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Administração de Riscos em uma Contraparte Central

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INFORMAÇÃO PÚBLICA 1INFORMAÇÃO PÚBLICASÃO PAULO, 09 DE JUNHO DE 2017
Administração de Riscos em uma Contraparte Central 
Apresentação Preparada para USP
INFORMAÇÃO PÚBLICA 2
Introdução: o Mercado Financeiro
A Contraparte Central
Programa
Estrutura de Participantes e Estrutura de Salvaguardas
Outros Mitigadores de Risco
CORE: Uma Nova Medida de Risco
INFORMAÇÃO PÚBLICA 3
Mercado Financeiro
Problema:
• Transferência de riscos:
– Eliminar/reduzir exposição a fator de risco (hedge)
– Ganhar exposição direcional em fator de risco (especulação)
• Financiamento: inconsistência intertemporal de ativos e passivos
Solução:
• Mercado organizado para negociação de títulos:
– 1100s: Mercadores de Veneza e as cruzadas
– 1531: Primeira bolsa para negociação de títulos na Antuérpia
– 1602: Amsterdam Stock Exchange e Dutch East India Company
– 1817: Bolsa de Valores da Bahia
– 1820: Bolsa de Valores do Rio de Janeiro (BVRJ)
– 1967: Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa)
– 1985: Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F)
INFORMAÇÃO PÚBLICA 4
Mercado Financeiro
Mercado organizado:
• Diferentes produtos:
• Mercado à vista: Moedas, Commodities, Ações
• Derivativos: Futuros, Opções, Swaps
• Diferentes formas de negociação:
• Balcão:
‒ Flexibilidade na definição dos termos
‒ Formação de preços opaca: negociação bilateral
‒ Liquidez difusa
• Bolsa:
‒ Contratos padronizados
‒ Transparência na formação de preços: Livro de Ofertas
‒ Liquidez: ambiente para encontro de compradores com vendedores
INFORMAÇÃO PÚBLICA 5
Mercado Financeiro
Mercado organizado:
• Negócios precisam ser registrados e liquidados:
‒ Troca de titularidade de ativos
‒ Transferência de financeiros
‒ Registro de contratos
• Liquidação pode ser acordada bilateralmente:
‒ Parte e Contraparte assumem riscos e operacional da liquidação
‒ Risco bilateral e operacional “terceirizado”:
• Repositórios de Negócios
• Depositárias Centrais
• Sistemas de Liquidação de Ativos e Pagamentos
• Liquidação de negócios: sempre traz Risco de Crédito de Contrapartes
INFORMAÇÃO PÚBLICA 6
Mercado Financeiro
• Risco de Crédito de Contrapartes:
• Mercado à vista:
• Comprador tem que pagar
• Vendedor tem que entregar
• Derivativos:
• Variações de preços de futuros
• Prêmios de opções
• Entrega de ativos no exercício de opções
• Possíveis Mitigadores:
– Análise de crédito bilateral: muito custoso
– Pré-liquidação de financeiro: assimétrico
– Liquidação através de Contraparte Central (CCP)
INFORMAÇÃO PÚBLICA 7
Introdução: o Mercado Financeiro
A Contraparte Central
Programa
Estrutura de Participantes e Estrutura de Salvaguardas
Outros Mitigadores de Risco
CORE: Uma Nova Medida de Risco
INFORMAÇÃO PÚBLICA 8
Contraparte Central
• Objetivo: se interpor como contraparte a todos os negócios liquidados através da CCP
• Meio-ambiente de uma CCP:
‒ Clientes (Investidores): donos das posições
‒ Participantes (Corretoras de Valores, Distribuidoras de Valores e Bancos):
• Responsáveis por acesso aos ambientes de negociação
