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Breve histórico da psicologia e sua importancia para o fisioterapeuta

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02/06/2019 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 1/5
 
CONTEÚDO 2 - Breve Histórico da Psicologia e sua importância para o
fisioterapeuta
A Psicologia é um ramo das Ciências Humanas que estuda, cientificamente, o
comportamento e os processos mentais humanos. Isso abrange todos os aspectos
do pensamento e dos comportamentos não se restringindo apenas aos
comportamentos anormais. (Morris e Maisto, 2004). Psicologia é a ciência dos
fenômenos psíquicos e do comportamento. Comportamento: uma estrutura
vivencial interna que se manifesta na conduta. O termo psicologia origina-se da
junção de duas palavras gregas: psiché, "alma", e lógos, "tratado", "ciência".
A Psicologia estuda o que motiva o comportamento humano – o que o sustenta, o
que o finaliza e seus processos mentais, que passam pela sensação, emoção,
percepção, aprendizagem, inteligência. A história da Psicologia se confunde com a
Filosofia até meados do século XIX. Sócrates, Platão e Aristóteles deram o
pontapé inicial na instigante investigação da alma humana.
Para entender a diversidade da Psicologia como ciência é necessário resgatar um
pouco de sua história que teve início entre os gregos no Ocidente, no período
anterior a era cristã, 700 a.C. Nessa época, Platão e Aristóteles já questionavam
sobre o comportamento humano e os processos mentais, dedicando-se a
compreender o espírito empreendedor do conquistador grego. É entre os filósofos
gregos que surge a primeira tentativa de sistematizar uma Psicologia e é deles
que vem o termo psyché, que significa alma, e de logos, que significa razão, ou
seja, “estudo da alma”. A alma ou espírito era concebido como parte imaterial do
ser humano e abrangeria o pensamento, os sentimentos de amor e ódio, a
irracionalidade, o desejo, a sensação e a percepção.
Na antiquidade, a Psicologia ganhou consistência com Sócrates (469-399 a.C.). A
principal preocupação deste filósofo era o limite que separa o homem dos animais.
Para Sócrates, a razão é definida como uma peculiaridade do homem ou como
essência humana. Para Sócrates, a principal característica do ser humano era a
razão - aspecto que permitiria ao homem deixar de ser um animal irracional.
Platão também teve destaque nesse período procurando definir um “lugar” para a
razão no nosso próprio corpo. Definiu esse lugar como sendo a cabeça, onde se
encontra a alma do homem e assim a medula seria o elemento de ligação da alma
com o corpo. Platão concebia a alma como separada do corpo, quando alguém
morria, a matéria (corpo) desaparecia, mas a alma ficava livre para ocupar outro
corpo. Platão, discípulo de Sócrates, conclui que o lugar da razão no corpo
humano era a cabeça, representando fisicamente a psiqué, e a medula teria como
função a ligação entre mente e corpo.
Já Aristóteles (387/322 a C.) – discípulo de Platão – entendia corpo e mente de
forma integrada, e percebia a psiqué como o princípio ativo da vida.
Durante a “era cristã” – quando todo conhecimento era produzido e mantido a
sete chaves pela Igreja, Santo Agostinho e São Tomé de Aquino partem dos
posicionamentos de Platão e Aristóteles respectivamente. Em 1649, René
Descartes – filósofo francês – publica Paixões da Alma, reafirmando a separação
entre corpo e mente. Pensamento que dominou o cenário científico até o século
XX. No final do século XIX, os acadêmicos da época resolvem distanciar a
Psicologia da Filosofia e da Fisiologia, dando origem ao que se chamou de
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Psicologia Moderna. Os comportamentos observáveis passam a fazer parte da
investigação científica em laboratórios com o objetivo de se controlar o
comportamento humano. Nesse sentido, os teóricos objetivam suas ações na
tentativa construir um corpo teórico consistente, buscando o reconhecimento,
enfim, da Psicologia como ciência.
Somente no século XIX a Psicologia conquistou o status como ciência, separada da
Filosofia e o que era até então exclusivo desta ciência, passa a ser investigado
também pela Fisiologia e pela Neurofisiologia em particular. Os avanços nessa
área levaram à formulação de teorias sobre o sistema nervoso central,
demonstrando que o pensamento, as percepções e os sentimentos humanos eram
produtos desse sistema. Para se conhecer o psiquismo humano passa a ser
necessário então, compreender os mecanismos e o funcionamento do cérebro.
O primeiro laboratório de psicologia experimental surgiu na Alemanha, com
Wilhelm Wundt (1879) e tornou-se conhecido como Estruturalismo. Mas foi nos
Estados Unidos que a Psicologia encontrou campo para um rápido crescimento e
ali surgiram as primeiras abordagens ou escolas em psicologia, as quais deram
origem às inúmeras teorias que existem até hoje.
