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DISFUNÇÕES MÚSCULO-ESQUELÉTICA Profª Bruna Estima Leal brunaestima@gmail.com DISPLASIA DO DESENVOLVIMENTO DO QUADRIL - DDQ Termo genérico que descreve uma ampla faixa de anormalidades anatômicas do quadril, quer de natureza congênita, ou desenvolvidas nos primeiros meses de vida da criança. DDQ descreve o amplo espectro de alterações que atingem o quadril em crescimento, desde a displasia até à luxação da articulação, passando pelos diferentes graus de subluxação da coxofemoral. 1) Displasia congênita do quadril (DDQ) 2) Subluxação congênita do quadril 3) Luxação congênita do quadril LUXAÇÃO CONGÊNITA DO QUADRIL Cabeça femoral está completamente separada do acetábulo, já no nascimento. n Diagnóstico: deve ser precoce e feito pelo pediatra DISPLASIA DO DESENVOLVIMENTO DO QUADRIL - DDQ Etiologia: MULTIFATORIAL Alterações na Embriogênese Posicionamento - Final da gestação Fatores Genéticos: Frouxidão ligamentar associada à defeito no metabolismo do estrogênio Fatores Ambientais: Brusca extensão do quadril no parto DDQ FATORES de RISCO 60% primíparas Parto pélvico História familiar Meninas Oligodramnia (pouco liq. Amniótico) Doenças associadas: Pé Torto Congênito, Torcicolo Congênito, Artrogripose, Mielomeningocele PATOLOGIA DA DDQ Partes moles (maiores alterações): Frouxidão capsular, pulvinar hipertrofiado (coxim gorduroso que cobre o acetábulo, ao redor do ligamento redondo), limbus invertido, hipertrofia do ligamento redondo contratura do ligamento transverso contraturas musculares. PATOLOGIA DA DDQ Ósseas: Displasia acetabular: Raso, inclinação frontal e anteversão Fêmur: Colo curto, valgo e antevertido Surgimento tardio do núcleo de ossificação proximal DIAGNÓSTICO DDQ AVALIÇÃO DE ROTINA Valor do diagnóstico precoce: Berçário Movimentação dos membros Manobra de Ortolani – pesquisa a luxação Manobra de Barlow – pesquisa a instabilidade Galeazzi MANOBRA DE ORTOLANI Manobra de redução, mediante uma suave abdução do quadril e pressão sobre o trocanter maior com os dedos indicador e médio. O quadril está portanto luxado e ao fazermos a manobra de redução vai ocorrer um ressalto do quadril no momento que a cabeça femoral reduz ao entrar dentro do acetábulo. Técnica: Joelhos e quadris flexionados em 90º, a mão do examinador fica com o polegar na face interna das coxas e os médios contra o trocânter maior. Fazer abdução do quadril e efetuar uma pequena pressão sobre o grande trocanter produzirá um ressalto (um clic) que identifica a redução, e portanto a manobra de Ortolani é positiva Barlow Técnica: Quadril aduzido empalmar a coxa entre o polegar e o indicador e aplicada uma pressão sobre o joelho, tentando luxar a cabeça do fêmur para fora do acetábulo. Ao mesmo tempo com o polegar, podemos empurrar suavemente a coxa de dentro para fora de tal forma que o quadril luxa-se (quando isso ocorre denominamos de quadril luxável). O examinador busca um movimento de pistão, que pode ou não ser acompanhado por um “clic”, constatado na palpação. OUTROS SINAIS CLíNICOS DA DDQ Sinal das pregas cutâneas (assimetria). Limitação da abdução. Sinal de Galeazzi - assimetria dos joelhos com o paciente com os quadris flexionados em 90º, evidenciando encurtamento femoral pela luxação. Sinal da telescopagem - é o sinal do pistão, mobilidade anormal quando a extremidade é impulsionada para cima e para baixo como um pistão, em relação a cavidade acetabular. Teste de Trendelemburg. Marcha: uni ou bilateral. Pregas cutâneas Manobra de Galeazzi ESTUDO POR IMAGEM DA DDQ Radiografia da pelve: Considerada não confiável no diagnóstico da DDQ em recém-natos. Realizar após 4 meses de idade. ESTUDO POR IMAGEM DA DDQ Ultrassonografia: Dúvida diagnóstica, casos de risco e acompanhamento terapêutico. Medidas de Graf (estático): alfa - teto ósso acetabular (>60) beta - teto cartilaginoso(<55) Dinâmico – estabilidade TRATAMENTO DA DDQ Do nascimento aos 6 meses: Fralda de Frejka Suspensório de Pavlik: flexão a 100º evitar a