ellui 
Bojorksten (1870 – 1974), professora de ginástica da Universidade de Helsinque, foi a 
primeira escandinava a desenvolver o programa de ginástica para meninas e mulheres. Ela 
acreditava que o sistema de ginástica de Ling era muito enfadonho, rígido e formal. Ela 
também acreditava que os exercícios de ginástica puramente mecânicos não atingiam a todas 
as pessoas e não poderia tirá-las de suas inibições. O seu objetivo na ginástica foi fazer mais 
do que simplesmente oferecer exercícios para a saúde; seus exercícios eram designados 
8
também para deixar os corpos, as cabeças e os espíritos das pessoas livres das tensões 
para criar harmonia individual. O seu trabalho teve uma grande influência nas outras práticas 
escandinavas.
Na Suécia, tanto Elin Falk (1872 – 1942), como Maja Carlquist (1884 – 1968), 
procuraram uma nova aproximação com os princípios de Ling para os exercícios de ginástica. 
Elas desenvolveram a liberdade e um tipo natural de ginástica. As ginásticas com aparelhos 
de mão foram muito desenvolvidas associadas aos exercícios de movimentos livres.
Muitos líderes de ginástica na Escandinávia promoveram seus próprios trabalhos 
através das performances de suas equipes. As mais famosas equipes de exibição são 
“Sophia Girls” e também “Malmo Girls”, todas suecas. Essas equipes são afamadas pelos 
seus excelentes trabalhos em ginástica rítmica com ou sem aparelhos de mão. A ginástica 
com bola destes grupos é provavelmente a mais refinada.
 Ernst Idla, nasceu na Estônia em 1905, estudou Ciências Biológica e foi professor de 
ginástica e seguidor das idéias de Bode, Idla entendia que a execução de um movimento se 
tornava mais fácil e expressiva quando associado à percepção sensorial; daí defender a 
importância da música para a ginástica.
Simultaneamente com o desenvolvimento da ginástica rítmica o movimento para a 
Dança Natural ganhou impulso sobre os esforços de Isadora Duncan, Rudolf Laban e Mary 
Wigman.
Isadora Duncan (1878 – 1927), uma famosa dançarina americana que conseguiu a 
maior aclamação mundial durante o fim do século XIX e princípio do século XX, rejeitando os 
métodos artificiais do balé convencional, ela acreditava que os movimentos poderiam ser 
naturais, inspirando-se na dança grega e em movimentos naturais livres da indumentária 
acadêmica, deu à dança nova concepção. Em sua 
autobiografia “Minha Vida”, afirma: “minha arte é 
precisamente um esforço para exprimir em gestos e 
movimentos a verdade de meu ser”. E foram precisos longos 
anos para encontrar o menor gesto absolutamente 
verdadeiro”.Exercitando os movimentos ela concluiu que todos 
os exercícios eram derivados dos movimentos 
naturais tais como correr, pular e saltar. Suas teorias sobre a 
Dança foram influenciadas pelas idéias de Rousseau, Delsarte e Dalcroze. Sua irmã que a 
acompanhou em muitas fases de sua carreira, Elizabeth Duncan, deu orientação pedagógica 
à Escola de Dança que as duas dirigiram em Berlim.
9
Rudolf Laban (1879 – 1958), um professor alemão de Dança defensor absoluto de que 
a Dança poderia se ampliar sem acompanhamento musical. Ele acreditava que desde que o 
movimento fosse uma substância da Dança, esta poderia ser um movimento à parte. 
Desenvolveu o sistema de movimento escrito chamado Labanotation, que ajudava o 
dançarino a entender os aspectos rítmicos do movimento. Laban também fez outras 
contribuições ao desenvolvimento da Dança natural.
Mary Wigman (1886 – 1973), foi uma líder da Dança na Alemanha que teve uma 
incomensurável influência na Dança Contemporânea, foi aluna de Dalcroze e Laban. Ela 
criou seu próprio sistema de técnica de Dança. Acreditava na simplicidade na natureza e no 
talento artístico para a educação do movimento. A sua escola veio a ser internacionalmente 
conhecida pelo seu treinamento de técnica de movimento.
Hilma Jalkanen deu importância a exercícios respiratórios considerando fundamental o 
seu domínio para a contribuição à formação postural. Ao iniciar a educação de suas alunas 
com a ginástica rítmica que deveria ser espontânea, natural e expressiva, chegou à realização 
de espetáculos grandiosos de Dança Folclórica. 
Desde a sua origem até o atual momento, a GR foi denominada de diferentes maneiras 
tais como: Ginástica Moderna, Ginástica Feminina Moderna, Ginástica Rítmica Moderna e 
Ginástica Rítmica Desportiva, este último nome permaneceu até o ano de 2000, voltando a 
partir de 2001, por determinação da Federação Internacional de Ginástica, a se chamar 
somente “GINÁSTICA RÍTMICA”.
A esportivização da GR iniciou-se em 1948 na Rússia, através da obrigatoriedade da 
apresentação de dois exercícios rítmicos em uma competição de Ginástica Olímpica 
(artística). Em 1952 surge em Frankfurt a Liga Internacional de Ginástica Moderna, fundada 
com o objetivo de estudar, divulgar e difundir os princípios e técnicas dessa modalidade, 
através de cursos e de demonstrações. A sua institucionalização como esporte autônomo foi 
reconhecida pelo 41o Congresso da Federação Internacional de Ginástica – FIG, realizado em 
1962, sendo aprovado o 1o Campeonato Mundial de Ginástica Moderna para o ano de 1963, 
na Hungria. Em 1980, o Comitê Olímpico Internacional incluiu a GR no programa de 
competições das Olimpíadas (Moscou). Sua primeira Olimpíada foi a de Los Angeles, no ano 
de 1984, somente com as provas individuais e em 1996, em Atlanta, EUA, a competição de 
conjunto passou a fazer parte do programa olímpico.
1.2 A Ginástica Rítmica no Brasil
A Ginástica Rítmica foi introduzida no 
Brasil nos anos de 1953 e 1954 através das 
10
Ilona PeukerGrupo Unido de Ginastas - 1957
professoras Margareth Frohlich (Áustria) em São Paulo e Ilona Peuker (Hungria) que 
ministrou cursos no Rio de Janeiro. Como conseqüência desse trabalho e motivada pelo 
excelente desempenho de suas alunas, a professora Ilona Peuker formou um grupo de elite 
chamado Grupo Unido de Ginastas, que propagou e divulgou a Ginástica Rítmica de norte a 
sul do Brasil. Peuker foi mentora de grandes professoras e treinadoras que muito contribuíram 
para o desenvolvimento do esporte no país, podendo destacar-se: Dayse Barros, Ingeborg 
Crause, Vera Miranda, Elizabeth Laffranchi e Theresinha Ribeiro Bonfim.
Apaixonada por esse esporte, a professora Theresinha Bonfim trouxe essa modalidade 
esportiva para Minas Gerais, formando a primeira equipe de competição: o GRUGIM (Grupo 
de Ginástica Moderna) , do qual a professora Maria Inês Machado de Salles faria parte mais 
tarde.
1.3 Principais Resultados do Brasil
No campeonato mundial de Ginástica Rítmica em 1975 em Madri, na Espanha, a 
ginasta Maria Inês Machado de Salles classificou-se em 16º lugar no individual geral e 11° 
lugar no aparelho Fita.
A partir de 1999, o Brasil marcou definitivamente a sua presença entre os melhores 
países nesta modalidade, conquistando o primeiro lugar nos Jogos Pan Americanos de 
Winnipeg, no Canadá.
