Buscar

Matéria - Direito Processual Civil - USJT

Prévia do material em texto

Aula 19/02/2019 - Teoria Geral dos Recursos
Tribunal de Justiça Protocolo Dar seguimento 
 Negar seguimento Falta de requisição formal (cabe agravo 1.042 CPC)
 Com base em julgamentos repetitivos (cabe agravo interno)
Conceito: É a continuidade do exercício do direito da ação. Mecanismo processual, de insurgência contra uma decisão judicial. Obs.: Há outros mecanismos para se insurgir contra uma decisão que não é recurso. Ex: ação rescisória. 
Conceito: 
STF: artigo 102 CF/88, I, II, III RE
STJ: artigo 105 CF/88, I, II, III RESP
 Obs: O relator pode tomar por administrativas (art. 932 CPC) – se alguma dessas providências me prejudicar, cabe agravo interno. 
Agravo interno: Cabe contra decisões proferidas pelo relator. 
Quanto ao fim: Reforma Apelação 
 Esclarecimento Embargos de declaração: não precisa da intimação da parte contraria. Dependendo do caso, pode reformar a decisão também. 
 Inibilidação Apelação
Quanto ao juízo julgador: Importante é quem julga e não quem recebe o recurso. Órgão prolator é diferente de quem julga o recurso. 
 Devolutivos/reiterativos: Juízo diverso que prolatou a decisão. 
 Não devolutivos/interativos: O juízo que julga, é o mesmo que prolatou a decisão. Ex: Embargos de declaração. 
 Misto: São recursos que são julgados por outro órgão, mas que permitem ao juízo prolator da decisão, conferir a eficácia pretendida pelo recorrente. Ex: A apelação quando a sentença extinguiu sem resolução do mérito. Art. 487, paragrafo 7º, a apelação, em caso de improcedência liminar Art. 332, paragrafo 3º; agravo de instrumento Artigo 1.028, paragrafo 1º e agravo interno Art. 1.021, paragrafo 2º. 
Quanto a extensão: 
 Total: todas as decisões, recorre de toda decisão.
 Parte: recorre em partes. 
Quanto aos motivos: 
 Recurso com fundamentação livre: O interesse recursal decorre da sucumbência (pedir). 
 Recurso com fundamentação vinculada: Não basta a sucumbência, sendo necessária a especifica afronta a determinadas regras jurídicas, art. 102, III, “a”. Ex: RE/RESP. 
Quanto a marcha processual: 
 Suspensivos: aquele que suspense (paralisa) os efeitos da decisão recorrida. Ex: Apelação. 
 Não suspensivos: não impede a eficácia da decisão recorrida. 
Aula 12/03/2019 – Princípios em Matéria Recursal
O princípio é mais amplo e a regra é mais concisa. O princípio também é norma jurídica. 
Principio do duplo grau de jurisdição: É o direito de que uma demanda seja apreciada por dois órgãos do judiciário. A existência denota de 3 motivos: i. o ser humano pode falhar; ii. É o descontentamento humano; iii. a segurança jurídica. Para que o judiciário padronize o direito para o maior grau de previsibilidade (art. 927 CPC) das decisões. Ele é principio absoluto ou não serve em alguns casos? Não ele não é absoluto. (artigo 138 CPC irrecorrível). 
Principio da taxatividade: Os recursos só podem ser criados por lei (art. 994 CPC e art. 22, I CF/88), por serem de matérias federais. 
Principio da inerrecorribilidade/singularidade: Para cada decisão, só cabe um recurso buscando determinado resultado (não é totalmente verdade, pois em uma sentença por exemplo, cabe embargos de declaração e apelação).
Principio da fungibilidade: É a possibilidade de um recurso ser recebido no lugar de outro se o judiciário entender que a interposição foi equivocada. O CPC atual não fala de aplicação ampla da fungibilidade recursal, mas prevê recursos fungíveis entre si. (RESP e RE são intercambiáveis). (art. 1.032 e 1.033 e 1.024, paragrafo 3º CPC). 
Princípio da dialeticidade/dialética recursal: O recurso deve dialogar com a decisão recorrida e atacar os seus fundamentos. O recurso não pode ser uma repetição dos argumentos colocados para o juízo “a quo” e por ele já rejeitados. 
Principio da voluntariedade: O recurso é o exercício do direito de ação e por esse motivo exige iniciativa da parte, não podendo ser de oficio. 
Reexame necessário não é recurso pois não existe recurso de oficio. 
Princípio “non reformacio in pejus”: Uma decisão nunca pode ser piorada contra aquele que recorreu. Obs.: Existe um efeito nos recursos, chamado efeito translativo que permite ao órgão “adquém” analisar questões de ordem pública do processo, cujo recurso está julgando, e isso pode piorar a situação. 
Principio da consumação: A perda de consumar um ato, ao qual uma vez praticado o recurso, ele não pode ser aditado. Tem exceção! (art. 1.024 CPC) é a aplicação da fungibilidade recursal nos casos expressos e o (artigo 938, paragrafo único CPC). 
Aula 12/03/2019 – Efeito dos recursos 
Devolutivo: Os recursos devolvem ao judiciário a analise daquilo que foi objeto do recurso (art. 1.013 CPC) [aspecto horizontal ao efeito devolutivo ou/e extensão do efeito devolutivo] “tantum devolutum quantum apelatum”. Obs. Fase cognitiva = conhecimento. 
Ex: Em uma petição inicial, além da ação, houve a apresentação de denunciação a lide e na contestação teve uma reconvenção, quantos processos nessa mesma ação tem? 3 ações que serão julgadas separadamente. Ocorre a extensão, quando por exemplo 2 dos 3 transitem em julgado, mas ainda ocorre o andamento da reconvenção, a extensão da lide continuará. (art. 1.013, paragrafo 1º) profundidade do aspecto vertical da devolução. Obs. Todos os recursos tem efeito devolutivo. 
Suspensivo: O efeito suspensivo impede os efeitos da decisão recorrida. Quando ele é “ope legis” na verdade a suspensão dos efeitos não acontece com o recurso, mas desde a prolação da decisão recorrida. Quando ele é “ope judicis” a suspensão dos efeitos se da a partir da decisão que deferiu o efeito (art. 1.012 CPC, parágrafo 1º). Se na sentença confirmar a antecipação por tutela proposta na inicial, por conta do “fumus boni iuris” tem suspensão? De acordo com o paragrafo acima, não possui efeito suspensivo. (art. 995 CPC) requisitos de suspensão da apelação: a) fumus boni iuris e b) periculum in mora.
Regressivo: É aquele que permite ao órgão prolator da decisão recorrida exercer o juízo de retratação. Possibilidade de regresso nos recursos: 
Apelação: Em regra não tem. Mas em exceção tem, em todas as sentenças sem mérito (art. 485, parágrafo 7º, inciso I) assim como nas improcedências liminares (art. 332 e art. 331, parágrafo 3º).
Agravo de instrumento: sempre tem efeito regressivo.
Agravo interno: sempre tem efeito regressivo.
Embargos de declaração: sempre tem efeito regressivo.
Translativo: É o que permite ao órgão julgador do recurso analisar as questões de ordem publica do processo. Ex: Legitimidade. Existe uma divergência a respeito da possibilidade do efeito translativo nos recursos extraordinários com livre preponderância do entendimento pela não ocorrência. Existe outra divergência a respeito da sua aplicação para que os capítulos na sentença que não foram objetos de apelação, com livre preponderância pela ocorrência. Obs.: RE e RESP não se discute no translativo. 
