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Musica na escola

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Música na escola
 
A música é uma linguagem comum a todos os seres humanos e assume diversos papéis na sociedade, como por exemplo, prazer estético, expressão musical, diversão, socialização e comunicação. 
 
Tradicionalmente não existe no Brasil o ensino regular da música na escola, o que leva a sociedade a possuir diferentes ideias a respeito dos conteúdos, objetivos e funções da música. 
A falta de compreensão sobre o que é a educação musical, o quê ela aborda e como se faz é uma das principais causas da dificuldade que se tem para justificar sua presença na educação dos indivíduos. 
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Na escola, a música pode ser considerada uma linguagem da arte e uma possibilidade de estratégia de ensino, ou seja, uma ferramenta para auxiliar na aprendizagem de outras disciplinas.
Música e Aprendizagem 
 A linguagem musical deve estar presente nas atividades de expressão física, através de exercícios ginásticos, rítmicos, jogos, brinquedos e rodas cantadas, nos quais pode ser desenvolvida nas crianças a linguagem corporal, numa organização temporal e espacial.
Ao acompanhar a música com gestos ou dançar a criança estará trabalhando a coordenação motora e atenção; ao cantar ou imitar sons ela descobre suas capacidades e estabelece relações com o mundo em que vive. 
Atividades como cantar fazendo gestos, bater palmas, os pés, dançar são experiências que permitem às crianças desenvolver o senso rítmico e também o processo de aquisição da leitura e da escrita. 
A música pode ser trabalhada em disciplinas como: Língua Portuguesa, Matemática, Ciências e Saúde.
Ensino da música
 
A educação musical existe para auxiliar as crianças a alcançar a música enquanto linguagem. Para este desenvolvimento pode-se utilizar de recursos como: fazer musical ou execução (instrumental e/ou vocal); apreciação (ouvir a música de maneira crítica e criativa) e a composição (criação musical através dos elementos da música).
A musicalização é considerada a primeira etapa da educação musical. Nesta fase, o educador busca desenvolver nos indivíduos os instrumentos de percepção básicos necessários para que se compreenda o material sonoro da maneira significativa enquanto linguagem artística. 
Durante esta etapa, o nível de domínio dos códigos musicais são diferentes dos de um profissional, pois se trata de fornecer um referencial básico. 
Um eixo básico comum sugerido para a musicalização envolveria primeiramente a vivência musical e em seguida a formação de conceitos fundamentais da linguagem musical, seu reconhecimento e identificação. 
Esta etapa deve ser um processo significativo para o aluno, na qual o educador musical deve estar consciente de que existe a necessidade de ultrapassar a simples conceituação e reconhecimento dos elementos e fazê-los adquirir sentido dentro do contexto musical. 
Valores da Educação Musical
O pequeno espaço que as artes ocupam em nossa escola atualmente, reflete a pouca importância que temos dado à essa área. 
O intelectualismo da sociedade é reforçado dentro do ambiente escolar, onde o racional e o lógico é que são considerados relevantes, ficando a música, muitas vezes, restrita à atividades lúdicas como lazer e divertimento. 
Valor Estético
A estética está ligada aos efeitos que determinada criação artística pode causar no homem. São os efeitos que a interação com a música proporciona ao homem em sua dimensão afetiva. 
Valor Cultural
Quando ouvimos determinada música, costumamos delinear aspectos extramusicais, conscientes ou inconscientes. Por exemplo, a roupa que o intérprete está usando ou quem escuta esta música. Eles aparecem para as pessoas de forma tão interligada que parecem emergir da música. Assim, as pessoas fazem uso da música também como símbolo de identidade social. 
Valor Psicológico
A Teoria das inteligências Múltiplas de Howard Gardner afirma que a inteligência musical é a capacidade de perceber e classificar diferentes sons, nuances de tonalidade e andamento, etc. 
A prática musical estimula o desenvolvimento do cérebro da criança, auxiliando no aprendizado da música em si, e também da afetividade, socialização e aquisição da linguagem. 
Valor Tradicional
O ensino da música na escola deve superar a concepção tradicional de que estudar música é aprender tocar um instrumento, mas também a composição e a apreciação devem constar de forma integrada e interativa. 
É importante que a educação musical seja refletida e planejada para que contribua na formação de pessoas críticas e conscientes. 
Vivência Musical - 
Roteiro de Aula - Musicalização Infantil
Por Isabela Meni Cosenza
Crianças de 4 a 6 anos. 
Canto de Entrada: é o canto que acolhe e saúda as crianças. É importante para ajudar a criança a desenvolver noção de tempo. O canto de entrada avisa que a aula vai começar. Esse canto não precisa variar muito. Dois, um no 1º semestre e outro no 2º semestre.
Vivências Sonoras:
 Inclui-se nessa categoria todas as músicas/jogos/brincadeiras que fazem com que a criança vivencie o mundo musical e todas as propriedades do som como altura (grave e agudo), duração (curto e longo), intensidade (forte e fraco) e timbre (característica específica de cada som que faz com que ele não seja igual ao outro, ex.: violino e  flauta têm sons diferentes). Inclui aqui também o trabalho com andamento (rápido e devagar), células rítmicas, forma (partes da música) etc.
 
Atividades de registro
São atividades escritas ou desenhadas com o mesmo tema do que foi trabalhado na vivência. 
Ex: sons de animais, barulhos, instrumentos musicais, natureza, etc.
Atividade Livre
Pode ser dividida em: Histórias, Cirandas, Brincadeiras ou Relaxamentos:
Histórias: podem ser em livros ou em CD ou até contadas pelo professor. Não devem ser longas e o ideal é que o professor se utilize de recursos visuais (gravuras, fantoches etc) para prender a atenção das crianças. As histórias podem trabalhar elementos musicais, como por ex. Cachinhos Dourados, que trabalha a altura do som (papai urso=som grave, mamãe ursa=som médio e filhote urso=som agudo). São inúmeras as possibilidades. Se elas puderem participar da história, melhor ainda.
Cirandas: é uma hora deliciosa para se vivenciar o cancioneiro folclórico, as famosas cantigas de roda. Ideais para se trabalhar, além dos elementos sonoros, a lateralidade (direita, esquerda) das crianças, tônus muscular, noção de espaço (frente, atrás, em cima, embaixo, no meio, dentro, fora), socialização e muito mais.
Brincadeira ou relaxamento: outra parte bem gostosa da aula, as crianças fazem uma brincadeira, pode ser qualquer uma, sem competição ou uma música bem gostosa para relaxamento (um exercício dirigido) 
Canto de despedida
Tão importante quanto o canto de entrada, avisa que a aula acabou e todos podem recolher suas coisas, seus instrumentos, ajudar a arrumar a sala, dar um beijo e se despedir. Também usa-se durante o ano duas músicas, no 1º e 2º semestre.

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