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Terapia Nutricional

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Livro Eletrônico
Aula 00
Terapia Nutricional p/ SESAP-RN (Nutricionista)
Professor: Lina Monteiro de Castro Lobo
00000000000 - DEMO
Terapia nutricional para SESAP - RN 
Teoria e exercícios comentados 
Profª. Lina Monteiro ʹ Aula 00 
 
 
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AULA 00: Terapia nutricional enteral 
 
SUMÁRIO PÁGINA 
1. Apresentação 2 
2. Cronograma 3 
3. Terapia nutricional enteral 4 
4. Questões comentadas 20 
5. Lista de questões apresentadas 38 
6. Gabarito 48 
7. Referências 49 
 
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Terapia nutricional para SESAP - RN 
Teoria e exercícios comentados 
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1. Apresentação 
 
Olá pessoal! Sejam bem-vindos ao curso Terapia nutricional para SESAP-
RN! Este é o início de uma caminhada rumo à tão sonhada aprovação em concurso 
público. O objetivo deste curso é abordar o conteúdo de Terapia nutricional 
presente no edital (item 2). OBS: Veja que serão abordados apenas os itens 
referentes a Terapia Nutricional (ver cronograma abaixo). Iremos estudar a maioria 
dos temas do item 2 mas não é todo o conteúdo do item 2, ok?. 
Neste material estão selecionadas questões de concursos para Nutricionistas 
dos últimos anos e todas serão comentadas incluindo questões de provas já aplicadas 
pela banca COMPERVE. É importante que você estude todas as questões 
apresentadas no material para te auxiliar na fixação do conteúdo. 
Organize um tempo de estudo que seja realmente produtivo, programe as 
disciplinas que você estudará durante a semana e que seja de acordo com o conteúdo 
abordado no edital e não esqueça de reservar um tempo para o seu descanso 
também. O meu objetivo é a sua aprovação! 
Eu sou a Profª Lina Monteiro, graduada em Nutrição pela UFG (2006), 
Especialista em Nutrição Clínica pelo Centro Universitário São Camilo, Mestre em 
Nutrição e Saúde pela Faculdade de Nutrição/UFG (2013) e doutoranda em Ciências 
da Saúde pela Faculdade de Medicina da UFG. Em 2012, fui aprovada 1º lugar no 
concurso público para Especialista em Saúde - Nutricionista da Prefeitura de Goiânia 
e comecei a atuar em 2016. Ainda em 2012, ingressei como professora convidada no 
curso de Nutrição da PUC-Goiás, para atuar em disciplinas de Introdução a Nutrição, 
Nutrição Clínica e Supervisão de Estágio em Nutrição Clínica. 
Minha área de atuação como nutricionista e professora é Nutrição Clínica. 
Vamos estudar juntos? 
Bons estudos 
Profª Lina 
 
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2. Cronograma 
 
O cronograma do nosso curso será realizado da seguinte forma: 
Aula 00 Terapia nutricional enteral 
Aula 01 Avaliação de exames laboratoriais de rotina 
Aula 02 Terapia nutricional na obesidade 
Aula 03 Terapia nutricional nos distúrbios do trato digestório 
Aula 04 Terapia nutricional na pancreatite 
Aula 05 Terapia nutricional no câncer 
Aula 06 Terapia nutricional no Diabetes mellitus 
Aula 07 Terapia nutricional nas intolerâncias e alergias alimentares 
Aula 08 Terapia nutricional para o paciente crítico 
Aula 09 Terapia nutricional nas doenças cardiovasculares 
Aula 10 Terapia nutricional nas patologias renais 
Aula 11 Terapia nutricional no pré e pós-operatório 
 
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3. Terapia nutricional enteral: 
 
Neste tópico abordarei o conceito, vias de acesso, indicações, complicações, 
classificação das dietas enterais, composição das dietas enterais, métodos de 
administração, critérios para seleção das fórmulas e sobre preparo e conservação da 
Nutrição Enteral (NE). 
 
3.1 Conceito 
A Nutrição Enteral (NE) refere-se à administração de nutrientes pelo trato 
gastrintestinal (TGI) por meio do uso de sondas. É considerada mais fisiológica 
quando comparada com a Nutrição Parenteral, por evitar a atrofia da mucosa, manter 
a flora intestinal mais próxima do normal e preservar a função imune do TGI. 
 
 
A principal regra parD�R�XVR�GH�GLHWD�HQWHUDO�p��³Se o 
trato gastrintestinal funciona, mesmo que 
parcialmente, use-o´� 
 
A Terapia Nutricional Enteral (TNE) refere-se a um conjunto de procedimentos 
terapêuticos utilizados para a manutenção ou recuperação do estado nutricional por 
PHLR� GD� 1(�� $� 5'&� �������� GD� $19,6$� GHILQH� D� 1(� FRPR� ³DOLPHQWR� SDUD� ILQV�
especiais, com ingestão controlada de nutrientes, na forma isolada ou combinada, de 
composição definida ou estimada, especialmente formulada e elaborada para uso por 
sondas ou via oral, industrializada ou não, utilizada exclusiva ou parcialmente para 
substituir ou completar a alimentação oral em pacientes desnutridos ou não, conforme 
suas necessidades nutricionais, em regime hospitalar, ambulatorial ou domiciliar, 
visando a síntese RX�PDQXWHQomR�GRV�WHFLGRV��yUJmRV�RX�VLVWHPDV´�� 
 
3.2 Vias de acesso 
As vias de acesso da NE podem ser no estômago (nasogástrica, gastrostomia), 
duodeno (nasoduodenal/nasoenteral) ou jejuno (nasojejunal/nasoenteral, 
jejunostomia). Em alguns casos, a sonda enteral pode ser realizada via orogástrica. 
A sonda nasoenteral é utilizada quando o paciente necessita de dieta enteral por curto 
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período de tempo (menor que seis semanas). Quando a TNE for superior a seis 
semanas (longos períodos) recomenda-se o uso de gastrostomia ou jejunostomia. O 
acesso enteral pode ser realizado via endoscopia, cirurgia ou às cegas. 
 
 
 
 
Para memorizar... As vias de acesso da NE são: 
- Estômago (nasogástrica ou gastrostomia) 
- Duodeno (nasoduodenal/nasoenteral) 
- Jejuno (nasojejunal/nasoeenteral ou jejunostomia) 
 
 ** Sonda nasoenteral Æ curto período de tempo (< 6 semanas) 
** Gastrostomia ou jejunostomia Æ longos períodos (> 6 
semanas) 
 
Os aspectos a serem observados na escolha da sonda são: 
- calibre: 8 fr para dietas pouco viscosas ou com utilização de bomba de 
infusão; 10 fr para dietas viscosas e de alta densidade calórica 
- material: silicone, poliuretano. São flexíveis e diminuem os riscos impostos 
por uma sonda rígida, além de serem mais biocompatíveis. 
- demarcação das sondas: facilitam o posicionamento 
- fio-guia: facilita a instalação da sonda 
- radiopaca: facilita a visualização radiológica 
 
A localização da sonda é um dos fatores que devem ser considerados na 
seleção da via de acesso para a NE. As vantagens e desvantagens da localização 
gástrica e entérica (duodenal, jejunal) estão relacionados abaixo: 
 
Quadro 1. Vantagens e desvantagens da localização da sonda enteral 
 Localização gástrica Localização duodenal e jejunal 
Vantagens - maior tolerância a fórmulas 
variadas (proteínas intactas, 
proteínas isoladas, 
aminoácidos cristalinos) 
- menor risco de aspiração 
- maior dificuldade de saída 
acidental 
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- boa aceitação a fórmulashiperosmóticas 
- permite a progressão mais 
rápida para alcançar o valor 
calórico total ideal 
- devido à dilatação receptiva 
gástrica, possibilita a 
introdução de grandes 
volumes em curto tempo 
- fácil posicionamento da 
sonda 
- permite nutrição enteral quando a 
alimentação gástrica é 
inconveniente e inoportuna 
Desvantagens - alto risco de aspiração em 
pacientes com dificuldades 
neuromotoras de deglutição 
- a ocorrência de tosse, 
náuseas ou vômitos favorece 
a saída acidental de sonda 
nasoenteral 
- risco de aspiração em pacientes 
que têm mobilidade gástrica 
alterada ou são alimentados à noite 
- desalojamento acidental, 
podendo causar reflexo gástrico 
- requer dietas normo ou 
hiperosmolares 
Fonte: Cuppari (2005) 
 
3.3 Indicações e contra-indicações 
 
A NE deve ser indicada quando o trato digestivo do paciente se apresentar 
total ou parcialmente funcionante. Outra situação que requer a indicação de NE é 
quando o paciente tiver ingestão via oral inadequada para prover de dois terços a três 
quartos das necessidades diárias nutricionais. Alguns autores consideram que a 
nutrição enteral deve ser indicada para indivíduos que não atendem pelo menos 60% 
das suas necessidades nutricionais por via oral (desde que o TGI esteja total ou 
parcialmente funcionante). 
Quanto mais precoce a NE for realizada melhor será a repercussão para o 
estado nutricional do paciente e menor o risco de complicações cirúrgicas. 
O quadro abaixo apresenta alguns casos indicativos de TNE. 
 
