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Preparatório Concurso Prefeitura de Ananindeua Edileuda Silva Especialista em oncologia CRN 8058 Nutrição normal: avaliação de dietas normais e especiais Belém/2019 Conteúdo abordado Inquéritos alimentares Características da dieta Dietas especiais/prescrição de dieta Recomendação nutricional em algumas patologias Ananindeua 2010 Ananindeua 2010 São Miguel do Guamá 2016 São Miguel do Guamá- 2016 (Continuação) São Miguel do Guamá 2016 Belém 2011 Belém 2011 Belém 2011 Belém 2011 Belém 2011 Belém 2011 Belém 2011 Belém 2011 Belém 2011 Belém 2011 Belém 2011 Belém 2011 Inquéritos Alimentares • Recordatório 24 horas • Objetivo • Pontos positivos e negativos • Diário alimentar • QFA TERAPIA NUTRICIONALENTERAL REGULAMENTO TÉCNICO PARA A TERAPIA DE NUTRIÇÃO ENTERAL “Alimento para fins especiais, com ingestão controlada de nutrientes, na forma isolada ou combinada, de composição química definida ou estimada, especialmente elaborada para uso por sondas ou via oral, industrializados ou não, utilizado exclusiva ou parcialmente para substituir ou complementar a alimentação oral em pacientes desnutridos ou não, conforme suas necessidades nutricionais, em regime hospitalar, ambulatorial ou domiciliar, visando a síntese ou manutenção de tecidos, órgãos ou sistemas”. RDC N° 63 (06/07/00), ANVISA. TERAPIA NUTRICIONALENTERAL Conjunto de procedimentos terapêuticos empregados para manutenção ou recuperação do estado nutricional por meio de Nutrição Enteral (NE). Imagens Google EQUIPE MULTIPROFISSIONAL DE TERAPIA NUTRICIONAL Atualmente, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) regulamenta a formação de Equipe Multidisciplinar de Terapia Nutricional (EMTN), obrigatória nos hospitais brasileiros; Essa regulamentação é regida pelas portarias 272 (Regulamento Técnico de Terapia de Nutrição Parenteral) e 337 (Regulamento Técnico de Terapia de Nutrição Enteral). EQUIPE MULTIPROFISSIONAL DE TERAPIA NUTRICIONAL Grupo formal e obrigatoriamente formado por pelo menos um profissional de cada área, médico, nutricionista, enfermeiro e farmacêutico. RDC N° 63 (06/07/00), ANVISA. IMPORTÂNCIA DA EMTN Atua na área de prevenção e tratamento nutricionais (agudos e crônicos) associados dos distúrbios a maior internação e ocorrências demorbimortalidade, tempo de complicações. No Brasil aproximadamente 48% dos pacientes hospitalizados possuem algum grau de subnutrição; dentre estes, 12% são severamente subnutridos. (WAITZBERG, et al 2001 ) Em países em desenvolvimento, como os da América Latina, a prevalência de desnutrição em pacientes hospitalizados gira em torno de 50%. (CORREIA; CAMPOS, 2003). TNE Prevenir perda de massa corporal, manter o equilíbrio imunológico e auxiliar na diminuição das complicações metabólicas. RIBEIRO, et at 2014 Sendo ela a via de administração alimentar mais indicada para prevenir e tratar as complicações relacionadas ao paciente grave, pois ela é um importante fator na promoção da saúde, diminuição do estresse fisiológico e manutenção da imunidade • Apesar da importância da adequada ingestão de nutrientes e energia, os pacientes internados em estado crítico frequentemente recebem um valor energético inferior a sua necessidade. LEANDRO-MERHI, et al 2009 VANTAGENS DA NUTRIÇÃO ENTERAL • Recebe nutrientes complexos • Menos complicações infecciosas • Reforça a barreira mucosa intestinal • Mantém ph e flora intestinal normais • ↓ translocação bacteriana (Waitzberg, 2009) INDICAÇÕES DE TNE •Risco de desnutrição / desnutrição • Ingestão via oral insuficiente - Ingestão alimentar < 60% das recomendações nutricionais em 3 dias, sem expectativa de melhora da ingestão. •Trato digestivo total ou parcialmente funcional Não se deve instituir terapia nutricional, de modo geral, a menos que se espere utilizá-la por pelo menos 5 a 7 dias. Indicações Pacientes que não podem se alimentar: • Inconsciência; •Anorexia nervosa; •Lesões orais; •Neoplasias (Câncer); •Doenças desmielinizantes (esclerose multipla) (Waitzberg, 2009) Indicações Pacientes com ingestão oral insuficiente < 60 %: • Trauma • Septicemia • Alcoolismo crônico • Depressão grave • Queimaduras (Waitzberg, 2009) Indicações Pacientes nos quais a alimentação comum produz dor ou desconforto: • Doença de Crohn • Colite ulcerativa • Carcinoma do TGI • Pancreatite • Quimioterapia • Radioterapia (Waitzberg, 2009) CONTRA INDICAÇÕES • Ausência de função intestinal, devido à falência intestinal, inflamação grave; • Inviabilidade de acesso ao intestino como nos casos de queimadura grave, traumatismos múltiplos; • Fístula intestinal de alto débito; • Disfunção do TGI que requerem repouso intestinal; • Obstrução mecânica do TGI; • Refluxo Gastroesofágico intenso; • Hemorragia Gastrointestinal severa; • Vômitos e diarréia severa; • Instabilidade hemodinâmica*. (Waitzberg, 2009) NUTRIÇÃO MISTA • Indicações: – Transição de nutrição parenteral para enteral – Manutenção do trofismo intestinal quando o uso do intestino está limitado – Quando a nutrição parenteral ou a enteral não conseguem, isoladamente, cobrir as necessidades nutricionais. ETAPAS DA PRESCRIÇÃO DIETÉTICA Avaliação Nutricional Diagnóstico Nutricional - Definição da prescrição dietética; necessidades energéticas e proteicas. - Necessidades de Micronutrientes - Fracionamento -Volume MÉTODOS DE ADMINISTRAÇÃO Contínua Volume ml/dia Taxa de Infusão ml/h 500 24 750 36 1000 48 1250 60 1500 72 VIAS DE ACESSO DA NUTRIÇÃO ENTERAL – Nasogástrica – Nasoenteral: duodeno ou jejuno → Ostomias (Longos períodos) – Gastrostomia – Duodenostomia – Jejunostomia – Pré-pilórico: sonda nasogástrica ou gastrostomia – Pós-pilórico: sonda nasojejunal ou jejunostomia (Waitzberg, 2009) CRITÉRIO DE DECISÃO: RISCO DE ASPIRAÇÃO PULMONAR Sonda : Nasogástrica Imagens Google Sonda : Nasogástrica Vantagens e Desvantagens VANTAGENS • Maior tolerância a fórmulas variadas; • Boa aceitação; • Progressão mais rápida para alcançar o VET ideal; • Permite maiores volumes; • Fácil posicionamento da sonda; • Mais fisiológico. DESVANTAGENS - Maior risco de aspiração; -Tosse, náuseas ou vômitos