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SISTEMAS ADESIVOS

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SISTEMAS ADESIVOS
- Se o material não fornece adesividade eu preciso fazer um preparo para retê-lo, a princípio eu desgastaria mais estrutura dentária para fazer um preparo para um material adesivo ou um material não adesivo? Não adesivo, porque eu preciso fazer coisas para que ele seja retido na cavidade.
- Princípio adesivo: começou para que a gente pudesse poupar tecido dental, removeu a cárie, a gente preserva os tecidos dentários. Nos permitiu usar um material que era resina de uma forma mais conservadora em termos de preparo e de uma forma que a gente pudesse evitar micro infiltrações depois.
- Quais tecidos dentários que fazemos preparo? Esmalte e dentina. Eles não são iguais. A maior diferença é a quantidade de mineral, mas o material inorgânico é o mesmo, a hidroxiapatita. 
Material inorgânico do esmalte: 96%
Material inorgânico da dentina: 75%
Como está a hidroxiapatita no esmalte? Em forma de prisma, está organizado.
Como está a hidroxiapatita na dentina? Os outros 30% da dentina é composto de que? Fibras colágenas. Quem mantem as fibras ali direitinho? Prolongamento dos odontoblastos, tem um tubo que ao redor de todo o prolongamento tem um líquido. Ao redor dos túbulos eu tenho o que? Material orgânico e inorgânico, teria então, as fibras colágenas entrelaçadas pelo o material inorgânico, ali estão os fosfatos de cálcio, hidroxiapatita, dando corpo, sustentação a essas fibras colágenas. 
Temos uma dentina mais enrijecida que compõe a luz do túbulo, que é a dentina peritubular, essa dentina que está solta ao redor do túbulo. Dentina entre os túbulos, dentina intertubular. 
- O esmalte é essencialmente mineral organizado em primas. 
- O que teremos na cavidade quando terminarmos de fazer uma restauração? Resto de material orgânico e inorgânico, água, restos do material restaurador que estava antes no dente, bactérias. E se eu pegar um algodão e secar, o que fica agora? Uma massa, fica tudo o que tinha menos água. Antes estava tudo dissolvido, eu tirei o liquido e tudo aquilo se assentou. Tudo o que se assentou vai cobrir toda a dentina, vai se assentar nas paredes dentinárias e vai cobrir e vai também penetrar em alguns pontos desses túbulos dentinários. 
- Como eu conseguiria então colocar um material restaurador e dizer que esse material restaurador teria adesividade nessa estrutura? Pensaram em tirar tudo ou deixar alguma coisa. 
Qual seria a vantagem em deixar alguma coisa? Para forrar, fecha os túbulos dentinários, impedir a sensibilidade operatória. 
- A partir desses questionamentos, começaram os estudos dos adesivos.
IMPORTÂNCIA NA ODONTOLOGIA
Essenciais para a odontologia conservadora = posso fazer que o meu preparo seja apenas para a remoção de cárie, não preciso elaborar grandes preparos para que eu retenha esse material ali
Base da odontologia adesiva = toda aquela odontologia que necessita que o material fique retido ali da maneira mais estética possível e que mantenha as áreas vedadas.
HISTÓRICO
Na década de 50, a resina acrílica apresentava facilidade de uso, “boa” estética e alta contração de polimerização. 
Em 1955, Michael BUONOCORE preconiza o condicionamento ácido do esmalte e assim, aumenta a retenção das resinas devido às microporosidades produzidas. (Condicionamento ácido, abre poros no esmalte, porque o esmalte é essencialmente mineral e vou desmineralizar aquele material, aumentou a adesão no esmalte, mas não acontecia nada na dentina).
Na dentina, substrato úmido, a resina acrílica (hidrofóbica) não se polimerizava adequadamente resultando em deslocamento e infiltrações severas.
Desenvolvimento dos complexos sistemas adesivos. (Porque está atuando em dois tecidos dentários completamente diferentes).
CONCEITO
SISTEMA ADESIVO
Líquidos químicos com o objetivo de promover a união do material restaurador à estrutura do esmalte e da dentina, provendo um selamento da interface e uma união duradoura, sem sensibilidade pós-operatória. 