 
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Quadro 2. Indicações de TNE em adultos 
Pacientes que não podem 
alimentar 
Inconsciência, anorexia nervosa, lesões orais, 
acidentes vasculares cerebrais, neoplasias, 
doenças desmielinizantes 
Pacientes com ingestão oral 
insuficiente 
Trauma, septicemia, alcoolismo crônico, 
depressão grave, queimaduras 
Pacientes nos quais a 
alimentação comum produz 
dor e/ou desconforto 
Doença de Chron, colite ulcerativa, carcinoma 
do trato gastrintestinal, pancreatite, 
quimioterapia, radioterapia 
Pacientes com disfunção do 
TGI 
Síndrome de má absorção, fístula, síndrome do 
intestino curto 
Fonte: Cuppari, 2005. 
 
Em crianças, indica-se TNE em casos de anorexia/perda de peso; crescimento 
deficiente; ingestão via oral inadequada; desnutrição: aguda, crônica, 
hipoproteinemia; estados hipercatabólicos: queimaduras, sepse, trauma, doenças 
cardiológicas e respiratórias; doenças neurológicas; coma por tempo prolongado; 
anomalias congênitas: fissura do palato, atresia do esôfago, fístula traqueoesofágica, 
outras anomalias do TGI; doença ou obstrução esofágica; cirurgia do TGI; diarreia 
crônica não específica; síndrome do intestino curto; fibrose cística; câncer associado 
à quimioterapia, radioterapia e/ou cirurgia. 
As contra-indicações mais frequentes de TNE são disfunção do TGI ou 
condições que requerem repouso intestinal, obstrução mecânica do TGI, refluxo 
gastroesofágico intenso, íleo paralítico, hemorragia gastrintestinal severa, vômitos e 
diarreia severa, fístula do TGI de alto débito (>500 mL/dia), enterocolite severa, 
pancreatite aguda grave, doença terminal, expectativa de usar a TNE em período 
inferior a 5-7 dias para pacientes desnutridos ou 7-9 dias para pacientes bem nutridos. 
A NE não contraindica o uso de alimentação via oral. O paciente pode receber 
as duas vias de alimentação simultaneamente. 
 
3.4 Complicações 
As complicações relacionadas a TNE podem ser divididas em gastrintestinais, 
mecânicas, metabólicas, infecciosas, respiratórias e psicológicas. 
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As principais complicações gastrintestinais são náuseas, vômitos, estase 
gástrica, refluxo gastroesofágico, distensão abdominal, cólicas, empachamento, 
flatulência e diarreia/obstipação. Essas complicações podem ser revertidas por meio 
da alteração da fórmula enteral, modificando sua concentração, técnica de 
administração ou associando uma medicação, quando indicado. 
Na prática, a diarreia é uma das complicações mais comuns e pode ocorrer 
devido a composição e/ou contaminação da fórmula enteral, velocidade de infusão, 
hipoalbuminemia, alteração na flora bacteriana intestinal, uso de medicação e 
antibioticoterapia, condições clínicas do paciente e doença de base. 
As complicações metabólicas são hiperidratação/desidratação, 
hiperglicemia/hipoglicemia, anormalidades de eletrólitos e elementos-traço e 
alterações da função hepática. 
As principais complicações mecânicas são erosão nasal e necrose, abcesso 
septonasal, sinusite aguda, rouquidão, otite, faringite, esofagite, ulceração esofágica 
e estenose, fístula traqueosofágica, ruptura de varizes esofágicas, obstrução da 
sonda e saída ou migração acidental da sonda. É importante lembrar que a saída 
acidental da sonda ou sua obstrução resultam em suspensão temporária da terapia 
nutricional, retardando a recuperação do paciente e aumentando os gastos do 
procedimento (ex. novo controle radiológico para reposicionamento da sonda). 
As complicações infecciosas relacionadas a TNE são gastroenterocolites por 
contaminação microbiana no preparo, nos utensílios e na administração da fórmula. 
As principais complicações respiratórias são aspiração pulmonar e pneumonia. 
A pneumonia aspirativa é considerada a complicação de maior gravidade na TNE e 
pode ocorrer devido a oferta excessiva de dieta, retardo do esvaziamento gástrico e 
íleo paralítico. Alguns cuidados durante a administração da dieta enteral podem 
minimizar essas complicações, tais como manutenção do paciente em decúbito 
elevado (durante e até 01 hora após a administração da dieta), administração lenta e 
em quantidades controladas e posicionamento da sonda pós piloro, caso tenha 
indicação clínica. 
As complicações psicológicas são ansiedade, depressão, falta de estímulo ao 
paladar, monotonia alimentar, insociabilidade e inatividade. 
 
 
 
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3.5 Classificação das dietas enterais 
As dietas enterais podem ser classificadas quanto à forma de preparo, quanto 
à indicação (de acordo com os objetivos da terapia nutricional), quanto ao suprimento 
de calorias, quanto a complexidade de nutrientes e quanto à presença de algum 
alimento específico, conforme quadro abaixo: 
 
Quadro 3. Classificação das dietas enterais 
Classificação Características 
Forma de 
preparo 
- dietas caseiras/artesanais: são preparadas com alimentos in 
natura ou pela mistura de alimentos naturais com 
industrializados (módulos), liquidificados e preparados em 
cozinha doméstica ou hospitalar 
- dietas enterais industrializadas*: são aquelas preparadas 
industrialmente. Podem apresentar-se na forma em pó (para 
reconstituição), líquida semipronta para uso e pronta para uso. 
Indicação, de 
acordo com os 
objetivos da 
TNE 
- dieta enteral de formulação padrão: suprem as necessidades 
nutricionais do paciente, mantendo ou melhorando o seu estado 
nutricional 
- dieta enteral de formulação especializada: atuam como 
coadjuvante no tratamento clínico de disfunções específicas. Ex: 
colaborar com o controle glicêmico, com a resposta imunológica. 
Suprimento de 
calorias- Dieta enteral nutricionalmente completa: fornece a quantidade 
de calorias adequada para suprir as necessidades nutricionais 
do paciente sem que tenha necessidade de uma quantidade de 
fluidos maior que o recomendando 
- Suplemento nutricional: não atinge as necessidades calóricas 
do paciente, exceto se suplementar as suas recomendações de 
fluidos. 
Complexidade 
de nutrientes 
- Polimérica: os macronutrientes, principalmente a proteína, 
apresentam-se na sua forma intacta 
- Oligomérica ou parcialmente hidrolisada: os macronutrientes, 
principalmente a proteína, apresentam-se na forma parcialmente 
hidrolisada 
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- Elementar ou monomérica: os macronutrientes, principalmente 
a proteína, apresentam-se na forma totalmente hidrolisada 
Presença de 
algum elemento 
específico 
- Dieta enteral láctea ou isenta de lactose: com ou sem lactose 
em sua composição 
- Dieta enteral com fibra ou isenta de fibra: é a dieta adicionada 
ou não de fibras alimentares. 
* As dietas industrializadas podem apresentar-se sob três formas: dietas 
industrializadas em pó (acondicionadas em pacotes hermeticamente fechados e porções 
individuais ou em latas. Necessitam reconstituição em água), dietas industrializadas líquidas 
semiprontas para uso (quantidades suficientes para um horário de dieta) ou dietas 
industrializadas prontas para uso (apresentam-se envasadas e prontas para acoplamento no 
equipo de dieta, com volume de 500 a 1500 mL). 
Os módulos são indicados para suplementar fórmulas e individualizar a 
formulação. 
 
3.6 Composição das dietas enterais 
A dieta enteral deve ser composta basicamente de carboidratos, proteínas, 
lipídios, fibras, eletrólitos, vitaminas e minerais. O quadro abaixo apresenta as 
características dos principais nutrientes das dietas enterais. 
 
Quadro 4. Características dos nutrientes das dietas enterais 
Nutrientes Características 
Proteínas - a qualidade proteica depende do perfil de aminoácidos (mínimo de 
40% de aminoácidos essenciais é sugerido para casos de 
anabolismo) 
- a fonte predominante de proteína é a soja e a caseína 
- a melhor relação calorias não proteicas para cada grama de 
nitrogênio é de 150:1, variando de 110 a 180:1. 
Carboidratos - a diferença nos componentes dos carboidratos estão associados 
à sua forma e concentração 
- a forma predominante de carboidratos é o hidrolisado de amido de 
milho ou a maltodextrina 
Lipídeos - a gordura aumenta a palatabilidade e sabor da dieta 
- os óleos vegetais contém variedade de ácidos graxos essenciais 
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- as fontes lipídicas mais utilizadas são os óleos vegetais 
Fibras - o conteúdo de fibras nas fórmulas é em média de 5 a 14 g/litro 
- a forma predominante de fibras utilizadas nas dietas enterais é o 
polissacarídeo da soja 
Água - a maioria das formulações contém de 690 a 860 mL por 1000 mL 
da fórmula enteral 
Vitaminas e 
minerais 
- as fórmulas comercialmente completas são adequadas em relação 
ao conteúdo de vitaminas e minerais. Porém, algumas fórmulas 
especializadas em patologias específicas são nutricionalmente 
incompletas em relação ao conteúdo das vitaminas e minerais. 
Nesses casos pode ser necessário o uso de suplementos 
vitamínicos e minerais. 
 
