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anotações iniciais sobre processo do trabalho

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PROCESSO DO TRABALHO
Aula 01
Conceito:
Conjunto de normas que visam dar efetividade às normas de direito material do trabalho, aplicando a norma geral e abstrata ao caso concreto.
Aplicam-se as normas de direito processual comum apenas quando omissa a CLT e forem compatíveis as normas do CPC, cumulativamente.
Fontes, autonomia, interpretação e integração:
Fontes no processo de conhecimento: 1ª CLT; 2ª CPC.
Fontes no processo de execução: 1ª CLT; 2ª Lei 6.830/80 (Lei de execuções fiscais); 3ª CPC.
Aplicação supletiva: Existe a norma na CLT, mas ela é incompleta. Completa-se com a norma do CPC.
Aplicação subsidiária: Não existe a norma na CLT. A do CPC substitui se não for incompatível.
Eficácia da lei processual do trabalho no tempo: Teoria dos Atos processuais: A lei processual nova se aplica aos atos processuais seguintes, não podendo retroagir. A aplicação é imediata.
Eficácia da lei processual do trabalho no espaço: Princípio da territorialidade: Aplica-se a lei em todo o território nacional, para todos os que aqui laboram.
Aula 02, 03
Princípios:
Princípio dispositivo: “O processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve por impulso oficial (...)”.
No processo do trabalho, o juiz pode iniciar a execução de ofício, mas apenas se a parte não estiver representada por advogado.
A SRT deve enviar o processo administrativo diretamente à JT, para que se dê início à reclamação por falta de anotação da CTPS.
Certos entendimentos garantem que os dissídios coletivos podem ser iniciados de ofício pelo Tribunal.
Princípio inquisitivo: “Os Juízos e Tribunais do Trabalho terão ampla liberdade na direção do processo e velarão pelo andamento rápido das causas, podendo determinar qualquer diligência necessária ao esclarecimento delas. ”
Além disso, o Juiz deve conduzir o processo de ofício, uma vez iniciado. Assim como conhecer de ofício matérias de ordem pública.
Princípio do Juiz natural: Não há juízo ou tribunal de exceção; ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente.
Princípio da Identidade física do juiz: Pode um juiz produzir as provas e o outro julgar, da mesma vara, levando em conta a celeridade e economicidade.
Princípio da Irrecorribilidade imediata das decisões interlocutórias: Em regra, as decisões interlocutórias são recorríveis apenas quando da sentença.
Princípio da inafastabilidade da jurisdição: Mitigado pela reforma por:
Valores pedidos precisarem ser identificados na petição inicial; pagar honorários sucumbenciais mesmo sendo beneficiário da justiça gratuita; pagar a perícia caso esta prove que o que foi pedido é improcedente. São deduzidos dos créditos.
Princípio da imparcialidade: Igualdade de tratamento às partes.
O juiz deve se declarar suspeito ou impedido de ofício. As nulidades deverão ser arguidas pelas partes na primeira oportunidade que tiverem, exceto a de incompetência de foro (ofício) – diferentemente do processo civil, os atos decisórios proferidos por juízo incompetentes serão nulos de pleno.
Princípio da concentração dos atos processuais: Audiência UMA – regra – CONCILIAÇÃO – DEFESA – PROVAS – DECISÃO.
Rito ordinário: Petição inicial; distribuição; notificação; audiência (sentença).
Princípio da oralidade: Celeridade.
Reclamação oral; Defesa oral ou escrita; o juiz buscará a conciliação em dois momentos distintos da audiência, sob pena de nulidade processual; Razões finais em audiência; sentença ao término da audiência; protesto em audiência - nunca esquecer: defesa oral em 20 (vinte) minutos ou por escrito, a partir de novembro de 2017 (reforma trabalhista). Além disso, dois momentos obrigatórios de conciliação (início da audiência e após razões finais).
Alua perdida
A EC/45 aumentou a competência do direito do trabalho para todas as relações de trabalho e não só de emprego. Além disso, os atos de trabalhadores de órgãos externos, como consulados, se abrirem mão da imunidade de jurisdição, nos atos que não sejam “de império” do Estado, terão sob sua jurisdição a JT.
Servidores públicos estatutários não são abrangidos pela JT.
Se a matéria envolver direito do trabalho, a JT terá competência para HC, HD e MS.
Em caso de ações possessórias decorrentes do direito de greve (ou quaisquer ações que decorram do direito de greve, sui generis) serão da competência da JT.
Aula 05:
Competência
Todos os danos decorrentes da relação de trabalho têm competência a JT.
Quanto a acidentes de trabalho, devemos observar as partes do processo para saber se a competência é da JT.
Se a enfermidade é decorrente do trabalho, o empregado pode buscar auxilio doença acidentário junto ao INSS.
Se a ação é contra o INSS acerca da concessão do benefício, a competência é da Justiça Comum; se a ação é acerca dos valores indenizatórios pelo acidente, a competência é da JT.
