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DEFEITOS DO FECHAMENTO DO TUBO NEURAL Prof. Bruna Estima Leal brunaestima@gmail.com A partir da 3ª semana do desenvolvimento embrionário Inicia-se a formação da placa neural que dará origem ao tubo neural. Estrutura embrionária que dá origem ao sistema nervoso central (encéfalo e medula espinhal), através dos processos de indução, proliferação, diferenciação celular e apoptose (morte celular programada). Estes processos são controlados em geral por genes de origem materna e genes que controlam a especificação do uso crânio-caudal, segmentos corpóreos, organogênese, atuando nos diversos campos do desenvolvimento embrionário. Fechamento do Tubo Neural - ocorre entra 3ª e 4ª semana de vida pós-concepcional. Defeitos durante o fechamento do Tubo Neural produzirão uma série de malformações, dependendo do momento, extensão e altura da falha. São os exemplos mais importantes de Defeitos do fechamento do Tubo Neural (DTN): Anencefalia microcefalia encefalocele espinha bífida. O ÁCIDO FÓLICO E OS DEFEITOS DO TUBO NEURAL A relação entre o uso peri-concepcional do ácido fólico e a redução da incidência de DTN tem sido sugerida nos últimos 30 anos. Eficácia da suplementação de ácido fólico, tanto na prevenção de recorrências de DTN (em mulheres com gestações previamente afetadas) como na prevenção da primeira ocorrência de um DTN. Anencefalia A calota craniana não se forma e o tecido nervoso malformado é exposto, o que invariavelmente produz dias de vida. Encenfalocele A encefalocele é a herniação de tecido encefálico através de falhas ósseas. É habitualmente recoberta de pele íntegra e sua severidade é determinada pelo volume de tecido nervoso extracraniano. Microcefalia 2015 – nordeste – Zika virus ??? Alteração do Desenvolvimento. Estimulação precoce – SUS: treinamento. Espinha Bífida Espinha Bífida Oculta Espinha Bífida Cística Mielomeningocele Meningocele 9 Espinha Bífida Oculta É o defeito mais comum DTN. A alteração ocorre somente nas vértebras. Não há protrusão externa das meninges. Localização: L5 ou S1 (maioria dos casos). Suspeitar quando: Lesões cutâneas na região lombossacra (hemangioma, nevo piloso, seios cutâneos ou lipomas) 10 Espinha Bífida Cística Mielomeningocele: Apresentação mais comum (75%); O saco herniado contém, além das meninges (duramáter e aracnóide), tecido nervoso. Localizado 80% dos casos na região lombar ou lombossacra; Associado com malformações neurológicas: hidrocefalia, Arnold- Chiari, Estenose do Aqueduto de Sylvius. Meningocele: 25% dos casos O saco herniado é recoberto com pele e contém somente as meninges. Função motora preservada Rara associação com outras malformações do SNC Espinha Bífida Cística B: Mielosquise: lesão com tubo neural aberto, sem saco sobrejacente. A: Mielomeningocele: herniação da medula espinhal. Questionável... Herança genetica Deficiencia nutricional – ácido fólico, vit A Teratogênese – anticonvulsivo, cocaína, crack Diagnóstico Pré-natal: USG Amniocentese: dosagem da -fetoproteína (se estiver elevada, não tem alteração no tubo neural). Etiologia Pós-natal: Manifestações Clínicas: Paralisa flácida Diminuição da força muscular Atrofia muscular Diminuição ou abolição dos reflexos tendinosos Diminuição ou abolição da sensibilidade Incontinência vesical e retal Deformidades ortopédicas Hidrocefalia Diagnóstico Pós-natal: Manifestações Clínicas secundárias: Ulceras de decúbito Osteoporose Atraso no DNPM Contratura de tecidos moles Infecções urinárias, e consequentemente, renais Alterações vasomotoras = extremidades frias, cicatrização. Diagnóstico Pós-natal: Deformidades: Pés = equino-varo, equino-valgo, calcaneo valgo Calcaneo cavo Quadril = luxações e subluxações Coluna = hipercifose, hiperlordose e escoliose. Diagnóstico Torácico: movimentos ativo de MMII ausente Lombar Alto: L1, L2, L3 (psoas, adutores, quadríceps) Lombar Baixo: L3, L4, L5 ( + flx joelhos e/ou glúteo médio) Sacral: S1, S2 ( + tríceps sural ou intrínsecos dos pés ou glúteo máximo). Classificação - nível da lesão Equipe multidisciplinar Avaliação e tratamento neurológico (VITAL): fechamento da bolsa, DVP Avaliação e tratamento urológico Avaliação e tratamento ortopédico Reabilitação: Fisioterapia. Tratamento Tratamento urológico (VITAL): Avaliação clínica e armada Diagnóstico da disfunção Orientação esvaziamento vesical Prevenção de complicações Orientação sexual Tratamento ortopédico: Correção das deformidades: -Facilitar posicionamento -Evitar complicações (lesões de pele, problemas respiratórios, etc) -Promover função (marcha) Tônus e Força muscular Deformidades Grau de amplitude de movimento (ADM) DNPM Avaliação Fisioterapia Prevenção de deformidades musculoesqueléticas: Manutenção das ADMs - Alongamentos Fortalecimento muscular (MMSS e tronco) Prevenção de ulceras de pressão Estimulação do DNPM Utilização de dispositivos ortopédicos adequados Treino de AVDs, transferências Adequação postural Treino de locomoção (Cadeira de rodas, órteses) Orientação à família Inserção escolar/social Fisioterapia Acima T12: Não deambulador (cadeira de rodas) Não tem controle de tronco LA (1,2,3): Deambulador domiciliar (cadeira de rodas, andador ou muletas) Não tem controle de quadril – Órteses longa com cinturão pelvico Prognóstico LB (4,5): Deambulador comunitário Não tem extensores de joelho – Órtese longa S: S1,2 = Não tem dorsiflexores e flexores plantares. = Se necessário tutor curto S3,4= uso de correção para os pés (palmilhas ou sapatos especiais) Prognóstico
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