A osmolalidade das fórmulas enterais são influenciadas pela quantidade de 
partículas iônicas e moleculares (proteína/carboidratos/eletrólitos/minerais) em 
determinado volume. A unidade de medida para osmolalidade é mOsm/Kg de água e 
para osmolaridade é mOsm/L. Os dois termos refletem a concentração de partículas 
osmoticamente ativas na solução. 
Os fatores que influenciam a osmolalidade são (referentes ao aumento da 
hidrólise do nutriente e subsequente a unidade do tamanho): 
- minerais/eletrólitos: devido as propriedades de dissociação e ao pequeno 
tamanho 
- proteínas: componentes mais hidrolisados (ex. aminoácidos) tem maior 
efeitos osmótico do que moléculas com peso molecular maior (ex. proteínas íntegras) 
- carboidratos: componentes mais hidrolisados (ex. glicose) tem maior efeito 
osmótico que moléculas com peso molecular maior (ex. amido) 
As fórmulas com grande quantidade de componentes hidrolisados tem 
proporcionalmente maior osmolalidade. 
Em relação ao pH, a motilidade gástrica é menor em soluções de pH menos 
que 3,5. O pH da maioria das fórmulas enterais é maior que 3,5. 
O estômago tolera dietas com osmolaridade mais elevada e porções mais 
distais do trato gastrintestinal toleram melhor fórmulas isosmolares. Porém, a 
administração lenta de dietas hiperosmolares em região pós-pilórica, principalmente 
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com o auxílio de bomba de infusão, podem contornar esse inconveniente e obter 
melhor tolerância. 
A taxa do esvaziamento gástrico pode ser menor para fórmulas com alta 
densidade calórica. 
 
3.7 Métodos de administração 
Os métodos de administração da NE podem ser contínua ou intermitente (em 
bolo ou gravitacional). 
A administração intermitente é aquela em que a dieta é administrada em 
períodos fracionados, utiliza a força da gravidade, com volume de 50 a 500 mL de 
dieta administrada por gotejamento, de 3 a 6 horas, precedida e seguida por irrigação 
da sonda enteral com 20 a 30 mL de água potável. 
A administração em bolo é realizada com o auxílio de uma seringa. Por meio 
deste método são infundidos de 100 a 350 mL de dieta no estômago, de 2 a 6 horas, 
precedida e seguida por irrigação da sonda enteral com 20 a 30 mL de água potável. 
A administração contínua é quando a dieta é administrada continuamente (24 
horas) feita por meio de bomba de infusão, de 25 a 150 mL//hora, administrada no 
estômago, duodeno ou jejuno e interrompida a cada 6 a 8 horas para irrigação da 
sonda enteral com 20 a 30 mL de água potável. 
O estômago tolera mais facilmente que o intestino delgado uma variedade de 
fórmulas. Ele aceita grandes sobrecargas osmóticas sem cólicas, distensão, vômitos, 
diarreia ou desvios hidroeletrolíticos. Esse fato não ocorre normalmente no intestino 
delgado. Além disso, o estômago exibe uma enorme capacidade de armazenamento 
e aceita mais facilmente as refeições intermitentes. As sondas nasogástricas são mais 
fáceis de posicionar do que as sondas nasoentéricas. 
Os mecanismos fisiológicos de adaptação do estômago permitem maior 
flexibilidade em relação a dose e velocidade da infusão da dieta enteral quando a 
sonda nasoenteral apresenta a extremidade distal localizada na câmara gástrica. A 
administração intermitente no estômago deve iniciar com volumes de 100mL e 
aumentar a cada 24 a 48 horas até atender as necessidades nutricionais diárias do 
paciente. Caso necessário, grandes volumes (até 500 mL) podem ser infundidos em 
um período de três a quatro horas. A administração contínua é iniciada com volumes 
de 25 a 30mL/hora/dia e aumenta-se gradativamente até a velocidade máxima de 100 
a 150 mL/hora. 
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Profª. Lina Monteiro www.estrategiaconcursos.com.br 13 de 49O gotejamento de dietas deve ser rigoroso quando a sonda está localizada em 
região entérica uma vez que infusões rápidas podem ocasionar cólica e diarreia. Essa 
via é preferida em pacientes com gastroparesia, retardo do esvaziamento gástrico e 
alto risco de aspiração e no período pós-operatório imediato. A alimentação pode ser 
iniciada com gotejamento de 50 mL/hora. Caso haja boa tolerância, a velocidade pode 
ser aumentada de 25 a 50 ml/hora/dia até atingir as necessidades nutricionais do 
paciente. Na infusão contínua, o procedimento em relação à dose e à velocidade é 
semelhante ao descrito para a sonda em posicionamento gástrico. 
Os resíduos gástricos são verificados antes da administração de cada refeição 
e deve ser suspensa se o volume de resíduo for maior que 150 mL. 
 
3.8 Critérios para seleção das fórmulas 
A seleção das fórmulas é realizada por meio do conhecimento das 
necessidades nutricionais do paciente e a composição da fórmula (fontes de 
substratos). A dieta enteral deve ser nutricionalmente completa e adequada para uso 
tanto em longos quanto em curtos períodos. Além disso, deve satisfazer as 
necessidades nutricionais do paciente, necessidades hídricas, ser bem tolerada, de 
fácil preparação e econômica. A capacidade digestiva e absortiva do paciente deve 
ser sempre avaliada, além da função renal e cardiorrespiratória. 
Outros fatores que podem influenciar na escolha da fórmula enteral são o 
posicionamento e o calibre da sonda enteral, a duração da TNE, os aspectos 
econômicos relacionados ao paciente e/ou hospital, além da doença de base e 
situação clínica do paciente. 
Outro fator a ser considerado é a densidade calórica da fórmula. Densidade 
calórica refere-se à quantidade de calorias que são fornecidas por mL de dieta pronta 
(expresso em Kcal/mL). Esse valor influenciará o volume de dieta que o paciente 
receberá pois dependerá também do total de calorias que o paciente irá receber e da 
tolerância do paciente à quantidade a ser infundida. Ex: um paciente que necessite 
de 2000 Kcal/dia e pode receber até 2000 mL de dieta por dia poderá receber uma 
formulação com densidade calórica de 1,0 Kcal/mL. Pacientes com restrição hídrica 
poderão ter indicação de dietas com densidade calórica maior (1,5 a 2,0 Kcal/mL). 
Observe que esse mesmo paciente citado poderá receber 1000 mL de dieta por dia 
caso a densidade calórica seja de 2,0 Kcal/mL. 
 
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3.9 Preparo e conservação da Nutrição Enteral 
 
Dietas enterais ricas em macro e micronutrientes são excelentes meio de 
crescimento de microrganismo. A administração de dietas contaminadas pode causar 
distúrbios gastrintestinais, tais como náuseas, vômitos e diarreia. Os locais de 
manipulação de dietas também podem ser fonte de contaminação. O processo de 
transferência da dieta de sua embalagem para os frascos de dieta enteral, a 
reconstituição do pó e a mistura de ingredientes favorecem a contaminação das 
formulações. As áreas distintas para preparo da Nutrição Enteral (sala de limpeza, 
sanitização de insumos, sala de preparo de alimentos in natura, de manipulação e 
envase, dispensação e distribuição) e procedimentos de manipulação validados 
minimizam esse risco. 
A Unidade de Nutrição Enteral deve existir em unidades de saúde que utilizam 
nutrição enteral em sistema aberto (requer manipulação prévia à sua administração, 
para uso imediato). A resolução RDC 63/2000 da ANVISA aprova o Regulamento 
Técnico para fixar os requisitos mínimos exigidos para a Terapia de Nutrição Enteral. 
É importante que tenhamos conhecimento dos principais pontos dessa resolução. 
Esta RDC traz: Anexo I - Atribuições da Equipe Multiprofissional de Terapia 
Nutricional (EMTN); Anexo II - Boas Práticas de Preparação de Nutrição Enteral 
(BPPNE); Anexo III - Boas Práticas de Administração da Nutrição Enteral (BPANE); 
Anexo IV - Roteiros de Inspeção (Identificação da Empresa e Inspeção das Atividades 
da EMTN, Preparação de Nutrição Enteral, Administração de Nutrição Enteral) e 
Anexo V - Informe Cadastral da UH e EPBS para a prática da TN. 
Os principais conceitos descritos na RDC são (o conceito de Nutrição Enteral 
Mi�IRL�UHODWDGR�QR�LWHP�³FRQFHLWR´): 
- Equipe Multiprofissional de Terapia Nutricional (EMTN): grupo formal e 
obrigatoriamente constituído de pelo menos um profissional de cada categoria, a 
saber: médico, nutricionista, enfermeiro e farmacêutico, podendo ainda incluir 
profissional de outras categorias, habilitados e com treinamento específico para a 
prática da Terapia Nutricional-TN. 
- Nutrição Enteral em Sistema Aberto: NE que requer manipulação prévia à sua 
administração, para uso imediato ou atendendo à orientação do fabricante. 
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- Nutrição Enteral em Sistema Fechado: NE industrializada, estéril, acondicionada em 
recipiente hermeticamente fechado e apropriado para conexão ao equipo de 
administração. 
- Terapia de Nutrição Enteral (TNE): conjunto de procedimentos terapêuticos para 
manutenção ou recuperação do estado nutricional do paciente por meio de NE. 
- Terapia Nutricional (TN): conjunto de procedimentos terapêuticos para manutenção 
ou recuperação do estado nutricional do paciente por meio da Nutrição Parenteral ou 
Enteral. 
As unidades hospitalares que queiram habilitar-se à prática da TNE devem 
contar com sala de manipulação que atenda às recomendações das Boas Práticas 
de Preparação de Nutrição Enteral, sempre que se optar pela utilização de NE em 
sistema aberto e EMTN constituído de, pelo menos, um profissional de cada 
categoria, com treinamento específico para este fim: médico, nutricionista, 
enfermeiro, farmacêutico, podendo ainda incluir profissionais de outras categorias. 
As etapas de TNE são indicação e prescrição médica, prescrição dietética, 
preparação, conservação e armazenamento, transporte, administração, controle 
clínico laboratorial, avaliação final. 
A indicação da TNE é realizada pelo médico e deve ser precedida da avaliação 
nutricional do paciente que deve ser repetida, no máximo, a cada 10 dias. 
O médico é responsável pela prescrição médica da TNE. O nutricionista é 
responsável pela prescrição dietética da NE. A prescrição dietética deve contemplar 
o tipo e a quantidade dos nutrientes requeridos pelo paciente, considerando seu 
estado mórbido, estado nutricional e necessidades nutricionais e condições do trato 
digestivo. A TNE deve atender a objetivos de curto e longo prazos. 
O nutricionista também é o profissional responsável pela supervisão direta da 
preparação da NE. A preparação da NE envolve a avaliação da prescrição dietética, 
a manipulação, o controle de qualidade, a conservação e o transporte da NE. 
As demais atribuições do nutricionista são descritas conforme o texto a seguir: 
 