• Responsáveis pela execução de ordens emitidas por Clientes
• Responsáveis por toda liquidação financeira contra a CCP
• Responsáveis por movimentação de ativos em benefício de Clientes
‒ CCP (Câmara BM&FBOVESPA, Câmara de Ações, Câmara de Câmbio e Câmara de Ativos)
‒ Depositárias (B3, SELIC)
‒ Sistema de Pagamentos (STR)
INFORMAÇÃO PÚBLICA 9
Contraparte Central
• Meio-ambiente de uma CCP:
‒ CCP é contraparte de todos os negócios realizados na Bolsa
‒ CCP pode ser contraparte de negócios realizados em Balcão Organizado
CCP
Participante 1
Clientes
Bolsa: Ambiente 
de Negociação
Participante 2
Participante 3
Clientes
Clientes
Balcão 
com 
CCP
R$
R$
R$
R$, Ordens
R$, Ordens
R$, Ordens
Negócios
INFORMAÇÃO PÚBLICA 10
Contraparte Central
• Vantagens de uma CCP:
‒ Um único risco de contraparte a se avaliar: o risco da CCP
‒ Eficiência operacional:
• Interfaces com Depositárias e Sistema de Pagamentos
• Saldo Líquido Multilateral (SLM): líquido de obrigações financeiras
• Fungibilidade de Contratos
• Maior Alavancagem: reconhecimento de hedges mesmo em contratos não-fungíveis
• Risco para uma CCP:
‒ Não cumprimento de obrigação financeira por parte de um Participante
‒ Risco de Crédito de Participantes e Clientes deve ser mitigado pela CCP:
• Estrutura de Participantes e Salvaguardas
• Margem de Garantia: Risco de Crédito substituído por Riscos de Mercado e Liquidez
INFORMAÇÃO PÚBLICA 11
Contraparte Central
• Toy Problem: Compra e venda de ações
CCP
Bolsa: Ambiente 
de Negociação
Investidor 
A
Investidor 
B
Participante 
1
Participante 
2
Livro de ofertas
BID Q BID P
100 10.00
100 8.00
100 7.00
ASK P ASK Q
10.20 100
12.00 100
13.00 100
P
ro
fu
n
d
id
ad
e
Depositária: 
Conta A
Depositária: 
Conta B
D+0: Ordem 
de compra de 
100 @10
D+0: Ordem de 
venda de 100 @10
D+0: Ordem 
de compra de 
100 @10
D+0: Ordem 
de venda de 
100 @10
Até D+3: R$ 1.000
D+3: R$ 1.000
Negócios
D+3 às 15hs: 
R$ 1.000
D+3 às 15h25: 
R$ 1.000
100 ações
D+3: às 10hs
100 ações
D+3: às 15h25
D+0: Garantias D+0: Garantias
DVP: Delivery 
vs. Payment
Livro de ofertas
BID Q BID P
100 8.00
100 7.00
ASK P ASK Q
10.20 100
12.00 100
13.00 100
P
ro
fu
n
d
id
ad
e
INFORMAÇÃO PÚBLICA 12
Contraparte Central
• Materialização do risco de crédito: Inadimplência do Comprador
CCP
Bolsa: Ambiente 
de Negociação
Investidor 
A
Investidor 
B
Participante 
1
Participante 
2
Livro de ofertas
BID Q BID P
100 10.00
100 8.00
100 7.00
ASK P ASK Q
10.20 100
12.00 100
13.00 100
P
ro
fu
n
d
id
ad
e
Depositária: 
Conta A
Depositária: 
Conta B
D+0: Ordem 
de compra de 
100 @10
D+0: Ordem de 
venda de 100 @10
D+0: Ordem 
de compra de 
100 @10
D+0: Ordem 
de venda de 
100 @10
Até D+3: R$ 1.000
D+3: R$ 1.000
Negócios
D+3 às 15hs: 
R$ 1.000
D+3 às 15h25: 
R$ 1.000
100 ações
D+3: às 10hs
100 ações
D+3: às 15h25
D+0: Garantias D+0: Garantias• Execução de 
Garantias e Venda 
das Ações 
• CCP proverá 
liquidez até 
resolução da 
inadimplência
Livro de ofertas
BID Q BID P
100 8.00
100 7.00
ASK P ASK Q
10.20 100
12.00 100
13.00 100
P
ro
fu
n
d
id
ad
e
D+0: Garantias
100 ações
INFORMAÇÃO PÚBLICA 13
Introdução: o Mercado Financeiro
A Contraparte Central
Programa
Estrutura de Participantes e Estrutura de Salvaguardas
Outros Mitigadores de Risco