excessiva abdução. Suspensório de Pavlik TRATAMENTO DA DDQ Dos 6 aos 18 meses : Alongamento dos adutores por tração cutânea continua e tenotomia dos adutores. Redução incruenta sob narcose. Gesso pelve- podálico em flexão e abdução discreta dos quadris. TRATAMENTO DA DDQ De 18 meses aos 6 anos Tenotomia dos adutores e psoas-ilíaco Rotina é a redução cruenta Cirurgias ósseas: acetábulo e fêmur Encurtamento femoral após 3 anos TRATAMENTO DA DDQ Acima dos 6 anos de idade: As alterações secundárias na LCQ são marcantes e a reversibilidade limitada com procedimentos operatórios extensos Luxação unilateral e bilateral COMPLICAÇÕES Alterações na marcha Encurtamento do membro inferior Recidiva Coxartrose Necrose avascular DOENÇA DE LEGG-CALVÉ-PERTHES Legg-Calvé-Perthes Conceito: Necrose isquêmica do núcleo secundário de ossificação da epífise proximal do fêmur durante o desenvolvimento da criança. Autolimitada. *Vascularização do núcleo: Ramos epifisários diretos da artéria circunflexa femoral medial. Legg-Calvé-Perthes Incidência: Varia de 1:12500 a 1:2000 No sexo masculino → 4:1 Esquerdo > Direito Bilateralidade em 10 a 20% dos casos 2 a 16 anos Legg-Calvé-Perthes Fisiopatologia: Episódio isquêmico: único e fugaz. Necrose óssea instalando-se inicialmente na área ântero-lateral. Após surto isquêmico: Neovascularização Ossificação(osso não mineralizado) Depósito e absorção trabecular de cálcio Legg-Calvé-Perthes Etiologia: Desconhecida Teorias: Aumento da viscosidade sanguínea. Infartos de repetição Aumento da pressão hidrostática intracapsular Dislipidemias Legg-Calvé-Perthes Patogenia: Isquemia → Osteonecrose → Reparação tecidual. Fases: Necrose Fragmentação: Vulnerabilidade mecânica Reossificação: Simultânea a fragmentação Fase residual Legg-Calvé-Perthes Legg-Calvé-Perthes Quadro Clínico: Dor Irradiada Claudicação Antálgica→ ”Balanço de tronco” Sinal Trendelenburg + → Coxa Vara Funcional Limitação nos movimentos: Abdução Rotação Interna Flexão Legg-Calvé-Perthes Classificação: Catterall: Mais citada, mais antiga. Legg-Calvé-Perthes - Radiologia Legg-Calvé-Perthes - Radiologia Legg-Calvé-Perthes Diagnóstico diferencial: Sinovite transitória Artrite infecciosa Artrite Reumática Tumores ósseos Displasias epifisária múltipla* Hipotireoidismo* Anemia Falciforme* Legg-Calvé-Perthes Tratamento: Conservador Ambulatoriais Não-ambulatoriais Cirúrgico Ambulatoriais: Permitem a deambulação Representado por aparelhos Objetivo: Centralização Não-ambulatoriais: Repouso no leito + tração cutânea longitudinal + adução gradativa. Gesso do tipo Broomstick (6 semanas) Tratamento Conservador Tratamento Conservador: Tenotomia Tratamento Cirúrgico Osteotomias: Salter – Reorientação do teto*(Fig1) Staheli– Expandir o teto Chiari – Centralização*(Fig2) ARTROGRIPOSE MULTIPLA CONGÊNITA ARTROGRIPOSE MULTIPLA CONGÊNITA É uma síndrome caracterizada pela presença de contraturas em diversas articulações e também a rigidez de tecidos moles, provocando a falta de movimento ativo e passivo nas extremidades afetadas, ocorrendo uma distorção das articulações, bem como limitação dos movimentos secundários, fraqueza ou desequilíbrio muscular e a disfunção. (TECKLIN, 2002) A movimentação intra-uterina é essencial para o desenvolvimento das articulações fetais 40 DEFINIÇÃO O mecanismo básico das contraturas articulares é a acinesia fetal. A movimentação intrauterina é essencial para o desenvolvimento das articulações fetais. Qualquer processo que prejudique a movimentação no início da gestação poderá levar às contraturas congênitas. 