Atribuições do Nutricionista 
Compete ao nutricionista 
9 Realizar a avaliação do estado nutricional do paciente, utilizando indicadores 
nutricionais subjetivos e objetivos, com base em protocolo pré-estabelecido, 
de forma a identificar o risco ou a deficiência nutricional . 
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9 Elaborar a prescrição dietética com base nas diretrizes estabelecidas na 
prescrição médica.9 Formular a NE estabelecendo a sua composição qualitativa e quantitativa, 
seu fracionamento segundo horários e formas de apresentação. 
9 Acompanhar a evolução nutricional do paciente em TNE, independente da 
via de administração, até alta nutricional estabelecida pela EMTN. 
9 Adequar a prescrição dietética, em consenso com o médico, com base na 
evolução nutricional e tolerância digestiva apresentadas pelo paciente. 
9 Garantir o registro claro e preciso de todas as informações relacionadas à 
evolução nutricional do paciente. 
9 Orientar o paciente, a família ou o responsável legal, quanto à preparação e 
à utilização da NE prescrita para o período após a alta hospitalar. 
9 Utilizar técnicas pré-estabelecidas de preparação da NE que assegurem a 
manutenção das características organolépticas e a garantia microbiológica e 
bromatológica dentro de padrões recomendados na BPPNE (anexo II). 
9 Selecionar, adquirir, armazenar e distribuir, criteriosamente, os insumos 
necessários ao preparo da NE, bem como a NE industrializada. 
9 Qualificar fornecedores e assegurar que a entrega dos insumos e NE 
industrializada seja acompanhada do certificado de análise emitido pelo 
fabricante. 
9 Assegurar que os rótulos da NE apresentem, de maneira clara e precisa, 
todos os dizeres exigidos no item 4.5.4 - Rotulagem e Embalagem da 
BPPNE (Anexo II) da RDC 63/2000. 
9 Assegurar a correta amostragem da NE preparada para análise 
microbiológica, segundo as BPPNE. 
9 Atender aos requisitos técnicos na manipulação da NE. 
9 Participar de estudos para o desenvolvimento de novas formulações de NE. 
9 Organizar e operacionalizar as áreas e atividades de preparação. 
9 Participar, promover e registrar as atividades de treinamento operacional e 
de educação continuada, garantindo a atualização de seus colaboradores, 
bem como para todos os profissionais envolvidos na preparação da NE. 
9 Fazer o registro, que pode ser informatizado, onde conste, no mínimo: 
a) data e hora da manipulação da NE 
b) nome completo e registro do paciente 
c) número sequencial da manipulação 
d) número de doses manipuladas por prescrição 
e) identificação (nome e registro) do médico e do manipulador 
f) prazo de validade da NE. 
9 Desenvolver e atualizar regularmente as diretrizes e procedimentos relativos 
aos aspectos operacionais da preparação da NE. 
9 Supervisionar e promover auto-inspeção nas rotinas operacionais da 
preparação da NE 
 
Boas Práticas de Preparação de Nutrição Enteral 
 
A) Higiene, saúde e conduta dos manipuladores 
 A admissão dos funcionários deve ser precedida de exames médicos, sendo 
obrigatória a realização de avaliações médicas periódicas, atendendo à NR 7- 
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Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO. Em caso de suspeita 
ou confirmação de enfermidade ou lesão exposta, o profissional deve ser 
encaminhado ao serviço de saúde ocupacional (Medicina do Trabalho). 
O acesso de pessoas às áreas de manipulação deve ser restrito ao pessoal 
diretamente envolvido. Visitantes não devem ter acesso à sala de manipulação. 
Quando necessário, essas pessoas devem ser antecipadamente informadas sobre a 
conduta, higiene pessoal e uso de vestimentas protetoras, devendo ser 
acompanhadas por pessoal autorizado. 
Todos os funcionários devem ser orientados quanto às praticas de higiene 
pessoal. Devem lavar corretamente as mãos e antebraços antes de entrar na sala de 
manipulação, utilizando antisséptico padronizado. Não é permitido o uso de 
cosméticos pessoais. 
Não é permitido conversar, fumar, comer, beber e manter plantas nas áreas de 
preparação. 
Os funcionários envolvidos na preparação devem estar adequadamente 
paramentados para assegurar a proteção do produto. A paramentacão, bem como a 
higiene para entrada na sala de manipulação devem ser realizadas em áreas 
específicas para este fim. A paramentação utilizada na sala de manipulação deve ser 
exclusiva e substituída a cada sessão de trabalho. Esta deve ser composta por 
uniforme constituído de sapato fechado ou botas, avental fechado ou macacão com 
mangas compridas, decote fechado, gorro ou touca e máscara, constituindo barreira 
à liberação de partículas (respiração, tosse, espirro, suor, pele e cabelo). 
Os uniformes reutilizáveis devem ser guardados separados, em ambientes 
fechados, até que sejam apropriadamente lavados e ou sanitizados. 
Deve haver um programa de treinamento com os respectivos registros para 
todo o pessoal envolvido nas atividades que possam afetar a qualidade da NE 
(preparação, limpeza e manutenção). 
 
B) Manipulação, Administração e Controle clínico e laboratorial 
A manipulação da NE deve ser realizada em área específica para este fim e 
deve ser realizada com técnica asséptica, seguindo procedimentos escritos e 
validados. 
Deve existir um programa de controle ambiental (superfícies, utensílios e 
equipamentos) e de funcionários para garantir a qualidade microbiológica da área de 
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manipulação, elaborado de comum acordo com os padrões estabelecidos pela 
Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH). 
A água utilizada no preparo da NE deve ser avaliada quanto às características 
microbiológicas, pelo menos uma vez por mês, ou por outro período, desde que 
estabelecida de comum acordo com a CCIH, mantendo-se os respectivos registros. 
Todos os materiais devem ser submetidos à inspeção de recebimento, 
devidamente documentada, para verificar a integridade da embalagem e quanto à 
correspondência entre o pedido, a nota de entrega e os rótulos do material recebido. 
Todas as embalagens de insumos, NE industrializadas e recipientes devem 
ser limpos e sanitizados antes da entrada na sala de manipulação. 
Todos os funcionários envolvidos no processo de preparação de NE devem 
proceder à lavagem das mãos e antebraços, e escovação das unhas, com anti-séptico 
apropriado e recomendado em legislação do Ministério da Saúde, antes do início de 
qualquer atividade na sala de manipulação e após a descontaminação das 
embalagens dos insumos e NE industrializadas ou quando da contaminação acidental 
no próprio ambiente. 
Toda NE preparada, deve ser conservada sob refrigeração, em geladeira 
exclusiva, com temperatura de 2°C a 8°C . 
Em âmbito domiciliar, compete à Equipe Multidisciplinar da Terapia de Nutrição 
Enteral (EMTN) verificar e orientar as condições de conservação da NE, de modo a 
assegurar o atendimento das exigências deste Regulamento. 
A NE industrializada deve seguir as recomendações do fabricante quanto à 
conservação e transporte. 
Para atingir os objetivos da Garantia da Qualidade na preparação de NE, deve-
se possuir um Sistema de Garantia da Qualidade (SGQ) que incorpore as BPPNE e 
um efetivo controle de qualidade totalmente documentado e avaliado através de 
auditorias da qualidade. 
Segundo a RDC no 63/2000 da ANVISA, a avaliação microbiológica em 
amostra representativa das preparações realizadas em uma sessão de manipulação 
de NE, deve atender os limites microbiológicos abaixo: 
Microorganismos aeróbicos mesófilos - menor que 103 UFC/g antes da 
administração; 
Bacillus cereus - menor que 103 UFC/g; 
Coliformes - menor que 3 UFC/g 
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Escherichia coli - menor que 3 UFC/g; 
Listeria monocytogenes - ausente 
Salmonella s - ausente. 
Sthaphylococcus aureus - menor que 3UFC/g 
Yersinia enterocolitica - ausente 
Clostridium perfrigens - menor que 103 UFC/g; 
 
Após a manipulação, a NE deve ser submetida à inspeção visual para garantir 
a ausência de partículas estranhas, precipitações, separação de fases e alterações 
de cor não previstas, devendo ainda ser verificada a clareza e a exatidão das 
informações do rótulo. 
A NE não industrializada deve ser administrada imediatamente após a sua 
manipulação. Para a NE industrializada devem ser consideradas as recomendações 
do fabricante. 
O nutricionista é responsável pela manutenção da qualidade da NE até a sua 
entrega ao profissional responsável pela administração e deve orientar e treinar os 
funcionários que realizam o seu transporte. O enfermeiro é o responsável pela 
conservação após o recebimento da NE e pela sua administração. 
 A NE é inviolável até o final de sua administração, não podendo ser transferida 
para outro tipo de recipiente. A necessidade excepcional de sua transferência para 
viabilizar a administração só pode ser feita após aprovação formal da EMTN. 
O controle clínico e laboratorial do paciente em TNE deve ser realizado 
periodicamente e contemplar: ingressos de nutrientes, tratamentos farmacológicos 
concomitantes, sinais de intolerância à NE, alterações antropométricas, bioquímicas, 
hematológicas e hemodinâmicas, assim como modificações em órgãos, sistemas e 
suas funções. 
O rótulo da NE preparada deve conter: nome do paciente, nº do leito, registro 
hospitalar, composição qualitativa e quantitativa de todos os componentes, volume 
total, velocidade de administração, via de acesso, data e hora da manipulação, prazo 
de validade, número sequencial de controle e condições de temperatura para 
conservação, nome e número no Conselho Profissional do responsável técnico pelo 
processo. 
 