CORE: Uma Nova Medida de Risco
INFORMAÇÃO PÚBLICA 14
Contraparte Central: Estrutura de Participantes
• Mitigação do Risco de Crédito: Estrutura de Participantes da Câmara BM&FBovespa
‒ Múltiplas Camadas de Participantes: Probabilidade Conjunta de Inadimplência
CCP
Participante 1
Clientes
Bolsa: Ambiente 
de Negociação
Participante 2
Participante 3
Clientes
Clientes
Balcão 
com 
CCP
R$
R$
R$
R$, Ordens
R$, Ordens
R$, Ordens
Negócios
INFORMAÇÃO PÚBLICA 15
Estrutura de Participantes
CÂMARA 
BM&FBOVESPA
CORRETORA
(PARTICIPANTE DE 
NEGOCIAÇÃO 
PLENO)
CLIENTE CLIENTE
CORRETORA
(PARTICIPANTE DE 
NEGOCIAÇÃO 
PLENO)
CLIENTE CLIENTE
CORRETORA
(PARTICIPANTE DE 
NEGOCIAÇÃO 
PLENO)
CLIENTE CLIENTE
PARTICIPANTE 
DE LIQUIDAÇÃO
CLIENTE CLIENTE
MEMBRO DE 
COMPENSAÇÃO
MEMBRO DE 
COMPENSAÇÃO
MEMBRO DE 
COMPENSAÇÃO
C
A
D
E
IA
 D
E
 RE
S
P
O
N
S
A
B
IL
ID
A
D
E
S
 
INFORMAÇÃO PÚBLICA 16
Contraparte Central: Estrutura de Salvaguardas
• Mitigação do Risco de Crédito: Estrutura de Salvaguardas da Câmara BM&Fbovespa
‒ Transformando Risco de Crédito em Risco de Mercado: Margem e Garantias
‒ Alto nível de confiança estatístico: teste de estresse
CCP
Participante 1
Clientes
Bolsa: Ambiente 
de Negociação
Participante 2
Participante 3
Clientes
Clientes
Balcão 
com 
CCP
R$
R$
R$
R$, Ordens
R$, Ordens
R$, Ordens
Negócios
INFORMAÇÃO PÚBLICA 17
Estrutura de Salvaguardas
Margem adicional pode ser requerida de qualquer participante, a exclusivo critério 
da B3, a qualquer tempo, inclusive intradiariamente
COMPONENTES DA 
ESTRUTURA DE 
SALVAGUARDAS
GARANTIA DEPOSITADAS POR ATIVOS ACEITOS EM GARANTIA
FUNDO DE LIQUIDAÇÃO
▪ Membro de Compensação
▪ B3
▪ Títulos públicos federais 
nacionais
SALDO OPERACIONAL
▪ Membro de Compensação
▪ Corretora
▪ Moeda nacional
▪ Títulos públicos federais
nacionais
MARGEM
▪ Clientes (todos os
mercados)
▪ Moeda nacional
▪ Títulos públicos federais
nacionais
▪ Ações, units e ETFs
▪ CDBs e cartas de fiança 
bancária
▪ Corretora (mercado a 
vista)
▪ Moeda nacional
▪ Títulos públicos federais
nacionais
INFORMAÇÃO PÚBLICA 18
Estrutura de Salvaguardas
Contribuição da B3 para o fundo de liquidação
Contribuição dos MCs adimplentes para o fundo de liquidação
Garantias do MC inadimplente
Garantias do comitente inadimplente sob o PNP e MC inadimplentes
Garantias do PNP inadimplente
Contribuição do MC inadimplente para o fundo de liquidação
Garantias excedentes do comitente inadimplente sob outros PNPs e MCs
Caixa da B3 dedicado à CCP
600 milhões
620 milhões
306,8 bilhões
Teste de estresse 1: CORE 
99.96%
de 2 a 15 milhões por MC
Teste de estresse 2: CORE 
99,99% + N maiores clientes
Valores em R$*
(31-março-2016)
* Valores referem-se à Câmara BM&FBOVESPA + Câmara de Ações e contribuição fixa da B3 para o fundo de liquidação
Sequência de utilização de garantias
Outros ativos da B3
INFORMAÇÃO PÚBLICA 20
Procedimentos em Caso de Inadimplência
Evento de inadimplência: falha de participante (cliente, corretora, MC) no pagamento, 
total ou parcial, do valor financeiro referente a seu saldo líquido multilateral devedor 
O que acontece se o cliente falha?
• O portfólio do cliente inadimplente é encerrado por sua corretora
