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CONTAGEM TOTAL DE BOLORES E LEVEDURAS NA AMOSTRA DE ERVA MATE C. WEIGERT 1 , E. G. RIBEIRO 2 , G. KAVÉTSKI 3 , G. S. ANTONIO 4 1 Universidade Estadual do Centro Oeste, Departamento de Engenharia de Alimentos 1.INTRODUÇÃO A contagem de bolores e leveduras é uma das análises realizadas no controle de qualidade de alimentos, com o intuito de estimar a validade de determinado produto alimentício. A presença excessiva destes microrganismos resulta na deterioração ou redução da vida útil do alimento. Embora considerados indicadores de contaminação, quantificar estes fungos é fundamental para avaliar a qualidade de produtos armazenados, principalmente cereais e preparados para infusão como, por exemplo, a erva-mate, em virtude do potencial micotoxigênico de algumas espécies de bolores (LAZARETTI et al.,2000). Os bolores revelaram notável capacidade de adaptação e crescimento sob condições extremamente variáveis, desta forma, qualquer produto alimentício está sujeito a deterioração pelo crescimento destes organismos, desde que haja contato com o ambiente atmosférico (LEITÃO,1988). Os métodos tradicionais utilizados na quantificação destes microrganismos permitem contar as unidades formadoras de colônias, partindo-se do princípio de que cada célula microbiana presente em determinada amostra irá formar, quando fixada em meio sólido adequado, uma colônia visível e isolada (SILVA e JUNQUEIRA, 1995). 2. MATERIAIS E MÉTODOS 2.1 MATERIAIS Pipetas graduadas de 1 ou 2mL; Tubos de ensaio com 9 mL de água peptonada (0,1%); 1 frasco com 225 mL de água peptonada (0,1%); 4 placas de Petri estéreis; Estufa a 25°C; Alça de Drigalski; 80 mL de ágar PDA acidificado; Erva mate 81. 2.2 PROCEDIMENTO Em aulas anteriores, a água peptonada 1% e o ágar PDA acidificado usado para essa prática já havia sido preparado pelos alunos, e sua autoclavagem feita bem como os materiais utilizados. Para a coleta da amostra, é necessário desinfetar a embalagem (não foi preciso pois a embalagem já estava aberta), usar material estéril para manipula-la e pesar próximo ao bico de Bunsen simulando um ambiente estéril. A prática foi iniciada pesando 25g da amostra de erva mate direto na solução diluente, agitado por 2min e esperado sua decantação, pois, pelo motivo das ervas não se misturarem certamente iria entupir a pipeta. Este, era a diluição 10 -1 . Para a técnica de diluição seriada, foi pipetado 1mL da diluição 10 -1 e colocado no tubo de ensaio com 9mL de água peptonada 1%, sendo então a diluição 10 -2 . Desta, foi pipetado 1mL e disposto em outro tubo de ensaio também contendo 9mL de água peptonada 1%, passando a ser a diluição 10 -3 . O emplacamento foi preparado e feito primeiramente colocando o ágar e deixando-o esfriar para que endurecesse. Começando com a solução em forma crescente de diluição (do 10 -3 para o 10 -2 ), em duplicata para cada diluição foi pipetado 0,1mL da solução e posto no centro da placa de petri, com auxílio da alça de Drigalski, espalhado uniformemente sobre toda placa, sempre manuseando próximo ao bico de Bunsen. Logo após, com as placas já totalmente secas, levado para incubar a 25°C por pelo menos 7 dias. 3. RESULTADOS E DISCUSSAO Em todos os meios de cultura houve ausência no crescimento de colônias em diluições 10 -2 e 10 -3 . Um dos motivos da ausência no cescimento, pode ter relação com a inexistência de carbono, a qual é a principal fonte de energia celular. O Ágar Batata Dextrose é composto de infusão de batata desidratada e dextrose que estimula o crescimento exuberante de fungos. O ágar é adicionado como o agente solidificante. Muitos procedimentos padrões utilizam uma quantidade específica de ácido tartárico estéril (10%) para baixar o pH desse meio para 3,5 ± 0,1, o que inibe o crescimento bacteriano (ACUMEDIA, 2011). A acidificação do meio de cultura pode também influenciar no não crescimento microbiologico, um pH<3,5 não é propenso para o crescimento desses organismos vivos. 4. CONCLUSAO Apesar de constatado o não crescimento microbiano por falta de insumo ou pH acidificado, conclui-se que é necessário ter um maior cuidado, pois fatores físicos e químicos podem desperdiçar amostras. Segundo MISLIVEC et al. (1995), apesar do BDA acidificado ser o meio de cultura tradicionalmente utilizado na contagem de fungos, sua eficiência é inferior aos meios de cultura suplementados com antibióticos. 5. REFERÊNCIAS LAZARETTI et al. Comparação entre os meios de cultura para contagem de fungos no controle microbiológico de erva mate. Curitiba, v. 18, n. 2, p. 163-170, jul./dez. 2000. Disponível em:< https://revistas.ufpr.br/alimentos/article/viewFile/1207/1007>. Acesso em: 19/05/20019. LEITÃO,M.F.F. Tratado de microbiologia: microbiologia de alimentos, sanitária e industrial. São Paulo: Manole, 1988. v.1. SILVA, N. da.; JUNQUEIRA, V.C.A. Métodos de análise microbiológica de alimentos. Campinas: ITAL, 1995. 229 p. (Manual Técnico, 14). ACUMEDIA. ÁGAR BATATA DEXTROSE – POTATO DEXTROSE AGAR (7149). Rev. 4. Neogen Corporation. 610 Lasher Place, Lansing . Abril,2011. MISLIVEC, P.B.; BANDLER, R.; STACK, M.E.; KOCH, H.A.; TOURNAS, V.H. Yeasts molds and mycotoxins. In: FDA. Bacteriological analytical manual. 8 th . ed. Gaitsburg, 1995. p. 18.01.
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