A discussão quanto aos atos do fiscal do trabalho é de competência da JT.
A União que deve cobrar do empregador as contribuições mensais ao INSS, por serem verbas do governo. A JT só pode cobrar de ofício as contribuições que incidam sobre as sentenças condenatórias e sobre os acordos por ela homologados.	
A decisão homologada é irrecorrível pelas partes, apenas pelo INSS.
Ações declaratórias não sofrem prescrição.
Quando os acordos da CCP forem executados, a JT pode executar de ofício as verbas do INSS.
Aula 06:
COMPETÊNCIA: 
Em regra, é o local de serviço. Ao se verificar o local competente, deve-se observar as normas de organização judiciária para saber o foro competente sobre o local de trabalho. É competência relativa. Caso não combatida, é prorrogada. Há uma exceção: Se for excessivamente oneroso para o reclamante ajuizar no foro competente, por estar desempregado etc., constitucionalmente o juiz poderá, em resposta a petição fundamentada, não acolher exceções de incompetência e manter a reclamação no local em que o autor se encontra.
É combatida pela exceção de incompetência em razão do lugar, prazo de 5 dias a partir do recebimento da notificação (que é a citação do processo do trabalho). Em regra, é de recorribilidade mediata (R.O.), porém, se a exceção é acolhida e o processo segue para foro de tribunal diverso, a recorribilidade é imediata. (SUM. 214, TST).
Se o serviço foi prestado em vários lugares diferentes, um de cada vez, a doutrina majoritária assevera que o foro competente será o do último local de prestação de serviço.
Se o empregado é viajante comercial, será o local da filial, da empresa, à qual o trabalhador está subordinado. Na falta, será o local da filial do domicílio do empregado ou a localidade mais próxima.
Se o empregado trabalhou no estrangeiro por agencia ou filial, pode ajuizar a reclamação no Brasil, desde que seja brasileiro e não haja convenção internacional que disponha o contrário.
Se o empregado realiza atividades em diversas localidades, fora do lugar do contrato, poderá ajuizar reclamação no foro da celebração do contrato ou no da realização dos respectivos serviços.
A doutrina majoritária entende que não é possível o foro de eleição no contrato de trabalho.
CONFLITO DE COMPETÊNCIA:
VT x JD (investido) = MESMO TRT: TRT COMPETENTE
VT x VT = MESMO TRT: TRT COMPETENTE
TRT x VT = MESMO TRT: TRT COMPETENTE
TRT x TRT = DIFERENTES: TST
TRT x VT = DIFERENTES: TST
VT x JD (investido) = DIFERENTES: TST
TRT ou VT x JUSTIÇA COMUM (não investida) = STJ
TST x JUSTIÇA COMUM (não investida) = STF
ATIVIDADE:
1. José foi contratado pela empresa ABC para trabalhar no RJ por 02 anos, depois, foi transferido para SP e, 03 anos depois, foi transferido para Teresina. Foi demitido e voltou para sua cidade natal, RJ.
Um ano após a extinção do contrato de trabalho e já estabilizado em seu novo emprego, resolveu ajuizar RT que foi distribuída p/ a 3ª Vara do Trabalho do RJ.
a. Está correta a localidade escolhida para o ajuizamento da ação?
Não, pela doutrina majoritária, o correto seria o último lugar em que ele prestou serviços, Teresina.
b. Que medida deve o advogado da empresa tomar? Qual o prazo?
Exceção deincompetência. Em cinco dias a contar da notificação.
c. Se o juiz não acolher a pretensão do advogado da empresa, poderá ele recorrer de imediato?
Não, terá de aguardar até a sentença, trazendo esse ponto no RO.
d. Se o juiz acolher a pretensão do advogado da empresa e redistribuir os autos, José poderá recorrer de imediato?
Sim, porque a decisão tomada pelo juiz do RJ não poderia ser revisada por um tribunal ao qual ele não está vinculado, qual seja, o TRT do Piauí.
2. Maria trabalhou 8 anos para uma empresa sem gozar férias, com jornada de 10h por dia e intervalo de 20min. Foi despedida por justa causa e não recebeu as verbas rescisórias. Um mês após o término do contrato, a empresa entrou em contato para fazer um acordo que envolvia todos os direitos violados, inclusive as verbas rescisórias, sem multa, com pagamento em 10 parcelas de R$ 1.000,00. Maria aceitou e o advogado da empresa redigiu os termos, protocolando uma petição única, com procuração de ambas as partes, para homologação na vara do trabalho. Você, como juiz, homologaria esse acordo? Fundamente.
Não. Inicialmente, cada uma das partes deve estar sendo representada por um advogado diferente, de escritórios diferentes, inclusive. Além disso, dada a clara intenção de fraudar direitos trabalhistas, como as verbas incontroversas, o juiz pode deixar de homologar o acordo.