• As garantias do cliente inadimplente podem ser executadas para cobrir as obrigações derivadas do 
encerramento
• Insuficiência de garantias do cliente: a corretora cobre as obrigações remanescentes; caso contrário a
corretora é declarada inadimplente
O que acontece se a corretora falha?
• A corretora indica o cliente inadimplente
• O portfólio da corretora (posições proprietárias) e do cliente inadimplente são encerrados
• As garantias da corretora e do cliente inadimplente podem ser executadas para cobrir obrigações decorrentes
do encerramento
• Clientes adimplentes sob a corretora inadimplente: posições e garantias são transferidas para outra corretora
(portabilidade; processo regular de transferência)
• Insuficiência de garantias do cliente: as garantias da corretora inadimplente podem ser executadas
• Insuficiência de garantias da corretora: MC cobre as obrigações remanescentes; caso contrário o MC é
declarado inadimplente
INFORMAÇÃO PÚBLICA 21
Procedimentos em Caso de Inadimplência
O que acontece se o MC falha?
• O MC indica a corretora inadimplente e a corretora inadimplente indica o cliente inadimplente
• As posições proprietárias do MC inadimplente e da corretora inadimplente são encerradas
• Utilização das garantias para cobrir obrigações decorrentes do encerramento: segue a sequência de 
utilização das garantias 
• Corretoras adimplentes devem contratar outro MC e proceder com a transferência
• Clientes adimplentes sob corretora inadimplente: posições e garantias são transferidas para outra 
corretora (portabilidade; processo regular de transferência)
O encerramento de portfólio é conduzido por corretora escolhida pelo MC ou pela B3, a 
critério da B3
Caso não haja indicação dos inadimplentes ao longo da cadeia de liquidação
• Se um MC inadimplente não indicar a corretora inadimplente: todas as corretoras devedoras são
consideradas inadimplentes
• Se uma corretora inadimplente não indicar o cliente inadimplente: todos os seus cliente devedores
são considerados inadimplentes
INFORMAÇÃO PÚBLICA 22
Introdução: o Mercado Financeiro
A Contraparte Central
Programa
Estrutura de Participantes e Estrutura de Salvaguardas
Outros Mitigadores de Risco
CORE: Uma Nova Medida de Risco
INFORMAÇÃO PÚBLICA 23
Contraparte Central: Limites de Posição
• Mitigação do Risco de Crédito: Limites de Posição
‒ Impacto da realização conjunta dos riscos de crédito e mercado
‒ Encerramento de posições relevantes: Formação de Preços
CCP
Participante 1
Clientes
Bolsa: Ambiente 
de Negociação
Participante 2
Participante 3
Clientes
Clientes
Balcão 
com 
CCP
R$
R$
R$
R$, Ordens
R$, Ordens
R$, Ordens
Negócios
INFORMAÇÃO PÚBLICA 24
Limite de Posição
• Dois níveis de limite de posição
– Limite nível 1: É requerida margem adicional para posições acima do limite
– Limite nível 2: É requerida margem adicional para posições acima do limite
Violações do limite nível 2 devem ser previamente autorizadas pela BVMF
Violações não autorizadas implicam em redução obrigatória 
– Limite nível 1 < Limite nível 2
• Os limites aplicam-se às posições agregadas nos seguintes níveis:
– Cliente / grupo de clientes sob uma corretora
– Cliente / grupo de clientes atuando sob todas corretoras
– Corretora
