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Estudos De Pré-Formulação UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO FACULDADE DE FARMÁCIA TECNOLOGIA INDUSTRIAL FARMACÊUTICA Aline Guerra Manssour Fraga agmfraga@yahoo.com.br Estudos de Pré-Formulação Verificar referencia dos dados 2 Estudos de Pré-Formulação Estudos de Pré-Formulação Antes da etapa de desenvolvimento e manufatura 3 Estudos de Pré-Formulação Definição & Objetivo Estudo das propriedades Físico-químicas Necessárias para o Desenvolvimento Das formulações Fármaco Excipientes Físico-mecânica Dissolução Biodisponibilidade Consequentemente – Eficácia de uma formulação Gerar informações úteis para se obter formas farmacêuticas ESTÁVEIS, BIODISPONÍVEIS, EFICAZES e INÓCUAS. Entretanto, a avaliação deve ser direcionada a FORMA FARMACÊUTICA. Idealização de formulações: Escolha do fármaco; Escolha da forma farmacêutica; Antecipação dos problemas relacionados à formulação; Identificação de rotas lógicas na tecnologia farmacêutica; Identidade do fármaco e dos excipientes. Estudos de Pré-Formulação Utilidade Estudos de Pré-Formulação Falha na sua realização gera: • O uso de um sal insatisfatório; • Má estabilidade do medicamento; • Atividade sub-terapêutica do medicamento; • Maiores custos de desenvolvimento; • Prolongamento do tempo de desenvolvimento. Estudos de Pré-Formulação Multidisciplinar Estudos de Pré-Formulação Ensaios Analíticos necessários Atributo Teste Identidade Ressonância magnética nuclear (RMN) Espectroscopia no infravermelho (IV) Espectroscopia no ultravioleta (UV) Cromatografia em camada delgada (CCD) Calorimetria diferencial de varredura (DSC) Rotação óptica, quando aplicável Pureza Umidade (água e solvente) Elementos inorgânicos Metais pesados Impurezas orgânicas DSC Qualidade Aparência Odor Cor da solução pH da solução saturada Ponto de fusão Estudos de Pré-Formulação Molécula Estudos de Pré-Formulação Molécula: Solubilidade Boa solubilidade em meio aquoso fase farmacêutica; Solubilidade intrínseca: A solubilidade intrínseca de um fármaco desempenha importante papel na sua dissolução a partir de uma forma farmacêutica sólida. Logo, torna-se fundamental conhecer a solubilidade do mesmo em diferentes solventes, de modo a selecionar meios de dissolução adequados para as formulações que o contenham; Tamanho das partículas; Atividade biológica: dissolução como etapa limitante para absorção; Intensidade de ação; Duração de resposta; Biodisponibilidade do fármaco. Termos descritivos Volume de solvente para dissolver 1g de soluto Muito solúvel Menos de 1 mL Facilmente solúvel De 1 a 10 mL Solúvel De 10 a 30 mL Ligeiramente solúvel De 30 a 100 mL Pouco solúvel De 100 a 1000 mL Muito pouco solúvel De 1000 a 10000 mL Praticamente insolúvel Mais de 10000 mL Estudos de Pré-Formulação Molécula: Expressão de Solubilidade Para aumentar a solubilidade de fármacos sensíveis ao pH, pode-se alterar o pH do meio ou introduzir modificadores como, por exemplo, tensoativos. Estudos de Pré-Formulação Molécula: Solubilidade -Aparato para o teste de avaliação de solubilidade intrínseca. Aparelho de dissolução / Dissolutor Aparatus 1 e 2 Pá (aparato II) Cesta (aparato I) Coeficiente de partição: um dos principais parâmetros nos estudos de permeação; Definição: P=[F] orgânico/ [F] aquosa Experimentalmente: Método shake-flask; Estudos de Pré-Formulação Molécula: Lipofilicidade Ação P maior o teor lipofílico P menor o teor lipofílico Estudos de Pré-Formulação Molécula: Lipofilicidade LogP= atividade biológica; Octanol: membrana fosfolipídica; Água (mistura de solventes): ambiente aquoso; http://www.ebah.com.br/content/ABAAAfBKIAA/aula-absorcao-farmaco Digoxina x digitoxina, modelo parabólico bilinear 14 Estudos de Pré-Formulação Molécula: Lipofilicidade x Hidrofilicidade Influência a lipofilicidade, solubilidade e até mesmo aspectos formulativos; pKa: coeficiente de ionização; Expressa a contribuição das espécies: neutra e ionizada; Grau de ionização é inversamente