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aula_DISFUNÇÕES MUSCULO ESQUELÉTICAS 2019 1 com LOP (1)

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DISFUNÇÕES 
MÚSCULO-ESQUELÉTICA
Profª Bruna Estima Leal
brunaestima@gmail.com
DISPLASIA DO DESENVOLVIMENTO DO QUADRIL - DDQ
Termo genérico que descreve uma ampla faixa de anormalidades anatômicas do quadril, quer de natureza congênita, ou desenvolvidas nos primeiros meses de vida da criança. 
DDQ descreve o amplo espectro de alterações que atingem o quadril em crescimento, desde a displasia até à luxação da articulação, passando pelos diferentes graus de subluxação da coxofemoral. 
1) Displasia congênita do quadril (DDQ)
2) Subluxação congênita do quadril
3) Luxação congênita do quadril
LUXAÇÃO CONGÊNITA DO QUADRIL 
Cabeça femoral está completamente separada do acetábulo, já no nascimento.
n  Diagnóstico: deve ser precoce e feito pelo pediatra
DISPLASIA DO DESENVOLVIMENTO DO QUADRIL - DDQ
Etiologia: MULTIFATORIAL
Alterações na Embriogênese
Posicionamento - Final da gestação
Fatores Genéticos: Frouxidão ligamentar associada à defeito no metabolismo do estrogênio
Fatores Ambientais: Brusca extensão do quadril no parto
DDQ
FATORES de RISCO
60% primíparas
Parto pélvico
História familiar
Meninas
Oligodramnia (pouco liq. Amniótico)
Doenças associadas: Pé Torto Congênito, Torcicolo Congênito, Artrogripose, Mielomeningocele
PATOLOGIA DA DDQ
Partes moles (maiores alterações): 
Frouxidão capsular,
pulvinar hipertrofiado (coxim gorduroso que cobre o acetábulo, ao redor do ligamento redondo),
limbus invertido,
 hipertrofia do ligamento redondo
contratura do ligamento transverso
contraturas musculares.
PATOLOGIA DA DDQ
Ósseas: 
Displasia acetabular: Raso, inclinação frontal e anteversão
Fêmur: Colo curto, valgo e antevertido
Surgimento tardio do núcleo de ossificação proximal
DIAGNÓSTICO DDQ
AVALIÇÃO DE ROTINA
Valor do diagnóstico precoce: Berçário
Movimentação dos membros
Manobra de Ortolani – pesquisa a luxação
Manobra de Barlow – pesquisa a instabilidade
Galeazzi
MANOBRA DE ORTOLANI
Manobra de redução, mediante uma suave abdução do quadril e pressão sobre o trocanter maior com os dedos indicador e médio. 
O quadril está portanto luxado e ao fazermos a manobra de redução vai ocorrer um ressalto do quadril no momento que a cabeça femoral reduz ao entrar dentro do acetábulo.
Técnica: 
Joelhos e quadris flexionados em 90º, a mão do examinador fica com o polegar na face interna das coxas e os médios contra o trocânter maior. 
Fazer abdução do quadril e efetuar uma pequena pressão sobre o grande trocanter produzirá um ressalto (um clic) que identifica a redução, e portanto a manobra de Ortolani é positiva
Barlow
Técnica: 
Quadril aduzido empalmar a coxa entre o polegar e o indicador e aplicada uma pressão sobre o joelho, tentando luxar a cabeça do fêmur para fora do acetábulo. 
Ao mesmo tempo com o polegar, podemos empurrar suavemente a coxa de dentro para fora de tal forma que o quadril luxa-se (quando isso ocorre denominamos de quadril luxável). 
O examinador busca um movimento de pistão, que pode ou não ser acompanhado por um “clic”, constatado na palpação. 
OUTROS SINAIS CLíNICOS DA DDQ
Sinal das pregas cutâneas (assimetria).
Limitação da abdução.
