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DOENÇAS DO PERICÁRDIO Pericardite Pericardite é um processo inflamatório do pericárdio Múltiplas causas (doença primária quanto secundária). Geralmente benigna e autolimitada Pericardite pode cursar com derrame ou constrição pericárdica, o que aumenta sua morbidez PS - dor torácica 5% e 1% com supradesnível de segmento ST PERICARDITE Classificação – Evolução e forma de apresentação clínica Pericardite aguda; Pericardite crônica; Derrame pericárdico e tamponamento cardíaco; Pericardite constritiva; Pericardite recorrente Pericardite e IAM Epistenocárdica ou pós-IAM 1º ao 10º dia do IAM (pico entre o 1º e o 3º dia) Necrose epicárdica com o pericárdio. Infartos extensos e transmurais Sinal mau prognóstico. Síndrome de Dressler Semanas a meses após o IAM Autoimune Autolimitada com incidência < 5% após era trombolítica. Síndrome Febril (VAS) Dor torácica Atrito peicárdico Sintomas referentes à doença de base Pericardite Aguda Quadro Clínico - Precordial ou retroesternal Longa duração (horas e dias) Piora inspiração profunda e decúbito dorsal - Melhora sentado e tronco para frente Irradiada: trapézio, região cervical,escapular Dor Torácica - Ruído áspero - Ocorre junto B1 - Influenciado com a posição Atrito Pericárdico Parecido com ranger de caouro (melhor audível na borda esternal esquerda baixa, com paciente sentado e tronco inclinado para frente) Pericardite Aguda exames laboratoriais PCR e VHS para diagnóstico e seguimento Hormônios tireoidianos Função renal Investigação etiológica (hemoculturas e provas reumatológicas) Troponina e CKMB Habitualmente normal. Aumento da áreacardíaca (derrame 250mL) Eco sem alterações importante para avaliar alterações segmentares diferenciar com SCA Laboratório; alterações de enzimas cardíacas. Miopericardite..... Pericardite Aguda Radiografia de Tórax Radiografia de tórax é normal Cardiomegalia > 200 ml de derrame pericárdico. Formato globular da silhueta cardíaca Habitualmente normal. Aumento da áreacardíaca (derrame 250mL) Eco sem alterações importante para avaliar alterações segmentares diferenciar com SCA Laboratório; alterações de enzimas cardíacas. Miopericardite..... ESTÁGIO1 (FASE AGUDA) -Supradesnivelamentodo segmento STcom concavidadepara cima -Infradesnível do segmento PR. ESTAGIO2 (APÓS DIAS) Retorno do segmentoeonda T se achata. ESTAGIO3 (APÓS SEMANAS) Inversão da onda T ESTÁGIO4 (SEMANAS/ MESES) Reversão das anormalidades da onda T O ECG pode ser normal em até 6% dos casos Pericardite Aguda Ecocardiograma Normal (pericardite aguda seca) Espessamento pericárdico e derrame pericárdico. Tipo do líquido (se transudato ou exsudato) Diagnóstico, acompanhamento e prognóstico Habitualmente normal. Aumento da áreacardíaca (derrame 250mL) Eco sem alterações importante para avaliar alterações segmentares diferenciar com SCA Laboratório; alterações de enzimas cardíacas. Miopericardite..... Marcadores de Riscos - Internação Elevação de enzimas cardíacas Febre acima de 38oC e leucocitose (pericardite purulenta) Derrames pericárdicos volumosos Pacientes imunocomprometidos Uso de anticoagulação oral Disfunção global - sugerindo miopericardite. AAS - 500 a 750mg a cada 6 ou 8 horas Ibuprofeno - 400 a 800mg a cada 6 ou 8 horas Indometacina - 75 a 150 mg ao dia. Tamponamento Cardíaco - Acúmulo líquido suficiente para elevar a pressão ao redor do coração ocasionando diminuição do enchimento ventricular e compressão das câmaras cardíacas - Ocorre aumento PVC e redução do DC - É fatal se não tratado - Depende da velocidade de instalação do derrame Bactérias (micobactérias) Fúngicas HIV Neoplásicas Sangramentos A compressão do coração pelo pericárdio pressurizado causa importante aumento da pressão venosa central e redução do débito cardíaco, levando ao choque que pode ser rapidamente fatal se não for tratado de maneira adequada. O aumento da pressão intrapericárdica depende da velocidade de instalação do derrame, do volume e das características do saco pericárdico, que, em condições normais, apresenta distensibilidade suficiente para acomodar de 80 a 200 mL de líquido sem que haja aumento importante na pressão intrapericárdica e comprometimento de enchimento ventricular. Isso ocorre devido às propriedades biomecânicas do pericárdio. Em geral, a pressão entra as lâminas do pericárdio é de 5 mmHg, variando normalmente com a respiração. Por apresentar relação pressão-volume em curva “J“, a complacência do saco pericárdico diminui conforme aumenta o volume de líquido no seu interior. Portanto, é de se esperar que o aumento do volume de líquido pericárdico instalado rapidamente leve a uma grande elevação da pressão intrapericárdica, com consequente aumento da tensão no coração. Portanto, pequenos