Expansivo: O efeito expansivo é uma expansão do julgamento para além das questões discutidas no recurso. Parte da doutrina não trata disse efeito por entender que já está contido a profundidade do efeito devolutivo (Teoria da causa madura). [art. 1.013, parágrafo 3º]. 
Obstativo: O efeito obstativo é a característica do recurso de impedir o trânsito em julgado do processo. 
JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE E DE MÉRITO
(JUÍZO DE PRELIBAÇÃO E JUÍZO DE DELIBAÇÃO)
Conceito: Juízo de admissibilidade é a análise de tudo que for necessário para que o órgão julgador possa dizer se o recorrente tem ou não tem razão. Também chamado juízo de prelibação é o caso em que o órgão julgador conheceou não o recurso. Juízo de mérito é a analise da pretensão recursal que só vai ocorrer se o recurso for conhecido, também chamado de juízo de delibação, ocorre quando o órgão julgador da ou nega provimento ao recurso. 
Órgão incumbido: “a quo” aquele que proferiu a decisão recorrida “ad quem” aquele que vai julgar o mérito do recurso. A aplicação tem a admissibilidade somente no “ad quem” e o agravo de instrumento também. Os embargos de declaração todas as funções de órgão “a quo” de órgão “ad quem” são exercidas pelo mesmo juízo. Os recursos extraordinários tem dupla admissibilidade feita pelo órgão “a quo” e “ad quem”. Ambos os órgãos analisam os requisitos formais (tal qual em todos os recursos e a aplicação das teses repetitivas. A única exceção é a repercussão geral, que só é requisito do recurso extraordinário e é analisada exclusivamente pelo supremo. Em julgamentos colegiados a prelibação também é votada, e em caso de prelibação positiva por maioria, aquele vencido na prelibação deve votar mesmo assim. Ou seja, deve dizer se da ou nega provimento ao recurso. 
REQUISITOS DE ADMISSIBILIDADE 
(FORMAIS)
Cabimento: Utilização correta do recurso, princípio da fungibilidade recursal.
Tempestividade: Respeito ao prazo – a intempestividade por antecipação não existe mais. (art. 218, paragrafo 4º do CPC). 
Legitimidade: Ministério Pública ou as partes. (art. 996 CPC)
Sucumbência: Só poderá recorrer se houve a perda. O autor formulou pedido em cumulação alternativa (art. 316, paragrafo único do CPC) o juiz deu uma das duas coisas perdidas e o autor não está contente, ele pode apelar.
Motivação: Recursos extraordinários, pois são de fundamentação vinculada nos recursos de fundamentação livre a motivação é importante, mas está incluída no princípio da dialética recursal. 
Forma: O recurso deve atender as formalidades da petição (art. 932, parágrafo único do CPC). 
Preparo: (Custas + porte de remessa e retorno). É o pagamento dos valores para o processamento dos recursos se o recurso não for preparado é aplicada a penalidade 
Ausência de fatos (renuncia, desistência): (art. 1.000 do CPC) a aplicação em alguns casos não tem efeito suspensivo por isso. RE + RESP= Requisitos formais + aplicação de teses já julgados repetitivos (repercussão geral). 
Nunca discutido;
Já discutido e negado;
Já discutido e concedido;
Estar em discussão (suspenso).
Aula 19/03/2019 – Recurso Adesivo
Em regra, os meios de impugnação das sentenças e decisões pressupõe a sucumbência, isto é, a desconformidade entre o que o recorrente pretendia e o que foi decidido. O Código de Processo Civil deixa claro que os recursos somente podem ser interpostos pelo vencido, pelo terceiro prejudicado ou pelo Ministério Público. Vencido é, portanto, aquele que, sendo parte na relação processual, sofreu um gravame com a decisão - decisão interlocutória, sentença e acórdão. A sucumbência pode ser múltipla, isto é, existirem várias pessoas que sofreram o gravame; esta pode ser recíproca, situação que ocorre quando a decisão causa ao mesmo tempo gravame a interesses opostos de duas partes. Exemplo: Antônio ingressa com uma ação objetivando a condenação de João em R$ 1.000,00 (um mil reais). A sentença acolhe em parte o pedido condenando o réu no pagamento de R$800,00 (oitocentos reais). Antonio sucumbiu, porque pediu um valor que somente foi atendido em parte; João sucumbiu porque foi condenado, ainda que a um valor inferior ao pedido. Ambos são vencidos, têm legitimidade e interesse em recorrer. Antonio pode apelar da sentença para tentar elevar a condenação para R$1 .000,00; João pode, também, apelar da sentença para afastar a condenação que lhe foi imposta ou diminuir o valor desta. Cada parte interporá o recurso, independentemente, no prazo e observadas as exigências legais.
Ocorre que, no exemplo dado, Antonio se contentaria com o recebimento dos R$800,00 ao invés de ter de esperar o julgamento de um recurso, pelo tribunal. Apenas recorreria se também João fosse recorrer, pois nesse caso, teria de qualquer forma que aguardar o julgamento do recurso de João. Mas, como saber se João vai recorrer, já que ambos foram intimados pela publicação feita no Diário Oficial e o prazo de 15 dias da apelação, que cada uma das partes tem, encerrar-se-á no mesmo momento?
Antigamente, Antônio teria que apelar e, vendo que João não interpusera qualquer recurso, desistir da apelação. Agora, por força do art. 997, §1º, do Código de Processo Civil, possibilidade já prevista no CPC/1973, por meio do art. 500, Antonio pode recorrer adesivamente ao recurso de João. Lembrava José Frederico Marques a evidente utilidade do recurso adesivo, "porquanto pode evitar a interposição de recursos, que só se instauram em virtude do receio que tem um dos vencidos de que o outro venha a recorrer".
O nome do recurso é inadequado. A parte contrária não adere ao recurso principal - no sentido de acompanhá-lo. Ela, em princípio, diverge do recurso principal. Mas o 'adesivo' tem o sentido de acompanhar o recurso principal quando ele não for conhecido. O recurso adesivo, segundo a lei, fica subordinado ao recurso principal, o que significa que, não sendo este conhecido, também aquele não o será. Se a parte que interpôs o recurso principal dele desistir - e, para tanto, não depende do consentimento da parte contrária, somente exigido para a desistência da ação, ou se não for conhecido por inadmissível, ou pela deserção, o recurso adesivo também não é examinado.
Como na apelação, o recurso adesivo é interposto mediante petição dirigida ao juiz a quo contendo a identificação do processo em que a sentença foi prolatada, os fundamentos de fato e de direito e o pedido de nova decisão. A exigência é do art. 997, parágrafo segundo, do CPC, estabelecendo que ao recurso adesivo se aplicam as regras do recurso principal. O prazo para a interposição do recurso adesivo encerra-se no momento em que termina o prazo do recorrente para responder a apelação à qual está aderindo. As mesmas condições de admissibilidade do recurso principal são exigidas para o adesivo, bem como o preparo, isto é, o pagamento da taxa judiciária, demonstrado na petição de interposição do recurso adesivo. O juiz, também em relação ao recurso adesivo, examina os pressupostos de sua admissibilidade. Caso algum esteja ausente, não admitirá o recurso, cabendo contra essa decisão o agravo de instrumento. Caso admita o recurso, contra essa decisão não cabe recurso, podendo o recorrido sustentar, nas contrarrazões, em preliminar, a ausência de qualquer dos pressupostos. O recurso adesivo é julgado na mesma ocasião do julgamento do recurso principal, mas depois do tribunal concluir pelo conhecimento deste.
Alguns aspectos merecem destaque quanto ao recurso adesivo. O primeiro deles é que somente poderá ser interposto adesivamente à apelação, aos embargos infringentes, ao recurso especial ou ao recurso extraordinário. Nos demais recursos não se admite recurso adesivo.