 
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Questão 01 (COMPERVE/UFRN/2016) João Paulo, 67 anos, realizou uma cirurgia 
para a retirada de um tumor no estômago e de parte desse órgão, devido à extensão 
da lesão. Não foi possível fazer a reestruturação do trato gastrintestinal (TGI) no 
momento da cirurgia e foi feita uma jejunostomia. Após 5 dias da cirurgia, João Paulo 
recebeu alta com a prescrição de uma dieta enteral polimérica, padrão 
normoenergética, normoproteica sem fibras. Apesar disso, há 3 dias, ele vem 
apresentando episódios de diarreia. Para corrigir esse problema, o nutricionista 
prescreveu uma dieta com 
 
A) densidade energética: 1,0 kcal/ mL; proteínas: 14% (100% proteína isolada de 
soja); carboidratos: 55% (100% maltodextrina); gorduras: 31% (44% TCM, 49% óleo 
de canola, 4% mono e diglicerídeos de ácidos graxos, 3% lecitina de soja); fibras: 48 
g/litro (100% fibra de trigo); osmolalidade: 220 mOsm/kg água. 
B) densidade energética: 2,0 kcal/ mL; proteínas: 17% (100% caseinato de cálcio e 
sódio); carboidratos: 40% (19% maltodextrina e 81% sacarose); gorduras: 43% (62% 
óleo de canola, 38% TCM); fibras: sem fibras; osmolalidade: 620 mOsm/kg água. 
C) densidade energética: 1,2 kcal/ mL; proteínas: 25% (100% proteína do soro do 
leite hidrolisada); carboidratos: 35% (90% maltodextrina e 10% amido de milho); 
gorduras: 40% (57% TCM, 19% óleo de peixe, 19% óleo de soja, 5% lecitina de soja); 
fibras: 7 g/ litro (70% FOS e 30% inulina); osmolalidade: 290 mOsm/kg água. 
D) densidade energética: 1,5 kcal/ mL; proteínas: 16% (100% caseinato de cálcio e 
sódio); carboidratos: 38% (100% maltodextrina); gorduras: 46% (57% óleo de soja, 
24% TCM, 17% óleo de canola e 2% lecitina de soja); fibras: 20 g/litro (80% fibra de 
trigo e 20% goma arábica); osmolalidade: 440 mOsm/kg água. 
 
Comentários: A diarreia é uma das complicações mais comuns na TNE e pode 
ocorrer devido a composição e/ou contaminação da fórmula enteral, velocidade de 
infusão, hipoalbuminemia, alteração na flora bacteriana intestinal, uso de medicação 
e antibioticoterapia, condições clínicas do paciente e doença de base. O paciente 
dessa questão recebia uma formulação de característica polimérica, padrão 
normoenergética, normoproteica sem fibras, porém, não apresentou boa tolerância a 
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mesma. Um dos fatores a ser observado é a presença de fibras na dieta. Os 
frutoligossacarídeos (FOS) e inulina são os nutrientes prebióticos mais utilizados pela 
indústria alimentícia e são indicados na prática clínica no tratamento e na prevenção 
de diarreia. Outros fatores que devem ser observados são densidade calórica (preferir 
dietas de menor densidade calórica nesse momento), presença de nutrientes 
hidrolisados (facilitam a absorção) e osmolaridade (preferir dietas de menor 
osmolaridade na presença de diarreia). 
 
Gabarito: C 
 
Questão 02 (COMPERVE/Prefeitura Municipal de Ceará Mirim/2016) Ana é 
nutricionista de uma Unidade hospitalar e pretende se habilitar para a prática da 
Terapia Nutricional Enteral (TNE). Nesse caso, Ana deverá certificar-se de que seu 
local de trabalho dispõe de 
 
A) sala de manipulação, sempre que se optar por sistema aberto, e equipe 
multiprofissional de terapia enteral com, pelo menos, 1 médico, 1 nutricionista, 1 
enfermeiro e 1 farmacêutico. 
B) sala de manipulação, sempre que se optar por sistema fechado, e equipe 
multiprofissional de terapia enteral, mesmo em casos nos quais só se prepare a 
nutrição enteral. 
C) sala de manipulação com uso de sistema aberto ou fechado e equipe 
multiprofissional de terapia enteral com, pelo menos, 1 médico, 1 nutricionista, 1 
enfermeiro e 1 farmacêutico. 
D) sala de manipulação com uso de sistema aberto ou fechado e equipe 
multiprofissional de terapia enteral, mesmo em casos nos quais só se prepare a 
nutrição enteral. 
 
Comentários: As unidades hospitalares que queiram habilitar-se à prática da TNE 
devem contar com sala de manipulação que atenda às recomendações das Boas 
Práticas de Preparação de Nutrição Enteral, sempre que se optar pela utilização de 
NE em sistema aberto e EMTN constituído de, pelo menos, um profissional de cada 
categoria, com treinamento específico para este fim: médico, nutricionista, 
enfermeiro, farmacêutico, podendo ainda incluir profissionais de outras categorias. 
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Gabarito: A 
 
Questão 03 (COMPERVE/ Prefeitura Municipal de Santa Maria e Prefeitura 
Municipal de Serra Caiada e Prefeitura Municipal de Riachuelo/2014) ³$V�%RDV�
Práticas de Preparação da Nutrição Enteral (BPPNE) estabelecem as orientações 
gerais para aplicação nas operações de preparação da NE, bem como critérios para 
DTXLVLomR�GH�LQVXPRV���PDWHULDLV��GH��HPEDODJHP��H��1(�LQGXVWULDOL]DGD�´��5'&�Qž���
ANVISA, 2000). De acordo com a ANVISA, é correto afirmar que 
 
A) toda NE preparada deve ser conservada sob refrigeração, em geladeira exclusiva, 
com temperatura de 2°C a 8°C. 
B) toda NE industrializada deve ser conservada sob refrigeração, em geladeira 
exclusiva com temperatura de 2°C a 8°C. 
C) toda NE industrializada deve ser conservada sob refrigeração, em geladeira com 
temperatura de 2°C a 10°C. 
D) toda NE preparada deveser conservada sob refrigeração, em geladeira com 
temperatura de 2°C a 10°C. 
 
Comentários: como vimos na aula toda NE preparada, deve ser conservada sob 
refrigeração, em geladeira exclusiva, com temperatura de 2°C a 8°C . Veja que é 
importante saber a temperatura adequada para conservação da NE. Com essa 
informação você já eliminaria as letras c e letra d dessa questão uma vez que 10°C 
extrapola a temperatura permitida. 
 
Gabarito: A 
 
Questão 04 (COMPERVE/Prefeitura Municipal de Jardim de Piranhas e 
Prefeitura Municipal de Jucurutu/2014) São complicações mecânicas da Terapia 
Nutricional Enteral: 
 
A) otite, esofagite e fístula traqueosofágica. 
B) sinusite aguda, obstipação e aspiração pulmonar. 
C) otite, aspiração pulmonar e fístula traqueosofágica. 
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D) esofagite, sinusite aguda e obstipação. 
 
Comentários: As principais complicações mecânicas da Terapia Nutricional Enteral 
são erosão nasal e necrose, abcesso septonasal, sinusite aguda, rouquidão, otite, 
faringite, esofagite, ulceração esofágica e estenose, fístula traqueosofágica, ruptura 
de varizes esofágicas, obstrução da sonda e saída ou migração acidental da sonda. 
Obstipação (letra b e letra d) é uma complicação gastrintestinal e aspiração pulmonar 
(letra b e letra c) é uma complicação respiratória. 
 
Gabarito: A 
 
Questão 05 (IBFC/FURG/2016) A seleção de uma fórmula enteral apropriada requer 
avaliação da capacidade digestiva e absortiva do indivíduo e conhecimentos das 
fontes de substratos e sua forma. Em relação à composição da fórmula enteral 
destinada a adultos é correto afirmar que: 
 
(A) a fonte predominante de proteína nas fórmulas é a albumina 
(B) a maioria das fórmulas comercias é isenta de amido de milho e maltodextrina 
(C) Ácidos graxos polinsaturados e triglicerídeos de cadeia longa contribuem para a 
osmolalidade da fórmula. 
(D) a forma predominante de fibra usada nas fórmulas é o polissacarídeo de soja 
(E) a maioria das fórmulas contém 44 a 60% de água. 
 