podem provocar saída acidental da sonda; - Má tolerância em casos de atonia* gástrica. *ATONIA - relaxamento, fraqueza ou diminuição da tonicidade normal de um tecido ou de um órgão, especialmente do tônus muscular. (Waitzberg, 2009) Sonda Nasoenteral : Duodeno ou Jejuno Imagens Google Nasoenteral: duodeno ou jejuno Vantagens e Desvantagens VANTAGENS - ↓ risco de aspiração - ↑ dificuldade de saida acidental da sonda DESVANTAGENS - Progressão mais lenta - Menores volumes - Controle rigoroso do gotejamento - Requer dietas normo ou hipoosmolares (Waitzberg, 2009) Ostomias Gastrostomia Jejunostomia Disfunção de deglutição, obstrução do TGI alto ou uso do suporte nutricional por longos períodos. É indicada para obstrução gástrica ou ressecamentos , cirurgias de grandes portes ou duração superior a 6 semanas. (Waitzberg, 2009) MÉTODOS DE ADMINISTRAÇÃO Intermitente - Em bolo (bolus) – seringa, não devendo ultrapassar 30mL/min - Gravitacional - força da gravidade, dieta administrada com intervalos de descanso. Contínua - Bomba de infusão- até 24h sem interrupção (Waitzberg, 2009) COMPLICAÇÕES TARDIAS DA SONDA NASOENTERALPERÍODOS PROLONGADOS •Migração da sonda (especialmente para o esôfago) •Aspiração pulmonar; •Lesão da mucosa do TGI pela ponta da sonda; •Infecções de vias aéreas e trato respiratório superior; •Estenose esofágica; •Paralisia de cordas vocais. REFERÊNCIA • ASPEN Board of Directors and the Clinical Guidelines Task Force. Guidelines for the use of parenteral and enteral nutrition in adult and pediatric patients. JPEN J Parenter Enteral Nutr 2002;26(1 Suppl):1SA-138SA. Manual Merk. 18ª ed. São Paulo:Roca;2006. p.21-3. • Davies AR, Froomes PR, French CJ, Bellomo R, Gutteridge GA, Nyulasi I, et al. Randomized comparison of nasojejunal and nasogastric feeding in critically ill patients. Crit Care Med 2002;30:586-90. • Pearce CB, Duncan HD. Enteral feeding. Nasogastric, nasojejunal, percutaneous endoscopic gastrostomy, or jejunostomy: its indications and limitations. Postgrad Med J 2002;78:198-204. • Rombeau JL. Enteral nutrition. In: Goldman L, Ausiello DA, eds. Cecil Medicine. 23rd ed. Philadelphia: Saunders Elsevier;2007. DIETAS OBJETIVO DA DIETA HOSPITALAR Garantir aporte de nutrientes aos pacientes internados; Preservar ou Recuperar o Estado Nutricional; Agir como Co- terapia em Doenças Agudas ou Crônicas; Respeitar a individualidade e limitações de cada um. CLASSIFICAÇÃO DAS DIETAS QUANTO A CONSISTÊNCIA DIETA • NORMAL OU GERAL INDICAÇÃO • Pacientes cuja condição clínica não exige modificação em nutrientes e consistência da dieta. CARACTERÍSTICAS • Não há restrições nas preparações CLASSIFICAÇÃO DAS DIETAS QUANTO A CONSISTÊNCIA DIETA • BRANDA INDICAÇÃO • Pacientes com problemas mecânicos de ingestão, digestão e absorção. CARACTERÍSTICAS • Com pouca gordura, ausente de alimentos flatulentos, frituras e hortaliças cruas. CLASSIFICAÇÃO DAS DIETAS QUANTO A CONSISTÊNCIA DIETA • PASTOSA INDICAÇÃO • Pacientes com dificuldade de mastigação e deglutição. CARACTERÍSTICAS • Em forma de purês, desfiados