Sinal de Galeazzi - assimetria dos joelhos com o paciente com os quadris flexionados em 90º, evidenciando encurtamento femoral pela luxação.
Sinal da telescopagem - é o sinal do pistão, mobilidade anormal quando a extremidade é impulsionada para cima e para baixo como um pistão, em relação a cavidade acetabular.
Teste de Trendelemburg.
Marcha: uni ou bilateral.
Pregas cutâneas
Manobra de Galeazzi
ESTUDO POR IMAGEM DA DDQ
Radiografia da pelve: 
Considerada não confiável no diagnóstico da DDQ em recém-natos. 
Realizar após 4 meses de idade.
ESTUDO POR IMAGEM DA DDQ
Ultrassonografia:
 
Dúvida diagnóstica, casos de risco e acompanhamento terapêutico.
Medidas de Graf (estático): 
alfa - teto ósso acetabular (>60)
beta - teto cartilaginoso(<55)
 
 Dinâmico – estabilidade
TRATAMENTO DA DDQ
Do nascimento aos 6 meses:
 
Fralda de Frejka
Suspensório de Pavlik: 
flexão a 100º 
evitar a excessiva abdução.
Suspensório de Pavlik
TRATAMENTO DA DDQ
Dos 6 aos 18 meses :
Alongamento dos adutores por tração cutânea continua e tenotomia dos adutores.
Redução incruenta sob narcose.
Gesso pelve- podálico em flexão e abdução discreta dos quadris.
TRATAMENTO DA DDQ
De 18 meses aos 6 anos
Tenotomia dos adutores e psoas-ilíaco
Rotina é a redução cruenta
Cirurgias ósseas: acetábulo e fêmur
Encurtamento femoral após 3 anos 
TRATAMENTO DA DDQ
Acima dos 6 anos de idade:
As alterações secundárias na LCQ são marcantes e a reversibilidade limitada com procedimentos operatórios extensos
Luxação unilateral e bilateral
COMPLICAÇÕES
Alterações na marcha
Encurtamento do membro inferior
Recidiva
Coxartrose
Necrose avascular
DOENÇA DE LEGG-CALVÉ-PERTHES
Legg-Calvé-Perthes
Conceito:
Necrose isquêmica do núcleo secundário de ossificação da epífise proximal do fêmur durante o desenvolvimento da criança.
Autolimitada.
*Vascularização do núcleo: Ramos epifisários 
diretos da artéria circunflexa femoral medial.
Legg-Calvé-Perthes
Incidência:
Varia de 1:12500 a 1:2000
No sexo masculino → 4:1
Esquerdo > Direito
Bilateralidade em 10 a 20% dos casos
 2 a 16 anos
Legg-Calvé-Perthes
Fisiopatologia:
Episódio isquêmico: único e fugaz.
Necrose óssea instalando-se inicialmente na área ântero-lateral.
Após surto isquêmico:
Neovascularização
Ossificação(osso não mineralizado)
Depósito e absorção trabecular de cálcio
Legg-Calvé-Perthes
Etiologia:
Desconhecida
Teorias: 
Aumento da viscosidade sanguínea.
Infartos de repetição
Aumento da pressão hidrostática intracapsular
Dislipidemias
Legg-Calvé-Perthes
Patogenia:
Isquemia → Osteonecrose → Reparação tecidual.
Fases:
Necrose
Fragmentação: Vulnerabilidade mecânica
Reossificação: Simultânea a fragmentação
Fase residual
Legg-Calvé-Perthes
Legg-Calvé-Perthes
Quadro Clínico:
Dor
Irradiada
Claudicação
Antálgica→ ”Balanço de tronco”
 Sinal Trendelenburg + → Coxa Vara Funcional
 Limitação nos movimentos: 
Abdução
Rotação Interna
Flexão
Legg-Calvé-Perthes
Classificação:
Catterall: Mais citada, mais antiga.