No século XX, para diversos autores, as três mais importantes tendências teóricas
da Psicologia são:
- Behaviorismo: nasceu nos Estados Unidos com Watson que argumentou que a
psicologia deveria ocupar-se apenas com comportamentos possíveis de ser
observados e medidos. Skinner acrescentou a ele o conceito de reforço e
recompensas, fazendo com que o sujeito se tornasse um agente ativo no processo
de aprendizagem.
- Gestalt: na Europa, é a tendência teórica mais ligada a Filosofia. De acordo com
a Psicologia da Gestalt, a percepção depende da tendência humana de ver
padrões de distinguir figuras de seu fundo e de completar imagens a partir de
poucas pistas. Os gestaltista estavam preocupados em compreender quais
processos psicológicos envolvidos na ilusão de ótica, quando o estímulo físico é
percebido pelo sujeito como uma forma diferente da que ele tem na realidade. A
percepção é o ponto de partida e também um dos temas centrais dessa teoria.
- Psicanálise: na Áustria, nasceu com o médico Sigmund Freud que a partir da
prática médica, recuperou para a Psicologia a importância da afetividade
postulando o inconsciente como objeto de estudo e quebrando a tradição da
Psicologia como ciência da consciência e da razão.
As antigas especulações sobre a alma e a capacidade intelectual do homem foram
complementadas desde o século XIX por uma nova ciência, a psicologia
estabeleceu métodos e princípios teóricos aplicáveis ao estudo e de grande
utilidade no estudo e tratamento de diversos aspectos da vida e da sociedade
humana. A teoria psicológica tem caráter interdisciplinar por sua íntima conexão
com as ciências biológicas e sociais e por recorrer, cada vez mais, a metodologias
estatísticas, matemáticas e informáticas. Não existe, contudo, uma só teoria
psicológica, mas sim uma multiplicidade de enfoques, correntes, escolas,
paradigmas e metodologias concorrentes, muitas das quais apresentam profundas
divergências entre si.
Apesar das diferentes linhas de pensamento teóricas utilizadas, o psicólogo
considera fatores estruturais e sócio-culturais que afetam o indivíduo na escolha
da forma de abordagem e avaliação das possibilidades de trabalho. Exemplo: os
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requisitos de comportamento esperado de um executivo diferem substancialmente
dos de um operário, que diferem de um motorista ou de uma telefonista. Pessoas
reagem a situações desafiadoras de acordo com suas experiências e expectativas,
com nítidos reflexos psíquicos e fisiológicos. Assim, mesmo fato que pode
representar motivo de estresse acentuado para uns, para outros não passa de um
agradável estímulo. Isso se verifica em processos de recuperação de movimentos
em longo prazo, ocasionados por lesões ou traumas. No paciente com lesão
neurológica, pós-trauma em acidente com veículo. Há aquele que encoraja o
cuidador a ter paciênciacom ele na troca de roupas para higiene pessoal, o outro
reage com agressividade, transferindo pra pessoa do cuidador o sentimento que o
acomete.
Psicologia e a Fisioterapia
A psicologia enquanto ciência do comportamento pode constituir-se em um
instrumento à disposição do fisioterapeuta, um apoio para aumentar a eficácia do
tratamento fisioterapêutico, como corretivo ou preventivo e inclusive, para
permitir um diálogo construtivo com o paciente, bem como escolher metas mais
adequadas às suas condições.
O psicólogo atua nas mais diversas áreas e atividades, em todas as situações em
que existam interações entre pessoas, inclusive, no tratamento de questões que
envolvem o indivíduo e equipamentos ou sistemas. Encontram-se psicólogos em
clínicas e hospitais, especialmente no apoio a pacientes traumatizados ou em
situações de pós-operatório em que existam sequelas físicas e emocionais a
neutralizar.
Casas de repouso, clínicas de dor, institutos de tratamentos diversos, consistem
em espaços que o psicólogo e o fisioterapeuta têm sido solicitados. Essa ação é
estimulada pela presença de pacientes com diversos tipos de transtornos mentais
aos quais, com frequência, somam-se limitações físicas diversas.
Estar tecnicamente preparado não é o suficiente para que o profissional se
relacione bem com o seu paciente. A técnica é importante, fundamental para que
os resultados sejam positivos, mas toda a técnica será insuficiente se o
relacionamento entre o fisioterapeuta e o seu cliente não for adequada.
Considerando que o trabalho do fisioterapeuta exige o uso das mãos, o tocar o
outro, podemos afirmar que apesar da ética e dos cuidados que o profissional usa
para este tipo de procedimento, o tocar pode desencadear reações negativas ou
positivas no cliente, pois nem todas as pessoas recebem e sentem da mesma
forma a proximidade física do outro. É importante lembrar que a pessoa só chega
até o profissional por que algo não está bem com ela e a fez procurar pelo
profissional ou ser encaminhada até ele.
