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AULA 7 PRÁTICA V AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
CONFEDERAÇÃO NACIONAL DO COMÉRCIO, (qualificação completa), neste ato representada por seu DIRETOR (qualificação completa), com sede na (endereço completo), vem, por seu advogado abaixo subscrito, conforme procuração anexa, com endereço profissional na (endereço completo), onde passará a receber as futuras intimações e notificações interpor
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 
COM PEDIDO DE LIMINAR
em face da Norma editada pelo governador do estado KWY e em face da Assembleia Legislativa do estado KWY pelos motivos adiante expostos:
I - DA LEGITIMIDADE ATIVA
A CONFEDERAÇÃO NACIONAL DO COMÉRCIO é legitimada ativa no presente caso conforme o disposto no Art. 103, IX, bem como com apoio no disposto acerca do tema na doutrina, e de acordo com os arts. 533, 534 e 535 todos da CLT.
II - DA COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA
Na forma do artigo 102, I, CF, é de competência originária do STF o processamento e julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual.
II - DO CABIMENTO DA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE
É cabível a presente ação direta de inconstitucionalidade contra lei ou ato normativo estadual ou federal contrário à CRFB/88, conforme disposto no art. 102, I, da referida Constituição.
Salienta-se que no caso em questão trata-se de uma norma de competência originária da união, bem como, a presente violação no disposto no art. 22, I, art. 5º, XXII e art. 170 todos da CRFB/88.
Assim, não há dúvida em relação à adequação da via eleita pelo legitimado.
III - DOS FATOS E FUNDAMENTOS
Inicialmente, importa destacar que caso o Estado KWY editou norma determinando a gratuidade dos estacionamentos provados vinculados a estabelecimentos comerciais, como supermercados, hipermercados, shoppings, estabelecendo multas por seu descumprimento e gradação na punições administrativas, além de delegar ao PROCON local a responsabilidade pela fiscalização dos estabelecimentos relacionados na norma.
Destarte, sabe-se que a presente norma viola o disposto no Art. 22, I da CF, que trata o direito a propriedade privada, e, ainda vai contra o preceituado no art. 5º, XXII, também da CF que garante a todos o direito de propriedade, este claramente violado pela norma editada e questionada pela presente ADI, bem como também viola o disposto no Art. 170, II da CF assim, não restam dúvidas acerca da citada norma diante da flagrante irregularidade e inegável violação ao disposto na Constituição da República Federativa do Brasil.
Portanto, deve ser declarada a inconstitucionalidade da citada norma, com os efeitos EX TUNC, ERGA OMNES e VINCULANTE.
IV - DA CONCESSÃO DA MEDIDA LIMINAR
Outrossim, fica claro que no presente caso que, nenhuma norma pode sobrepor-se ao disposto na CF. Neste Sentido, surge a necessidade de aplicação do Art. 10 da Lei 9.868/99 c/c Art. 102, I, da CF.
Ocorre que, o periculum in mora encontra-se presente na norma, visto que caso esta entre em vigor poderá causar danos irreparáveis ou de difícil reparação aos cidadãos do Estado KWY, visto que caso entre em vigor, diversos proprietários terão prejuízos inestimáveis, causados pela violação a seu direito de propriedade.
Por outro lado o fumu boni iuris resta presente em virtude de que o direito a propriedade garantido pelos art. 22, I, art.5º, XXII e art.170, II todos da CF, está ameaçado pela propositura e possível entrada em vigor da questionada lei, o que colocaria em perigo o direto a propriedade garantidos pela CRFB/88.
Deste modo, diante dos fatos ora narrados, torna-se imprescindível, in casu, a concessão de medida cautelar inaudita altera pars (com fulcro no artigo 10, da Lei Federal nº 9.868/99), evitando a produção de lesão grave ou de difícil reparação.
V - DOS PEDIDOS
Diante de todo o exposto, requer a presença de Vossa Excelência:
1. a notificação do Governador do Estado KWY e da Assembléia Legislativa para que prestem informações na forma do artigo 6º e parágrafo único, da Lei nº 9.868/99;
2. a concessão da Liminar para suspender o ato normativo editado pelo Estado KWY até o julgamento definitivo da presente ação;
3. a intimação do Advogado-Geral da União para a defesa da norma;
4. a intimação do Procurador-Geral da República;
5. a procedência do pedido com a declaração de inconstitucionalidade da norma, com efeitos EX TUNC, ERGA OMNES e VINCULANTE.
VI - DAS PROVAS
Requer a produção de todas as provas admitidas em direito na forma doartigo 3º, parágrafo único, da Lei 9.868/99, em especial documental.
VII - DO VALOR DA CAUSA
Dá-se à causa o valor de R$ 500.000,00 (Quinhentos mil reais).
Nestes termos,
Pede deferimento.
Local e data
Advogado

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