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Hanseníase: Sintomas, Diagnóstico e Tratamento

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Hanseníase
 A hanseníase é uma doença infeccisa, crônica e transmissível, causada pela bactéria Mycobacterium leprae (agente etiológico). Existem referências a lepra, nome antes usado, desde 600 a.C., caracterizando-a como uma das doenças mais antigas da humanidade. Compromete principalmente os nervos periféricos, com perda ou alteração de sensibilidade cutânea térmica, dolorosa ou tátil e de força muscular, conferindo à doença um alto poder incapacitante permanente, principalmente em mãos, pés e olhos e o período de incubação pode durar de seis meses a seis anos, mas há referências de períodos mais longos, de até dez anos.
 É transmitida por tosse ou espirro (pelas gotículas de saliva e secreções do nariz), por meio do convívio próximo e prolongado com uma pessoa doente sem tratamento. A doença pode apresentar principalmente quatro formas clínicas: indeterminada, borderline ou dimorfa, tuberculoide e virchowiana, mas basciamente, somente dois tipos são considerados: paucibacilar e multibacilar. 
 A paucibacilar: Hanseníase indeterminada, sendo o estágio inicial da doença, com um número de até cinco manchas de contornos mal definidos e sem comprometimento neural. Há também a Hanseníase tuberculoide, manchas ou placas de até cinco lesões, bem definidas, com um nervo comprometido. A Multibacilar: Hanseníase borderline ou dimorfa, manchas e placas, acima de cinco lesões, com comprometimento de dois ou mais nervos, e ocorrência de quadros reacionais com maior frequência. Hanseníase virchowiana, forma mais disseminada da doença. Há dificuldade para separar a pele normal da danificada, podendo comprometer nariz, rins e órgãos reprodutivos masculinos. Pode haver a ocorrência de neurite e eritema nodoso na pele.
 O diagnóstico se baseia em sinais e sintomas clínicos e histórico epidemiológico, envolvendo a avaliação clínica dermatoneurológica do paciente, por meio de testes de sensibilidade, palpação de nervos e avaliação da força motora. Pode ser feito a baciloscopia (coleta da serosidade cutânea), exame auxiliar no diagnósticoque dependendo do tip (multibacilar ou paucibacilar) pode dar negativo ou positivo. O resultado negativo não afasta o diagnóstico de hanseníase.
 A doenças é um importante caso de saúde pública no país, pode, de acordo com a Secretaria da Saúde, o Brasil possui a maior incidência de hanseníase no mundo e no total de casos é superado apenas pela Índia. 
 Os principais sintomas são:
- Manchas na pele, de cor esbranquiçada, avermelhada ou amarronzada, as vezes pouco visíveis e com limites imprecisos, com perda de sensibilidade nessas áreas, associado à perda de pelos e ausência de transpiração;
- Se um nervo é afetado, surge dormência, perda de tônus muscular e retrações dos dedos, com desenvolvimento de incapacidades físicas, dor, sensação de choque, formigamento, fisgadas e agulhadas;
- Nas fases agudas, podem aparecer caroços e edemas nas partes mais frias do corpo;
- Entupimento, sangramento, ferida e ressecamento do nariz; 
- Ressecamento nos olhos; 
O tratamento consiste em medicamentos, distribuídos nas unidades de saúde de forma gratuita. São usados o Rifampicina (RFM), acaba com 90% dos bacilos, Dapsona (DDS) e Clofazimina (CFZ), complementos do RFM. Eles interropem a transmissão, impedem as incapacidades físicas e curam a doença. É um tratamento demorado e a dosagem dos medicamentos é escolhida de acordo com a idade e peso do paciente. No caso de intolerância a qualquer uma das drogas, é possível fazer a substituição por outros medicamentos.
Resenha do artigo
 A fisioterapia mostra um papel de extrema importância para pacientes com hanseníase, desde a prevenção até a reabilitação. O fisioterapeuta é apto para auxiliar na prevenção de deformidades e amputações, no processo de reparo de úlceras e de fortalecimento muscular, além de proporcinar para paciente alívio de dores que eventualmente possam aparecer.
 Na fase preventiva, o fisioterapeuta pode prevenir déficits funcionais, enquanto a neuropatia estiver no estado agudo. O uso de técnicas como mobilizações ativas livres e ou passivas, deslizamento tendinoso e alongamento mio neural, associado a um plano de exercícios favorecem manutenção ou melhora do trofismo, resistência muscular e reeducação da propriocepção de membros superiores e inferiores, importante para reduzir os edemas e traumas do nervo. 
 Para a dor crônica, a eletroterapia pode ser um eficiente aliado, como TENS e ultrassom. Acunpuntura também pode ser de grande ajuda. Aliados com exercícios físicos, esses procedimentos apresentam resultados significativos na vida diária do paciente e na redução da dor. 
 Nos processos ulcerativos, a fisioterapia consegue estimular o processo de cicatrização com maior velocidade. As principais técnicas encontradas no tratamento de úlceras de caráter plantar são: radiação infravermelha e ultravioleta, massagem manual superficial, ultrassom e laser de baixa intensidade. 
 A fisioterapia atua contribuindo para a quebra do ciclo: lesão nervosa, déficit motor, incapacidades, além de poder identificar, prevenir e tratar. A profissão oferece vários recursos eficazes e necessários para os portadores dessa doença, melhorando a qualidade de vida, reduzindo custos ao sistema de saúde e possibilitando ao paciente um retorno mais rápido as suas atividades de vida diária.
Link: file:///C:/Users/Usu%C3%A1rio/Downloads/414-1676-1-PB.pdf
Vídeo
Link do vídeo escolhido: https://www.youtube.com/watch?v=mYUtdN0MJnA (Hanseníase é uma das doenças mais antigas do mundo. Saiba mais sobre os sintomas e como evitá-la - Ministério da Saúde)
Fontes usadas para esta atividade: 
http://www.saude.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=3237
https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/hanseniase-lepra/
http://www.sbd.org.br/dermatologia/pele/doencas-e-problemas/hanseniase/9/
http://portalms.saude.gov.br/saude-de-a-z/hanseniase

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