Em 2000, oitavo lugar nas Olimpíadas de Sydney, na Austrália. Primeira vez que o 
Brasil participa de uma final olímpica.
Em 2001, primeiro lugar nos Quatros Continentes em Curitiba, Brasil. Todas esta 
classificações obtidas nos exercícios de Conjuntos. Também em 2001, na competição dos 
Quatro Continentes, Larissa Barata, do Brasil, conquistou cinco medalhas de ouro na 
categoria juvenil.
A equipe brasileira foi bicampeã nos Jogos Pan Americanos de Santo Domingos, na 
República Dominicana, em 2003 e tricampeão no Rio de Janeiro, em 2007.
Nas Olimpíadas de Atenas, 2004 , o Brasil manteve o oitavo lugar como nas 
Olimpíadas de Sydney.
O Brasil entrou definitivamente para a história mundial de Ginástica Rítmica!
11
2 - CONCEITO E CARACTERÍSTICAS ESPECÍFICAS DA GINÁSTICA RÍTMICA
Ginástica: Sua origem etmológica vem do grego “gymnastike”: a arte de exercitar o 
corpo ( Ayoub, 2004 p. 31).
Rítmica: Parte da teoria musical que trata das relações entre as expressões musicais 
e o tempo (Holanda, 2005 p. 1764)
Ginástica Rítmica:
Relação harmoniosa entre o corpo e os aparelhos manipulados em um espaço, 
envolvendo música e movimento rítmico.
Característica Específica;
• É praticado em nível de competição apenas por mulheres:
• Diferencia-se das outras ginásticas pelo uso dos aparelhos manuais.
 
 
12
CORDA ARCO
BOLA
MAÇAS
FITA
3 - INTRODUÇÃO À DISCIPLINA
A Ginástica Rítmica é um esporte de extrema beleza e plasticidade, que se destaca 
pela elegância e graciosidade dos seus movimentos. Atualmente praticado, em nível de 
competição, apenas por mulheres.
Diferencia-se das outras ginásticas pelo uso de aparelhos manuais: corda, arco, bola, 
maças e fita.
Possui dois tipos de competições:
 Individual: Quatro aparelhos – mudança a cada ciclo Olímpico.
 Conjunto (cinco ginastas): * Um tipo de aparelho
 * Dois tipos de aparelhos
 
3.1 - Importância da GR na escola
• O trabalho da GR com crianças e jovens desenvolvendo ritmo, coordenação, 
flexibilidade, agilidade, destreza, força, criatividade, velocidade de reação, 
desinibição, socialização, conhecimento das possibilidades e limitações pessoais.
• Apresentações em festas, abertura de Olimpíadas, festivais, desfiles, etc.
3.2 - Individuais
• 4 exercícios dos 5 aparelhos (corda, arco, bola, maças e fita)
• Duração: de 1’15’’ à 1’30”.
3.3 – Conjuntos
Dois exercícios:
• 1 tipo de aparelho
13
• Dois tipos de aparelhos. (escolha da FIG). 
• Duração: de 2’15” à 2’30”.
• 05 ginastas
3.4 – Cronômetro
• Acionado quando a ginasta ou a primeira ginasta do conjunto começa seu 
movimento.
• Pára quando a ginasta ou a última ginasta do conjunto estiver completamente 
imóvel. (0,05 pontos por segundo a mais ou a menos)
14
3. 5 – Júri
• Dificuldade (D): (4 árbitros) Dividido em dois subgrupos:
• Dificuldade de Movimento Corporal (D1) : (número e nível das da aparelho e 
possíveis dificuldades de outros grupos de dificuldades corporais). (10,0no 
máximo) 
• Dificuldade de Aparelho (D2) : Maestria dos aparelhos, com ou sem 
lançamento, com risco). (10,0 no máximo)
 
• Artístico (A): (4 árbitros) : Avalia o valor artístico da Coreografia de Base: 
Acompanhamento musical e coreografia (escolha dos elementos do aparelho, escolha 
dos elementos corporais, unidade e variedade) (10,0 no máximo).
 
• Execução (E) (4 árbitros) Avalia a execução (Faltas técnicas) ( de 0,0 a 10,0).
O árbitro 1 de D1 é o árbitro coordenador. Ele aplica as penalidades por saída do 
tablado, tempo do exercício e todas as outras faltas com relação a disciplina ( aparelho, 
colant, etc)
 Nota Final= (D1 +D2) + A + E (Máximo = 30,0)
 2
3.6 – Praticable ou Tablado
Dimensões: 13 m x 13 m
15
4 - GRUPOS DE ELEMENTOS DE MOVIMENTOS CORPORAIS
Os elementos corporais fundamentais são executados através de ações motoras de 
locomoção, manipulação e tônus corporal. Tais ações psicomotoras são classificadas de 
acordo com o grau de dificuldade. Os movimentos na Ginástica Rítmica são coordenados em 
uma composição de forma artística e técnica, procurando principalmente nas competições de 
alto nível um alto grau de dificuldade no manuseio dos aparelhos oficiais da modalidade. A 
dificuldade dos exercícios coordenados com os elementos corporais e o manejo técnico dos 
aparelhos vão determinar o grau de dificuldade do movimento e o nível técnico da executante.
4.1 - Elementos Corporais Fundamentais (dificuldades)
 Saltos
 Pivots
 Equilíbrios
 Flexibilidade/Ondas
4.2 - Outros Grupos de elementos: (não são dificuldades)
 Deslocamentos
 Saltitos
 Blanceios
 Circunduções
 Giros
 Passos Rítmicos
As dificuldades corporais FUNDAMENTAIS ou ELEMENTOS CORPORAIS 
FUNDAMENTAIS são regulamentadas pelo Código de Pontuação em níveis: A, B, C, D, ..... e 
os valores de cada uma varia de 0,10 até 1,00 ponto ou mais, respectivamente.
16
5 – ORGANIZAÇÃO
5.1 - Estrutura da GR:
17
ESTRUTURA DA GR
ELMENTOS CORPORAIS
GRUPO 
FUNDAMENTAL
OUTROS GRUPOS
SALTOS
EQUILÍBRIOS
PIVÔS
FLEXIBILIDADES/ONDAS
SALTITOS
DESLOCAMENTOS
CIRCUNDUÇÕES
BALANCEIOS, 
PASSOS RÍTMICOS
GIROS
ELEMENTOS COM OS APARELHOS
CORDA – ARCO – BOLA – MAÇAS - FITA
 
EXERCÍCIO DE 
CONJUNTO
EXERCÍCIO 
INDIVIDUAL
6 - OBJETIVOS GERAIS DE ENSINO DA GR
Os objetivos listados abaixo são gerais. Os mais específicos devem ser 
planejados pelo professor para uma determinada pessoa ou aprendiz. Esta lista serve para 
indicar as propostas da GR em geral e não tenta mostrar objetivos particulares de 
aprendizagem, deve ajudar o professor a considerar objetivos particulares para o aluno.
1) Desenvolver força, agilidade, flexibilidade e equilíbrio;
2) Desenvolver graça através do uso de movimentos naturais;
3) Desenvolver elegância;
4) Desenvolver postura;
5) Desenvolver o sentido cinestésico;
6) Desenvolver qualidade nos movimentos usando as duas mãos;
7) Desenvolver coordenação, ritmo e senso de tempo, combinando o tempo com a 
música;
8) Estimular o prazer da participação;
9) Desenvolver o trabalho do aparelho nas duas mãos;
10)Providenciar uma oportunidade de trabalhar com parceiros e com um grupo;
11)Providenciar uma oportunidade de avaliação própria e avaliação dos outros.