Comentários: (letra a) a fonte predominante de proteína nas fórmulas é a soja e a 
caseína; (letra b) a forma predominante de carboidratos nas fórmulas comerciais é o 
hidrolisado de amido de milho ou a maltodextrina; (letra c) a osmolalidade das 
fórmulas enterais são influenciadas pela quantidade de partículas iônicas e 
moleculares em determinado volume. Além disso, as fórmulas com grande 
quantidade de componentes hidrolisados tem proporcionalmente maior osmolalidade. 
Ácidos graxos poliinsaturados e triglicerídeos de cadeia média não contribuem para 
a osmolalidade; (letra d) correta; (letra e) a maioria das formulações contém de 690 a 
860 mL por 1000 mL da fórmula enteral, ou seja, de 69% a 86% de água. 
 
Gabarito: D 
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Questão 06 (AOCP/UFPA/2016) A alimentação enteral é um método de prover 
nutrientes no Trato Gastrintestinal (TGI) através de um tubo. As contraindicações em 
Terapia de Nutrição Enteral (TNE), em geral, são relativas ou temporárias em vez de 
serem definitivamente absolutas. As contraindicações mais frequentes são, EXCETO 
 
(A) expectativa de utilizar a TNE em período inferior a 3 dias para pacientes 
desnutridos. 
(B) íleo paralítico. 
(C) hemorragia no TGI severa. 
(D) fístula no TGI de alto débito (>500 ml/dia). 
(E) pancreatite aguda severa. 
 
Comentários: (letra a) a expectativa de usar a TNE em período inferior a 5-7 dias (e 
não 3 dias como escrito na questão) para pacientes desnutridos constitui-se em 
contraindicação para TNE. Íleo paralítico (letra b), hemorragia no TGI severa (letra c), 
fístula de alto débito (> 500 mL/dia) (letra d) e pancreatite aguda severa (letra e) são 
contraindicações para TNE. 
 
Gabarito: A 
 
Questão 07 (AOCP/UFJF/2015) Para a seleção de uma dieta enteral, é necessário 
conhecer as exigências específicas do paciente e a composição exata da fórmula. 
Em relação as fórmulas enterais assinale a alternativa correta. 
 
(A) A fórmula polimérica padrão é constituída por proteína parcialmente hidrolisada, 
polissacarídeos, dissacarídeos e TCM. 
(B) As fórmulas com grande quantidade de nutrientes hidrolisados têm 
proporcionalmente menor osmolalidade. 
(C) A mobilidade gástrica é maior com soluções de pH menor que 3,5. 
(D) A taxa do esvaziamento gástrico pode ser menor para fórmulas com alta 
densidade calórica. 
(E) Os polímeros de glicose apresentam menor absorção do que a glicose livre. 
 
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Comentários: (letra a) a fórmula polimérica é constituída por nutrientes intactos (não 
são hidrolisados). (letra b) quanto maior a quantidade de nutrientes hidrolisados maior 
a osmolalidade (letra c) a motilidade gástrica é menor em soluções de pH menos que 
3,5. (letra d) quanto maior a densidade calórica poderá ocorrer menor taxa de 
esvaziamento gástrico, portando essa afirmativa está correta (letra e) os polímeros 
de glicose apresentam menor osmolaridade do que a glicose livre. 
 
Gabarito: D 
 
Questão 08 (AOCP/UFJF/2015) A terapia nutricional enteral em adultos é indicada, 
EXCETO: 
 
(A) quando a ingestão oral for inadequada para prover de 2/3 a 3/4 das necessidades 
diárias nutricionais. 
(B) para quando o trato digestório estiver total ou parcialmente funcionante. 
(C) para pacientes nos quais a alimentação comum produz dor e/ou desconforto. 
Exemplo: pancreatite. 
(D) para pacientes com disfunção do trato gastrointestinal. Exemplo: Síndrome do 
intestino curto. 
(E) para pacientes com íleo paralítico. 
 
Comentários: Observe que essa questão solicita que você marque o item incorreto 
�³H[FHWR´��� (letra e) íleo paralítico é uma contraindicação para TNE em adultos. Todos 
os demais itens apresentados estão corretos conforme apresentado na aula. 
 
Gabarito: E 
 
Questão 09 (IBFC/UFSC/2016) A nutrição enteral deve ser o método de escolha para 
todos os indivíduos com capacidade digestiva e absortiva adequada do trato 
gastrintestinal e que apresentem condições clínicas nas quais a ingestão oral é 
impossível, inadequada ou insegura. Entretanto, em algumas situações a terapia 
nutricional enteral está contraindicada; dentre essas situações, assinale a alternativa 
correta: 
 
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a) Anorexia persistente 
b) Fístulas enterocutâneas de baixo débito 
c) Íleo adinâmico 
d) Deficiência neurológica ou coma 
e) Disfagia grave por disfunção da orofaringe 
 
Comentários: (letra a) a anorexia persistente é uma indicação para NE; (letra b) a 
contraindicação para NE é a presença de fístulas do TGI de alto débito; (letra d) 
deficiência neurológica ou coma não constitui uma contraindicação para a NE pois 
não são situações que alterem o uso do TGI; (letra e) disfagia grave também não é 
uma contraindicação. Lembre que se o TGI estiver total ou parcialmente funcionante, 
use-o. Em caso de íleo paralítico/adinâmico (letra c) é contraindicada a TNE. 
 
Gabarito: CQuestão 10 (AOCP/UFT/2015) A respeito do Regulamento Técnico para a Terapia 
de Nutrição Enteral (TNE), assinale a alternativa correta. 
 
(A) A TNE é definida como o conjunto de procedimentos exclusivos para a 
recuperação do estado nutricional do paciente. 
(B) A Equipe Multiprofissional de Terapia Nutricional é um grupo formal que, 
obrigatoriamente, deve ser constituído de, pelo menos, um profissional de cada 
categoria, com treinamento específico para essa atividade, incluindo: médico, 
nutricionista e enfermeiro. 
(C) A TNE deve abranger, obrigatoriamente, as seguintes etapas: indicação e 
prescrição médica, preparação, conservação e armazenamento, transporte, 
administração e controle clínico laboratorial. 
(D) O controle do paciente em TNE deve ser realizado periodicamente e contemplar: 
ingressos de nutrientes, tratamentos farmacológicos concomitantes, sinais de 
intolerância à NE, alterações antropométricas, bioquímicas, hematológicas e 
hemodinâmicas, assim como modificações em órgãos, sistemas e suas funções. 
(E) A Nutrição Enteral não industrializada pode ser administrada até 4 dias (sob 
refrigeração adequada) após a sua manipulação. 
 
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Comentários: essa questão é referente a RDC 63/2000. (letra a) A TNE não é 
exclusiva para a recuperação do estado nutricional do paciente. Ela também envolve 
um conjunto de procedimentos terapêuticos para manutenção do estado nutricional. 
(letra b) a Equipe Multiprofissional de Terapia Nutricional deve conter 
obrigatoriamente médico, nutricionista, enfermeiro e farmacêutico. (letra c) a TNE 
deve abranger as seguintes etapas: indicação e prescrição médica; prescrição 
dietética; preparação, conservação e armazenamento; transporte; administração; 
controle clínico laboratorial e avaliação final. (letra d) correta. (letra e) A NE não 
industrializada deve ser administrada imediatamente após a sua manipulação. Nunca 
deve ser administrada até 4 dias após o preparo. 
 
Gabarito: D 
 
Questão 11 (IBFC/UFPR/2015) Pode-se classificar as dietas enterais de acordo com 
a complexidade dos nutrientes nelas presentes. A esse respeito, relacione o tipo de 
dieta com suas características nutricionais. 
 
Tipo de dieta enteral 
I. Oligomérica 
II. Polimérica 
III. Elementar 
 
Características nutricionais 
( ) Todos os macronutrientes estão hidrolisados prontos para o processo de 
absorção; apresenta elevada osmolaridade. 
( ) Os macronutrientes estão parcialmente hidrolisados, porém ainda se faz 
necessário o processo de digestão. 
( ) Os macronutrientes estão em sua forma íntegra e necessitarão passar pelo 
processo integral de digestão. 
 
A alternativa que apresenta a sequência correta estabelecida de cima para baixo é: 
(A) I, III e II 
(B) II, I e III 
(C) III, I e II 
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(D) II, III e I 
(E) III, II e I 
 
Comentários: a dieta oligomérica corresponde às formulações parcialmente 
hidrolisadas. Na dieta polimérica os nutrientes estão em sua forma intacta. Já as 
fórmulas elementares apresentam os nutrientes hidrolisados e quanto mais 
hidrolisada a fórmula maior a osmolaridade. Logo, a sequência correta é III, I, II. 
 
Gabarito: C 
 
Questão 12 (AOCP/UFSCAR/2015 adaptada) Em relação à nutrição enteral, assinale 
V (verdadeiro) ou F (falso). 
 
( ) Consiste na oferta dos nutrientes por via intravenosa. 
( ) Na administração da dieta in bolus, a nutrição é administrada em um período de 
24 horas, com intervalos de descanso, permitindo ao paciente maior mobilidade. 
( ) A obstrução intestinal completa não deve ser considerada uma contraindicação da 
nutrição enteral. 
 