proporcional a lipofilicidade; Estudos de Pré-Formulação Molécula: Ionização Forma ionizada >>> Solubilidade Forma não ionizada >>> Absorção Estudos de Pré-Formulação Molécula: Ionização Equação de Henderson-Hasselbach % ionização de F ácidos= 100 – 100/1 + antilog(pH- pKa) % ionização de F básicos= 100 – 100/1 + antilog(pKa- pH) Influenciado pelo pH do meio; % de ionização em determinado compartimento biológico: pH Estudos de Pré-Formulação Molécula: Ionização & Compartimentos Biológicos Local pH médio (em jejum) pH médio (após alimentação) Estômago 1.3 4.9 Duodeno 6.5 5.4 Jejuno 6.6 5.2 - 6.0 Ileo 7.4 7.5 ácidos fracos: Solubilidade com o do pH= ionização; bases fracas: Solubilidade com o do pH= ionização. Estudos de Pré-Formulação Molécula: Curva de Ionização Valores de pH Valores de pH % de ionização % de ionização ácidos fracos: Solubilidade aumenta com o aumento do pH; bases fracas: Solubilidade diminui com o aumento do pH. Estudos de Pré-Formulação Molécula: Otimizar a Fase farmacêutica 20 Estudos de Pré-Formulação Molécula: Biodisponibilidade Fármacos básicos: Cloridrato; Sulfato; Mesilato; Maleato; Fosfato; Salicilato; Tartarato; Lactato; Citrato; Succinato; Acetato. Fármacos ácidos: Potássio; Sódio; Lítio; Cálcio; Magnésio; Dietanolamina; Zinco; Aluminio. Obtenção de Sal: Adicionar figuras 21 Estudos de Pré-Formulação Molécula: Sal Estudos de solubilidade de sais de clordiazepóxido Sal Solubilidade (mg/ml) clordiazepóxido 2,0 Cloridrato < 165 maleato 57,1 tartarato 17,9 Benzoato 6,0 O clordiazepóxido pertence à família química dos benzodiazepínicos, e foi descoberto pelo químico polonês-americano Leo Sternbach (1908-), da empresa farmacêutica Hoffmann-La Roche, em 1957, que a lançou no mercado em 1960, com o nome comercial de Librium. Estudos de Pré-Formulação Molécula: Latenciação Pró-fármacos; Solucionar problemas farmacocinéticos; Contornar características organolépticas desagradáveis: odor e sabor; Toxicidade; Dificuldades formulativas; Dor no local da aplicação; Estudos de Pré-Formulação Molécula: Latenciação Alguns critérios devem ser considerados durante o planejamento do pró-fármaco: · existência de grupos funcionais na molécula matriz capazes de sofrer derivatização; · existência de mecanismos e/ou sistemas no organismo capazes de bioativar o pró-fármaco; · facilidade e simplicidade da síntese e purificação do pró-fármaco; · estabilidade química do pró-fármaco; · regeneração, in vivo, da molécula matriz, em quantidades ideais; · toxicidade do transportador e do pró-fármaco per se. Quím. Nova vol.22 n.1 São Paulo Jan./Feb. 1999 Exemplo no livro 24 Estudos de Pré-Formulação Molécula: Pró-Fármaco, Ex.: Betametasona - solubilidade H2O : 58 g/mL (25 °C) Betametasona éster fosfato dissódico – 100 mg/mL 1500 x Estudos de Pré-Formulação Molécula: Complexos Interação intermolecular de duas moléculas distintas: reversibilidade, estabilidade melhorada; Finalidade: Alteração das características físico-químicas; Vantagens: Reversibilidade das interações; aumento da estabilidade do sistema. Desvantagens: Efeito farmacológico indesejável do ligante; necessidade do ligante em concentração molar igual ou maior do que o fármaco; Ciclodextrinas Estudos de Pré-Formulação Molécula: Ciclodextrinas Oligossacarídeos: glicose Interior hidrofóbico X exterior hidrofílico; Acomoda moléculas: inteiras ou parte; Estudos de Pré-Formulação Molécula: Classificação Biofarmacêutica I. Elevada solubilidade e elevada permeabilidade; II. Reduzida solubilidade e elevada permeabilidade; III. Elevada solubilidade e reduzida permeabilidade; IV. Reduzida solubilidade e reduzida permeabilidade Solubilidade & Permeabilidade Estudos de Pré-Formulação Partícula OBS: Pode se avaliar a solubilidade da partícula e dissolução da formulação, mas solubilidade é importante por causa do sistema de Amidon. Estudos de Pré-Formulação Partícula: Polimorfismo Propriedades de substâncias orgânicas cristalizarem com diferentes formas. Energia de rede cristalina - determina