Outro aspecto é que não pode a parte, que utilizou o recurso independente, recorrer adesivamente caso aquele não seja admitido. O exemplo mais marcante é, no caso da ação de Antonio contra João, já aludida, Antonio ter se utilizado da apelação - recurso independente - para elevar o valor da condenação, mas ter interposto seu recurso fora do prazo, e por isso não foi admitido. Não poderá, agora, buscar a mesma elevação da condenação através do recurso adesivo.
Finalmente, não pode ser utilizado na sucumbência múltipla paralela. É o caso de Antonio e Pedro que movem uma ação contra João para que este pague, a cada um, o empréstimo de R$ 500,00 que ele tomou de cada autor. Sendo julgadas improcedentes as pretensões, e tendo Antonio interposto apelação, não poderá Pedro aderir àquela; somente poderá aderir a eventual apelação de João.
Há uma discussão a respeito do âmbito do recurso adesivo. Alguns sustentam que ele somente pode ser interposto em relação ao capítulo da sentença atacado pelo recurso principal. A hipótese é a da ação indenizatóriaacolhida, fixada a indenização em R$ 500,00 e imposto ao réu o ônus da sucumbência, entre os quais a verba honorária de R$ 100,00. O réu apela para reduzir a verba honorária tão somente, se conformando com a indenização fixada, e o autor, aderindo a essa apelação, reclama a elevação da indenização.
A tendência jurisprudencial é no sentido de não se limitar o âmbito do recurso adesivo, admitindo-o, mesmo que tenha por objeto capítulo não abrangido pelo recurso principal.
RECURSOS EM ESPECIE 
Temas interlocutórias na sentença: (art. 1.009, paragrafo 3º do CPC) O que define o cabimento, é a decisão recorrida se for em sentença, o recurso de apelação existe temas que podem ser decididos por lei interlocutórias ou sentença. Se por tais questões (tutela provisória) forem discutidas na sentença devem ser atacadas na apelação. 
Efeitos: (art. 1.012, paragrafo 1º do CPC). 
Processamentos: É dirigida ao juízo prolator da decisão da sentença. Intima a parte contrária para as contrarrazões e remete para o tribunal superior, não há analise pois só há um juízo de admissibilidade. 
Sendo assim, já pode iniciar o cumprimento provisório que permite a aplicação de multa de 10% e mais honorários de 10% se não for paga a condenação em 15 dias. A partir disso, o executado deve depositar se houver execução provisória, mas deve deixar claro que está depositando para não sofrer punições (art. 520, parágrafo 3º do CPC). A desistência e renuncia independem da anuência da parte contraria. Obs.: Os casos de RE ou RESP que tenham sido admitidos para o processamento pelo regime dos recursos repetitivos a desistência do recurso não impede a analise da tese jurídica debatida (art. 995, paragrafo único do CPC). 
Pergunta: O recorrente desiste de RE ou RESP admitido como repetitivo e o tribunal com base no artigo acima, julga a questão e o faz favoravelmente a aquele que patrocinou desistindo. Ele pode aproveitar o resultado?
(art. 1.007 do CPC) Se a parte não puder pagar, ela pode pedir a gratuidade que se for negada possibilita prazo para recolhimento. Se o recorrente não preparar por justo motivo ele pode preparar depois, sem justo motivo, mas em dobro, caso em que não pode errar o valor. Se preparou no prazo, mas com valor inferior, com código errado ou na guia errada, terá oportunidade de arrumar. 
A súmula 316 afasta a sucumbência reciproca para fins de atribuição dos honorários sucumbenciais ao advogado do autor. Para fins de honorários sucumbenciais não há sucumbência reciproca, mas vitória do autor. Para que o advogado do autor receba a totalidade dos honorários sucumbenciais, no que diz respeito à pretensão do autor ou sucumbência reciproca e por isso é cabível a apelação pela via adesiva. 
PROCESSAMENTO
O apelado no prazo das contrarrazões fará uma apelação normal que grudará na apelação principal e ficará grudada com ela até o final (não gruda nas contrarrazões, mas sim na apelação principal) para apresentar o recurso adesivo não são necessárias as contrarrazões. 
Aula 26/03/2019 – Recurso Adesivo
Processamento: 
 Interposição = local = vara
Componentes: i. petição de interposição;
 comprovantes de preparo;
 razões recursais.
Interposta a apelação a parte contraria é intimada para contrarrazões e os autos são automaticamente encaminhados ao tribunal. Se houver apelação adesiva antes do encaminhamento a parte contraria é intimada para oferecer contrarrazões à apelação adesiva. 
b) Influenciadores: 
Pedido de gratuidade;
Pedido de efeito suspensivo;
Pedido de antecipação de tutela recursal;
Confronto com sentença de decisões repetitivas.
Quando os autos ingressam no tribunal o processo é distribuído, e o relator faz o relatório e profere seu voto pelo conhecimento em relação ao mérito, depois encaminham os autos aos 2 desembargadores. Havendo decisão unanime, o relator redige o acordão e publicam, não havendo unanimidade não ocorre a publicação do acórdão e os outros dois desembargadores da câmara votam no mesmo processo (art. 942 CPC). Se a decisão do relator foi a vencedora, ele redige o acórdão, e o relator foi vencido, o desembargador que inaugurou a divergência será o relator para o acórdão. 
Se houve pedido de gratuidade no recurso o relator primeiramente analisa o pedido deferido no processamento, e prossegue indeferida, o relator coincide o prazo para o recolhimento do preparo, sob pena de deserção. 
O efeito suspensivo ou a antecipação de tutela recursal são pedidos feitos diretamente ao relator antes do recurso chegar ao tribunal, isso é feito por meio de petição simples distribuída diretamente ao tribunal. O relator que recebeu esta petição, fica prevento para julgamento do recurso (significa ficar vinculado ao processo). 
Se a sentença estiver de acordo com casos repetitivos julgados pelo STJ ou STF ou pelo próprio TJ, o relator pode negar provimento ao recurso sem necessidade dos outros votarem. Se a decisão recorrida, afronta tais casos repetitivos o relator pode dar provimento ao recurso sozinho. (art. 932, IV, V do CPC). 
Agravo de instrumento 
É o recurso cabível contra algumas interlocutórias proferidas pela primeira instancia. O art. 1.015 do CPC estabelece o rol de interlocutórias sujeitas ao agravo de instrumento em uma interpretação gramatical interlocutória fora dali devem ser discutidas em preliminar de apelação. 
Com a entrada em vigor do CPC, logo se percebeu que algumas interlocutórias não previstas no art. 1.015 não poderiam ser objeto de apelação pois haveria dano ao jurisdicional. O STJ analisou a controvérsia no tema 988 dos casos repetitivos e definiu que o rol do 1.015 é de taxatividade mitigada, para permitir o agravo de instrumento contra decisões interlocutórias não previstas no 1.015 desde que a manutenção da interlocutória traga risco a parte tornando inútil eventual reforma (46 anos depois) por ocasião da apelação. 
Pergunta: Como solucionar problema de eventual interlocutória que segundo o STJ seria agradável, mas por não estar no rol do 1.015 a parte não agravou?
Pergunta: O que fazer se a parte agravou e o agravo não foi provido?
Pergunta: O que fazer quando a parte agravou, e o agravo não foi conhecido?
Pergunta: Qual a modulação dos efeitos em uma decisão?
Aula 09/04/2019 – Continuação do Agravo de Instrumento
(significa cópias do processo) 
Efeitos: Não tem apenas o efeito suspensivo (ope legis). 