Comentários: 1ª afirmativa - A oferta de nutrientes por via intravenosa é a Nutrição 
Parenteral. A Nutrição Enteral consiste na administração de nutrientes via TGI por 
meio do uso de sondas. 
2ª afirmativa - A administração em bolo é realizada de modo intermitente em um 
período de 2 a 6 horas. A administração de dieta enteral por 24hs é a administração 
contínua. 
3ª afirmativa - A obstrução intestinal completa consiste em uma contraindicação da 
Nutrição Enteral. 
 
Gabarito: F, F, F 
 
Questão 13 (IBFC/UNIVASF/2014 adaptado) Diversos fatores devem ser 
considerados na escolha e na prescrição de fórmula enteral para um paciente. Dentre 
esses fatores, pode-se citar: 
 
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(A) Densidade calórica da fórmula: uma vez que indivíduos com indicação de restrição 
hídrica podem se beneficiar de fórmulas com menor densidade calórica, como as de 
1,0 Kilocalorias/mililitro. 
(B) Capacidade digestiva e absortiva do paciente: uma vez que indivíduos com 
distúrbios de má digestão ou má absorção podem ser beneficiados com o uso de 
fórmulas monoméricas, que contém peptídeos ou aminoácidos. 
(C) Osmolaridade da fórmula: uma vez que fórmulas com proteínas e amidos íntegros 
são contraindicadas em casos de diarreia, por apresentarem maior osmolaridade do 
que aquelas com esses nutrientes na fórmula hidrolisada. 
(D) Posicionamento da sonda: uma vez que no posicionamento pós-pilórico a infusão 
de grandes volumes de fórmulas em curto tempo é mais bem tolerada do que no 
posicionamento gástrico. 
 
Comentários: (letra a) pacientes com restrição hídrica podem se beneficiar de 
fórmulas com maior densidade calórica e consequentemente menor volume de dieta 
enteral. (letra b) a capacidade digestiva e absortiva do paciente deve ser sempre 
avaliada e em casos de má digestão ou má absorção pode ser necessário o uso de 
fórmulas monoméricas (elementares), que contém peptídeos ou aminoácidos. (letra 
c) fórmulas com proteínas e amidos íntegros apresentam menor osmolaridade do que 
aquelas com esses nutrientes na fórmula hidrolisada (letra d) O estômago tolera mais 
facilmente que o intestino delgado uma variedade de fórmulas. Ele tolera maiores 
sobrecargas osmóticas. Esse fato não ocorre normalmente no intestino delgado. 
Logo, no posicionamento pós-pilórico a infusão de grandes volumes de fórmulas em 
curto tempo é menos tolerado do que no posicionamento gástrico. 
 
Gabarito: B 
 
Questão 14 (IADES/UFRN/2014) A terapia nutricional enteral deve ser considerada 
como uma importante ferramenta nutricional, mas com indicações apropriadas e 
complicações intrínsecas que limitam o seu uso. Assinale a alternativa que apresenta 
uma contraindicação absoluta para a terapia nutricional enteral. 
 
(A) Caquexia cardíaca. 
(B) Queimadura. 
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(C) Anorexia nervosa. 
(D) Lesão do sistema nervoso central. 
(E) Fístula jejunal de alto débito. 
 
Comentários: a presença de caquexia cardíaca (letra a), queimadura (letra b), 
anorexia nervosa (letra c) e lesão do sistema nervoso central (letra e) não são 
contraindicações absolutas da Nutrição Enteral. Já a fístula jejunal de alto débito 
(letra e) é uma contraindicação para a Terapia Nutricional Enteral. 
 
Gabarito: E 
 
Questão 15 (IADES/UFBA/2014) A gastrostomia é o procedimentoque proporciona 
acesso direto ao estômago com a finalidade de nutrir o paciente. Assinale a alternativa 
que indica em que situação esse procedimento está indicado. 
 
(A) Nas primeiras 72 horas após acidentes cerebrovasculares. 
(B) Na presença de ascite incontrolável. 
(C) Nos pacientes que necessitam de dieta enteral por um período de tempo maior 
que seis semanas ou quando a utilização da sonda nasal é contraindicada. 
(D) Em peritonite ou carcinomatose peritoneal. 
(E) Na presença de varizes gástricas e refluxo gastroesofágico grave. 
 
Comentários: pacientes que necessitam de dieta enteral por longos períodos (maior 
que seis semanas) apresentam indicação para realização de gastrostomia. Além 
disso, se o paciente tem indicação de NE mas não pode realizar por via nasal, deve-
se indicar a gastrostomia. As demais alternativas não apresentam indicações para 
uso exclusivamente de gastrostomia. 
 
Gabarito: C 
 
Questão 16 (AOCP/UFMS/2014) Em relação ao recebimento e conservação da 
Nutrição Enteral (NE), assinale a alternativa INCORRETA. 
 
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(A) Ao receber, verificar o aspecto da NE, detectando alterações como a presença 
de elementos estranhos e integridade do frasco, assim como o rótulo que deve conter: 
nome do paciente, leito, data de manipulação, volume e fórmula, horário, 
confirmando estes dados na prescrição médica e no mapa de fracionamento. 
(B) A validade da NE, após a manipulação pela UAN, é de 24 horas, se 
adequadamente conservada em geladeira, ou de 4 horas em temperatura ambiente, 
incluindo o tempo de administração. 
(C) O frasco de NE deve ser armazenado na geladeira de medicamentos/nutrição 
enteral quando a sua instalação for postergada. Em nenhum caso, a NE poderá 
permanecer em temperatura ambiente no posto de enfermagem. 
(D) A NE em sistema fechado pode ser armazenada em temperatura ambiente. A 
data de validade é indicada pelo fabricante no rótulo. Após a abertura do frasco a 
validade é de 72 horas. Identificar o frasco ou pack com o nome do paciente e data 
de abertura. 
(E) O frasco de NE, em sistema aberto ou fechado, é inviolável até o final de sua 
administração. 
 
Comentários: Após a abertura do frasco a validade é de 24 a 48 horas. 
 
Gabarito: D 
 
Questão 17 (IDECAN/UFAL/2014) As complicações da terapia nutricional podem ser 
classificadas em gastrointestinais, metabólicas, mecânicas, infecciosas, respiratórias 
e psicológicas. Sobre as complicações mecânicas da terapia nutricional enteral, 
assinale a alternativa INCORRETA. 
 
A) Faringite. 
B) Erosão nasal e necrose. 
C) Fístula traqueoesofágica. 
D) Refluxo gastroesofágico. 
E) Sinusite aguda, rouquidão e otite. 
 
Comentários: Observe que a questão pede para assinalar a complicação que não é 
de causa mecânica. O refluxo gastroesofágico é considerado como uma complicação 
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gastrintestinal (letra d). As demais alternativas são caracterizadas como 
complicações mecânicas (faringite, erosão nasal e necrose, fístula traqueoesofágica, 
sinusite aguda, rouquidão e otite). 
 
Gabarito: D 
 
Questão 18 (AOCP/UFPB/2014) A Nutrição Enteral (NE) está contraindicada na 
presença de 
 
(A) cirurgias de cabeça e pescoço. 
(B) politrauma. 
(C) desnutrição grave. 
(D) queimaduras extensas. 
(E) obstrução intestinal. 
 
Comentários: Uma das contraindicações para a NE são as obstruções mecânicas 
do trato gastrintestinal. Logo, a obstrução intestinal (letra e) é a alternativa correta 
para essa questão. Cirurgias de cabeça e pescoço (letra a), politrauma (letra b), 
desnutrição grave (letra c) e queimaduras extensas (letra d) não constituem contra-
indicações para a NE. 
 
Gabarito: E 
 
Questão 19 (AOCP/UFMG/2014) Qual das seguintes vias de alimentação enteral 
deve ser utilizada para pacientes sob risco de aspiração pulmonar ou com distúrbios 
GI que impedem a inserção da sonda no estômago, como problemas mecânicos ou 
dificuldades com esvaziamento gástrico ou tolerância? 
 
(A) Nasojejunal. 
(B) Nasoentérica. 
(C) Gastrostomia. 
(D) Jejunostomia. 
(E) Gastrojejunostomia. 
 
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Comentários: se o paciente apresenta risco de aspiração pulmonar e impedimento 
do posicionamento da sonda no estômago, ele se beneficiará de sondas localizadas 
na região entérica. Logo, a letra (c) e (e) estão erradas. Relembrando... as principais 
complicações mecânicas são erosão nasal e necrose, abcesso septonasal, sinusite 
aguda, rouquidão, otite, faringite, esofagite, ulceração esofágica e estenose, fístula 
traqueosafágica, ruptura de varizes esofágicas, obstrução da sonda e saída ou 
migração acidental da sonda. A questão não indica qual o problema mecânico, mas 
sabemos que há uma dificuldade de acesso ao estômago desse paciente quando o 
HQXQFLDGR�GHVFUHYH�³GLVW~UELRV�*,�TXH�LPSHGHP�D�LQVHUomR�GD�VRQGD�QR�HVW{PDJR´. 
Logo, as sondas nasojejunais (letra a) e nasoentéricas (letra b) não seriam adequadas 
visto que a colocação dessas sondas é realizada por meio de sua passagem pelo 
estômago até que cheguem no intestino. A afirmativa que se adequa para a terapia 
nutricional do paciente em questão é jejunostomia (letra d). 
 