Legg-Calvé-Perthes - Radiologia
Legg-Calvé-Perthes - Radiologia
Legg-Calvé-Perthes
Diagnóstico diferencial:
Sinovite transitória
Artrite infecciosa
Artrite Reumática
Tumores ósseos
Displasias epifisária múltipla*
Hipotireoidismo*
Anemia Falciforme*
Legg-Calvé-Perthes
Tratamento:
Conservador
 Ambulatoriais
Não-ambulatoriais
Cirúrgico
Ambulatoriais:
Permitem a deambulação
Representado por aparelhos
Objetivo: Centralização
Não-ambulatoriais:
Repouso no leito + tração cutânea longitudinal + adução gradativa.
Gesso do tipo Broomstick (6 semanas)
Tratamento Conservador
Tratamento Conservador:
Tenotomia
Tratamento Cirúrgico
Osteotomias:
Salter – Reorientação do teto*(Fig1)
Staheli– Expandir o teto
Chiari – Centralização*(Fig2)
ARTROGRIPOSE MULTIPLA CONGÊNITA
ARTROGRIPOSE MULTIPLA CONGÊNITA
É uma síndrome caracterizada pela presença de contraturas em diversas articulações e também a rigidez de tecidos moles, provocando a falta de movimento ativo e passivo nas extremidades afetadas, ocorrendo uma distorção das articulações, bem como limitação dos movimentos secundários, fraqueza ou desequilíbrio muscular e a disfunção. 					
(TECKLIN, 2002)
A movimentação intra-uterina é essencial para o desenvolvimento das articulações fetais
40
DEFINIÇÃO
O mecanismo básico das contraturas articulares é a acinesia fetal. 
A movimentação intrauterina é essencial para o desenvolvimento das articulações fetais.
Qualquer processo que prejudique a movimentação no início da gestação poderá levar às contraturas congênitas. 
41
DEFINIÇÃO
As articulações são mantidas fixas nessas posições.
Trata-se de uma afecção não evolutiva.
O recém-nascidoapresenta deformidades múltiplas, rigidez de articulações e contratura de tecidos moles.
BONECO DE MADEIRA
INCIDÊNCIA 
Ocorre em 1 a cada 3 mil nascidos vivos. 
Segundo Staheli (1998): 1 em cada 200 crianças que nascem vivas apresenta formas clínicas isoladas de contratura articular, não propriamente AMC , tais como pé torto congênito e luxação do quadril.
ETIOLOGIA
Segundo Tecklin (2002) e a maioria dos autores concordam que a etiologia de artrogripose múltipla congênita não é conhecida, mas provavelmente é multifatorial. 
Mecanismo básico é a acinesia fetal.
ETIOLOGIA
Possíveis causas: 
	Ocorre por uma diminuição da movimentação normal das articulações no período intrauterino que leva a limitação de movimentos e consequentemente a contraturas articulares.
FETAIS
Anormalidades da estrutura ou função muscular
Alteração da inervação muscular
Alteração do tecido conjuntivo
MATERNAIS
Restrições do espaço intrauterino
Doenças Sistêmicas: infecções virais, febre 
Comprometimento vascular da placenta: <liq. amniótico
Acredita-se que esteja relacionado a fatores etiológicos que atuam no primeiro
trimestre de gestação, como exposição materna à drogas, hipertermia fetal em relatos de
mães que tiveram febre acima de 37,8 ºC, infecções virais maternas específicas, agentes
bloqueadores neuromusculares ou imobilização, comprometimento vascular entre mãe e
feto, umsepto no útero ou menos líquido amniótico, ocasionando menos espaço para o feto,
além da mecânica do abdômen materno.
Os fatores que interferem no primeiro trimestre de gestação têm maior potencial de
acometimento dos bebês do que os que ocorrem mais tarde na gestação. Esta patologia está
relacionada com alterações neurogênicas e miopáticas que levam a diminuição dos
movimentos fetais e contraturas articulares.
A patogênese da síndrome pode ser determinada por fatores intrínsecos, ou seja, do
próprio embrião (alterações neuropáticas, miopáticas), ou ainda extrínsecos
(oligoidrâmnios) ou outras anormalidades uterinas que causariam a diminuição do
movimento fetal.