Interposição: Apenas uma petição só (muito parecida com a petição inicial). O pedido de efeito suspensivo irá automaticamente com a interposição direta do agravo. A interposição é feita diretamente no tribunal em petição dirigida ao juízo “ad quem” (tribunal) especificamente endereçada à presidência do TJ. Só deve ser utilizada uma petição pois a interposição já ocorre perante o órgão que irá julgar. Por não ter efeito suspensivo ope legis, é possível pedir um ope judicis no próprio corpo do agravo o que será analisado imediatamente pelo relator. (art. 1.019, I).
Formação do instrumento: (parágrafo único, do artigo 932 CPC). O instrumento é composto pelas cópias do processo, algumas são obrigatórias (art. 1.017, I) outras, são facultativas (art. 1.017, III), se o processo for eletrônico, não há necessidade de juntar cópias, mas nesse caso o agravante deve informar que se trata de processo eletrônico, no juízo “a quo”. Em alguns casos, pelo pouco andamento do processo, nem todos os documentos obrigatórios existem. Nesse caso, o agravante deverá informar que tais documentos não estão presentes porque não existem nos autos. 
Informação do juízo “a quo”: (artigo 1.018 CPC). Se o processo for físico o agravante tem 3 dias para informar ao juízo “a quo” que interpôs o agravo de instrumento. O descumprimento desse ônus não pode ser conhecido de officio, mas deve ser alegado e provado pelo agravado, caso em que o agravo não será conhecido. Em processos eletrônicos não há essa obrigatoriedade, essa informação serve para o juízo “a quo” exercer a retratação (efeito regressivo), que seacontecer tem como consequência o não reconhecimento do agravo por perda de objeto. 
Preparo: O agravo de instrumento, é um recurso pago e por esse motivo as custas são devidas, mas a taxa postal quando aplicável (nos locais em que o agravo é físico) não é composta por porte ou remessa e retorno, mas somente porte de retorno. 
Agravo Interno 
Recurso cabível contra as decisões do relator. 
Obs.: Não importa o conteúdo da decisão do relator. Tenha sido tal decisão a respeito de uma questão procedimental (Ex. Tutela Provisória – art. 932, II), ou decisão do próprio mérito do recurso (IV, V do artigo 932). O recurso cabível sempre será agravo interno. 
(TJ/PRES/VICE)
analise administrativa negar questões formais (art. 1.017)
 (agravo em RE/RESP)
 decorrência de casos repetitivos 
 (agravo interno)
 confirmar
A decisão monocrática do relator não é a única hipótese de cabimento do agravo interno. Ao julgar a admissibilidade do RE ou RESP o presidente ou vice do TJ, pode faze-lo com base em 2 argumentos: 
Requerimento formal de admissibilidade: Ex: Prazo. Nesse caso o recurso cabível é o agravo do artigo 1.042 (paragrafo 1º do art. 1.030 CPC).
Consequências jurídicas dos julgamentos: (I, II do art. 1.030 CPC). Nesses casos o recurso cabível é o agravo interno para demonstrar que o seu recurso trata de tema distinto dos casos repetitivos julgados, e por esse motivo ele deva prosseguir para Brasília. Tem efeito devolutivo. O agravo interno não tem efeito suspensivo, mas se o recurso que está tramitando e teve uma decisão monocrática agravada, este agravo aproveita o efeito suspensivo do recurso que está tramitando (art. 1.021 e paragrafo 3º 1.024). 
Aula 16/04/2019 – Recurso Extraordinário
Teoria geral – Recurso Extraordinário: São recursos extraordinários pois tem a função principal de corrigir erros de interpretação praticados pelos órgãos jurisdicionais de instância inferior que como dita a orientação para aplicação do direito pelos órgãos inferiores, não analisam questões fáticas. 
Recursos de fundamentação vinculada: Hipoteses de cabimento previstos em lei (art. 102 e 105 da CF/88). A lei relaciona o fundamento que pode ser utilizado para interposição do recurso. O cabimento do RE e RESP na constituição e o legislador infraconstitucional não pode se distanciar disso. 
Esgotamento das vias originarias (sumula 207 STJ). Para caber RE ou RESP deve haver o esgotamento de todas as ferramentas possíveis nas instancias ordinárias. 
Se cabem decisões de única/ultima instancia: Esses recursos só cabem quando nenhum outro recurso couber, ou seja, a decisão recorrida tem que ser de única ou última instancia. Quando a última decisão for proveniente de um tribunal, cabem RE e RESP, mas quando a última decisão não for do tribunal cabe RE, mas não cabe RESP. 
Não discutem prova (sumula 279 e 904 do STF / 517 STJ): Contra os embargos infringentes da execução fiscal não cabe RESP, só RE. Essas sumulas não afastam o cabimento do RESP para a ilegalidade de clausula contratual, pois nesse caso o que se discute é a lei que não a clausula contratual. 
Causas decididas
Conceito: É a efetiva discussão da tese jurídica que se pretende levar para Brasília por parte do acórdão recorrido. 
Omissão – solução – EPCL: Se a tese não está discutida, cabe a oposição de embargos de declaração para fazer um pré-questionamento (artigo 1.025)
Entendimento: (sumula 211 STJ / 356 STF / 1.025 CPC).
Interposição: Feita no órgão “a quo”. Ambos devem ser interpostos simultaneamente, a interposição de um, gera preclusão consumativa para o outro. 
Contraditório: O órgão a quo intima a parte contrária para contrarrazões.
Analise de admissibilidade: Após o prazo de contrarrazões o tribunal realiza a admissibilidade tomando uma das decisões do artigo 1.030. 
Aula 23/04/2019 – Recurso Especial
Contrariedade de negativa de vigência à lei federal: (artigo 105, III e 102 da CF/88 / artigo 1.034, parágrafo único). Só cabe RESP quando a decisão recorrida contraria lei federal, não cabendo quando se tratar de legislação estadual ou municipal. O tratado internacional a que se refere a alínea “a” do inciso III do artigo 105, precisa estar vigente no Brasil (passando pelas etapas de assinatura presidencial, autorização por decreto legislativo e colocação em vigor por decreto do executivo. Que devem ostentar estados infraconstitucional. 
Ofensa a súmula: (súmula 518 STJ). 
Interpretação razoável: (súmula 400 STF). Decisão do tribunal “a quo” que tinha dado para lei federal interpretação razoável permite a interposição de RESP se o recorrente demonstrar interpretação melhor que caracterize a interpretação toda como contrariando a lei. Está inaplicável a súmula 400 do STF porque “contra legen” na medida que a constituição anterior só falava em negar vigência enquanto o atual fala em contrariar. 
Dissídio jurisprudencial: 
Qualquer outro tribunal: Este permissionário constitucional é preenchido com a apresentação de outro acórdão, de outro tribunal que de outra interpretação à lei federal interpretada pelo acórdão “a quo”. 
Não pode o mesmo tribunal: (súmula 13 do STJ).
Atendimento ao parágrafo 3º do 1.029 CPC: Tribunal “a quo”, paradigma. Quando o RESP for fundado em dissidio jurisprudencial, o recorrente deve buscar o acórdão paradigma de uma fonte oficial (hoje em dia os sites dos tribunais em geral são de fonte oficial). Uma vez encontrado o acórdão paradigma, o recorrente precisa demonstrar que o acórdão paradigma trata da mesma circunstancia fática do acórdão recorrido, sob pena do RESP não ser admitido por não se encontrar preenchido o requisito do dissidio jurisprudencial. (parágrafo único do artigo 1.034 do CPC). 