• Os limites de posição são definidos por tipo de contrato
– Futuros (financeiros e de commodities, incluindo índices de ações)
– Opções sobre futuros (financeiros e de commodities, incluindo futuros de índice de ações)
– Contratos a termo – ações e debêntures
– Opções sobre ações (incluindo opção sobre o IBOVESPA)
– Empréstimo de ativos – ações e debêntures
• Limites diferentes (ambos níveis) para posições compradas e vendidas
INFORMAÇÃO PÚBLICA 25
Limite de Posição
• Futuros
– Os limites aplicam-se por instrumento (contrato/vencimento)
– Os limites baseiam-se no total de contratos em aberto no instrumento
• Opções sobre futuros
– Os limites aplicam-se por grupo de opções com o mesmo ativo-objeto, do mesmo tipo (call ou put) e com o 
mesmo vencimento
– Posições ponderadas pelo delta
– Os limites baseiam-se no total de contratos em aberto em opções do grupo
• Contratos a termo
– Os limites aplicam-se às posições a termo (i), (ii) e (iii) no mesmo ativo-objeto: 
(i) compradoras (ii) vendedoras descobertas (iii) vendedoras cobertas
– Os limites baseiam-se na liquidez e free-float do ativo-objeto
• Empréstimo de ativos
– Os limites aplicam-se às posições de empréstimos de ativos (i), (ii) e (iii) no mesmo ativo-objeto
(i) compradoras (ii) vendedoras descobertas (iii) vendedoras cobertas
– Os limites baseiam-se na liquidez e free-float do ativo-objeto
• Opções sobre ações
– Os limites aplicam-se por grupo de opções com o mesmo ativo-objeto e o mesmo vencimento
– Para cada grupo, os limites aplicam-se ao maior potencial obrigação de entrega/direito a receber
INFORMAÇÃO PÚBLICA 26
Contraparte Central: Risco Pré-Negociação
• Mitigação do Risco de Crédito: Controle de Risco Pré-Negociação
‒ Ferramenta LINE: limites de posição e boleta avaliados pré-negociação
‒ Túneis de Rejeição e Leilão: preço de ofertas além dos limites
‒ Limite de oscilação
CCPParticipante 1
Clientes
Bolsa: Ambiente 
de Negociação
Participante 2
Participante 3
Clientes
Clientes
Balcão 
com 
CCP
R$
R$
R$
R$, Ordens
R$, Ordens
R$, Ordens
Negócios
INFORMAÇÃO PÚBLICA 27
LIMITES DE 
RISCO PRÉ-
NEGOCIAÇÃO
• Validação obrigatória de risco pré-negociação no caso de negociação via conexões 
eletrônicas de clientes
• No caso de HFTs, o uso da ferramenta de controle de risco pré-negociação fornecida pela 
Bolsa é obrigatório (LiNe)
• A CCP monitora os limites de risco pré-negociação estabelecidos pelas corretoras para os 
investidores HFTs
• Cálculo completo do risco do portfólio, nos níveis do cliente e da corretora, a cada 5 
minutos ao longo do dia
• O risco intradiário tem a função de chamar margem intradiariamente se necessário
SISTEMA DE 
RISCO 
INTRADIÁRIO
• A CCP mede a exposição consolidada do cliente considerando todas as corretoras
• Limites de concentração são aplicados às exposições consolidadas dos clientes
• Chamadas de margem adicional para clientes com posições concentradas sempre que 
necessário
LIMITES DE 
POSIÇÃO
• A liquidez e qualidade das garantias são gerenciadas nos níveis do membro de 
compensação, da corretora e do cliente
QUALIDADE 
DAS 
GARANTIAS
• A CCP possui controle das garantias dos clientes de modo totalmente segregado
• Em caso de inadimplência do cliente, a corretora deve solicitar à CCP o desbloqueio 