É importante ressaltar que a principal causa das contraturas articulares congênitas é
a diminuição dos movimentos fetais sendo as suas principais causas às neuropatias,
miopatias, anormalidades do tecido conectivo, espaço limitado no útero e doenças
maternas.
A adequada movimentação intra-uterina é essencial para a perfeita formação das
articulações fetais, o que ocorre durante o terceiro mês gestacional, após a formação dos
nervos, membros e músculos e qualquer alteração que limite os movimentos do concepto
durante este período crítico do desenvolvimento poderá levar à instalação das contraturas
congênitas.
Nos anos transcorridos desde seu descobrimento se conjeturou muito sobre a
etiologia deste estado, ainda que a presunção de que a enfermidade seja de origem genética
há uma carência de base, estudos realizados mostram dúvidas em relação à origem
neurógena ou miogena. As deformidades artroscópicas associadas à inflamação dasmeninges e em outros casos os cortes da medula exibem escassez de células do corno
anterior, induzindo alguns autores a acreditarem que este estado é de origem neurógena.
Evidentemente, as lesões musculares são características de uma atrofia muscular
neurógena.
44
CLASSIFICAÇÃO
Segundo Bonilla-musoles , Machado e Osborne  AMC se classifica em quatro grupos básicos:
Artrogripose generalizada, onde as quatro articulações são afetadas;
Artrogripose  distal, onde são afetados face, mãos e pés;
Síndrome de Pterígio, em adição as contraturas há uma faixa de pele no pescoço;
Síndrome das Sinostoses, onde além das contraturas ocorre falha na diferenciação ou separação de um membro ou parte dele alterando a sua forma normal.
Artrogripose  distal, onde são afetados face, mãos e pés;
Síndrome de Pterígio, em adição as contraturas há uma faixa de pele no pescoço;
Síndrome das Sinostoses, onde além das contraturas ocorre falha na diferenciação ou separação de um membro ou parte dele alterando a sua forma normal.
Síndrome das Sinostoses, onde além das contraturas ocorre falha na diferenciação ou separação de um membro ou parte dele alterando a sua forma normal.
45
Características principais:
Aparência sugere um retardo mental, porém uma das características mais marcantes destes pacientes é o alto grau de inteligência aliado a uma forte determinação de superar sua incapacidade e alcançarem suas capacidade máximas.
Alterações de pele (fina, lisa e tem pouca sudorese)
 Tecido subcutâneo inelástico e aderido
 Ausência de pregas cutâneas
 As fibras musculares são substituídas por tecido fibroadiposo (fibrogorduroso)
As articulações são estreitas e os tecidos periarticulares são espessos;
As deformidades presentes na artrogripose são variáveis em número e severidade de
cada caso.
Ao nascimento, além das deformidades apresentadas, a aparência destas crianças
sugere um retardo mental, porém uma das características mais marcantes destes pacientes é
o alto grau de inteligência aliado a uma forte determinação de superar sua incapacidade e
alcançarem suas capacidade máximas.
A artrogripose múltipla congênita, segundo estudo realizado por Oliveira, Mariana
Ferreira de et al, pode ser caracterizada por alterações de pele, tecido subcutâneo inelástico
e aderido, ausência de pregas cutâneas, hipotrofia muscular, sendo substituído por tecido
fibrogorduroso, deformidades articulares, espessamento e rigidez de estruturas
periarticulares, com preservação da sensibilidade.
46
Características principais:
Diminuição da massa muscular com aparência de definhamento; 
Os membros tomam forma cilíndrica, perdendo a silhueta;
Articulações de todos os membros fixadas; 
Os músculos são hipoplásicos, atróficos, hipotônicos, ou seja, sem força e tônus e finos, principalmente do diafragma e intercostais 
Sensibilidade intacta, embora os reflexos tendíneos profundos possam estar diminuídos ou ausentes
As deformidades presentes na artrogripose são variáveis em número e severidade de
cada caso.