41 DEFINIÇÃO As articulações são mantidas fixas nessas posições. Trata-se de uma afecção não evolutiva. O recém-nascidoapresenta deformidades múltiplas, rigidez de articulações e contratura de tecidos moles. BONECO DE MADEIRA INCIDÊNCIA Ocorre em 1 a cada 3 mil nascidos vivos. Segundo Staheli (1998): 1 em cada 200 crianças que nascem vivas apresenta formas clínicas isoladas de contratura articular, não propriamente AMC , tais como pé torto congênito e luxação do quadril. ETIOLOGIA Segundo Tecklin (2002) e a maioria dos autores concordam que a etiologia de artrogripose múltipla congênita não é conhecida, mas provavelmente é multifatorial. Mecanismo básico é a acinesia fetal. ETIOLOGIA Possíveis causas: Ocorre por uma diminuição da movimentação normal das articulações no período intrauterino que leva a limitação de movimentos e consequentemente a contraturas articulares. FETAIS Anormalidades da estrutura ou função muscular Alteração da inervação muscular Alteração do tecido conjuntivo MATERNAIS Restrições do espaço intrauterino Doenças Sistêmicas: infecções virais, febre Comprometimento vascular da placenta: <liq. amniótico Acredita-se que esteja relacionado a fatores etiológicos que atuam no primeiro trimestre de gestação, como exposição materna à drogas, hipertermia fetal em relatos de mães que tiveram febre acima de 37,8 ºC, infecções virais maternas específicas, agentes bloqueadores neuromusculares ou imobilização, comprometimento vascular entre mãe e feto, umsepto no útero ou menos líquido amniótico, ocasionando menos espaço para o feto, além da mecânica do abdômen materno. Os fatores que interferem no primeiro trimestre de gestação têm maior potencial de acometimento dos bebês do que os que ocorrem mais tarde na gestação. Esta patologia está relacionada com alterações neurogênicas e miopáticas que levam a diminuição dos movimentos fetais e contraturas articulares. A patogênese da síndrome pode ser determinada por fatores intrínsecos, ou seja, do próprio embrião (alterações neuropáticas, miopáticas), ou ainda extrínsecos (oligoidrâmnios) ou outras anormalidades uterinas que causariam a diminuição do movimento fetal. É importante ressaltar que a principal causa das contraturas articulares congênitas é a diminuição dos movimentos fetais sendo as suas principais causas às neuropatias, miopatias, anormalidades do tecido conectivo, espaço limitado no útero e doenças maternas. A adequada movimentação intra-uterina é essencial para a perfeita formação das articulações fetais, o que ocorre durante o terceiro mês gestacional, após a formação dos nervos, membros e músculos e qualquer alteração que limite os movimentos do concepto durante este período crítico do desenvolvimento poderá levar à instalação das contraturas congênitas. Nos anos transcorridos desde seu descobrimento se conjeturou muito sobre a etiologia deste estado, ainda que a presunção de que a enfermidade seja de origem genética há uma carência de base, estudos realizados mostram dúvidas em relação à origem neurógena ou miogena. As deformidades artroscópicas associadas à inflamação dasmeninges e em outros casos os cortes da medula exibem escassez de células do corno anterior, induzindo alguns autores a acreditarem que este estado é de origem neurógena. Evidentemente, as lesões musculares são características de uma atrofia muscular neurógena. 44 CLASSIFICAÇÃO Segundo Bonilla-musoles , Machado e Osborne AMC se classifica em quatro grupos básicos: Artrogripose generalizada, onde as quatro articulações são afetadas; Artrogripose distal, onde são afetados face, mãos e pés; Síndrome de Pterígio, em adição as contraturas há uma faixa de pele no pescoço; Síndrome das Sinostoses, onde além das contraturas ocorre falha na diferenciação ou separação de um membro ou parte dele alterando a sua forma normal. Artrogripose distal, onde são afetados face, mãos e pés; Síndrome de Pterígio, em adição as contraturas há uma faixa de pele no pescoço; Síndrome das Sinostoses, onde além das contraturas ocorre falha na diferenciação ou separação de um membro ou parte dele alterando a sua forma normal. Síndrome das Sinostoses, onde além das contraturas ocorre falha na diferenciação ou separação de um membro ou parte dele alterando a sua forma normal. 