Aula – 28/04/2019 / Regras Especiais do RE (hipóteses)
Contrariedade à constitucional: (artigo 102, III CF/88) Cabe RE quando a decisão recorrida contrária a constituição sendo aplicáveis as mesmas considerações feitas com relação ao RESP com base em contrariedade a lei federal. (Não se aplica súmula 400). 
(alínea “b”, III do artigo 102 da CF/88 e súmula 230 do STF). É possível RE quando o tribunal “a quo” declarar inconstitucional um tratado internacional seja por status de lei supralegal, ou de emenda constitucional (parágrafo 3º do artigo 5º da CF/88, pois é possível a inconstitucionalidade de emenda constitucionais. 
Prevalência de ato ou lei local contra CF: contrariedade a constituição.
Prevalência da lei local contra lei federal: A alínea “d” do inciso III do artigo 102 da CF/88 corretamente atribui o RE para concertar a aplicação indevida de lei estadual ou municipal para um tema que deveria ser tratado por lei federal, pois isso fere a competência legislativa que é fixada pela constituição. 
Repercussão Geral
Conceito: A repercussão geral é a importância do tema discutido no RE que extrapola os limites do processo trazendo uma discussão importante para todas as pessoas e não só para as partes do processo. É um requisito de admissibilidade que só existe no RE. 
Análise: A análise da repercussão geral não se submete à dupla admissibilidade, mas somente à análise do supremo. 
Negativa: Para negar a repercussão, são necessários 8 votos o que torna possível o reconhecimento da repercussão por apenas 4 ministros já permitindo a analise dos demais requisitos de admissibilidade. 
Consequência: Não: Este RE e todos os demais são inadmitidos, de acordo com o artigo 1.030, I “a”, influenciará. Sim: STF julga a tese o acórdão influenciará os demais. 
Embargos de divergência 
Conceito: Divergência entre turmas ou questões internas, opõe-se os embargos de divergência para uniformizar as decisões. Recurso cabível para sanar divergência interna no âmbito do STF e STJ uniformizando a jurisprudência do tribunal. 
Divergênciaatual: (súmula 168 STJ). Não há divergência se decisões conflitantes de órgãos fracionários diferentes já foi superada pela consolidação do entendimento. 
Cabimento: Cabimento quando tiver divergência entre qualquer dos órgãos julgadores destes tribunais. (incisos I e II do artigo 1.043 CPC) 
Acórdão em agravo interno: (súmula 316 do STJ).
 Embargos de declaração
Conceito: Os embargos de declaração são um instrumento jurídico por meio do qual uma das partes pode pedir esclarecimentos ao juiz ou tribunal sobre a decisão judicial proferida. Também conhecidos como embargos declaratórios, por meio deles é possível resolver dúvidas causadas por contradições ou obscuridades. Do mesmo modo, pode-se suprir omissões; ou, ainda, apontar erros materiais. Ocorre que merece esclarecimento uma das principais dúvidas sobre os embargos de declaração. Afinal, eles são ou não uma forma de recurso? Segundo o Novo Código de Processo Civil, sim, uma vez que estão incluídos no rol de recursos no Novo CPC, em seu artigo 994. Apesar disso, esta não é uma inovação. De fato, os embargos de declaração já estavam incluídos entre os recursos desde o Código anterior, em seu art. 496, inciso IV. Portanto, os embargos de declaração garantem às partes meios de pleitear que o princípio da devida fundamentação das decisões seja seguido, requerendo:
esclarecimento de obscuridade;
eliminação de contradição;
preenchimento de omissão
correção erro material;
Cabe ressaltar, ainda, que os embargos de declaração são uma das hipóteses em que o magistrado pode alterar a sentença após a sua publicação, conforme o art. 494, NCPC.
Hipóteses: Como vislumbrado, a principal função dos embargos de declaração é a garantia do princípio da devida fundamentação das decisões judiciais. As hipóteses de cabimento, já mencionadas, estão dispostas nos incisos do art. 1.022, Novo CPC. O art. 1.022, Novo CPC, portanto, insere duas novas hipóteses: a correção de erro material e a abrangência de toda decisão judicial. O artigo 523, CPC/1973, restringia a aplicação do recurso, como se observa, à sentença ou ao acórdão. Em função disso, Didier afirma que o Novo Código de Processo Civil adota “a ampla embargabilidade, na medida em que permite a apresentação de embargos de declaração contra qualquer decisão”. Apesar de sua aplicabilidade ser ampla no que se refere às decisões, as hipóteses são restritas àquelas vislumbradas nos incisos do art. 1.022, Novo CPC. Isto significa que possuem fundamentação vinculada. A ausência de fundamentação ou a alegação distinta das previstas pode implicar no não conhecimento do recurso, sob o risco de os embargos serem considerados protelatórios.
Obscuridade: A obscuridade da decisão judicial remete ao prejuízo de entendimento em razão da forma da própria decisão. Logo, uma decisão obscura é uma decisão sem clareza, ininteligível. É importante que a decisão se faça clara para as partes. Do contrário, pode levá-las à alienação e ocasionar prejuízos. Assim, ao incluir a obscuridade entre as hipóteses de cabimento de embargos de declaração, a legislação zela por princípios constitucionais fundamentais, como o devido processo legal, e está em conformidade com suas normas processuais fundamentais, como o dever de cooperação das partes disposto no art. 6º, Novo CPC.
Contradição: Toda decisão deve ser coerente. Do contrário, não restará bem fundamentada. Isto significa dizer que os argumentos do juízo não podem ser incongruentes. Tampouco pode a conclusão ser ilógica em relação à fundamentação. Contudo, é preciso ter atenção ao limite da contradição. O artigo 1.022, NCPC, dispõe as hipóteses de embargos de declaração para eliminar contradição. Esta contradição, porém, deve ser interna. Ou seja, entre elementos da mesma decisão – o objeto dos embargos. Não se considera, desse modo, as possíveis contradições externas, aquelas existentes entre a decisão e outros documentos ou peças dos autos.
Omissão: Diferentemente do Antigo CPC, o Novo CPC define o que seria a omissão de que trata o art. 1.022, inciso II. De acordo com o parágrafo único do artigo 1.022, NCPC, incorre em omissão a decisão que: não se manifeste sobre entendimento firmado em julgamento de casos repetitivos ou em incidente de assunção de competência aplicável ao caso; ou se trate de uma das condutas do art. 489, § 1º. O inciso I do parágrafo único se refere à necessidade de uniformização da jurisprudência já prevista no art. 926, Novo CPC. Como se vislumbra, o artigo 489, NCPC, dispõe sobre os elementos essenciais da sentença, e seu parágrafo primeiro aborda seis hipóteses de não fundamentação. Como menciona Didier: “ao órgão julgador não se franqueia escolher o que deve ou não apreciar em sua decisão’°. Cabe-lhe examinar os pontos controvertidos de fato e os de direito. Se não o fizer, haverá omissão, sanável por embargos de declaração”.
Erro material: O que seriam os erros materiais a que se refere o art. 1.022? São erros causados por equívoco ou inexatidão, referentes, sobretudo, a aspectos objetivos, como inexatidão material ou erro de cálculo. Não envolvem, portanto, defeito de juízo. Nos casos de erro material por premissa equívoca, o STJ tem entendido o cabimento de embargos de declaração com efeitos infringentes, isto é, modificativos dos resultados finais da decisão.
Como observado, diferentemente dos demais recurso, o prazo para apresentação de embargos de declaração será de 5 (cinco) dias!