Ao nascimento, além das deformidades apresentadas, a aparência destas crianças
sugere um retardo mental, porém uma das características mais marcantes destes pacientes é
o alto grau de inteligência aliado a uma forte determinação de superar sua incapacidade e
alcançarem suas capacidade máximas.
A artrogripose múltipla congênita, segundo estudo realizado por Oliveira, Mariana
Ferreira de et al, pode ser caracterizada por alterações de pele, tecido subcutâneo inelástico
e aderido, ausência de pregas cutâneas, hipotrofia muscular, sendo substituído por tecido
fibrogorduroso, deformidades articulares, espessamento e rigidez de estruturas
periarticulares, com preservação da sensibilidade.
47
Quadro clínico
Deformidades múltiplas
Rigidez das articulações 
Contratura dos tecidos moles 
Quadro varia de um caso para outro: 
Afetar os 4 membros: pés equivo-varo, joelhos em flexão ou extensão, luxação de quadril, coxas fletidas em abdução ou adução, mãos em garra ou cerradas, cotovelos em flexão ou extensão e ombros em adução.
TRATAMENTO
O tratamento precoce aumenta as chances de sucesso
Mobilização passiva e imobilizações seguidas por cirurgia de reconstrução ou imobilizadoras.
A maioria dos casos necessita de cirurgia reconstrutora, onde os tecidos moles contraturados precisam ser liberados para um maior alcance do grau de ADM.
Cirurgia:
Capsulotomia posterior da articulação do joelho e do alongamento do tendão de Aquiles.
Luxação do quadri
Cirurgia de MMSS é adiada até a época em que é possível avaliar as necessidades futuras do paciente, buscando a capacidade de alimentar-se sozinho. 
É muito complicado em virtude da combinação que elas apresentam (insuficiência motora, deformidades, implicações de ordem genética, problemas psicológicos e considerações em relação à capacidade de cuidarem de si próprias.
Equipe: Pediatra, cirurgião, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, assistente social e psicólogo.Em alguns casos ortopedistas 
DEFINIÇÃO
INCIDÊNCIA
CLASSIFICAÇÃO
DIAGNÓSTICO
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS
TRATAMENTO CLÍNICO
TRATAMENTO CIRÚRGICO
TRAATMENTO FISIOTERAPÊUTICO
49
TRATAMENTO Cirúrgico
A principal finalidade do tratamento cirúrgico é de restabelecer o equilíbrio muscular.
Manter a amplitude de movimento articular;
Visar a marcha e independência nas atividades de vida diária, através da atuação não só nas deformidades, mas também na integração do indivíduo com o meio;
Fortalecer a musculatura residual = Melhorar a hipotonia;
Facilitar a aquisição de novas etapas do desenvolvimento motor e cognitivo, através da estimulação precoce;
Melhora da propriocepção e de padrões de movimento, adaptando-os as atividades de vida diárias;
Promover o desenvolvimento global.
Os pais precisam colaborar para que o tratamento possa ser realizado a domicílio. É importante ensiná-los que o tratamento deve ser delicado e eficiente.
TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO
51
TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO
Decúbito ventral deve ser promovido o mais precocemente possível: com a finalidade seja de alongar as estruturas da porção anterior dos quadris, seja de manter a extensão dessa articulação, após a cirurgia de correção da deformidade em flexão. 
O desenvolvimento motor em crianças com AMC, torna-se PREJUDICADO. 
Normalmente não fazem o rolar, devido as contraturas dos membros inferiores; o arrastar também fica comprometido e normalmente não conseguem passar de deitado pra sentado sem auxílio; o engatinhar é quase impossível e o deslocamento normalmente é pelas nádegas; a marcha é bastante difícil de acontecer, salvo para alguns casos.