45 Características principais: Aparência sugere um retardo mental, porém uma das características mais marcantes destes pacientes é o alto grau de inteligência aliado a uma forte determinação de superar sua incapacidade e alcançarem suas capacidade máximas. Alterações de pele (fina, lisa e tem pouca sudorese) Tecido subcutâneo inelástico e aderido Ausência de pregas cutâneas As fibras musculares são substituídas por tecido fibroadiposo (fibrogorduroso) As articulações são estreitas e os tecidos periarticulares são espessos; As deformidades presentes na artrogripose são variáveis em número e severidade de cada caso. Ao nascimento, além das deformidades apresentadas, a aparência destas crianças sugere um retardo mental, porém uma das características mais marcantes destes pacientes é o alto grau de inteligência aliado a uma forte determinação de superar sua incapacidade e alcançarem suas capacidade máximas. A artrogripose múltipla congênita, segundo estudo realizado por Oliveira, Mariana Ferreira de et al, pode ser caracterizada por alterações de pele, tecido subcutâneo inelástico e aderido, ausência de pregas cutâneas, hipotrofia muscular, sendo substituído por tecido fibrogorduroso, deformidades articulares, espessamento e rigidez de estruturas periarticulares, com preservação da sensibilidade. 46 Características principais: Diminuição da massa muscular com aparência de definhamento; Os membros tomam forma cilíndrica, perdendo a silhueta; Articulações de todos os membros fixadas; Os músculos são hipoplásicos, atróficos, hipotônicos, ou seja, sem força e tônus e finos, principalmente do diafragma e intercostais Sensibilidade intacta, embora os reflexos tendíneos profundos possam estar diminuídos ou ausentes As deformidades presentes na artrogripose são variáveis em número e severidade de cada caso. Ao nascimento, além das deformidades apresentadas, a aparência destas crianças sugere um retardo mental, porém uma das características mais marcantes destes pacientes é o alto grau de inteligência aliado a uma forte determinação de superar sua incapacidade e alcançarem suas capacidade máximas. A artrogripose múltipla congênita, segundo estudo realizado por Oliveira, Mariana Ferreira de et al, pode ser caracterizada por alterações de pele, tecido subcutâneo inelástico e aderido, ausência de pregas cutâneas, hipotrofia muscular, sendo substituído por tecido fibrogorduroso, deformidades articulares, espessamento e rigidez de estruturas periarticulares, com preservação da sensibilidade. 47 Quadro clínico Deformidades múltiplas Rigidez das articulações Contratura dos tecidos moles Quadro varia de um caso para outro: Afetar os 4 membros: pés equivo-varo, joelhos em flexão ou extensão, luxação de quadril, coxas fletidas em abdução ou adução, mãos em garra ou cerradas, cotovelos em flexão ou extensão e ombros em adução. TRATAMENTO O tratamento precoce aumenta as chances de sucesso Mobilização passiva e imobilizações seguidas por cirurgia de reconstrução ou imobilizadoras. A maioria dos casos necessita de cirurgia reconstrutora, onde os tecidos moles contraturados precisam ser liberados para um maior alcance do grau de ADM. Cirurgia: Capsulotomia posterior da articulação do joelho e do alongamento do tendão de Aquiles. Luxação do quadri Cirurgia de MMSS é adiada até a época em que é possível avaliar as necessidades futuras do paciente, buscando a capacidade de alimentar-se sozinho. É muito complicado em virtude da combinação que elas apresentam (insuficiência motora, deformidades, implicações de ordem genética, problemas psicológicos e considerações em relação à capacidade de cuidarem de si próprias. Equipe: Pediatra, cirurgião, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, assistente social e psicólogo.Em alguns casos ortopedistas DEFINIÇÃO INCIDÊNCIA CLASSIFICAÇÃO DIAGNÓSTICO CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS TRATAMENTO CLÍNICO TRATAMENTO CIRÚRGICO TRAATMENTO FISIOTERAPÊUTICO 49 TRATAMENTO Cirúrgico A principal finalidade do tratamento cirúrgico é de restabelecer o equilíbrio muscular. Manter a amplitude de movimento articular; Visar a marcha e independência nas atividades de vida diária, através da atuação não só nas