12)Desenvolver melhor entendimento das qualidades de movimentos através da 
criatividade;
13)Aprender os componentes da rotina da GR;
14)Desenvolver auto confiança;
15)Desenvolver um senso de criação através da composição de uma rotina.
18
7 - ELEMENTOS CARACTERÍSTICOS DO TRABALHO A MÃOS LIVRES (OUTROS 
GRUPOS)
Estas técnicas compreendem as várias formas de andar, correr, saltitar, girar, 
balancear.
7.1 - Formas de andar:
• Andar naturalmente;
• Andar molejado;
• Andar ponteado;
• Andar balanceando;
• Andar deslizando;
• Andar de ginasta ou estendido.
7.2 - Passos:
• Passo de valsa
• Passo cruzado
• Passo mazurca
7.3 - Corrida:
• Corrida natural
• Corrida molejada
• Corrida com a perna flexionada
7.4 - Saltitos:
• Saltito unido e cruzado
• Saltito com afastamento das pernas, podendo utilizar as posições do balet clássico
• Polca frontal e lateral
• Skip ou 1° saltito
• Galope ou 2° saltito
19
7.5 - Formas de girar:
• Girar em tempos diferentes com ou sem deslocamento
• Girar em posições assentadas; ajoelhas e com apoio de um ou dois pés
7.6 - Balancear:
São movimentos amplos e oscilatórios dos membros superiores ou inferiores, 
complementados pela participação total do corpo. Balancear tem como características 
principais o alongamento e a amplitude do movimento, podendo passar pelos planos frontal, 
dorsal, sagital fechado e sagital aberto.
7.7 - Circunduções:
• Espirais dos braços cruzados, alternados.
• Movimentos em oito dos braços e troncos nos planos horizontal e sagital
Os elementos corporais que fazem parte dos Outros Grupos de movimentos acima 
relacionados foram selecionados com o objetivo de facilitar a fixação da terminologia e estão 
destacados por que a partir deles pode-se formar a base do trabalho gímnico, não só da GR 
como da Ginástica Geral. Não se constituem, porém na totalidade das possibilidades de 
movimento dentro destas modalidades. A partir deles as possibilidades de criação e 
combinações são infinitas.
20
8 - SIMBOLOS GERAIS DOS GRUPOS FUNDAMENTAIS DE MOVIMENTOS 
CORPORAIS
SALTOS
PIVÔS
EQUILÍBRIOS
FLEXIBILIDADES
ONDAS
21
9 – SALTOS
Os saltos se desenrolam em três fases:
1) Impulsão ou saída do solo: exige movimento 
elástico das pernas para que sejam mais altos;
2) Vôo ou sustentação do corpo no ar: é preciso marcar grande amplitude e o máximo 
esforço do corpo;
3) Abordagem ou chegada ao solo: dos artelhos para os calcanhares numa semiflexão 
e restabelecimento.
Os saltos são a parte mais difícil da técnica sem aparelhos. Aprendem-se depois das 
lições de força, elasticidade, direção das pernas e adquiridos hábitos de correta postura 
atlética. Para o desenvolvimento da elasticidade é preciso exercitar-se com os meios da 
ginástica básica, dos saltitos e pequenos saltos. A sensação da ginasta ao realizar um salto, 
será de abandonar o solo pressionando-o, tendo como último contato os dedos dos pés.
Podem ser executados com ou sem deslocamento. Quanto maior o número de ações 
corporais durante o salto, maior será seu nível de dificuldade: flexão de tronco (frente ou 
atrás); rotação do corpo durante o salto; impulsão com um ou dois pés, etc.
9.1 - Características básicas para a avaliação do elemento corporal 
Fundamental Salto:
• Altura ou elevação
• Forma definida e fixada
• Amplitude da forma
• Maestria com o aparelho
ASPECTOS A SEREM OBSERVADOS
• O salto terá um componente vertical maior do que horizontal
• A posição de braços poderá ser variada, dependendo da combinação do exercício;
OBS: Para se realizar os pequenos e grandes saltos com deslocamentos, a criança 
deverá dominar passos-saltos: Temps-levé
 Chassés
22
 Corridas da GR 
• Temps-levé
9.2 - Pequenos saltos
Na Ginástica Rítmica, estes pequenos saltos têm dupla função: por um lado são 
utilizados para um andamento que antecede a um grande salto. Deverá haver uma 
preparação prévia de pequenos saltos com o objetivo de preparar, paulatinamente o 
organismo e a ação dos músculos. Por outro lado, utilizaremos como uma tomada de 
consciência do corpo no espaço,assim como uma maior coordenação e habilidades motoras 
básicas. Podem se iniciar sobre um ou ambos os pés e também finalizar sobre um ou sobre 
os dois pés.
Exemplo de salto
1) Salto de Biche
2) Salto Tesoura 
Sexta posição de pés em relevé, braços 
ao longo do corpo.
23
Dar um passo para frente com a perna direita. Braços ao longo do corpo. Lançar a 
perna esquerda em Grand Battement à frente. Braços acompanham a movimentação das 
pernas.
Lançar alternadamente a perna direita com Grand 
Battement, fazendo o mesmo percurso da perna esquerda. 
Braços em quinta posição.
Uma vez no ar, haverá uma troca de pernas. Braços em quinta 
posição
A chegada ao solo será sobre a perna esquerda. Braços se abrem 
à segunda posição
3) Salto Cabriole
4) Salto Ejambée
4) Salto Cossaco
24
Salto de biche a boucle 
Salto vertical 
Salto em círculo 
25
 10 – EQUILÍBRIO
 
Entende-se por equilibrar, a capacidade que o indivíduo 
tem para executar e manter qualquer movimento com o seu corpo 
contra a gravidade. São muitas as variações dos movimentos de 
equilíbrio.
10.1 - Características básicas para a avaliação do 
elemento corporal Fundamental Equilíbrio:
• Ser executado sobre uma ½ ponta ou um joelho;
• Ser nitidamente mantido Forma definida e fixada;
• Amplitude da forma.
• Maestria com o aparelho
A preparação dos exercícios que darão à ginasta a segurança para executar um 
movimento de equilíbrio, vem desde os primeiros exercícios da dança clássica, tais como:
- Controle do abdômen e glúteo;
- Sustentação das pernas;
- Força dos pés para relevés;
- Grande noção de relaxamento e contração, etc.
Os equilíbrios se dividem em: Estáticos e Dinâmicos
Estáticos: Equilíbrios fixos
Dinâmicos: Rotação lenta em torno do eixo (tour lent).
26
Exemplos de equilíbrios 
1) Equilíbrio atitude;
 
2) Equilíbrio arabesque;
 
 3) De joelho
 
Exemplos de equilíbrios Dinâmicos:
1) Arabesque 180°: 
2) Perna livre na horizontal: 
27
3) Cossaco 180°: 
Os equilíbrios são uma parte importante da Ginástica Rítmica: é o domínio do esquema 
corporal; é necessário ter estabilidade; são as bases técnicas de outros grupos estruturais de 
mãos livres.
Formas de Equilibrar (Outros Grupos de Elementos Corporais)
Exemplos de equilíbrios que não são dificuldades:
A) Em posição sentada
Decúbito dorsal, braços ao longo do corpo.
Subir pernas e tronco ao mesmo tempo, apoiando nos glúteos. Braços em quinta 
posição, especialmente durante sua iniciação. Voltar a posição inicial.
28
Figura 1
11 – PIVOT
É o ato de se mover de maneira circular com o corpo 
equilibrado em torno do próprio eixo, executado de forma total, 
sobre uma ½ ponta ou sobre um joelho.