aumentos no volume de líquido pericárdico (100 a 200 mL) poderão elevar a pressão intrapericárdica acima de 30 mmHg, levando ao tamponamento cardíaco. Por outro lado, derrames pericárdicos que se instalam de forma insidiosa podem acomodar volumes superiores a 1 litro sem grande aumento na pressão intrapericárdica. Este fenômeno se deve ao fato de o pericárdio responder de forma diferente ao estiramento agudo e crônico. O aumento gradual do volume do líquido pericárdico aumenta a complacência do saco pericárdico, desviando a curva “J” para a direita com lentificação da sua porção ascendente (Figura 1). Figura 1: Relações pressão / volume pericárdicas obtidas a partir de experimentos animais A curva é desviada para direita na sobrecarga volêmica crônica demonstrando que o pericárdio pode dilatar para acomodar uma sobrecarga lenta de volume. Tamponamento Cardíaco Sintomas e Exame Físico Turgência jugular Hipotensão arterial Abafamento de bulhas Dispnéia, palidez e ansiedade Tríade de Beck Queda da pressão sistólica maior que 10 mmHg na inspiração RX de Tórax: Área cardíaca variável Coração grande sem congestão pulmonar Eletrocardiograma: Alternância elétrica Ecococardiograma: Derrames Pericárdio de volume variável Inspiração - VD VE colapso diastólico do átrio direito e/ou ventrículo direito. Obrigado Pericardite Constritiva - Alteração pós-inflamatória do pericárdio - Pericárdio espesso fibrótico e calcificado - Limitação ao enchimento diastólico - Síndrome congestiva restritiva grave Pericardite Constritiva Idiopática Radiação Pós-cirúrgica Infecciosa Tuberculose Auto-imune Uremia Pós-traumática Sarcoidose Neoplásica Sinais e Sintomas ICD Estase Julgular, congestão hepática e edema de MMII, Estágios Avançados – redução do DC Fadiga grave, Fraqueza muscular e perda de peso Knock pericárdio Sinal de Kussmaul Quadro Clínico Knock som proto diastolico, mais bem audivel na BE, do apicxe cardiaco, corresponde a cessação precoce e abruta do enchimento ventricular. No pulso venoso, a característica mais importante é o descenso Y acentuado. O sinal de Kussmaul que é caracterizado pelo aumento ou não redução da pressão venosa (turgência jugular) com a inspiração, devido restrição do retorno venoso ao coração direito pode ser encontrado. Este sinal não é patognomônico de constrição, podendo ser observado em pacientes com disfunção de VD, principalmente se associado insuficiência tricúspide importante. Na ausculta o achado característico é o knock pericárdico, um ruído protodiastólico muito semelhante à terceira bulha. Apresenta boa especificidade para o diagnóstico. A – SISTOLE ATRAIL DIREITA Y ESVAZIAMENTO ATRIAL X – RELAXAMENTO ATRIAL A curva em raiz quadrada é resultante da queda das pressões atrial e ventricluraes no início da diástole ventricular, levando um descenso rápido profundo, seguida por uma parada subita deste enchimento e aumento abrupto das pressões em um patamar acima dos limites normais As alterações da curva de pressão atrial, “em W” ou “em M”, se dão devido ao proêminencia da Onda A, devido contração atrial vigorosa, com a intensificação do Descendo Y (alteração mais caracteristica da síndrome restritiva), que ocorre pelo esvaziamento atrial no iníco da diástole que esta intensificada pelo gradiente pressórico ártio ventricular. O Descendo X e Onda V são morfologicamente normais. 20 a 30% Estes exames apresentam uma maior acurácia diagnóstica quando comparados ao ecocardiograma. Eles podem medir a espessura do pericárdio (normal < 2 mm). O espessamento pericárdio > 4 mm é muito sugestivo de constrição. Tratamento Pericardiectomia Knock som proto diastolico, mais bem audivel na BE, do apicxe cardiaco, corresponde a cessação precoce e abruta do enchimento ventricular. No pulso venoso, a característica mais importante é o descenso Y acentuado. O sinal de Kussmaul que é caracterizado pelo aumento ou não redução da pressão venosa (turgência jugular) com a inspiração, devido restrição do retorno venoso ao coração direito pode ser encontrado. Este sinal não é patognomônico de constrição, podendo ser observado em pacientes com disfunção de VD, principalmente se associado insuficiência tricúspide importante. Na ausculta o achado característico é o knock pericárdico, um ruído protodiastólico muito semelhante à terceira bulha. Apresenta boa especificidade para o diagnóstico. Classe I: Tamponamento Efusão > 20 mm ao ecocardiograma na diástole - Suspeita de pericardite bacteriana ou tuberculosa Classe IIa: Efusão 10- 20 mm ao ecocardiograma na diástole Suspeita de pericardite neoplásica Indicações para Pericardiocentese ESC Guidelines Classe IIb: Efusão 10mm ao ecocardiograma na diástole Classe III: Dissecção aórtica
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