deformidades, mas também na integração do indivíduo com o meio; Fortalecer a musculatura residual = Melhorar a hipotonia; Facilitar a aquisição de novas etapas do desenvolvimento motor e cognitivo, através da estimulação precoce; Melhora da propriocepção e de padrões de movimento, adaptando-os as atividades de vida diárias; Promover o desenvolvimento global. Os pais precisam colaborar para que o tratamento possa ser realizado a domicílio. É importante ensiná-los que o tratamento deve ser delicado e eficiente. TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO 51 TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO Decúbito ventral deve ser promovido o mais precocemente possível: com a finalidade seja de alongar as estruturas da porção anterior dos quadris, seja de manter a extensão dessa articulação, após a cirurgia de correção da deformidade em flexão. O desenvolvimento motor em crianças com AMC, torna-se PREJUDICADO. Normalmente não fazem o rolar, devido as contraturas dos membros inferiores; o arrastar também fica comprometido e normalmente não conseguem passar de deitado pra sentado sem auxílio; o engatinhar é quase impossível e o deslocamento normalmente é pelas nádegas; a marcha é bastante difícil de acontecer, salvo para alguns casos. 52 fisioterapia LESÃO OBSTÉTRICA DO PLEXO BRAQUIAL (POPB) Paralisia de parte ou de toda a extremidade superior lesão por tração ou compressão do plexo braquial Diversos graus de estiramento ou rotura de nervos Comprometimento motores – geralmente unilateral Pouco comprometimento sensitivo LESÃO OBSTÉTRICA DO PLEXO BRAQUIAL (POPB) ETIOLOGIA Parto difícil: Apresentação cefálica com dificuldade de liberar o ombro – Separação forçada entre a cabeça e o ombro com o movimento de tração e hiperinclinação da cabeça Parto de nádegas (apresentação pelvica) Alto peso ao nascer – desproporcional ao canal de parto. DIAGNÓSTICO Maternidade : exame neurológico – reflexos e sensibilidade Quadro clínico: definido em 3 semanas LESÃO OBSTÉTRICA DO PLEXO BRAQUIAL (POPB) Quadro Clínico: Localização anatômica e tipo de ruptura Neuropraxia: interrupção temporária da condução nervosa Axoniotmese: bloqueio por lesão parcial de axônio e mielina Neurotmese: rotura completa do nervo CLASSIFICAÇÃO: ALTA – ERB DUCHENNE (75% dos casos) Membro superior em atitude de rotação interna, pronação de antebraço, impossibilidade de abdução; as vezes o cotovelo pode estar levemente fletido ( C5-C6-C7) ou em extensão completa por paralisia de C5-C6. Reflexo de Moro assimétrico Reflexo de preensão palmar preservado Não existem sinais vasomotores (sudorese, rubor, calor) Reage a estímulos dolorosos no antebraço e mão (C8-T1 preservados) CLASSIFICAÇÃO: KLUMPKE (1% dos casos) Paralisia baixa – C8/T1 Menos comum – rara de ocorrer Flexão cotovelo - C7 lesão triciptal Reflexo de Moro presente Reflexo de preensão ausente Deficiência motora e sensitiva na mão com movimento ativo de ombro e cotovelo. CLASSIFICAÇÃO: TOTAL (24% dos casos) Membro superior inteiro flácido Nenhum tónus muscular Reflexo de Moro assimétrico Reflexo de preensão ausente Poderão existir alterações vasomotores como palidez ou vermelhidão da pele Tratamento e Atividades Específicas Conservador: RN: Enfaixamento toracobraquial contra o padrão de deformidade – 10 dias Promover menor deformidade Reduzir edema Estimulação precoce-DNPM Cirúrgico: Resultados clínicos indesejados até 3º mês Casos tardios de deformidades PRINCIPIOS DO TRATAMENTO FISIOTERAPEUTICO: Orientação dos familiares; Manter e aumentar a amplitude dos movimentos e força; Incentivar as funções – DNPM; Incentivar a autoimagem positiva; Evitar deformidades (escolioses a longo prazo). PRINCIPIOS DO TRATAMENTO FISIOTERAPEUTICO: Movimentação passiva – prevenir contraturas e deformidades dos tecidos moles, especialmente aderências escapuloumerais; Alongamento passivo e auto alongamento em posições anti-gravitacionais; Estimular o DNPM típico, buscando passar por todas as suas fases, principalmente a simetria e a