diferentes estabilidades do cristal; Consequência - Diferentes solubilidades, higroscopia e estabilidade. A estrutura fundamental do cristal determina diferentes habitos (aparência típica de um cristal em termos de tamanho e forma. exemplos 30 Polimorfo: Possuem diferentes arranjos e/ou conformações na rede cristalina; Amorfo: Arranjo desordenado de moléculas. Não possui rede cristalina identificável; Solvatos: Formas cristalinas que possuem moléculas de solvente incorporadas na sua estrutura. Hidratos: São solvatos que possuem água na rede cristalina; co-cristais: São cristais formados entre o princípio ativo e um composto orgânico (não tóxico). Estudos de Pré-Formulação Partícula: Polimorfismo Estudos de Pré-Formulação Partícula: Polimorfismo Alterações observadas: Cor; Dureza; Volume; Higroscopicidade; Faixa de fusão; Densidade; Velocidade de dissolução; Solubilidade; Estudos de Pré-Formulação Partícula: Polimorfismo- Estavudina Ex.: Estavudina Forma I: PF: 171,6°C Cristais em forma de bastão Forma II: PF: 168,9°C Cristais em forma de agulhas curtas ou bastões Forma III PF: 141,9°C Hidratado Morfologia irregular Estudos de Pré-Formulação Partícula: Polimorfismo- Estavudina Alteração na Dissolução Forma I: menos solúvel Forma II: Se converte na forma III em solução Forma III : mais solúvel em isopropanol Estudos de Pré-Formulação Partícula: Polimorfismo-Ampicilina Ex: Ampicilina Administração de 250 mg de ativo. anidro trihidratado Importância dos polimorfos para a indústria Solubilidade e dissolução; Ponto de fusão e Higroscopicidade; Dureza e morfologia cristalina. Estudos de Pré-Formulação Partícula: Polimorfismo Estudos de Pré-Formulação Partícula: Polimorfismo-Caracterização DRX DRX (Difração de raios-X) Raios X de comprimento de onda bem determinados (produzidos por um tubo de raios x e selecionados por difração), são usados em análises de cristais: quando este feixe definido difrata em um cristal desconhecido, a medida do(s) ângulo(s) de difração do(s) raio(s) emergente(s) podem elucidar a distância dos átomos no cristal e, consequentemente, a estrutura cristalina. Estudos de Pré-Formulação Partícula: Polimorfismo-Caracterização DSC DSC (Calorimetria Exploratória Diferencial) Temperatura de Transição Vítrea Temperatura de Cristalização Temperatura de Fusão Estudos de Pré-Formulação Partícula: Polimorfismo-Caracterização TGA TGA (Análise Termogravimétrica) -TGA mede a quantidade de variação de peso de um material, ou como uma função do aumento da temperatura, ou isotermicamente como uma função de tempo, em uma atmosfera de N, hélio, ar, outros gases, ou no vácuo. -Análise gravimétrica térmica pode ser conectado com um espectrômetro de massa RGA para identificar e medir os vapores gerados, embora haja uma maior sensibilidade em duas medidas distintas. Estudos de Pré-Formulação Partícula: Polimorfismo-Caracterização MEV Microscopia Eletrônica de Varredura Câmara de amostras de um MEV aberta Estudos de Pré-Formulação Partícula: Polimorfismo-Sequência de Pesquisa Estudos de Pré-Formulação Partícula: Polimorfismo-Sequência de Pesquisa Estudos de Pré-Formulação Partícula: geometria Geometria da partícula Influência direta no fluxo Partículas esferóides – melhor fluxo; Influência na segregação das partículas; Mistura X segregação; Cristais X amorfos; Divisão do material; Processo de fabricação. Distribuição de tamanho Influencia todos os fenômenos de mistura; Consequentemente a segregação; Influencia ainda uniformidade do processo de enchimento Volumétrico (Sólidos orais) Estudos de Pré-Formulação Partícula: tamanho Caracterização: Microscopia + análise de imagem; Outras técnicas: Difração de Raios-X Análise Térmica Estudos de Pré-Formulação Partícula: tamanho de partículas Técnica de medição de tamanho das partículas Peneiras classificadoras Para pós grosseiros (850-425μm); Medianos (425-250μm); Pós finos (125-180μm). Espalhamento dinâmico da luz (DLS) Indica a porosidade do material; Noção da eficiência de mistura; Tamanho dos