Efeito suspensivo: Enquanto no CPC/1973, a regra geral era do efeito suspensivo, e não do efeito devolutivo, a previsão se inverteu com o CPC/2015. O efeito suspensivo, então, tornou-se exceção, restrito às hipóteses previstas em lei. E não foi diferente no caso dos embargos de declaração. O art. 1.026, caput, Novo CPC, dispõe que os embargos de declaração não possuem efeito suspensivo. Todavia, o § 1º destaca que o efeito suspensivo pode ser concedido pelo juiz ou relator, desde que preenchidos os requisitos de existência de dano grave ou de difícil reparação. Pode-se falar, portanto, que o efeito suspensivo a que se refere o parágrafo é denominado impróprio e segue o critério “ope judicis”. Isto é, depende de decisão judicial neste sentido e de requerimento das partes.
Embargos Infringentes
Os efeitos infringentes referem-se à capacidade modificativa do resultado. Ou seja, dos efeitos da sentença. Em via de regra, os embargos de declaração não visam modificar os efeitos da decisão, mas sanar alguns de seus vícios. Todavia, há casos em que a alteração de algum vício da decisão acarreta em modificações de suas conclusões. É o caso, por exemplo, de acolhimento de embargos de declaração que acabam por afastar a intempestividade de outros recursos. Quando for a hipótese de concessão de efeitos infringentes aos embargos declaratórios, o embargado que já tiver interposto outro recurso terá 15 (quinze) dias para complementar ou alterar as suas razões.
Aula 07/05/2019 – Ação Rescisória
Conceito: A ação rescisória é um procedimento especial que comporta três juízos, o de admissibilidade, o de anulação e o de rejulgamento. Quando configurado seus pressupostos sua cumulação é obrigatória e seu pedido deve ser formulado e expresso neste sentido. Em princípio, esta ação busca rescindir de forma mediata e indireta as decisões que apesar de nulas transitaram em julgado, e, portanto, estão alcançadas pela proteção coisa julgada. A coisa julgada deve ser entendida como uma qualidade especial que confere imutabilidade ao comando das decisões, atribuindo estabilidade e segurança jurídica para os casos já decididos, ou seja, sem que haja ocorrido quaisquer das hipóteses elencadas no artigo 966 do Código de Processo Civil, ou em dispositivos específicos de outras leis. Esta torna a decisão imutável e indiscutível, vendando que a mesma ação seja levada a um novo julgamento pelo Poder Judiciário, é a chamada eficácia negativa da coisa julgada. Quando a coisa julgada está desconstituída o pronunciamento rescisório se volta contra a nulidade da sentença ou da decisãoe esta é declarada, revelando os efeitos “ex tunc” deste juízo de anulação. Assim, tem-se que a forma para impugnar uma sentença ou decisão interlocutória de mérito transitada em julgada eivada de nulidade é através da ação rescisória. Porém, como será visto, não é somente nos casos em que a decisão se encontra viciada que será passível rescindi-la, como é o caso de rescindir a decisão em que se o autor obtiver documento novo, na forma expressa na lei.
Prazo: (decadencial). Se inicia o trânsito em julgado e preclui 2 anos após o trânsito em julgado (art. 356 e 975 do CPC / súmula 705 do STJ). 
Rescisões elásticas: Prova nova (data de descoberta) dúbio de 5 anos para encontrar a prova nova no dia encontrado a prova nova, começa a contar o prazo de 2 anos para interpor a ação rescisória. 
 Simulação ou produção das partes (MP não participou: Ex: Antônio deve para Érico, e Antonio possui bens penhoráveis. Com receio, Antonio faz conluio com Vanessa e pede para fundar um contrato entre eles que tomam a divida em ação de cobrança. Vanessa propõe a ação e Antonio não se manifesta ocorrendo na procedência da sentença e a mesma anuncia o cumprimento de sentença e ocorre a penhora desses bens e posterior adjudicação. O descobrimento desse conluio por parte de Eurico só se dará se ele descobrir que não houve dívida, através do pedido fiscal bancário. Por essa razão não há possibilidade de contagem de prazo até o descobrimento da maracutaia. 
Além do prazo prescricional de 2 anos para compor a rescisória existem casos que ultrapassam esse limite para as rescisórias baseadas em prova nova, o prazo começa a correr quando a prova nova for encontrada, desde que seja encontrada em 5 anos. Existe entendimento que essa hipótese de rescisória tem como limite o prazo de 5 anos não só para descoberta, mas também para propositura da rescisória. 
Quando a rescisória for fundada em conluio, o prazo só começa a correr com a descoberta da fraude, o que justifica pela punição a favor do prejudicado (art. 975, parágrafo 2 e 3). 
Existe em último caso, em que não há momento limite para o prazo prescricional. Parte da ação rescisória por inconstitucionalidade superveniente à sentença (art. 525, parágrafo 1º) e (artigo 535, parágrafo 3º). Nesses casos a qualquer momento o supremo pode declarar a inconstitucionalidade de determinada ação, e ficando o transido em julgado a decisão no supremo, começa a correr o prazo para rescindir todas sentenças.
Procedimento: Petição inicial, endereçada ao Tribunal competente indicando claramente uma ou mais das hipóteses do artigo 966, além das custas processuais deve ser recolhida, caução de 5% do valor da causa, limitada à mil salários, salvo Fazenda Pública e beneficiário da gratuidade. O réu é citado para contestar no prazo de 15 a 30 dias fixado pelo relator. Em eventual dilação probatória, pode ser feita no próprio tribunal ou por carta de ordem. Ao final, a turma ou câmara julga a rescisória. Eventual revelia não induz presunção de veracidade. Do julgamento da rescisória cabem Embargos de declaração, RE ou RESP conforme o caso. 
Hipóteses de cabimento: Não há necessidade de condenação penal, podendo ser provado na rescisória. Em julgamentos colegiados, o crime praticado por 1 só permite a rescisória se foi o voto vencido do julgamento. 
Inciso III – Quando uma das partes se valer de maior força para impedir que a outra atuasse dentro do processo, é cabível, rescisória no prazo normal. O mesmo inciso traz outra hipótese de cabimento diversa que é o contexto para praticar fraude. A essa hipótese se aplica o artigo 975, paragrafo 3º. 
Inciso IV – Sentença proferida em demanda idêntica a outra que já tenha coisa julgada, deve rescindir. Bem como, acórdão que deu provimento à apelação intempestiva. 
Inciso V – Essa hipótese de cabimento pressupõe que à época do julgamento não existiu interpretação controvertida. A súmula 343 do STF afasta rescisória se existir divergência jurisprudencial sobre aplicação da lei. O supremo afastou a aplicação da súmula se a divergência era de índole constitucional, para permitir o juiz a ementa da rescisória. 
Inciso VI – A procedência do pedido na rescisória baseada em prova falsa, depende da circunstancia de a sentença rescindenda estar baseada unicamente na prova falsa. 
Inciso VII – Prova nova é prova velha que já existia quando da prolação da sentença, mas por qualquer motivo não imputável ao autor da rescisória, não foi utilizado. Não é possível criar prova nova que não exista ao tempo do processo. 
Inciso VIII – (Ler o parágrafo 1º). Obs.: Rescisória com base em erro, não admite dilação probatória. Deve ser verificado o erro, exclusivamente da analise dos autos. 
Incidente de Inconstitucionalidade 
Conceito/Previsão/Natureza: É obrigatoriedade de manifestação do plenário ou do órgão especial dos tribunais para declaração de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo tem previsão constitucional (art. 97 da CF/88), chamada clausula de reserva de plenário. Cuja natureza é de controle de defesa de constitucionalidade. 
Cabimento: É cabível em tribunal (não na vara) que pode declarar inconstitucional uma lei. Também não é necessária a instauração do incidente nas hipóteses do parágrafo único do artigo 949 do CPC. 