função do MS afetado; Orientar os pais quanto o posicionamento do membro, como estimular a criança a buscar a utilização do membro afetado durante as brincadeiras, na hora do banho e alimentação; Como realizar alongamentos durante as trocas de fralda, banho, etc. Exercício: Elabore uma sessão de fisioterapia para o caso clínico: Pcte sexo masc., 3 meses de idade, com diagnóstico clínico de LPB e eletroneuromiografia apresentando lesão dos nervos C5 e C6. Apresenta: pouco controle cefálico em prono, nenhuma movimentação do MSE, não rola de supino para DL. TORCICOLO CONGÊNITO É definido como uma fibrose no interior do músculo esternocleidomastóideo que posteriormente acarreta encurtamento e contratura muscular. Pescoço torto Lactente ou na criança de tenra idade. Cabeça do lactente inclinada para o lado do torcicolo e com rotação para o lado oposto. Posicionamento da cabeça Etiologia Desconhecida, porém existem diversas teorias: Isquemia circunscrita do mm ECM; Tocotraumatismo; Postura intrauterina; Infecciosa; Neurogênica; Distrofia muscular congênita. Traumática (uso do fórceps) Postural in útero (prognóstico bom) Patogenia Fibrose do mm ECM, acompanhada ou não de nódulo. Diagnóstico Diferencial Linfadenite séptica profunda e dolorosa; Anomalias de natureza ortopédica; Defeitos da visão; Lesão cerebral O quadro clínico do torcicolo é diferente de acordo com a idade do paciente e se o acometimento é unilateral ou bilateral. Por este motivo o quadro clinico é dividido em recém-nascidos e crianças maiores de um ano de idade. O torcicolo nem sempre esta presente. O exame clinico evidencia apenas uma leve inclinação lateral da cabeça e, mais frequentemente, rotação pura da cabeça e face na direção oposta ao músculo comprometido. Duas ou três semanas após o nascimento pode desenvolver-se uma massa fusiforme de consistência endurecida e indolor, localizada no interior do músculo esternocleidomastóideo, que na maioria dos casos regride espontaneamente, no espaço de dois a três meses. Recém-Nascidos Deformidade pode ser: Leve e passar despercebida, até a criança ser capaz de sentar-se ou levantar-se. Intensa, com assimetria e achatamento da face no mesmo lado do músculo comprometido e evidente logo após o nascimento. Associação do torcicolo com displasia acetabular e luxação congênita do quadril (incidência na literatura tem oscilado entre 7% e 40%). Realizar exame minucioso dos quadris em todas as crianças portadoras de torcicolo muscular congênita. Crianças Maiores de Um Ano A cabeça encontra-se inclinada em direção ao lado comprometido, com a face rodada contrária. A persistência da deformidade provoca: Achatamento e assimetria da face Desnivelamento dos olhos e orelhas (um nível inferior ao lado normal) Ombro do lado afetado torna-se elevado Frequentemente existe uma escoliose cervicodorsal. Rotação e a inclinação lateral do pescoço estão diminuídas Flexão e a extensão usualmente são normais. Pode ocorrer desconforto ocular em virtude do desequilíbrio dos músculos extra-oculares, ocasionado pela permanente inclinação lateral do pescoço. Tratamento Conservador: casos mais benignos e de gravidade moderada; Cirúrgico: quando a contratura persiste ou quando a lesão é diagnosticada em crianças de mais idade – não é indicado antes dos 12 meses de idade. Tratamento Fisioterápico Avaliação da contratura e doDNPM Dor!!!! INTERVENÇÃO FISIOTERAPEUTICA OBJETIVOS: Promover alinhamento da cabeça; Alongar a musculatura encurtada; Fortalecer a musculatura alongada; Estimular o DNPM; Orientar quanto ao decúbito correto (abolir decúbito ventral); Promover o ajuste postural; Prevenir contraturas e deformidades. PROPOSTA DE CONDUTA: Cinesioterapia Termoterapia* Kabath Bobath Massoterapia Estimulação multisensorial INTERVENÇÃO FISIOTERAPEUTICA PROPOSTA DE CONDUTA Cinesioterapia Kabath Bobath Massoterapia Estimulação multisensorial Alongamento Cervical Cintura escapular MMSS Posicionamento Orientações aos Pais
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