punções; Determinação com uso de picnômetro. Estudos de Pré-Formulação Partícula: Densidade Estudos de Pré-Formulação Bulk Propriedades que necessitam de grandes quantidades de material para sua medida. Derivam-se das propriedades das partículas. Estudos de Pré-Formulação bulk Permite o empacotamento uniforme das partículas durante a alimentação das máquinas compressoras e encapsuladoras; Reprodutibilidade de enchimento da matriz das compressoras e das cápsulas; Transferência entre equipamentos é favorecida; Fluxo irregular pode resultar em excesso de ar retido nos pós, gerando descabeçamento dos comprimidos; Fluxo irregular também pode gerar atrito entre as partículas de tamanhos diferentes, ocasionando problemas na lubrificação e contaminação. Estudos de Pré-Formulação Bulk: Importância Estudos de Pré-Formulação Bulk: Fluxo Fluxo da mistura de pós: Carga elétrica; Densidade; Umidade absorvida; Geometria e tamanho da partícula. Estudos de Pré-Formulação Bulk: Densidade Densidade do volume de pó: Densidade aparente (densidade bruta): corresponde ao volume ocupado por uma determinada massa de sólido (pó ou granulado). Massa que o pó ocupa - volume conhecido % compressibilidade: df – di x 100 df % FLUXO 5-15 EXCELENTE 12-16 BOM 18-21 REGULAR 23-35 RUIM >35 MUITO RUIM Densidade bruta Densidade de compactação (ou batida) ρ = m v Kg.m-3 Volúmetro de Jolting (compactação mecânica – empacotamento do pó) Estudos de Pré-Formulação Bulk- Propriedade de fluxo de pós Preparação do granulado Do fármaco Liofilização Cristalização, precipitação Indice de Carr (%) = dens. Compactação – dens. Bruta x 100 dens. compactação Índice deCarr(%) Tipo de Fluxo 5 – 15 Excelente 12 – 16 Bom 18 – 21 Favorável a Tolerável 23 – 35 Fraco 33 – 38 Muito fraco > 40 Extremamente fraco Razão de Hausner = dens. Compactação / dens. bruta Estudos de Pré-Formulação Bulk- Propriedade de fluxo de pós Estudos de Pré-Formulação Bulk-Densidade Estudos de Pré-Formulação Bulk-Medida de Fluxo Ângulo de repouso Ângulo de repouso Tipo de Fluxo < 20 Excelente 20 – 30 Bom 30– 34 Tolerável > 40 Fraco Equipamento Sotax para medida de fluxo de pós Estudos de Pré-Formulação Bulk-Influência na Compressão Compressibilidade x Compactabilidade Relacionam-se diretamente ao desempenho do material sob compressão; Compressibilidade - habilidade de um pó de diminuir no volume sob a pressão; Compactabilidade - habilidade de um pó de ser comprimido gerando uma formulação com dureza e friabilidade adequada; Compressibilidade: É a capacidade do pó em diminuir o tamanho sob pressão; Pode ser medida através do Índice de Carr; Compactabilidade: É a capacidade do pó em ser comprimido, gerando uma formulação com dureza e friabilidade adequadas. Deformação plástica: Ocorre deformação do material após compressão, com modificação da sua forma. Deformação elástica: Recuperação da forma do material após alívio da carga da compressão (não ocorre variação de volume). compressão Estudos de Pré-Formulação Bulk-Influência na Deformação Estudos de Pré-Formulação Bulk-Determinação da Deformação Estudos de Pré-Formulação Bulk-Equilíbrio na Deformação O pó deve ser plástico, mas com um certo grau de fragmentação; Fármacos com caráter plástico – adjuvantes com caráter fragmentação ex: lactose Fármacos com caráter fragmentativo ou elástico – adjuvantes plásticos. ex: Celulose microcristalina Estudos de Pré-Formulação Bulk- Higroscopia Em excesso (> 3,0%) – adesão aos punções; Resistência a consolidação; (0,5 – 3,0%) - efeito de lubrificação; acima de 3,0% =Resistência a consolidação; Incrementar processo de consolidação. Objetivos Robustez; Estabilidade; Produtividade; Biodisponibilidade. Estudos de Pré-Formulação Objetivo da Boa Formulação Estudos de Pré-Formulação Robustez É a medida da capacidade em resistir a pequenas e deliberadas variações: - processos; - equipamentos; - matérias-primas; - operadores. Estudos de Pré-Formulação Estabilidade É a capacidade de um produto de manter suas características originais