Gabarito: D 
 
Questão 20 (AOCP/UFSM/2014) Um protocolo de alimentação enteral para ser 
usado pelos nutricionistas na UTI deve incluir alguns tópicos. Assinale a alternativa 
que NÃO corresponde a um desses tópicos. 
 
(A) Quando aplicar alimentação enteral vs. parenteral. 
(B) O momento de instituir a alimentação enteral. 
(C) Posicionamento do paciente. 
(D) pH ideal da NE. 
(E) Objetivo calórico por quilograma por dia. 
 
Comentários: (letra a) a decisão da via de alimentação (indicação e contraindicações 
para cada via) deve ser considerada em uma UTI (letra b) quanto mais precoce a TN 
melhor a sobrevida do paciente, logo o momento de instituir a TN deve ser 
considerado. (letra c) o posicionamento adequado do paciente deve ser considerado 
para que se evite complicações, como aspiração pulmonar. (letra d) o pH ideal não 
faz parte do protocolo de TN. Protocolos de Nutrição Enteral devem apresentar 
indicação, posicionamento da sonda, orientações básicas de uso de dieta enteral 
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(letra e) as necessidades nutricionais do paciente devem ser atingidas e devem ser 
consideradas em um protocolo. 
 
Gabarito: D 
 
Questão 21 (IBFC/UFMA/2013) Paciente apresenta contraindicação de alimentar-se 
por via oral pelas próximas 2 a 3 semanas. Possui trato gastrintestinal funcionante, 
sem obstruções mecânicas ou outros fatores que inviabilizem a sua utilização para 
fins de nutrição. Apresenta gastroparesia e considerável risco de aspiração. A 
indicação preferencial de terapia nutricional mais adequada a esse caso é: 
 
(A) Nutrição parenteral periférica 
(B) Nutrição enteral via jejunostomia 
(C) Nutrição enteral via gastrostomia 
(D) Nutrição enteral via sonda com inserção nasal e posicionamentopós pilórico 
(E) Nutrição enteral via sonda com inserção nasal e posicionamento intragástrico. 
 
Comentários: se o trato gastrintestinal está funcionante devemos usá-lo. A Nutrição 
Parenteral (via endovenosa) é contraindicada nesse caso (letra a). O curto período 
de tempo para utilização da sonda contraindica a realização jejunostomia (letra b) e 
gastrostomia (letra c). Se o paciente apresenta gastroparesia, o posicionamento da 
sonda deve ser pós-pilórico e não intragástrico. Logo, a questão correta é letra d. 
 
Gabarito: D 
 
Questão 22 (IBFC/HUB/2013) Quanto à composição nutricional e às características 
físicas das fórmulas enterais, é correto afirmar que: 
 
(A) Lignina e hemicelulose são as formas predominantes de fibras utilizadas nas 
fórmulas. 
(B) Componentes mais hidrolisados, como os aminoácidos, têm menor efeito 
osmótico do que moléculas com peso molecular maior, como as proteínas íntegras. 
(C) A motilidade gástrica é maior com soluções com pH (potencial hidrogeniônico) 
menor que 3,5. 
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(D) Hidrolisado de amido de milho e maltodextrina são as formas predominantes de 
carboidratos nas fórmulas. 
 
Comentários: (letra a) a forma predominante de fibras utilizadas nas dietas enterais 
é o polissacarídeo da soja. (letra b) componentes mais hidrolisados tem maior efeito 
osmótico do que moléculas com peso molecular maior. (letra c) a motilidade gástrica 
é menor em soluções de pH menor que 3,5. (letra d) como descrito na aula, a forma 
predominante de carboidratos nas fórmulas enterais são o hidrolisado de amido de 
milho ou a maltodextrina. 
 
Gabarito: D 
 
Questão 23 (FUNDEP/PREFEITURA MUNICIPAL DE ARAÇAI/2017) A nutrição 
enteral refere-se ao fornecimento de nutrientes utilizando o trato gastrintestinal com 
a finalidade de manter ou recuperar o estado nutricional. Sobre nutrição enteral, 
assinale a alternativa CORRETA: 
 
A) A hidrólise dos nutrientes da dieta enteral, assim como a concentração de 
eletrólitos, como NaCl, interfere diretamente na osmolaridade. 
B) Nas fórmulas enterais, é necessário que cerca de 15% das calorias diárias sejam 
fornecidas na forma de ácido linoleico para evitar deficiência de ácidos graxos 
essenciais. 
C) O método de administração em bolo é o mais indicado em situações de suporte 
enteral domiciliar. Consiste em administrar a dieta com uma seringa de forma lenta, 
de 60 a 90 minutos por refeição, de forma a evitar distensão abdominal. 
D) As necessidades de líquido dos indivíduos são supridas pela dieta enteral, desta 
forma não há necessidade da administração de água nos intervalos da dieta. 
 
Comentários: letra a ± correta. Os fatores que influenciam a osmolalidade são 
(referentes ao aumento da hidrólise do nutriente e subsequente a unidade do 
tamanho): - minerais/eletrólitos: devido as propriedades de dissociação e ao pequeno 
tamanho; - proteínas: componentes mais hidrolisados (ex. aminoácidos) tem maior 
efeitos osmótico do que moléculas com peso molecular maior (ex. proteínas íntegras); 
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- carboidratos: componentes mais hidrolisados (ex. glicose) tem maior efeito osmótico 
que moléculas com peso molecular maior (ex. amido). 
Letra b ± incorreta. A ingestão adequada de ácidos graxos linoleico é de 10-17 g/dia 
(2-4% do VET) e de alfa-linolênico é de 0,9-1,6 g/dia (0,25- 0,5% do VET). 
Letra c ± incorreta. A administração em bolo é realizada com o auxílio de uma seringa. 
Por meio deste método são infundidos de 100 a 350 mL de dieta no estômago, de 2 
a 6 horas, precedida e seguida por irrigação da sonda enteral com 20 a 30 mL de 
água potável. Não é o método mais indicado para nutrição enteral domiciliar. 
Letra d ± incorreta. A necessidade hídrica dos pacientes não é suprida apenas com a 
dieta enteral sendo necessária a infusão de água nos intervalos de dietas. 
 
Gabarito: A 
 
Questão 24 (CRESCER CONSULTORIA/PREFEITURA MUNICIPAL DE 
ITAINOPOLIS/2017) Decidida a TNE e realizada a escolha da via de acesso, os 
passos seguintes são a seleção da fórmula, definição do método de administração e 
o monitoramento. Devido à grande opção de fórmulas disponíveis atualmente para 
nutrição enteral, o nutricionista tem papel fundamental na seleção da fórmula a ser 
utilizada. Qual alternativa apresenta fatores que não são levados em consideração no 
passo seleção da fórmula enteral. 
 
A) Complexidade dos nutrientes/Grau de digestibilidade e absorção. 
B) Osmolalidade/Viscosidade/Densidade calórica. 
C) Estabilidade/Custo 
D) Deslocamento da sonda/Obstrução da sonda. 
 
Comentários: Vários fatores devem ser observados para a seleção das fórmulas 
enterais, tais como: conhecimento das necessidades nutricionais do paciente, 
composição da fórmula (fontes de substratos), deve satisfazer as necessidades 
nutricionais do paciente, necessidades hídricas, ser bem tolerada, de fácil preparação 
e econômica, capacidade digestiva e absortiva do paciente, além da função renal e 
cardiorrespiratória. Outros fatores que podem influenciar na escolha da fórmula 
enteral são o posicionamento e o calibre da sonda enteral, a duração da TNE, os 
aspectos econômicos relacionados ao paciente e/ou hospital, além da doença de 
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base e situação clínica do paciente. Outro fator a ser considerado é a densidade 
calórica da fórmula. Esse valor influenciará o volume de dieta que o paciente receberá 
pois dependerá também do total de calorias que o paciente irá receber e da tolerância 
do paciente à quantidade a ser infundida. Deslocamento e obstrução da sonda não 
são itens a serem observados durante a seleção de dietas enterais. Esses itens são 
referentes a complicações mecânicas que podem ocorrer com a TNE. 
 
Gabarito: D 
 
 
 
 
 
 
 
 
É muito bom dividir esse momento com você. Conte 
comigo nessa caminhada. Espero que tenha gostado 
da aula. Até a próxima aula. Abraços! 
 
 
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4. Lista de questões apresentadas 
 
Questão 01 (COMPERVE/UFRN/2016) João Paulo, 67 anos, realizou uma cirurgia 
para a retirada de um tumor no estômago e de parte desse órgão, devido à extensão 
da lesão. Não foi possível fazer a reestruturação do trato gastrintestinal (TGI) no 
momento da cirurgia e foi feita uma jejunostomia. Após 5 dias da cirurgia, João Paulo 
recebeu alta com a prescrição de uma dieta enteral polimérica, padrão 
normoenergética, normoproteica sem fibras. Apesar disso, há 3 dias, ele vem 
apresentando episódios de diarreia. Para corrigir esse problema, o nutricionista 
prescreveu uma dieta com 
 
A) densidade energética: 1,0 kcal/ mL; proteínas: 14% (100% proteína isolada de 
soja); carboidratos: 55% (100% maltodextrina); gorduras: 31% (44% TCM, 49% óleo 
de canola, 4% mono e diglicerídeos de ácidos graxos, 3% lecitina de soja); fibras: 48 
g/litro (100% fibra de trigo); osmolalidade: 220 mOsm/kg água. 
B) densidade energética: 2,0 kcal/ mL; proteínas: 17%

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