11.1 - Características básicas para a avaliação do 
elemento corporal Fundamental Pivot:
• Ser executado sobre uma ½ ponta,
• Completar a rotação sobre a ½ ponta;
• Forma definida e fixada;
• Amplitude da forma.
• Maestria com o aparelho
Progressão pedagógica
 Giro do corpo sobre uma perna 360º, 720º, e assim progressivamente.
 En-dehors: giro para o lado da perna livre
 En-dedans: giro para o lado da perna de apoio
1ª Técnica:
Giro da cabeça: fixar um ponto fixo na altura dos olhos, este ponto de referência varia 
de função de:
 Giro estático: se fixa à frente
 Giro dinâmico: se fixa lateralmente ao corpo e segundo a direção do giro.
2ª Técnica:
Pivot en-dehors desde a terceira posição.
As figuras 1,2,3 correspondem à preparação do pivot.
PROGRESSÃO:
Frente para barra, terceira posição de pernas com direita à frente, 
braços apoiados na barra em posição 
preparatória.
 Demi-plié. Pressionar 
os calcanhares contra o solo para realizar maior impulsão. 
Elevar a perna direita em passé aberto, realizando relevé.
29
Figura 1
Figura 2
Manter esta posição alguns segundos.
Girar para a direita 360º soltando as mãos da barra.
Segurar a barra mantendo o passé uns 
segundos, passando os braços para a segunda posição e posteriormente, parar 
em terceira posição.
Pivot en-dehors desde a quarta posição.
As figuras 1,2 e 3 correspondem a preparação do pivot
PROGRESSÃO:
Terceira posição dos pés, perna direita à frente, braços em posição 
preparatória.
Realizar Tendu ao lado com a perna direita, braço se 
abrem para a segunda posição.
Dirigir a perna direita para a quarta posição atrás, o braço direito se coloca à frente e 
braço esquerdo se coloca ao lado, as mãos acompanham o prolongamento dos braços 
(posição de perna em demi-plié).
Subir firme no relevé, colocando-se em posição de passé en-dehor com a 
perna direita. Braço esquerdo se une com o direito em primeira posição.
Girar 360º para a direita, braços em posição preparatória, finalizando em 
quinta posição.
Pivot en-dedans desde a quarta posição 
As figuras 1,2 e 3 de pivot en-dehors desde a quarta posição correspondem à 
preparação do pivot en-dedans.
30
Figura 3
Fig. 1
Fig. 2
Fig. 3
PROGRESSÃO:
As figuras 4, 5 e 6.
 Dirigir a perna direita desde a quarta posição para a segunda.
 Braço direito em segunda posição e braço esquerdo em primeira.
 Subir o passé girando 360º para o lado esquerdo.
 Braço esquerdo em primeira posição e o braço direito realizará a impulsão desde a 
segunda para a primeira posição, terminando em terceira ou quinta posições de pés 
e posição preparatória de braços.
ASPECTOS A SEREM OBSERVADOS:
 Evitar as inclinações de cabeça.
 Manter o ponto de referência e buscar rapidamente o ponto fixo.
 Manter o encaixe do quadril em todas as posições da preparação dos pivot.
 Manter a posição en-dehors do passé.
Execução perfeita do pivot:
 Ter dominado os equilíbrios.
31
FIG. 1 FIG. 2 FIG. 3
FIG. 4 FIG. 5 FIG. 6
 Assimilar os movimentos independentes do pivot (braços, cabeça e tronco)
 Controle da contração e relaxamento do abdômen e glúteos.
 Domínio completo dos pivot en-dehors e en-dedans nas diversas posições de pés, 
utilizando o apoio na barra.
Exemplos de equilíbrios de nível 
1) Pivot em atitude 360°;
2) Pivot perna livre na horizontal 360°
3) Pivot arabesque
4) Pivot em passe com flexão do tronco 360°
Exemplos de equilíbrios de outros níveis de dificuldade:
Pivot Cossaco 360° 
Pivot Passe 1800° 
32
Pivot em círculo sem ajuda 360°
 
Formas de Girar (Outros Grupos de Elementos Corporais):
São as combinações dos exercícios que requer a correta assimilação do equilíbrio 
estático, exige habilidade para a mudança do centro de gravidade no ponto de apoio.
A) Giro desde sentado
Sentado com a perna flexionada, apoiando a parte exterior da mesma 
no solo. A outra perna estirada, apoiada lateralmente com a rotação 
interna do quadril. O braço da perna dobrada se coloca no solo e o 
outro se coloca correspondente a outra perna, ao lado.
A perna estendida se unirá à perna 
flexionada, colocando ambas em flexão dos joelhos para o alto e 
ponta dos dedos apoiados no solo.
Realizar um giro 360º sobre glúteos e a 
finalização ficará a critério do treinador.
B) Giro de joelhos
De joelhos, braços ao longo do corpo.
Colocar a perna direita à frente, ficando em posição semi-
ajoelhada. Braço esquerdo em primeira posição e direito em segunda 
posição.
Iniciar o giro para o lado esquerdo por meio 
de uma impulsão do braços situado na segunda posição, colocando-
se em primeiraposição ao mesmo tempo que a perna que está a 
frente, se una a da outra ajoelhada. Realizar um giro de 180º sobre os 
joelhos.
O corpo finalizará o giro separando a perna esquerda flexionada a 
frente. O braço direito na primeira posição e o esquerdo se abrirá para a 
segunda.
33
ASPECTOS A SEREM OBSERVADOS:
• Tronco erguido, abdômen e glúteos contraídos.
• Observar a técnica de giro de cabeça.
• Perna da frente em en-dehors.
• Ombros, quadril e joelhos em linha vertical.
34
12 – FLEXIBILIDADE/ONDAS
 Ondas Parciais no plano sagital (Outros Grupos)
Sentar sobre os calcanhares, flexão 
do tronco p/ frente, rosto voltando para 
baixo e mãos segurando os tornozelos.
Elevar a cabeça, continuar com as mãos seguras no 
tornozelo.
Desprender o quadril projetando-o p/ frente. 
Separando os glúteos dos tornozelos, formando um ângulo reto entre o 
quadril e os pés.
O movimento termina com uma grande extensão de tronco e 
cabeça.
Descer o quadril até sentar sobre os tornozelos, mantendo a 
extensão da coluna e cabeça.
Contração do tronco e terminar o movimento com flexão da cabeça 
para frente, regressando à posição inicial.
ASPECTOS A SEREM OBSERVADOS:
• A onda é executada sem paradas, joelhos unidos durante todo o exercício.
• O quadril e joelhos formam um ângulo reto com os pés.
• Quadril projetado para frente.
• Manter as mãos presas ao tornozelo, forçando a rotação dos ombros.
35
PROGRESSÃO:
Trabalho de flexão e extensão da coluna.
Naturalidade e domínio dos movimentos de contração e descontração do corpo em 
diversas posições.
Exemplos: A) Borboleta
B) Gato
C) De joelhos
13.2 - Ondas totais 
(Outros Grupos)
Plano sagital antero-posterior
Pés unidos, pernas semi-flexionadas, glúteos contraídos, 
braços em flexão continuando o prolongamento da coluna, mãos em 
posição alongada e cabeça situada entre os braços.
Contração do tronco, cabeça flexionada e braços próximos 
das pernas.
36
Continuar com deslocamento das pélvis para que os calcanhares se elevem do solo, os 
braços passam por baixo, cabeça no prolongamento do tronco.
Em forma ascendente, o corpo vai se aproximando da posição inicial.
ASPECTOS A SEREM OBSERVADOS:
• As pernas permanecem unidas durante todo exercício.
• Glúteos contraídos desde o início do exercício.
