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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA 3º VARA DO TRABALHO DE BLUMENAU-SC Autos nº 123 SALTO ALTO LTDA já devidamente qualificada nos autos, por seu advogado, respeitosamente vem ante Vossa Excelência, nos autos da Reclamação Trabalhista movida por VALENTINO DA SILVA, para, tempestivamente, com base no artigo 895, inciso I da CLT, interpor RECURSO ORDINÁRIO ao Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 12º Região, conforme razões anexas. Para tanto, requer, desde logo, a juntada aos autos das inclusas guias de recolhimento das custas arbitradas, no importe de R$ 12.000,00 (doze mil reais) e do depósito recursal de R$ 9.513,16 (nove mil com quinhentos e treze reais com dezesseis centavos). Posto isto, requer se digne Vossa Excelência de receber e determinar o processamento no presente recurso na forma da lei. Nestes termos, pede deferimento. Indaial, 16 de maio de 2019. ADVOGADO OAB Vara de Origem 3º vara do Trabalho de Blumenau Santa Catarina Autos nº 123 Recorrente: SALTO ALTO LTDA Recorrido: VALENTINO DA SILVA RAZÕES DO RECURSO ORDINÁRIO Egrégio Tribunal, Colenda Turma, Senhores Julgadores. Resumo dos Fatos Foi ajuizada reclamação trabalhista em face do recorrente pleiteando o pagamento de horas extras diárias, e dano estético devido a uma acidente de trabalho. Entretanto, a respeitável Vara do Trabalho de Blumenau julgou a ação procedente, determinando a condenação da reclamada no pagamento das verbas resilitórias, bem como rejeitou preliminarmente o acordo e outro pagamento de R$ 2.000,00 (dois mil reais) realizado perante uma Comissão de Conciliação Prévia (CCP) criada na empresa. Sobre as horas extras diárias o Juiz determinou o pagamento de duas horas extras diárias, bem como a integração nas demais verbas (13º salário, férias, FGTS e repouso semanal remunerado), e, em relação ao repouso semanal majorado pelas horas extras deferidas, sua integração no 13º salário e nas férias. O juiz também deferiu outros 15 minutos de horas extras pela violação a artigo da CLT, que garante esse intervalo antes do início de sobre jornada. O juiz fixou a indenização por dano estético no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) devido à perda funcional de um dos rins do Reclamante, após o impacto sofrido na queda que acorreu no estoque da Reclamada, conforme Comunicação de Acidente do Trabalho (CAT) emitida. O magistrado também determinou que os juros deveriam observa a Taxa Selic. As custas foram fixadas em R$ 200,00 sobre o valor arbitrado à condenação foi de R$ 10.000,00 (dez mil reais). DO MÉRITO DA QUITAÇÃO. O juiz julgou improcedente a preliminar que tratava de Acordo perante a CCP no importe de R$2.000,00 (dois mil reais), razão pela qual busca-se reforma da decisão. A sentença a quo não merece ser mantida, pois conforme o artigo 625-E da CLT que descrê que: “Art. 625-E. Aceita a conciliação, será lavrado termo assinado pelo empregado, pelo empregador ou seu proposto e pelos membros da Comissão, fornecendo-se cópia às partes.” O acordo realizado tem natureza geral, além de ter sido realizado sem ressalvas. Diante do exposto requer a reforma da decisão afim de considerar a quitação das verbas através de acordo. DO DANO ESTÉTICO O juiz quo definiu indenização por dano estético por conta de acidente de trabalho que resultou na perca da função parcial do reclamante. A sentença não merece ser mantida, pois a mera perda da função de um órgão, não configura alteração morfológica na harmonia física do empregado, além do mais o único rim restante tem a capacidade de prover a necessidades biológicas. Portanto, não se configura o dano estético pela ausência de requisitos, requerendo-se assim a reforma da decisão, com base nos artigos 186 e 927 do código de processo civil. DOS JUROS O juiz determinou que os juro da condenação observasse a taxa da Selic, a presente sentença não merece ser mantida, visto que tal taxa possui lei própria, a qual determina a sua aplicação conforme os termos da lei 8.177/91. Diante disso, a reclamada requer a reforma da decisão afim de ter a exclusão da utilização da taxa SELIC no computo da condenação. DO REPOUSO SEMANAL O juiz a quo determinou, no que diz respeito a horas extras, que a mesma integraria as demais verbas. Conforme o que foi exposto, percebe-se há o perigo da decisão incorrer em bis in idem, gerando enriquecimento de sem justa causa, que a OJ 394 veda expressamente: “OJ-SDI1-394 Repouso semanal remunerado. RSR. Integração das horas extras. Não repercussão no cálculo das férias, do décimo terceiro salário, do aviso prévio e dos depósitos do FGTS”. 3.DOS REQUERIMENTOS FINAIS Diante do exposto requere o conhecimento do presente recurso para que sendo analisado o seu mérito seja dado o devido provimento reformando a decisão e afastando a condenação por dano estético, juros de taxa SELIC, bis in ide do RSR e no que se refere ao acordo de CCP. Nestes termos, pede deferimento. Tudo por questão de JUSTIÇA! (LOCAL), (DATA) ADVOGADO OAB Página 1
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