das garantias por ele depositadas
CONTROLE DE 
GARANTIAS
Contraparte Central: Processo de Monitoramento de Risco
INFORMAÇÃO PÚBLICA 28
• A CCP possui controle de todos os ativos depositados pelos clientes como garantias
• Limite por garantias ilíquidas
• A CCP possui contas de garantias em diferentes Depositárias
Cliente transfere 
garantias para as 
contas da B3 nas 
Depositárias após 
autorização
da corretora
BM&FBOVESPA
Membro de 
Compensação
Membro de 
Compensação
Corretora Corretora
ClienteCliente
Títulos públicos
(Banco Central)
Títulos 
corporativos e 
CDBs (CETIP)
Ações e ouro
(BM&FBOVESPA)
ADRs e títulos 
internacionais
(Euroclear/DTCC)
Dinheiro
(bancos 
comerciais)
Administração de Garantias
INFORMAÇÃO PÚBLICA 29
Introdução: o Mercado Financeiro
A Contraparte Central
Programa
Estrutura de Participantes e Estrutura de Salvaguardas
Outros Mitigadores de Risco
CORE: Uma Nova Medida de Risco
INFORMAÇÃO PÚBLICA 30
Risco enfrentado pela Câmara
• O risco original enfrentado pela câmara e seus participantes é de crédito
• Após uma inadimplência, a câmara deve encerrar o portfólio do cliente inadimplente, enfrentando:
• Risco gerado durante o encerramento do portfólio do cliente inadimplente
• Risco: perda severa
• Tipos de risco implícitos: mercado, liquidez e fluxo de caixa
• Modelo padrão de margem em bolsas:
• risco de mercado das posições
• Horizonte de risco fixo: todas as posições são encerradas simultaneamente ao final do período
• Funciona apenas para posições de tamanho similares em ativos similares
• O cálculo de risco para um portfólio de posições com características diferentes é complexo:
• Não havia medida de risco (teórica) disponível
• Custo computacional é um obstáculo
INFORMAÇÃO PÚBLICA 31
Medida de Risco: CORE
A BVMF desenvolveu uma medida de risco inovadora: Close-Out Risk Evaluation (CORE) 
Características:
• Risco do portfólio: posições e garantias marcados nos mesmos cenários
• Três tipos de risco: mercado, liquidez de posições e garantias e fluxo de caixa
• Margem: pior fluxo de caixa acumulado durante o período de encerramento do portfólio
• Perda severa: nível de confiança de 99,96%, ou 1 crise a cada 10 anos
• Estratégia de encerramento precisa
• Características da posição e garantia
• Liquidez
• Horizontes de risco múltiplos
• 10.000 cenários: históricos, quantitativos e prospectivos
• Apreçamento completo
• Teste de estresse de liquidez
INFORMAÇÃO PÚBLICA 32
Ciclo de Colateralização
Componentes do CORE
Definição da estratégia de encerramento: conjunto de operação para encerrar o portfólio. Dependem de:
• Características das posições e das garantias
• Tipo de negociação: mercados listado vs. balcão
• Ciclo de liquidação: T+0, T+1, T+2, T+3, … , T+N
• Exemplos: futuro (mínimo: T+2), BTB doador em garantia (mínimo: T+6)
• Risco de liquidez: parâmetros individuais buscam processo de liquidação ordenado
• Mapeamento de fluxos de caixa no período de encerramento:
• Todos os fluxos de caixa gerados durante o período de encerramento são mapeados no tempo
T+0 T+1 T+2 T+3 T+4 T+10
Cálculo de 
margem
Depósito de 
garantia
Janela de 
inadimplência
Período de encerramento
...