• É necessário conservar o equilíbrio sobre os metatarsos ao recuperar o tronco 
depois da onda.
• Durante a fig. 2-b, os joelhos, quadril e tronco estarão particularmente em linha reta.
• Movimento será rápido porém contínuo.
NOTA IMPORTANTE:
A dificuldade da execução de uma onda, está no momento em que umas articulações 
se flexionam ao mesmo tempo que outras se estendem exigindo uma grande coordenação e 
flexibilidade.
PROGRESSÃO:
• Ter uma boa preparação da coluna.
• Controle e assimilação de movimentos de contração e relaxamento do corpo.
• Domínio dos movimentos ondulantes parciais.
• Ter boa mobilidade nas articulações.
APRENDIZAGEM ESPECÍFICA:
• De frente para a barra, segurando com as mãos, em segunda posição dos pés.
37
Fig. 2-b
Figura 2
• De frente para barra em sexta posição dos pés.
• De frente para a barra, em sexta posição dos pés, segurando com uma das mãos, o 
outro braço descreverá um círculo antero-posterior no plano sagital.
• Onda total no centro, sem nenhum apoio.
Ondas Laterais (Outros Grupos)
Plano Frontal
Sexta posição de pés em relevé, braços direito e esquerdo em abdução e 
inclinação lateral do tronco para direita.
Separação lateral da perna direita, peso do corpo 
sobre a perna esquerda, mantendo a inclinação do tronco do 
lado direito.
Transferir o peso do corpo para o lado esquerdo, os 
braços descem alternadamente pelo plano frontal, para o 
outro lado.
Corpo em contração.
Deslocar o quadril para o lado direito, peso do corpo para a perna 
direita, com inclinação do tronco para o lado esquerdo. Terminando como a posição inicial.
38
Fig. 3
ASPECTOS A SEREM OBSERVADOS:
• Manter a contração do corpo durante a passagem das fig.3 e 4.
• Acompanhar o movimento dos braços com a cabeça.
• Glúteos e abdômen contraídos.
• Alternância dos braços.
• A continuidade do movimento.
PROGRESSÃO:
• Realizar a onda de lado, utilizando a barra ou espaldar.
• Abdominais laterais
Com ajuda da 
companheira, se colocar 
em decúbito lateral 
com os braços 
estendidos e as mãos 
entrelaçadas acima da cabeça, executar o exercício de elevação do tronco e voltar 
lentamente.
Com variação de colocação dos braços, executar o 
mesmo exercício.
12.1 – Exercícios para o desenvolvimento da flexibilidade 
12.1.1 - Extensões, flexões e inclinações
As extensões, flexões e inclinações realizadas à direita e esquerda, são movimentos 
que tem sua origem, anatomicamente, na coluna vertebral.
 É um grupo muito importante da GR
 Extensões:
A posição da partida é variada tanto com os pés, quanto com os braços.
Existe uma série de exercícios destinados a conseguir uma boa extensão de tronco e 
pernas, as quais serão citadas como preparação muscular da coluna vertebral, evitando, 
deste modo, posturas incorretas.
39
Fig. 4
 Exercícios preparatórios
A) Elevação tronco e pernas
Decúbito ventral, braços estendidos, ambos ao lado da 
cabeça.
Elevação de pernas juntas 
em extensão e braços esendidos, dois tempos para subir, 
mantendo o quadril em contato com o solo e voltar a posição 
inicial.
OBS: O exercício deverá ser sincronizado entre os braços e pernas, devendo iniciar e 
finalizar ao mesmo tempo.
B) Extensão de tronco
Em decúbito ventral, palmas das mãos apoiadas 
no solo na altura da cintura.
Elevação do peito e do estômago, os braços se estiram ao mesmo tempo em que se 
realiza uma extensão de tronco com o máximo alargamento do 
corpo.
OBS: É importante a conservação do quadril em contato com o 
solo.
C) Extensão de tronco mantido
É aconselhável repetir o exercício da fig. 1 de extensão do 
tronco muitas vezes, até que a cabeça realize uma extensão 
de maneira que o corpo esteja em uma linha reta com o resto da 
coluna.
Finalizar separando as mãos do solo e mantendo o tronco 
acima durante alguns segundos, a posição dos braços é variada 
conforme a criatividade do treinador.
 Variações de extensão do troco e pernas
40
A) Segurar com as mãos a parte posterior de ambas as pernas e progressivamente 
caminhar com as mãos até chegar nos tornozelos.
B) Fig. 2, Fig. 3, Fig. 4
OBS: Quadril e ombros simétricos, separar diafragma do quadril. Observar total 
extensão de joelhos e pernas.
 Ponte:
Este exercício é importante para dois acrobáticos do código de pontuação: - reversão 
para frente e para trás.
É também básica, a perfeita execução da ponte para a realização de vários outros 
elementos corporais do código de pontuação.
Exemplos de exercícios preparatórios para a ponte usando apoio.
 Elevar e descer o quadril com as pernas flexionadas e estendidas.
Utilização dos espaldares e a própria 
barra de dança clássica. 
41
Fig. 2 Fig. 3 Fig. 4
OBS: Durante a realização do exercício, os ombros estarão em linha vertical com as 
mãos e as pernas totalmente estiradas e juntas. 
O peso do corpo estará sobre os braços.
O ritmo do exercício deverá ser mantido rápido e sem dobrar os joelhos.
12.2 - Exercícios compensatórios:
Exemplos:
A) Postura corporal correta
Em sexta posição de pés, contrair os músculos do abdômen e 
glúteos evitando excesso de curvatura (espaldar).
Para as crianças menores, adotar a posturado gato (ver ondas parciais).
Decúbito dorsal, braços ao longo do solo, hiperlordose lombar.
Contração dos músculos do abdômen evitando a hiperlordose, 
procurando o contato total da coluna com o solo.
B) Estiramentos
Desde decúbito dorsal, braços ao longo do corpo.
Elevação das pernas juntas e 
estendidas por cima da cabeça, até tocar o solo com os pés.
Alterar a posição dos pés, passando-os para flexão lentamente e 
voltar a posição inicial, procurando sentir vértebra por 
vértebra.
42
ASPECTOS A SEREM OBSERVADOS:
• A cabeça deverá permanecer voltada para cima durante todo o exercício.
• Evitar a hiperlordose durante a contração dos músculos abdominais.
• Durante todo o exercício, os braços permanecem na posição inicial.
• Joelhos totalmente estendidos.
 Flexões:
A) Flexão de tronco
Posição agachada, de costas para o espaldar, mãos seguras no 
primeiro degrau de baixo para cima, pés em relevé.
Movimento simultâneo: pés apoiados no solo, tronco 
e cabeça ao longo das pernas em extensão. (Repetir o 
exercício lentamente, por 3 vezes, no mínimo).
B) Flexão passiva
12. 3 - Flexibilidade das pernas
 Exercícios preparatórios 
Ver exercícios de barra da dança clássica: 
• Grand battements
• Arabesques
Estiramentos desde sentados e de pé.
Estiramentos com ajuda da companheira ou 
treinador.
43
Spagat desde o primeiro degrau do espaldar até um plano elevado, com ajuda da 
companheira. 
 Exemplos de combinações com flexo-extensão de pernas e 
tronco
De pé, em quarta posição, braço contrário da perna à frente.
Deslizar paulatinamente a perna da frente e a de trás, separando-
as o máximo, os braços sobem para a quinta posição.
Uma vez que as pernas formam a figura em spagat 
frente ao solo, se efetuará uma grande extensão de tronco.
Ininterruptamente, passamos à posição prancha. Braços na 
segunda posição, pernas unidas.