Procedimento: Caso em um recurso exista a discussão sobre constitucionalidade de lei antes de julgar o mérito do recurso o órgão fracionário (turma ou câmara) decide se a lei é ou não inconstitucional. Caso entenda pela constitucionalidade o julgamento procede. Caso entenda pela inconstitucionalidade a questão é decidida pelo plenário ou órgão especial, cuja decisão vincula o órgão fracionário que prosseguirá com o julgamento. Eventual RE ou RESP deverá ser interposto contra o acórdão integral proferido, pelo órgão fracionário, e não pelo acórdão do plenário (súmula 513 STF). 
Assunção de competência
Conceito/Cabimento: O incidente pelo qual o plenário ou o órgão especial assume o julgamento de um caso que não é repetitivo e está para ser julgado por um órgão fracionário do tribunal, é cabível quando se verificar que o caso tem grande repercussão jurídica, bem como quando se verificar a possibilidade de futura divergência interna no tribunal. 
Finalidade: Padronizar o entendimento do Tribunal, sobre interpretação de texto normativo. 
Procedimento: Qualquer envolvido no processo pode desencadear esse incidente, partes e MP por petição e magistrado de oficio. Os autos são remetidos ao órgão competente para julgamento da assunção que julgará o caso se entender presente a relevância ou devolverá ao órgão fracionário se entender ausente a relevância (artigo 947 do CPC). 
Aula 21/05/2019 – Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas – IRDR
Conceito/Natureza Jurídica: Trata-se de incidente instaurável no curso de qualquer processo individual (não se aplica controle concentrado de constitucionalidade ou às ações coletivas) que serve para resolver discussões sobre jurídica que está sendo levada ao judiciário repetidas vezes e com isso criando um risco de decisões conflitantes que prejudicam a segurança jurídica. 
Obs.: É possível IRDR tão bem no STJ e no STF, mas é de pouca aplicabilidade porque existem RE e RESP repetitivos, o que reduz o IRDR as demandas de competência originária ou aos recursos ordinários. Ambos de pouquíssima incidência. 
Provocação: Qualquer sujeito do processo. 
Instauração: Uma vez requerida a instauração do IRDR, o órgão competente analisa a presença dos requisitos (I, II do artigo 976 do CPC). Se ausente qualquer dos requisitos, é indeferida a instauração do incidente. Tal decisão não faz coisa julgada, permitindo a reformulação do pedido quando presente os requisitos. Obs.: É controvertida a recorribilidade da decisão que nega a instauração do IRDR. Alguns podem ser irrecorríveis e outra cabível agravo interno. 
Sobrestamento: Admitido o IRDR está reconhecida a existência de repetição da demanda o que tornanecessária a paralisação dos processos que discutam esta tese (I, 982 CPC). Ocorre que um tribunal só tem jurisdição nos limites de sua competência e por esse motivo, não pode mandar outros juízos suspenderem os processos. Por isso, para segurança jurídica quaisquer partes podem pedir ao STJ ou ao STF a suspensão em território nacional (paragrafo 3º e 4º do artigo 982 do CPC). Tal suspensão em território nacional dura até o julgamento do IRDR e permanece interposto RE e RESP contra acórdão do IRDR. 
Julgamento: Instaurado o IRDR será dada ampla publicidade a isso, ao órgão competente (definido pelo regimento interno de cada tribunal) procederá ao julgamento de forma assemelhada a uma apelação, publicado o acórdão quaisquer pessoas com interesse jurídico podem interpor RE e RESP uma vez transitado em julgado o resultado do IRDR ele se torna vinculante nos limites da jurisdição do estado que julgou, se houver RE contra acórdão do IRDR, como todo RE é necessário a repercussão geral e por força dela o acórdão supremo produz efeitos fora da jurisdição local julgadora do IRDR. Obs.: É controvertida a aplicação do paragrafo 2º do artigo 987 do CPC, na simples hipótese de interposição de RESP contra acórdão IRDR, pois o mecanismo que confere eficácia “ultra partes” ao RESP é o instituto dos Recursos Especiais repetitivos. 
Recursos cabíveis: Outro julgamento do IRDR cabe Embargos de declaração, agravo interno, RE e RESP. Tema: 988 STJ
RE/RESP Repetitivos 
Conceito: É uma forma de processamento do RE e RESP para conferir poder vinculante ao seu julgamento. Por esse motivo tem natureza jurídica de precedente vinculante. 
Provocação: O desencadear deste procedimento pode se dar numa presidência ou vice do TJ (paragrafo 1º do artigo 1.036 CPC) ou por ato do relator do RE ou RESP (parágrafo 5º do artigo 1.036 do CPC).
Instauração: A instauração deste rito, competente ao STJ e ao STF de maneira que se o presidente do TJ enviou alguns recursos para Brasília por entender presente a repetição, o ministro do Tribunal Superior não está obrigado a instaurar o reto. Nesse caso, deverá comunicar ao tribunal local a rejeição da afetação para que seja desfeita a suspensão da afetação para que seja desfeita a suspensão do tribunal local (paragrafo 1º do artigo 1.037).
Sobrestamento: Instaurado esse rito, todos os processos no Brasil ficam suspensos. Nos processos em que a discussão seja distinta àquela ofertada requer o prosseguimento (paragrafo 9º e 10º do artigo 1.037 do CPC). Obs.: A suspensão do processo por força da afetação da tese não impede a concessão de tutela cautelar, pois baseada em risco e recai sobre o objeto da demanda. 
Por outro lado, antecipação de tutela que não seja fundada em risco, fica prejudicada pois está em discussão com direito que poderá ser rejeitado pelo judiciário. 
Julgamento: Uma vez afetada pelo tema será dada a maior publicidade possível admitindo-se inclusive o ingresso de “amigus curie”. Obviamente estão em julgamento de recursos especiais ou extraordinário e por esse motivo recorrentes e recorridos poderão exercer as faculdades recursais que lhes cabe. Julgados os recursos afetados todos os juízos inferiores devem seguir a orientação dos termos do artigo 1.040 do CPC.
Recursos cabíveis: este rito não é um recurso, mas um mecanismo para otimizar a prestação jurisdicional, por estes motivos os recursos cabíveis são aqueles normalmente cabíveis contra acórdão de RE e RESP. 
Reclamação 
Conceito: É a ação ajuizada por aquele que tiver interesse de agir nas hipóteses de cabimento. NÃO É UM RECURSO, embora seja cabível para qualquer tribunal. 
Instauração: A reclamação instaurada por meio de petição inicial, endereçada ao presidente do tribunal que distribuirá preferencialmente ao órgão fracionário do tribunal que teve sua decisão desrespeitada (artigo 988 do CPC). O inciso I do 988, se refere à negativa de provimento do agravo interno interposto contra decisão do presidente que negou seguimento por força do repetitivo, bem como contra atitude do presidente do TJ que tranca o agravo do 1.042. O inciso II do 988, diz que se qualquer agente público (jurisdicional ou não) descumprir ordem do tribunal, cabe reclamação. Obs.: A jurisprudência é muito restritiva quanto à esta possibilidade, negando o cabimento quando houver recurso ordinário contra decisão for jurisdicional, ou seja, reclamação não pode substituir o recurso. 
Também é cabível reclamação contra ato de qualquer agente que desrespeite decisão de RE e RESP repetitivos, porém, quando o agente público for do judiciário, é obrigatório esgotar os recursos cabíveis contra a decisão. 
Hipóteses de cabimento: artigo 988 do CPC, se divide em: I – respeito à autoridade da decisão e II – presunção da competência do tribunal. 
Negado seguimento Julgado STF/STJ
(cabe reclamação)
Presidente do TJSP Não falta requisito formal agravo 1.042 (parag. 1º do 1.030).