INFORMAÇÃO PÚBLICA 33
Dado que as operações de encerramento podem ocorrer em dias diferentes:
• A medida de risco deve ter múltiplos horizontes de risco (10 dias)
• Cenários são trajetórias de preços (retornos acumulados não são suficientes)
• Portfólios distintos podem ser encerrados em prazos distintos
• Risco de mercado:
• Um cenário para determinado fator de risco: 10 choques simulados (1, 2, … 10 dias)
• Um cenário para n fatores de risco: uma matriz com n linhas e 10 colunas
• O processo de geração de cenários será explicado adiante
• Risco de fluxo de caixa:
• Risco: pior fluxo de caixa diário acumulado
• Garantias: liquidez e valor suficientes para cobrir o pior fluxo de caixa devido do cliente
INFORMAÇÃO PÚBLICA 34
Relatório de 
margem
Risco de liquidez
Risco de mercado
Risco de fluxo de caixa
1 – Determinação de 
estratégia de 
encerramento
T0 T+1 T+2 T+3 T+4 T+10...
2 – Por cenário, posições 
remanescentes são 
avaliadas e o pior fluxo de 
caixa diário acumulado é 
calculado
3 – Cálculo do risco
Margem: pior fluxo de caixa diário acumulado dentre todos os cenários
Valor das garantias: marcadas sob o pior cenário
Posições remanescentes ao fim do dia
...
...
Fluxos de caixa diários em cada cenário
Fluxos de caixa diários acumulados em cada cenário
Pior fluxo de caixa
INFORMAÇÃO PÚBLICA 35
Exemplo
• Caso 1 (base):
▪ Posição: vendido em 135 contratos de um futuro hipotético
▪ Fluxo de caixa para contratos futuros: liquidação de ajuste diário na manhã do dia seguinte
▪ Garantia: dinheiro
▪ Parâmetro de risco de liquidez: até 200/dia não impacta preço (liquidação ordenada)
▪ Risco de mercado: hipótese de um único fator de risco; 10.000 cenários
Estratégia de encerramento (operações de encerramento começam em T+2):
• Pior caso: compra de 135 contratos no fim do dia T+2
T0 T+1 T+2 T+3 T+4
Mapeamento do fluxo de caixa nos 
horizontes de risco
$ $
-135
Liquidação 
do ajuste 
diário
T0 T+1 T+2 T+3 T+4
Posições em aberto 
no fim do dia
Negócio: compra 135
0
Estratégia de encerramento
In
tr
ad
iá
ri
o
Eo
D
-135 -135 -135
INFORMAÇÃO PÚBLICA 36
Cálculo do pior fluxo de caixa acumulado para cada um dos 10.000 cenários
1 linha, 1 cenário, 1 trajetória de taxas em 10 dias: choque acumulado em cada 10 horizontes de 
risco
– Pior caso para uma posição vendida em um fator de risco: choques positivos extremos
Horizonte risco (dias) 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Choque acumulado 8,4% 12,0% 15,4% 18,0% 20,0% 21,5% 22,6% 23,4% 24,0% 24,5%
Choque diário 8,4% 3,3% 3,0% 2,3% 1,7% 1,3% 0,9% 0,7% 0,5% 0,4%
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
-25%
-20%
-15%
-10%
-5%
0%
5%
10%
15%
20%
25%
Horizonte de risco (dias)
R
et
o
rn
o
 a
cu
m
u
la
d
o
INFORMAÇÃO PÚBLICA 37
Horizontes risco (dias) 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Choque diário 8,4% 3,3% 3,0% 2,3% 1,7% 1,3% 0,9% 0,7% 0,5% 0,4%