É necessário ao profissional conhecer a realidade sócioeconômica e cultural da
pessoa, pois estes aspectos podem ser pontos de apoio e sustentação importantes
no enfrentamento da doença. Conhecer seus valores, o papel, ou lugar que ela
ocupa na família, suas crenças, enfim, todas as informações sobre a
pessoa ajudarão o profissional na sua avaliação sobre os possíveis recursos que a
pessoa dispõe [ou não] para enfrentar o momento do adoecimento.
Com certeza para todo esse conhecimento e também para o trabalho a ser
realizado, o diálogo entre o profissional e a pessoa doente será fundamental, pois
ajudará a amenizar a situação estimulando a confiança da pessoa no profissional,
bem como a autoconfiança.
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Assim, não é possível estabelecer o sucesso do tratamento, sem antes conhecer a
pessoa, o diagnóstico as causas que levaram o indivíduo para o tratamento
[curativo ou paliativo]. É importante também conhecer as expectativas da pessoa
que receberá o tratamento, seu estado emocional diante da doença, seu grau de
ansiedade e avaliar que tipo de relação o paciente tem consigo mesmo e com os
outros.
É necessário que se estabeleça uma relação de confiança e ajuda mútua entre o
fisioterapeuta e o paciente, para que o ideal do tratamento seja conseguido e para
que a pessoa se sinta cuidada.
Estabelecer as leis básicas da atividade psicológica:
O crescimento do entendimento do funcionamento das atividades mentais
vem contribuindo para a eficiência e a eficácia das ações de profissionais
ligadas à saúde.
A melhor compreensão dos processos mentais possibilita ao profissional:
Ligar à promoção da saúde
Evitar desgastes emocionais no relacionamento com o paciente
Manter o melhor relacionamento interpessoal, com benefícios para o
profissional, o paciente, familiares e cuidadores.
A psicologia busca compreender as mudanças na atividade psicológica
consequentes do estado patológico porque a percepção que o indivíduo possui dos
fenômenos liga-se à forma como a mente trata as diferentes sensações.
Basicamente, na mudança de comportamento dos pacientes. O paciente pode
mudar de comportamento durante o processo de fisioterapia por várias razões.
Dependendo da situação o fisioterapeuta pode encaminhar a um serviço de apoio.
Teorias e práticas em psicologias
O Inconsciente: Existem processos mentais conscientes e inconscientes, sendo
que a maior parte é inconsciente (Freud, 1974). Para Freud, o aparelho psíquico
era composto de três elementos:
ID: a parte mais primitiva e menos acessível da personalidade, constituída de
conteúdos inconscientes, inatos ou adquiridos, que buscam a contínua
gratificação. O ID não conhece juízo de valores, busca sempre satisfação imediata 
- diz-se que ele atua de acordo com o princípio do prazer.
EGO: responsável pelo contato do psiquismo com a realidade externa, contendo
elementos conscientes e inconscientes. O EGO atua de acordo com o princípio da
realidade, ele procura unir e conciliar as reivindicações do ID e do Superego com
as do mundo externo, fazendo o que pode para harmonizar seus reclamos e
exigências.
Superego: atua como censor do ego. Representa em geral, as exigências da
moralidade. Tem a função de formar os ideais, a auto-observação. Esse
componente da personalidade recompensa o ego por comportamentos aceitáveis e
cria sentimentos de culpa para castigá-lo por ações ou pensamentos contrários a
princípios morais. O superego, portanto, julga, censura ou aprova.
Adler assinalou que as pessoas são orientadas por ficções e que estas são os
determinantes mais importantes do nosso comportamento. Muitas pessoas
apresentam grandes dificuldades para enfrentar desafios simplesmente porque
não desenvolvem a visão capaz de estimulá-las. Pessoas que não conseguem se
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dedicar ao tratamento de recuperação física, podem estar enfrentando essa
situação. Para eles, o mundo perdeu o sentido e não conseguem ver nada para o
futuro.
Trata-se de uma mensagem importante para todos os profissionais da saúde:
constitui um erro grosseiro dissociar os problemas psicológicos e emocionais dos
transtornos orgânicos. Toda agressão ao corpo provoca reflexos para mente e
vice-versa. Pensar no paciente como um ser integral – corpo, mente e espírito – é
imperativo. O paciente reage conforme a sua visão de mundo. Quando ela é
restrita, limitada, não se consegue do paciente a dedicação para esforços
substanciais. O mais difícil não é a realização dos exercícios na terapia.
Albert Bandura (Canadá, 1925), conclui que os seres humanos adquirem uma
parcela muito maior do seu repertório comportamental por modelação, isto é, pela
observação do comportamento de um modelo, do que pelo condicionamento.
Responsabilidades do profissional – é dever ético de todo profissional da saúde
esforçar-se em direção do autoconhecimento, para poder avaliar e criticar suas
ações e os efeitos que elas possam ocasionar em pacientes.
O círculo familiar constitui um grupo especial, pela força dos laços e pela
intimidade que unem seus integrantes. O fisioterapeuta vai ter que lidar com a
família do paciente que pode ser colaborativa ou não.

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