ou triturados. CLASSIFICAÇÃO DAS DIETAS QUANTO A CONSISTÊNCIA DIETA • SEMILÍQUIDA INDICAÇÃO • Pacientes com dificuldade de mastigação e deglutição CARACTERÍSTICAS • Preparações líquidas adicionado de alimentos bem cozidos (sopas ou canjas). CLASSIFICAÇÃO DAS DIETAS QUANTO A CONSISTÊNCIA DIETA • LÍQUIDA PASTOSA INDICAÇÃO • Pacientes com dificuldade de mastigação e deglutição CARACTERÍSTICAS • Preparações liquidificadas CLASSIFICAÇÃO DAS DIETAS QUANTO A CONSISTÊNCIA DIETA • LÍQUIDA (COMPLETA) INDICAÇÃO • Pacientes com disfagia; em pós- operatórios ou com doenças obstrutivas do trato gastrintestinal. CARACTERÍSTICAS • Líquidos em temperatura ambiente com pouco resíduos. CLASSIFICAÇÃO DAS DIETAS QUANTO A CONSISTÊNCIA DIETA • LÍQUIDA RESTRITA INDICAÇÃO • Pode ser utilizada por via oral ou por sonda CARACTERÍSTICAS • Líquidos em temperatura ambiente e coados. CLASSIFICAÇÃO DAS DIETAS QUANTO A CONSISTÊNCIA DIETA • LÍQUIDA DE PROVA INDICAÇÃO • Pacientes em jejum prolongado ou em pós operatório. CARACTERÍSTICAS • Restringe-se em chá e água de coco. CLASSIFICAÇÃO QUANTO AS PATOLOGIAS OU ALTERAÇÕES DE NUTRIENTES DIETA • HIPOSSÓDICA INDICAÇÃO • HAS, Edemas, Cardiopatias, Ascites CARACTERÍSTICAS • Restrição de sódio (sal) e gorduras saturadas. CLASSIFICAÇÃO QUANTO AS PATOLOGIAS OU ALTERAÇÕES DE NUTRIENTES DIETA • DIABETES INDICAÇÃO • DM1 ou DM2, ou hiperglicemia CARACTERÍSTICAS • Restrição dos carboidratos simples e das gorduras saturadas. O adoçante é usado em substituição ao açúcar refinado. CLASSIFICAÇÃO QUANTO AS PATOLOGIAS OU ALTERAÇÕES DE NUTRIENTES DIETA • GASTRITE INDICAÇÃO • Má digestão, pirose, náuseas, vômitos. CARACTERÍSTICAS • Sem alimentos muito ácidos, gordurosos, frituras, doces concentrados e condimentos. CLASSIFICAÇÃO QUANTO AS PATOLOGIAS OU ALTERAÇÕES DE NUTRIENTES DIETA • LAXANTE INDICAÇÃO • Obstipação intestinal e fezes ressecadas. CARACTERÍSTICAS • Rica em fibras e alimentos potencialmente laxantes CLASSIFICAÇÃO QUANTO AS PATOLOGIAS OU ALTERAÇÕES DE NUTRIENTES DIETA • OBSTIPANTE INDICAÇÃO • Diarréia Aguda ou Crônica CARACTERÍSTICAS • Pobre em fibras, evitando alimentos flatulentos, hortaliças cruas e lactose CLASSIFICAÇÃO QUANTO AS PATOLOGIAS OU ALTERAÇÕES DE NUTRIENTES DIETA • HEPATOPATA INDICAÇÃO • Hepatites, Cirrose, Encefalopatia Hepática CARACTERÍSTICAS • Restrita em gorduras, carnes bovinas, restrita em alimentos ácidos. CLASSIFICAÇÃO QUANTO AS PATOLOGIAS OU ALTERAÇÕES DE NUTRIENTES DIETA • RENAL INDICAÇÃO • IRA ou IRC em tratamento conservador CARACTERÍSTICAS • Restrição de potássio e carnes vermelhas COMBIANANDO AS DIETAS QUANTO AS DOENÇAS ASSOCIADAS DIABETES PASTOSA OBSTIPANTE GASTRITE LAXATIVA COMBIANANDO AS DIETAS QUANTO AS DOENÇAS ASSOCIADAS GASTRITE OBSTIPANTELAXATIVA COMBIANANDO AS DIETAS QUANTO AS DOENÇAS ASSOCIADAS SEMILÍQUIDA OBSTIPANTELAXATIVA COMBIANANDO AS DIETAS QUANTO AS DOENÇAS ASSOCIADAS LÍQUIDA PASTOSA OBSTIPANTELAXATIVA COMBIANANDO AS DIETAS QUANTO AS DOENÇAS ASSOCIADAS LÍQUIDA OBSTIPANTELAXATIVA •Dúvidas?
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