Fluxo de caixa diário:
▪ T+2: - 135x 8.4% = - R$11.3
▪ T+3: - 135 x 3.3% = - R$4.5
T0 T+1 T+2 T+3 T+4
-R$11.3
Fluxo de caixa diário
-R$4.5
T0 T+1 T+2 T+3 T+4
-R$11.3
Fluxo de caixa diário acumulado
-R$15.8 -R$15.8
Margem inicial: R$15.8
Estratégia de encerramento
T0 T+1 T+2 T+3 T+4
-135 Posição em aberto no fim do dia
compra 135
0
In
tr
ad
iá
ri
o
Eo
D
INFORMAÇÃO PÚBLICA 38
Margem inicial: R$16.9
Caso 2: alteração do parâmetro de risco de liquidez de 200/dia para 100/dia
▪ Quanto mais longo e maior o risco de encerramento, maior a margem
T0 T+1 T+2 T+3 T+4
-R$11.3
Fluxo de caixa diário acumulado
-$15.8
T+5
-R$16.9-R$16.9
T0 T+1 T+2 T+3 T+4
-R$11.3
Fluxo de caixa diário
-R$4.5 -R$1.1
Fluxo de caixa diário:
▪ T+2: - 135 x 8.4% = - $11.3
▪ T+3: - 135 x 3.3% = - $4.5
▪ T+4: - 35 x 3.0% = - $1.1
Estratégia de encerramento
T0 T+1
T+2
T+3 T+4
Posições em aberto no fim do dia
Compra 100
0
Compra 35
-135 -35
INFORMAÇÃO PÚBLICA 39
Risco de Mercado
10 mil cenários distribuídos em três tipos e os seus propósitos complementares:
A. Histórico (aprox. 3.000)
▪ Visam incorporar um processo de backtesting de risco dentro do modelo de margem;
▪ Supõe-se que histórico selecionado pode se repetir no futuro: desde 2002
▪ Existem interferências para preservar consistência: índice de ações, por exemplo
B. Quantitativo (aprox. 6.400) 
▪ Aumento da cobertura de choques pelo uso de simulações 
▪ Choques que poderiam ter acontecido mas não foram necessariamente observados
▪ Modelos que geram retornos extremos individuais e em conjunto
▪ Modelos de Fatores para RV (consistência)
C. Prospectivo (aprox. 600)
▪ Foco no movimento conjunto de fatores de risco sistemicamente importantes
▪ Proteção adicional contra benefícios de diversificação espúrios
▪ Quebra de correlações históricas
▪ Eventos que nunca existiram ou não estão presentes na amostra histórica
INFORMAÇÃO PÚBLICA 40
Todos os cenários para riscos individuais necessariamente contidos nos envelopes
Cenários Quantitativos + Envelope: maior cobertura de choques plausíveis
Exemplo de retornos acumulados em 10 horizontes de risco (dias)
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
-25%
-20%
-15%
-10%
-5%
0%
5%
10%
15%
20%
25%
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
-25%
-20%
-15%
-10%
-5%
0%
5%
10%
15%
20%
25%
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
-25%
-20%
-15%
-10%
-5%
0%
5%
10%
15%
20%
25%
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
-25%
-20%
-15%
-10%
-5%
0%
5%
10%
15%
20%
25%
(a) Envelopes (b) Envelopes e cenários históricos
(c) Envelopes e cenários históricos limitados (d) Envelopes; históricos limitados, quantitativos
INFORMAÇÃO PÚBLICA 41
Marcelo Carvalho
E-mail: marcelo.carvalho@b3.com.br

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