Sensibilidade pós-operatória: a pressão exercida pela queda de pH ou qualquer coisa que movimente o líquido, acaba movimentando também os prolongamentos de odontoblastos chegando até o seu corpo, localizado na periferia da polpa, próximo ao plexo nervoso, com isso, gera dor – por conta disso, o sistema adesivo tem que vedar (e também para evitar infiltração e cárie)
COMPOSIÇÃO BÁSICA
PRIMER E ADESIVO = SISTEMA ADESIVO
Quando se coloca ácido no esmalte abre poros específicos no esmalte, porque sei que aqueles prismas do esmalte são organizados, e quando eu pego a resina novamente e coloco junto, a resina tem onde imbricar, então se eu puxar a resina agora ela não sai. 
Quando foi para a dentina, não colou a resina no dente, tirou a resina, colocou o ácido, secou, a dentina é desorganizada e abriu um monte de poros, mas a dentina não tem apenas material orgânico, ela tem fibras colágenas, e se eu pegar a resina e juntar ao dente, ela pode até imbricar, mas o colágeno é úmido, a resina não gosta de água, então ela ainda descolava.
PRIMER: promotor de adesão, baixa viscosidade, propriedades hidrofílicas e hidrofóbicas, tendo ao mesmo tempo afinidade pelas fibras colágenas expostas e capacidade de se copolimerizar com o adesivo hidrofóbico aplicado sobre ele. Moléculas de metacrilato, principalmente HEMA. Prime se entrelaça com as fibras colágenas da dentina, ao mesmo tempo ele vai ter capacidade de se juntar a resina, no entanto, verificou-se, que o primer se eu botei ele fluido, ele é úmido também, então a resina não se aderiu, porque é hidrofóbica. Então inventaram o adesivo, que é hidrofóbico também, então se juntou a resina, polimerizei, sequei a resina e se juntou ao adesivo. Ou seja, o primer se dá bem com dentina e esmalte – sua parte hidrofóbica – ESMALTE e sua parte hidrofílica – DENTINA que penetra nas suas fibras colágenas.
ADESIVO: resina fluida, hidrófobo, oligômeros dimetacrilatos (Bis-GMA, TEG-DMA). Se junta a parte hidrofóbica do primer, e a parte hidrofílica do primer se junta nas fibras colágenas da dentina.
Na dentina eu tenho o imbricamento do sistema adesivo dos poros onde houve desmineralização e tenho imbricamento do sistema adesivo no meio das fibras colágenas que foram as que ficaram expostas quando eu tirei o mineral que estava sustentando elas ali. 
Com o ácido, eu tirei o mineral que dava corpo para a estrutura, como eu faço para que as fibras se abram para que haja imbricamento? Uso o próprio primer, para isso, o primer precisa ter solvente, porque ele vai escoar dentro da dentina e vai abrir de novo as fibras colágenas.
SOLVENTES: volátil, diminuem a viscosidade e agem como carreador do sistema adesivo no local. Acetona, etanol ou água. 
CAMADA HÍBRIDA: dentina, sistema adesivo e filamento da resina. A camada precisa ser mais uniforme possível, na melhor espessura possível para que minha adesão seja boa para segurar bem a resina na hora que ela contrair, e se eu conseguir segurar a resina, eu não abro espaço e não há microinfiltração. 
PARTÍCULAS DE CARGA: micro ou nanopartículas de sílica adicionadas à matriz do adesivo para aumentar a resistência coesiva 
INICIADORES E ACELERADORES: fotoiniciadores/fotopolimerizável (canforoquinona) e aceleradores/autopolimerizável (peróxido de benzoíla e aminas terciárias)
PROPRIEDADES 
ATRIBUTOS IDEAIS DOS SISTEMAS ADESIVOS
Quando a resina contraiu, ela conseguiu puxar todos os componentes do sistema adesivo. 
Quanto maior a força de união do sistema adesivo, melhor a chance de a resina tracionar e se afastar do dente. 
Alta força de união (maior que 18 mPa)
Se ele for menor que 18mPa, ele não vai conseguir resistir à contração de polimerização da resina
Promover união na menor espessura de adesivo possível para assegurar adaptação das restaurações 
Quanto menor a espessura de união de resina, menor a chance de formar espaço
Apresentar técnica simples em diferentes tipos de restaurações 
Aplicável em ambientes secos e úmidos
Bom molhamento: capacidade de molhar a superfície de contato dele. Quando eu faço condicionamento ácido,eu aumento a superfície de contato para promover mais adesão.