Girar 180º ficando na posição de decúbito 
dorsal.
Finalizar em posição semi-ajoelhada para chegar até a posição 
inicial.
Reiniciar o exercício com a outra perna.
ASPECTOS A SEREM OBSERVADOS:
• O quadril estará em linha paralela com os ombros.
• O deslizamento das pernas estará seguindo sua linha correspondente.
• A perna da frente em flexão e a de trás em extensão.
• Os pés seguirão o prolongamento das pernas.
• Todo o exercício deverá ser executado continuamente.
• Os exercícios de flexão e extensão de tronco e pernas poderão ser variados e 
forçados conforme o desenvolvimento da ginasta.
Importante:
Recomenda-se um cuidado especial para o trabalho de flexibilidade a ser ministrado às 
ginastas.
44
Os exercícios de flexibilidade irão desenvolver tanto a elasticidade muscular como a 
mobilidade articular.
A união das duas vai levar a executante à aquisição da amplitude dos movimentos, que 
é o objetivo principal dos exercícios de flexibilidade.
Exemplos de Flexibilidade 
1) Cambrê :
2) Ilusion 
Pounchée 
Apoio no peio 
Exemplos de Ondas 
1) Toneau 
2) Onda 
Onda (subida)
Toneau 
12.4 - Características básicas para a avaliação do elemento corporal 
Fundamental Flexibilidade/Ondas:
• Forma definida;
• Forma fixada;
• Amplitude da forma.
• Maestria com o aparelho
45
13 – APARELHOS - SIMBOLOGIA
46
MAÇAS
BOLA
ARCO
CORDA
FITA
14 – CORDA 
 MATERIAL:
Cânhamo ou material sintético, mas que seja leve e flexível.
 ELEMENTO CORPORAL OBRIGATÓRIO: SALTO
 MEDIDA:
A medida é proporcional à altura da ginasta.
Pisada ao meio, suas extremidades chegam próximas aos ombros, com dois nós nas 
pontas, podendo ser recobertas nas pontas, até 10 cm, com material anti-derrapante. 
14. 1 - Elementos característicos da corda e simbologia correspondente:
• Corda aberta, Saltos por dentro da corda; 
• Corda aberta, Saltitos por dentro da corda; 
• Échapper; 
 
• Rotações da corda; 
• Lançar e recuperar; 
• Manejo: balanceios, circunduções, véus, espirais e movimentos em oito. 
 MANUSEIO DO APARELHO:
Os exercícios com a corda exigem atividade, variedade, expressividade e muita 
atenção ao serem executados. 
Os exercícios preliminares exigem a combinação do impulso dos pés com a parte mais 
baixa do giro da corda. 
O treinador deverá começar com pequenos saltitos nos dois pés. 
47
A corda deve ser segura levemente, de modo que tenha toda a mobilidade necessária 
para a execução dos elementos próprios do aparelho. 
Para que a corda possa girar livremente, deve ser segura suavemente pelos 
dedos polegar e indicador, sendo apoiada pelo dedo médio. Tanto os dedos como os punhos 
deverão permanecer relaxados a fim de permitir toda a mobilidade necessária à execução dos 
trabalhos com o aparelho. A corda não deve apresentar um aspecto mole e as pontas da 
corda jamais deverão ficar fora da mão. 
 SALTOS E SALTITOS POR DENTRO DA CORDA:
As técnicas corporais a serem observadas durante os saltos e saltitos por dentro da 
corda são:
• O corpo deverá estar estendido;
• O quadril deverá estar encaixado;
• Os pés deverão estar estendidos;
• Os joelhos deverão flexionar-se ligeiramente na queda. 
Os giros da corda na execução dos saltos poderão ser:
• Em ritmo normal (um salto para cada giro da corda), os braços deverão estar 
semiflexionados;
• Em ritmo lento (um salto para cada giro da corda e passos intermediários entre os 
saltos). Os braços estendem-se verticalmente, em uma grande circundução no 
plano sagital;
• Em rítmo rápido (um salto para cada dois giros da corda) denominado “duplo da 
corda”, os movimentos da corda são mantidos através de um trabalho específico de 
punhos;
• De trás para frente e da frente para trás;
• Lateralmente (a corda gira lateralmente ao corpo). 
 ÈCHAPPER: É a soltura de uma das extremidades da corda. 
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 ROTAÇÕES: Movimentos circulares da articulação do punho, utilizando várias 
formas e planos. 
 LANÇAMENTOS E RECUPERAÇÕES: A corda poderá ser lançada com uma ou 
duas mãos; poderá ser recuperada pelas duas extremidades ou fechada. 
• Nos lançamentos, a corda poderá ou não descrever uma ou mais rotações em 
pleno ar;
• Todo movimento de lançar parte inicialmente de um impulso. 
Observação: É permitido recuperar a corda até 5 cm das pontas
 MANEJO: (BALANCEIOS, CIRCUNDUÇÕES, VÉUS E MOVIMENTOS EM OITO). 
 BALANCEAMENTOS: São movimentos de vai-e-vem da corda
• A corda poderá estar aberta ou dobrada;
• A corda não poderá tocar o corpo da ginasta ou qualquer parte dele;
• O corpo todo participará do movimento, seguindo a direção e o trabalho do 
aparelho. 
 CICUNDUÇÕES: São movimentos em que a corda, com a sua extremidade distal, 
descreve-se um círculo. Poderão ser executados nas posições em pé, ajoelhada ou 
sentada; com deslocamento ou sem, em equilíbrio, giros, saltos e saltitos. 
 MOVIMENTOS EM OITO: Poderão ser executados nos planos frontal/dorsal, sagital 
(direito/esquerdo), sem deslocamentos ou com deslocamentos. 
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15 – ARCO
 MATERIAL:
Plástico, madeira ou fibra de vidro.
 ELEMENTO CORPORAL OBRIGATÓRIO: TODOS
 MEDIDAS:
40-50 cm, para crianças de 6 a 8 anos.
75-82 cm, para crianças de 9 a 12 anos.
85-90 cm, para crianças acima de 12 anos. (Oficial)
15.2 - Elementos característicos do arco e simbologia correspondente:
• Rolamentos livres (pelo corpo e pelo solo)
• Rotações (ao redor de uma mão ou parte do corpo, ao redor de seu eixo, sobre o 
corpo, solo ou em vôo.
• Lançamento e recuperação• Elementos por cima
• Passagens através do arco
• Manejo: balanceios, circunduções, movimentos em oito, impulsos.
 MANUSEIO DO APARELHO
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O contato das mãos sobre o arco deve ser leve, a fim de que o aparelho tenha 
toda a mobilidade necessária para execução dos elementos que lhes são próprios, podendo 
ser rigorosa somente passageiramente. 
Pela diversidade de empunhaduras existem, várias formas de manejo:
Tipos de empunhadura:
1- Normal (por cima); as palmas das mãos estarão voltadas para baixo;
2- Invertida (por baixo); as palmas das mãos estarão voltadas para cima;
3- Interna (por dentro); as palmas das mãos estarão voltadas para fora e os dedos 
polegares para baixo;
4- Mista; o arco estará seguro pelas duas mãos, usando – se empunhaduras 
diferentes para cada mão. Ex: mão direita, normal e mão esquerda invertida. 
A fim de manejá-lo corretamente, deve-se manter o arco entre o polegar e o indicador, 
sem segurá-lo fortemente. No início da aprendizagem é melhor deixar o arco escapar das 
mãos, do que agarrá-lo com um empunhadura defeituosa. 
 ROLAMENTOS:
Juntamente com as rotações, são considerados os movimentos típicos com o arco. 