52
fisioterapia
LESÃO OBSTÉTRICA DO PLEXO BRAQUIAL (POPB)
Paralisia de parte ou de toda a extremidade superior lesão por tração ou compressão do plexo braquial
Diversos graus de estiramento ou rotura de nervos
Comprometimento motores – geralmente unilateral
Pouco comprometimento sensitivo
LESÃO OBSTÉTRICA DO PLEXO BRAQUIAL (POPB)
ETIOLOGIA
Parto difícil:
Apresentação cefálica com dificuldade de liberar o ombro – Separação forçada entre a cabeça e o ombro com o movimento de tração e hiperinclinação da cabeça
Parto de nádegas (apresentação pelvica)
Alto peso ao nascer – desproporcional
 ao canal de parto.
DIAGNÓSTICO
Maternidade : exame neurológico – reflexos e sensibilidade
Quadro clínico: definido em 3 semanas
LESÃO OBSTÉTRICA DO PLEXO BRAQUIAL (POPB)
Quadro Clínico:
Localização anatômica e tipo de ruptura
Neuropraxia: interrupção temporária da condução nervosa
Axoniotmese: bloqueio por lesão parcial de axônio e mielina
Neurotmese: rotura completa do nervo
CLASSIFICAÇÃO:
ALTA – ERB DUCHENNE (75% dos casos)
Membro superior em atitude de rotação interna, pronação de antebraço, impossibilidade de abdução; as vezes o cotovelo pode estar levemente fletido ( C5-C6-C7) ou em extensão completa por paralisia de C5-C6.
Reflexo de Moro assimétrico
Reflexo de preensão palmar preservado
Não existem sinais vasomotores 
 (sudorese, rubor, calor)
Reage a estímulos dolorosos 
no antebraço e mão 
(C8-T1 preservados)
CLASSIFICAÇÃO:
KLUMPKE (1% dos casos)
Paralisia baixa – C8/T1
Menos comum – rara de ocorrer
Flexão cotovelo - C7 lesão triciptal
Reflexo de Moro presente
Reflexo de preensão ausente
Deficiência motora e sensitiva na mão com movimento ativo de ombro e cotovelo.
CLASSIFICAÇÃO:
TOTAL (24% dos casos)
Membro superior inteiro flácido
Nenhum tónus muscular
Reflexo de Moro assimétrico
Reflexo de preensão ausente
Poderão existir alterações vasomotores como palidez ou vermelhidão da pele
Tratamento e Atividades Específicas
Conservador:
RN: 
Enfaixamento toracobraquial contra o padrão de deformidade – 10 dias
Promover menor deformidade
Reduzir edema
Estimulação precoce-DNPM 
Cirúrgico:
Resultados clínicos indesejados até 3º mês
 Casos tardios de deformidades
PRINCIPIOS DO TRATAMENTO FISIOTERAPEUTICO:
Orientação dos familiares;
Manter e aumentar a amplitude dos movimentos e força;
Incentivar as funções – DNPM;
Incentivar a autoimagem positiva;
Evitar deformidades (escolioses a longo prazo).
PRINCIPIOS DO TRATAMENTO FISIOTERAPEUTICO:
Movimentação passiva – prevenir contraturas e deformidades dos tecidos moles, especialmente aderências escapuloumerais;
Alongamento passivo e auto alongamento em posições anti-gravitacionais;
Estimular o DNPM típico, buscando passar por todas as suas fases, principalmente a simetria e a função do MS afetado;
Orientar os pais quanto o posicionamento do membro, como estimular a criança a buscar a utilização do membro afetado durante as brincadeiras, na hora do banho e alimentação;
Como realizar alongamentos durante as trocas de fralda, banho, etc.
Exercício:
Elabore uma sessão de fisioterapia para o caso clínico:
Pcte sexo masc., 3 meses de idade, com diagnóstico clínico de LPB e eletroneuromiografia apresentando lesão dos nervos C5 e C6.
Apresenta: pouco controle cefálico em prono, nenhuma movimentação do MSE, não rola de supino para DL. 