Biocompatibilidade 
Mínima contração de polimerização, porque ele já vai ter que resistir a contração de polimerização da resina 
CLASSIFICAÇÃO 
Pelo mecanismo de ação (como atua sobre um substrato): mais simples, entendimento do modo de aplicação 
Pela geração: pela ordem de surgimento no mercado 
CLASSIFICAÇÃO – MECANISMO DE AÇÃO 
ADESIVOS COM CONDICIONAMENTO ÁCIDO TOTAL OU TOTAL ETCH 
Aumenta energia de superfície do substrato 
Supera a tensão superficial do adesivo 
Reduz o ângulo de contato adesivo-substrato 
Melhora escoamento e molhamento 
Esmalte – desmineralização 
Dentina – remoção da lama dentinária; exposição dos túbulos; desmineralização; exposição da matriz de colágeno
CLASSIFICAÇÃO – MECANISMO DE AÇÃO
AUTOCONDICIONANTES OU SELF ETCH
Procedimento operatório simplificado (não preciso botar ácido, primer e adesivo, ele está todo em um conjunto). Quando ele desmineraliza, o primer já entra junto. Bom para atender crianças.
Resistência de união em dentina satisfatória (15 – 20 Mpa)
Valores de resistência de união inferiores aos Total etch
Redução da sensibilidade pós-operatória (abertura limitada dos túbulos dentinários), porque o primer já vai entrar junto.
Acídicos 
Esmalte – desmineralização mais suave 
Dentina – manutenção da lama dentinária; exposição dos túbulos; desmineralização; exposição de colágeno
Minha camada hibrida em autocondicionante: dentina, lama dentinária e todo sistema adesivo 
CLASSIFICAÇÃO – MECANISMO DE AÇÃO
ADESIVOS COM CONDICIONAMENTO ÁCIDO TOTAL OU TOTAL ETCH
De três passos: ácido, primer e adesivo separados 
De dois passos: ácido em um frasco e primer + adesivo em outro frasco 
AUTOCONDICIONANTES OU SELF ETCH
De dois passos: dois frascos separados, um primer e um adesivo
De passo único ou all-in-one: um frasco somente
CLASSIFICAÇÃO – CONDICIONAMENTO ÁCIDO TOTAL
ADESIVOS COM CONDICIONAMENTO ÁCIDO TOTAL OU TOTAL ETCH
De três passos: ácido, primer e adesivo separados 
CLASSIFICAÇÃO – CONDICIONAMENTO ÁCIDO TOTAL
DE TRÊS PASSOS: ÁCIDO, PRIMER E ADESIVO SEPARADOS 
Ácido fosfórico a 37% - remoção de smear layer e desmineralização da camada superficial de hidroxiapatita. 
Primer – bifuncional, solventes que promovem a difusão dos monômeros por meio do deslocamento. 
Adesivo – resina fluida de baixa viscosidade; Bis-GMA e TEGDMA; hidrófoba; compatível com o material restaurador; estabiliza as fibras colágenas desmineralizadas pelo ácido e penetrados pelo primer
CLASSIFICAÇÃO – CONDICIONAMENTO ÁCIDO TOTAL
ADESIVOS COM CONDICIONAMENTO ÁCIDO TOTAL OU TOTAL ETCH
De dois passos: ácido em um frasco e primer + adesivo em outro frasco 
CLASSIFICAÇÃO – CONDICIONAMENTO ÁCIDO TOTAL
DE DOIS PASSOS: ÁCIDO EM UM FRASCO E PRIMER + ADESIVO EM OUTRO FRASCO 
Ácido fosfórico a 37% - remoção da smear leyer e desmineralização da camada superficial de hidroxiapatita. 
Primer + adesivo – possui monômeros hidrófilos (HEMA) e hidrófobos (Bis-GMA e TEGDMA) simultaneamente. 
