Prévia do material em texto
CARLA CRISTINA COSTA ROMA GRACIETE CAROLINA MESSIAS SEGURA LAVÍNIA RIBEIRO COELHO MAÍRA GABRIEL DE JEZUS SABRINA SACCÁ GARCIA STEFANY PEDROSO RAMOS Relatório de aula prática: Determinação de Cinzas Totais. Prof.ª Drª Alice Yoshiko Tanaka Marília 2019 Introdução: O resíduo orgânico de um alimento, conhecido como cinzas, trata-se de uma matéria que permanece mesmo após a sua queima com o processo de incineração em mufla e carbonização, que é transformada em CO2, H2O e NO2. (CECCHI, 2003) Devido a alta temperatura utilizada para a determinação das cinzas totais, alguns minerais voláteis podem ser perdidos no processo como o carbonato de potássio e o carbonato de sódio, por exemplo, que possuem a temperatura de volatização em torno de 900°C. Já o Hg que possui efeito tóxico fica em torno de 100° a 550° e em outros elementos a temperatura varia de acordo com o tipo de mineral. É de grande importância a análise de cinzas totais pois sua determinação pode interferir em diversas propriedades dos alimentos. Um índice de cinzas muito alto em farinhas e açúcares influenciará na extração e dificultará a cristalização, prejudicando o ponto ideal de uma receita doméstica ou em uma indústria e também impedindo a fermentação de alguns produtos. Em alimentos feitos com frutas e vegetais como geleias e conservas, a determinação do índice de cinzas presentes pode apontar a quantidade real de frutas e também comprovar a funcionalidade verificando o valor nutricional. Com essas análises é possível observar uma suposta fraude ou adulteração no produto, quando por exemplo, encontra-se adição de areia em alimentos e rações animal, ou em outros casos quando encontra-se também algum tipo de talco ou sílica em farinhas e/ou açúcares. Para determinar cinza é necessário um processo empírico especificando-se antecipadamente o tempo e a temperatura utilizada em cada tipo de amostra, por isso as amostras são separadas em cinza seca e cinza úmida. Cinza seca é a mais utilizada para análise de cinza total e cinza solúvel e insolúvel tanto em água, como em ácido também, e determinação de alguns metais. Trata-se de uma técnica simples, porém lenta, pois pode-se usar amostras maiores com temperaturas mais altas. Já a cinza úmida é mais utilizada para análises individuais, por isso é mais rápida e pode-se utilizar baixas temperaturas, reduzindo a perda por volatização. Quando se obtém a cinza úmida, a amostra está pronta para análise individual de minerais, podendo utilizar os seguintes métodos: absorção atômica, emissão de chama, colorimetria, turbidimetria e titumetria. (CECCHI, 2003). Objetivo: Esse experimento teve como objetivo fazer contato com a técnica de incineração em mufla utilizado para determinar cinzas nos alimentos. Matérias e Métodos: Matérias Cadinho de porcelana Balança analítica Dessecador Mufla a 550°C Espátula Pinça de haste longa Método: Mufla a 550°C - Manipulou-se o cadinho com a pinça, evitando o contato com as mãos, para que não ocorra interferência, como por exemplo, passar umidade e gordura das mãos para a amostra. - Aqueceu-se o cadinho na mufla a 550°C, por meia hora. Esfriou-se em dessecador e pesou-se em balança analítica por até 4 casas após a virgula. Registrando-se o peso do cadinho vazio. - Pesou-se no cadinho 2 a 3 gramas da amostra seca, em balança analítica. - Colocou-se o cadinho com a amostra na mufla pré-aquecida a 550°C por uma hora ou até o material se tornar branco ou cinza-claro. Essa é uma indicação de que a cinza está pronta. - Esfriou-se o material no dessecador por cerca de 20 a 30 minutos e pesou-se na balança analítica. Resultados e discussão: Levou-se a amostra de farinha já separada por quarteamento ao cadinho, onde pesou-se para que tivéssemos a amostra bruta do produto sem nenhuma interferência, resultando em 81,81. Porém por mais que todo o processo tenha sido com todo o cuidado para que não houvesse contaminação cruzada, pode-se ter alguma alteração devido ao material colhido e separado por quarteamento ter interferência humana, por exemplo podendo ter resquícios de saliva, poeira ou sugidade das mãos. Redirecionou-se esta amostra para a mufla que ficou por cerca de uma hora para sua incineração, retirada da mufla as cinzas da farinha foram para resfriamento no dessecador e foi levada novamente a pesagem, onde resultou em 82,66, resultando na comparação da diferença entre os valores de 0,84. Esta amostra pode conter valores irreais devido a troca de cadinhos feita em laboratório, onde não podemos confirmar que o primeiro cadinho utilizado foi também o último para comparação. Conclusão: Caso não levemos em consideração a troca de cadinhos, concluímos que a amostra analisada estava dentro dos padrões aceitáveis pela legislação, assim, própria para o consumo humano.