TORCICOLO CONGÊNITO
É definido como uma fibrose no interior do músculo esternocleidomastóideo que posteriormente acarreta encurtamento e contratura muscular.
Pescoço torto
Lactente ou na criança de tenra idade.
Cabeça do lactente inclinada para o lado do torcicolo e com rotação para o lado oposto.
Posicionamento da cabeça
Etiologia
Desconhecida, porém existem diversas teorias:
	 Isquemia circunscrita do mm ECM;
	 Tocotraumatismo;
	 Postura intrauterina;
	 Infecciosa;
	 Neurogênica;
	 Distrofia muscular congênita.
Traumática (uso do fórceps)
Postural in útero (prognóstico bom)
Patogenia
Fibrose do mm ECM, acompanhada ou não de nódulo.
Diagnóstico Diferencial
Linfadenite séptica profunda e dolorosa;
Anomalias de natureza ortopédica;
Defeitos da visão;
Lesão cerebral
O quadro clínico do torcicolo é diferente de acordo com a idade do paciente e se o acometimento é unilateral ou bilateral. Por este motivo o quadro clinico é dividido em recém-nascidos e crianças maiores de um ano de idade.
O torcicolo nem sempre esta presente.
O exame clinico evidencia apenas uma leve inclinação lateral da cabeça e, mais frequentemente, rotação pura da cabeça e face na direção oposta ao músculo comprometido. 
Duas ou três semanas após o nascimento pode desenvolver-se uma massa fusiforme de consistência endurecida e indolor, localizada no interior do músculo esternocleidomastóideo, que na maioria dos casos regride espontaneamente, no espaço de dois a três meses.
Recém-Nascidos
Deformidade pode ser:
Leve e passar despercebida, até a criança ser capaz de sentar-se ou levantar-se. 
Intensa, com assimetria e achatamento da face no mesmo lado do músculo comprometido e evidente logo após o nascimento.
Associação do torcicolo com displasia acetabular e luxação congênita do quadril (incidência na literatura tem oscilado entre 7% e 40%).
Realizar exame minucioso dos quadris em todas as crianças portadoras de torcicolo muscular congênita. 
Crianças Maiores de Um Ano
A cabeça encontra-se inclinada em direção ao lado comprometido, com a face rodada contrária. 
A persistência da deformidade provoca:
Achatamento e assimetria da face
Desnivelamento dos olhos e orelhas (um nível inferior ao lado normal)
Ombro do lado afetado torna-se elevado 
Frequentemente existe uma escoliose cervicodorsal. 
Rotação e a inclinação lateral do pescoço estão diminuídas
Flexão e a extensão usualmente são normais. 
Pode ocorrer desconforto ocular em virtude do desequilíbrio dos músculos extra-oculares, ocasionado pela permanente inclinação lateral do pescoço. 
Tratamento
Conservador: casos mais benignos e de gravidade moderada;
Cirúrgico: quando a contratura persiste ou quando a lesão é diagnosticada em crianças de mais idade – não é indicado antes dos 12 meses de idade.
Tratamento Fisioterápico
Avaliação da contratura e doDNPM
Dor!!!!
INTERVENÇÃO FISIOTERAPEUTICA
OBJETIVOS: 
Promover alinhamento da cabeça;
Alongar a musculatura encurtada;
Fortalecer a musculatura alongada;
Estimular o DNPM;
Orientar quanto ao decúbito correto (abolir decúbito ventral);
Promover o ajuste postural;
Prevenir contraturas e deformidades.
PROPOSTA DE CONDUTA: 
Cinesioterapia
Termoterapia*
Kabath
Bobath
Massoterapia
Estimulação multisensorial
INTERVENÇÃO FISIOTERAPEUTICA
PROPOSTA DE CONDUTA
Cinesioterapia
Kabath
Bobath
Massoterapia
Estimulação multisensorial
Alongamento
Cervical
Cintura escapular
MMSS
Posicionamento
Orientações aos Pais

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