1- O rolar do arco deverá ser suave, contínuo, sem vibrações e o aparelho deverá ficar 
em contato tanto como o solo, como com o corpo da ginasta;
2- Os rolamentos do arco poderão ser em linha reta ou em curva;
3- O rolamento com retroefeito (retroação) tem técnicas específicas de manejo. 
Técnicas de rolamento com retroefeito: Este rolamento é executado para frente, no 
plano sagital. 
Execução: Segurar o arco na sua parte mais alta (palma da mão voltada para baixo) 
elevar o braço até a frente oblíqua para baixo e através de um movimento rápido de punho 
(flexão e extensão), solta o arco que rolarão para frente e em determinado momento, 
retornará à mão da ginasta como um bumerangue. 
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1- O arco deverá manter contato com o solo imediatamente após ter sido solto;
2- Se o impulso inicial for fraco, o arco ficará girando no mesmo lugar e rolará para 
trás, ao invés de rolar para frente;
3- A recuperação do arco deverá ser suave e sem interrupção do movimento. 
Técnica do rolamento do arco em círculo pelo solo: Colocar o arco sobre o solo 
inclinando a parte superior do mesmo em direção ao corpo da ginasta; a mão estará pousada 
sobre o aparelho, mantendo a palma para baixo e os dedos ligeiramente separados. Com leve 
pressão do arco sobre o solo, faze-lo rolar em trajetória circular sobre sua borda interna até 
retornar ao ponto de partida. 
1- O arco, durante o rolamento, deverá perfazer o percurso sem vibrações ou 
oscilações;
2- Para que este tipo de rolamento seja perfeito, o arco deverá descrever no solo, 
durante toda a sua trajetória, um círculo perfeito e retornar à mão da ginasta, que o 
recuperará suavemente. 
 ROTAÇÕES
Nesses movimentos, o arco gira ao redor de seu eixo vertical. Poder-se-ão 
executar rotações do arco nos planos frontal, sagital e horizontal, ao redor da mão 
espalmada, dedos unidos, polegar elevado, manter o arco girando continuamente entre o 
polegar e o indicador, fazendo-o passar alternadamente sobre a palma e o dorso da mão. 
1- As rotações do arco não poderão apresentar vibrações ou alterações de planos;
2- Nos movimentos com troca de mãos, deve-se colocar a mão livre junto à mão que 
executa o movimento;
3- As passagens do arco de um plano para o outro ou de uma mão para a outra, 
deverão ser feitas sem alteração do ritmo e sem interrupção do movimento;
4- O aparelho não poderá, de forma alguma, tocar no corpo da ginasta ou em parte 
dele;
5- As rotações poderão ser usadas na composição como elementos de ligação e 
deverão ser unidas a elementos de dificuldade. 
 LANÇAMENTOS E RECUPERAÇÕES:
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Todo lançamento é precedido de um impulso. 
1- Os elementos de ligação entre lançamentos do arco poderão ser feitos através de 
balanceamentos, rotações e circunduções;
2- Dever-se-á iniciar o trabalho de lançar e recuperar o arco com lançamentos baixos 
e depois aumenta gradativamente a altura dos mesmos;
3- A preparação do movimento é executada na mesma direção para onde vai ser 
lançado o aparelho; 
4- Os lançamentos do arco poderão ser feitos em todos os planos e direções;
O lançamento por detrás do cotovelo (plano sagital), obedece à seguinte 
movimentação:
1- Segurar o arco com empunhadura normal à frente do corpo no plano sagital 
anterior;
2- Levar o braço estendido para baixo e para trás; quando o arco chegar ao quadril. 
Flexionar ligeiramente o braço e com firme ação do punho para trás e para cima, 
fazer o aparelho “voar” sobre o cotovelo, em direção à frente;
3- Se o movimento do punho não for firme e se o braço não for flexionado, o arco irá 
para trás e não por cima do cotovelo;
4- No lançamento com uma das mãos, o arco poderá ser solto nos planos frontal ou 
sagital, através de um movimento rápido de punho;
5- O aparelho deverá ser lançado quando o braço atingir o ápice do movimento;
6- Se o arco for solto antes da extensão total do braço, será lançado para frente e 
sairá muito baixo, prejudicando o trabalho corporal que vier a seguir;
7- Se o arco for lançado muito tarde, será deslocado para trás da ginasta e 
irrecuperável;
8- Durante um lançamento, a direção do aparelho deverá ser perfeitamente definida;
9- O arco deverá manter-se em seu plano durante o vôo, sem alterações ou vibrações. 
 MANEJOS: BALANCEIOS, CIRCUNDUÇÕES, MOVIMENTOS EM OITO, 
IMPULSOS.
O arco poderá ser balanceado nos planos frontal, sagital e horizontal.
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• O arco deverá ser seguro firme, sem tensão.
• Nos impulsos e balanceamentos, o movimento parte da articulação do ombro.
• O corpo todo participa do movimento, estendendo-se em direção ao aparelho.
• Os movimentos deverão ser amplos.
• Nos balanceamentos horizontais, os braços permanecem estendidos mas sem 
tensão.
• Os balanceamentos são importantes elementos de ligação nos movimentos de arco.
• Ao passar o arco de uma mão para outra, o movimento de balancear não deve ser 
interrompido.
• Deve-se sempre manter o alinhamento corpo/aparelho.
• MOVIMENTOS EM OITO:
Os movimentos em oito são resultantes de dois movimentos alternados de circundar. 
Poderão ser executados nos planos: frontal/dorsal (arco na vertical); sagital (direta/esquerda, 
arco na vertical); horizontal (movimentos em espiral no plano horizontal, níveis médio e alto, 
arco na horizontal). 
1- Esse movimento obedece à mecânica do movimento em espiral da bola;
2- Movimentos enérgicos dos braços e ação firme do punho determinam a figura do 
oito. 
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16 – BOLA
 MATERIAL:
Plástico flexível, material sintético, borracha ou silicone.
 ELMENTO CORPORAL OBRIGATÓRIO: FLEXIBILIDADE/ONDAS
 MEDIDAS:
Diâmetro: De 18 a 20 cm
Peso: 400 gr
16.1 – Elementos característicos da Bola e simbologia correspondente
 
• Lançamentos e recuperações; 
• Quicadas;
• Rolamentos livres sobre o corpo ou sobre o solo; 
• Manejo: Impulsos, balanceios, circunduções, movimentos em oito, inversão com ou 
sem movimentos circulares dos braços (com a bola em equilíbrio sobre uma das 
mãos ou sobre uma parte do corpo) pequenos rolamentos e rolamentos 
acompanhados.
 MANUSEIO DO APARELHO
A bola deve ser segurada suavemente com a ponta dos dedos, sem afundar demais 
nas mãos;
A mão deverá adaptar-se à forma esférica da bola, formando um apoio livre ao 
aparelho; os dedos poderão estar unidos ou ligeiramente afastados e elevados. A bola pousa 
suave e livremente equilibrada sobre a palma ou o dorsoda mão.
Os elementos seguintes podem ser realizados com uma ou duas mãos, em toda as 
direções, sobre todos os planos, com apoio sobre um ou dois pés ou sobre uma outra parte 
do corpo, com ou sem deslocamento e devem sempre ser coordenadas com elementos 
corporais.
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 LANÇAMENTOS E RECUPERAÇÕES
Movimento de lançar é um gesto amplo e termina sempre com a extensão máxima do 
corpo, quando a bola rola pela palma da mão e a deixa após passar pela ponta dos dedos. O 
corpo e os braços são totalmente estendidos na direção do lançamento. Na recuperação, os 
movimentos são inversos: o corpo e os braços se estendem na direção da bola que 
descende, as pontas dos dedos tomam contato com a bola que rola suavemente para a palma 
da mão. O braço e corpo deverão ceder à velocidade da bola que cai e absorver seu peso, 
continuar a trajetória com um balanceamento, uma circundução ou um molejo, mantendo a 
participação total do corpo.