O sistema adesivo desse tipo, tem maior possibilidade de sensibilidade pós operatória porque não necessariamente o primer irá ocupar toda profundidade desmineralizada pelo ácido
Camada hibrida: dentina + sistema adesivo 
CLASSIFICAÇÃO – AUTOCONDICIONANTES 
AUTOCONDICIONANTES OU SELF ETCH 
De dois passos: dois frascos separados, um primer e um adesivo 
 
CLASSIFICAÇÃO - AUTOCONDICIONANTES
DE DOIS PASSOS: DOIS FRASCOS SEPARADOS, UM PRIMER E UM ADESIVO 
Primer: monômeros ácidos sobre smear layer, englobando-a na camada híbrida.
Adesivo: resina hidrofóbica sem carga, a qual permite uma ótima união química com a resina composta restauradora. 
CLASSIFICAÇÃO – AUTOCONDICIONANTES 
AUTOCONDICIONANTES OU SELF ETCH
De passo único ou all-in-one: um frasco somente 
Máxima simplificação dos passos
Os adesivos autocondicionantes mantem parte da smear layer. Camada híbrida: dentina + sistema adesivo + smear layer
CLASSIFICAÇÃO – GERAÇÕES
1ª GERAÇÃO (DÉCADAS DE 50 E 60)
- União à dentina e ao esmalte por quelação com o cálcio – baixa resistência de união e hidrólise intraoral.
2ª GERAÇÃO (FINAL DA DÉCADA DE 70)
- Resinas sem carga – Bis-GMA e HEMA.
- União baseada na ligação iônica com o cálcio presente no esfregaço dentinário (smear layer) – baixa resistência de união.
Estas gerações não recomendavam condicionamento ácido da dentina, e se baseavam na adesão à smear layer. Esta união era fraca (2Mpa-6Mpa) permitindo infiltração dentinária.
3ª GERAÇÃO (DÉCADA DE 80)
Introduziu o condicionamento ácido da dentina – remover ou modificar a smear layer – melhorar a união. 
COMPONENTES:
Ácido fraco: cítrico, nítrico, maleico, oxálico ou mesmo o fosfórico em baixa concentração
Primer: promotor de adesão à dentina, penetra nos túbulos dentinários, molécula bifuncional
Adesivo: resina sem carga para maximizar a ligação do primer com a resina. 
- Estes sistemas aumentaram a força de união à dentina (12Mpa-15MPa) e reduziram as falhas nas margens dentinárias, mas a adesão ainda se baseava na lama dentinária. 
4ª GERAÇÃO (DÉCADA DE 90) 
- Marco histórico
- Condicionamento total (esmalte e dentina).
- Camada “híbrida” de colágeno e resina
- Primer bifuncional e adesivo hidrofóbico
- Técnica sensível, complexidade de passos e múltiplos frascos
5ª GERAÇÃO (DÉCADA DE 90)
- Mesmo mecanismo de ação
- Simplificação (primer e adesivo em um único frasco) 
- Mantinham altas forças de união
6ª GERAÇÃO (ANOS 2000)
- “Prime auto-condicionante” – grande avanço tecnológico 
- Primer ácido na dentina e esmalte
- Menor incidência de sensibilidade pós-operatória
- Força de união à dentina e esmalte é menor que a quarta e quinta geração
- Contornar nanoinfiltração causada por uma zona porosa sob a camada híbrida 
- Autocondicionantes de dois passos
- Penetram, dissolvem e incorporam o esfregaço dentinário (smear layer) na interface adesiva
7ª GERAÇÃO (ANOS 2000)
- Combinam ácido, primer e adesivo em uma única solução
- Forças de união e selamento marginal iguais aos da 6ª geração
- Mesmo mecanismo de ação da 6ª geração
- Penetram, dissolvem e incorporam o esfregaço dentinário (smear layer) na interface adesiva
INDICAÇÕES 
Restaurações diretas de resina composta
Restaurações indiretas de resina composta e cerâmica (facetas, inlays, onlays)
Pinos fibrorresinosos pré-fabricados 
Dessensibilização dentinária (veda os túbulos dentinários)
Próteses fixas adesivas
Braquetes ortodônticos 
CONCLUSÃO
Saber indicar e aplicar
Utilizar de forma criteriosa (indicações e técnica)
Autocondicionante: risco de sensibilidade pós-operatória – cavidades profundas
Convencional (com condicionamento ácido prévio): máxima adesão – facetas – maior probabilidade de sensibilidade pós operatória.

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