conforme as suas especificações de pureza, qualidade e potência. É basicamente definida como a relação entre o “esforço” para se produzir algo, e o resultado obtido com esse esforço. Quanto menor é o esforço e maior o resultado, maior é a produtividade. Estudos de Pré-Formulação Produtividade Medida da quantidade de medicamento, contida em uma fórmula farmacêutica, que chega à circulação sistêmica e da velocidade na qual ocorre esse processo. Estudos de Pré-Formulação Biodisponibilidade Avaliar disponibilidade de maquinário e produtividade; Avaliar: processo produtivo X formulação. Estudos de Pré-Formulação No Processo de Fabricação Estudos de Pré-Formulação Informações importantes para o estudo de Pré-formulação Caracterização química e física do fármaco Caracterização do lote de produção do fármaco Perfil de Estabilidade do Fármaco Características Farmacológicas Potencial de Risco Testes Biológicos Fórmula Piloto Estudos de Pré-Formulação Formulação “piloto” Testes clínico Modificação na molecular Alteração da formulação ou forma farmacêutica Produto Final Alteração na Formulação “piloto” Fórmula padrão Estudos de Pré-Formulação Molécula: ExercícioAplicação dos testes Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas- Brazilian Journal of Pharmaceutical Sciences vol. 38, n. 2, abr./jun., 2002. Regina Lengruber da Silva , Nadia Maria Volpato. Meios para dissolução de comprimidos de nimesulida: ação dos tensoativos. A nimesulida (Figura 1) é um antiinflamatório não esteróide com propriedades analgésicas e antipiréticas (Davis, Brogden, 1994). Possui caráter fracamente ácido (pKa ≅ 6,5; Singh, Sharda, Mahajan, 1999). Baixa solubilidade em água (≅ 10 μg/mL; Piel et al., 1997). Características ? Pertence à categoria II da Classificação Biofarmacêutica (baixa solubilidade, alta permeabilidade) (Amidon et al., 1995; Bernareggi, 1998). A dissolução in vivo pode vir a ser o passo limitante da absorção oral do fármaco; Teste de dissolução in vitro assume papel fundamental no controle de qualidade de formulações sólidas, de modo a assegurar a biodisponibilidade e promover a homogeneidade inter-lotes. Estudos de Pré-Formulação Molécula: SolubilidadeTensoativos Para aumentar a solubilidade de fármacos sensíveis ao pH, pode-se alterar o pH do meio ou introduzir modificadores como, por exemplo, tensoativos ou solventes orgânicos. Os mecanismos mais prováveis de atuação dos tensoativos são a molhabilidade e a solubilização micelar (Schott, Kwan, Feldman, 1982). A proposta do presente trabalho foi avaliar o efeito dos tensoativos lauril sulfato de sódio (LSS) e polissorbato 80 (Poli 80) na solubilidade da nimesulida, em diferentes meios propostos para dissolução (diversos pH, tensoativos em diferentes concentrações), bem como averiguar sua influência no perfil de dissolução de comprimidos de nimesulida de diferentes fabricantes. O lauril sulfato de sódio é um tensoativo aniônico, que, de acordo com a classificação HLB (hydrophiliclipophilic balance), é considerado hidrofílico devido ao seu alto valor de HLB (estimado em 40). O polissorbato 80, tensoativo não-iônico, é considerado menos hidrofílico que o LSS, por apresentar um valor de HLB Estudos de Pré-Formulação Molécula: SolubilidadeTensoativos CONCLUSÕES A solubilidade da nimesulida em soluções aquosas de LSS e Poli 80, em diferentes concentrações % (p/v), foi superior na presença do primeiro tensoativo; Analisando-se a situação em termos de concentração molar, observa-se que, na verdade, o Poli 80 tem maior poder de solubilização do fármaco, quando comparado com o LSS para concentrações molares equivalentes. Porém, analisando-se em termos de concentração molar, observa-se que soluções aquosas contendo Poli 80 têm maior poder de solubilização da nimesulida, o que pode ser melhor compreendido pela Figura 3. Aline Guerra Manssour Fraga agmfraga@pharma.com.br Lab. Tecnologia Industrial Farmacêutica – LabTIF Faculdade de Farmácia – UFRJ
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