 QUICADAS
Na execução do movimento de quicar a mão acompanha o formato arredondado da 
bola e o punho não deverá estar firme; a bola é pressionada contra o solo e na recepção do 
aparelho é necessário que a mão mantenha o formato da bola. O corpo todo participando 
movimento de quicar a bola: quando a bola estiver no movimento descendente, as pernas 
semi-flexionam e quando a bola subir as pernas se estendem. 
O quicar da bola poderá ser:
• Ativo => Quando é executado através da ação corporal.
• Passivo => Quando a bola não é pressionada contra o solo.
Ex: Após um lançamento, a bola quica no solo antes da recuperação.
Podemos quicar a bola com as mãos, com os pés, com os joelhos, com o peito, com o 
cotovelo, etc...
 ROLAMENTOS
Os rolamentos da bola poderão ser feitos sobre o solo ou sobre o corpo: braços, 
pernas, tronco, costas.
O aparelho deverá manter o contato com o solo ou com o corpo durante toda a 
trajetória do rolamento, sem quicar.
A recuperação da bola, após o rolamento deverá ser suave.
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Para que a bola não dê sobressaltos, ela deverá ser colocada junto ao local e 
impulsionada com força suficiente para completar a trajetória pré-determinada.
MANEJO => IMPULSOS, BALANCEIOS, CIRCUNDUÇÕES, MOVIMENTOS EM OITO, 
INVERSÃO COM OU SEM MOVIMENTO DOS BRAÇOS E EQUILÍBRIO
IMPULSOS E BALANCEAMENTOS
Os balanceamentos aparecem em todos os movimentos com aparelho, mas com a bola 
irão adquirir técnicas específicas:
1- Em nenhum momento agarrar a bola com os dedos ou pressioná-la contra o 
antebraço;
2- Ao sentir que a bola está pesada no movimento descendente e leve ao ascendente, 
o movimento de balancear está correto;
3- Acompanhe a bola com o olhar e deixe o corpo seguir o balanceamento.
CIRCUNDUÇÕES
As circunduções poderão ser executadas nos planos frontal, sagital (da frente para 
trás, de trás para a frente), e ao redor do corpo.
MOVIMENTOS EM OITO
Os movimentos em oito são os resultados de dois movimentos alternados de circundar.
EQUILIBRAR
É a execução de movimentos nos quais a bola deverá pousar livre e equilibrada sobre 
uma parte do corpo.
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17 – MAÇAS
 MATERIAL:
 De madeira, plástico ou acrílico.
 ELEMENTO CORPORAL OBRIGATÓRIO: EQULÍBRIO
 MEDIDAS:
Tamanho: De 40 a 50 cm
Peso: 150 gr cada
 Elas tem forma semelhante a de uma garrafa, a parte grossa é chamada de corpo, a 
parte fina é chamada de pescoço e a esfera, cabeça (3cm de diâmetro).
18.1 - Elementos característicos das maças e simbologia correspondente:
• Pequenos círculos;
• Molinetes;
• Lançamento com ou sem rotação das maças durante a suspensão do aparelho (um 
ou dois), lançamentos assimétricos e recuperações;
• Batidas;
• Movimentos assimétricos;
• Manejo: impulso, balanceios, circunduções dos braços; Impulsos, balanceios, 
circunduções do aparelho e dos braço, movimentos em oito, rotações livres da 
maças e rolamentos das maças.
 MANUSEIO DO APARELHO
São dois os tipos de manejo:
Manejo livre ou móvel – Maça segura pela cabeça com giro livre. 
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Manejo fixo - Maças seguras pelas mãos, firmemente, semelhante à empunhadura do 
estilete da fita, como um prolongamento dos braços, com empunhadura normal (mão em 
pronação) ou invertida (mão em supinação).
 PEQUENOS CÍRCULOS
São movimentos de rotação interna ou externa, dos punhos e conseqüentemente das 
maças. Eles podem ser realizados no plano horizontal, com as mãos em pronação (pequenos 
círculos por baixo da mão) ou em supinação (pequenos círculos por cima das mãos); nos 
planos frontal, dorsal, sagital e horizontal.
A maça é mantida entre o polegar, o indicador e o dedo médio, tornando-se os 
principais pontos de contato. Isto permite que a cabeça da maça gire entre esses dedos, 
dando então mais liberdade à ação.
 MOLINETES
São pequenos círculos realizados com grande rapidez na execução, executados com 
duas maças alternadamente, com intervalos permanentes de 180º entre elas, através de 
movimentos de cruzar e descruzar dos punhos que devem permanecer em contato 
permanente. As maças podem executar molinetes horizontais, verticais ou oblíquos.
 LANÇAMENTOS E RECUPERAÇÕES
São movimentos de muita precisão. O impulso que antecede ao lançamento pode ser 
realizado através de um balanceamento ou circundução.
O vôo da maça acontece através de giros verticais ou horizontais, sem giros, com 
lançamentos de uma das duas maças, simultaneamente ou alternadamente. Os lançamentos 
podem ser classificados como pequenos, médios (aproximadamente três metros) ou grandes 
(acima de três metros).
Os lançamentos e as recuperações das maças são executados pela cabeça, mas elas 
podem ser lançadas e recuperadas pelo pescoço ou pelo corpo, na condição de que os 
movimentos sejam contínuos.
Os pequenos lançamentos com rotações das maças durante o vôo podem ser 
executados no plano vertical ou horizontal. Entretanto, nas rotações das duas maças, é 
preciso que haja sincronismo no seu movimento.
Nos lançamentos assimétricos, as maças descrevem movimentos em sentidos e/ou 
planos diferentes durante o vôo.
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 BATIDAS:
Nas batidas, é preciso ter uma boa sincronização com ritmo da música. As batidas com 
as maças podem ser executadas com precisão, batendo-se as maças uma contra a outra ou 
contra o solo, produzindo diferentes sons.
 MANEJO: Impulsos, balanceios, circunduções dos braços. Impulsos balanceios, 
circunduções do aparelho. Movimentos em oito e movimentos assimétricos.
Balanceamento no plano frontal, com transferência de peso (dois tempos), seguido de 
passo cruzado e de circulação dos braços (dois tempos), batendo as maças no final de cada 
movimento;
Balanceamento assimétrico do plano frontal (os braços se afastam e se cruzam à 
frente do corpo), seguido de circunduções também assimétrica. Eles são característicos das 
maças, e podem ser tanto combinações de elementos pertencentes a diferentes grupos, com 
combinações de elementos do mesmo grupo.
Balanceamento simétrico no plano sagital (os dois braços vão simultaneamente para 
trás ou para frente, em dois tempos), seguido de circundução simétrica, terminado atrás do 
corpo (extensão de ombro). Realizar mais dois tempos de balanceamentos seguidos de 
circundução, voltando à posição inicial.
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19 – FITA
 MATERIAL:
 Estilete: De madeira, bambu, plástico ou fibra de vidro.
Fita: De cetim, tafetá ou material semelhante.
 ELEMENTO CORPORAL OBRIGATÓRIO: PIVOT
 MEDIDAS:
Estilete: Comprimento: De 50 a 60 cm.
 Diâmetro: Até 1 cm.
 Fita: Largura: De 04 a 06 cm
 Comprimento: 5 m (juvenil) e 6

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