 Não força dos repetitivos agravo interno (parag. 2º do 1.030).
 Julgado pelo TSP 
Negado provimento
(cabe reclamação) 
Não pode substituir: A reclamação não pode substituir ação rescisória e por esse motivo não cabe contra decisão transitada em julgado, também não pode substituir recurso, motivo pelo qual havendo recurso contra o ato que desrespeitou decisão do tribunal não é possível reclamação. É certo que o II, do parágrafo 5º do 988, somente condiciona o cabimento da reclamação ao esgotamento dos recursos para o RE e RESP repetitivos o que dá a entender pra desnecessidade de esgotamento dos recursos para os incisos do 988. Mas a jurisprudência é restritiva quando ao cabimento da reclamação. 
Procedimento: É uma petição inicial normal, que respeita o 319 do CPC e é endereçada ao presidente do tribunal que distribui a demanda preferencialmente ao órgão fracionário cuja decisão probatória, motivo pelo qual a inicial deve conter todos os documentos para prova das alegações. Caso o ato impugnado seja de autoridade judicial, o beneficiário pela medida, será citado para contestar em qualquer reclamação, qualquer pessoa com interesse jurídico, pode contestar. Ouvido o MP, o tribunal decide e se procedente o pedido, cassam o ato impugnado. O oficio é feito na própria sessão de julgamento antes da lavratura do acórdão. Se no caso concreto houver periculum in mora, é cabível liminar para suspender o processo do ato impugnado. Com o julgamento da reclamação, cabe RE, RESP, ED’s e agravo interno contra decisões do relator. 
Aula de 28/05/2019 – Conflito de Competência
Conceito: É a divergência entre órgãos jurisdicionais a respeito da competência para julgar o caso. A recusa de uma alegação de incompetência não permite a instituição do conflito, mas, somente, se o outro órgão jurisdicional diverge do primeiro. 
Espécies: 
Conflito positivo: É a situação em que dois juízos se entendem competentes. 
Conflito negativo: É a situação em que dois juízos se entendem incompetentes.
Conflito de competência – Procedimento: O conflito de competência é o incidente simples que não há contraditório entre as partes, mas entre os juízos, pode ser provocado por petição das partes ou do MP (quando ambos os juízos serão ouvidos – 954). Também pode ser suscitado por um dos juízos (caso em que somente o outro juízo será ouvido), a competência sempre é do órgão jurisdicional que tenha autoridade sobre ambos os juízos em conflito, após os argumentos apresentados pelos juízos, bem como manifestação do MP o tribunal julga. O julgamento tem 2 conteúdos: 
Definir o órgão competente;
Decidir a respeito da validade dos atos praticados pelo juízo incompetente. 
Obs.: Via de regra, em se tratando de incompetência absoluta, os atos são anulados e quando relativa, os atos são preservados. 
Tutela de urgência: Ainda que exista conflito de competência, as partesnão podem ficar tolhidas da tutela de urgência. Por esse motivo, em caso de conflito positivo o juízo que está com o processo pode julgar o pedido de tutela de urgência, por outro lado quando o conflito é negativo, bem como quando for positivo e houver suspensão do processo, o relator no tribunal designará um dos 2 para julgar pedidos de tutela de urgência (art. 955). 
Homologação de Sentença Estrangeira
Conceito: É o procedimento para conferir executividade a título executivo estrangeiro ou documento equiparado (sentença arbitral estrangeira).
Obs.: Títulos executivos extrajudiciais (art. 784) não precisam ser homologados para que possam ser executados no Brasil. 
Cabimento: É cabível para homologar sentença estrangeira (judicial ou arbitral) e decisão interlocutória estrangeira. Em que qualquer caso é proibido a homologação de sentença para as hipóteses de jurisdição nacional exclusiva (art. 23 do CPC). 
Competência: (artigo 109, X CF/88)
c1) Homologar: STJ 
c2) Executar: Vara Federal 
Procedimento: Trata-se de ação de competência originária do STJ, de maneira que a petição inicial deve preencher os requisitos do 319 sob pena de indeferimento. Distribuída ao STJ a parte contrária será citada para contestar, mas a contestação só pode versar sobre os temas artigo 963. 
Ofensa a ordem pública é qualquer circunstância repetida pelo ordenamento brasileiro. Na maioria dos casos, condenações a condutas proibidas no Brasil. 
Ex: apedrejamento; açoite e etc. 
Durante a tramitação da homologação, é possível pedir tutela de urgência desde que demonstrado o periculum in mora. Para tanto, o próprio STJ pode enviar um oficio para o provimento da medida se isso for suficiente ou remeter carta de ordem a ser cumprida pelo juízo federal territorialmente competente. 
Após o contraditório se presentes os requisitos o STJ, homologa e o requerente da medida poderá executar, contra a decisão de homologação cabem: ED, RE e Agravo Interno. 
 	PERGUNTAS 
1.	Em determinado processo as partes transacionaram e o juiz homologou a transação, extinguindo o processo com resolução de mérito. Ocorre que uma das partes foi coagida à transação. A pessoa que foi coagida lhe procura e indaga quais providências podem ser tomadas. O que você dirá ao seu cliente? Fundamente.
2.	Em determinada apelação, o apelante reproduziu, nas razões recursais, os exatos termos da petição inicial. Explique essa atitude à luz dos princípios recursais. Fundamente.
3.	Em determinado processo, por ocasião do julgamento conforme o estado do processo, o juiz proferiu julgamento antecipado parcial de mérito que prejudica seu cliente. Qual o recurso correto a ser interposto? Fundamente.
4.	Em determinado processo, o magistrado concedeu antecipação de tutela na sentença. Tanto a antecipação de tutela, quanto o julgamento de mérito (ambos estabelecidos na sentença), prejudicam seu cliente, que pretende recorrer de tudo. Qual o recurso (ou os recursos) cabível para contrastar essa sucumbência? Fundamente.
5.	Após a publicação do acórdão em apelação, houve a interposição de recurso extraordinário. O Presidente do Tribunal a quo, após o recebimento das contrarrazões, verificou que o tema ventilado em sede de extraordinário não teve reconhecida a existência de repercussão geral, conforme já analisado em casos anteriores pelo STF. Qual será a providência por parte do Presidente do Tribunal? Fundamente
6.	Considerando a situação processual descrita na questão anterior, qual o recurso cabível contra a providência tomada pelo Presidente do Tribunal se tal providência prejudicar seu cliente? Fundamente.
7.	Após a publicação do acórdão em apelação, houve a interposição de recurso especial. O Presidente do Tribunal a quo, após o recebimento das contrarrazões, verificou que o recurso estava intempestivo. Qual será a providência por parte do Presidente do Tribunal? Fundamente
8.	Considerando a situação processual descrita na questão anterior, qual o recurso cabível contra a providência tomada pelo Presidente do Tribunal se tal providência prejudicar seu cliente? Fundamente.
9.	Em determinado processo, o magistrado proferiu sentença de mérito favorável ao autor, por conta de suborno recebido. O advogado que representava o réu perdeu o prazo de apelação. Indignado, o réu comparece em seu escritório e indaga se – e o que – pode ser feito para tutelar seus interesses. O que você dirá ao seu cliente? Fundamente.
10.	Em determinada apelação, o apelante esqueceu de recolher as custas recursais. O relator verificou isso por ocasião da análise da admissibilidade recursal. Qual a conduta correta a ser tomada pelo magistrado? Fundamente.
11.	Em determinado processo, o magistrado acolheu alegação de convenção de arbitragem. Qual o recurso correto a ser interposto? Fundamente.
12.	Em determinado processo, por ocasião do saneamento do processo, o magistrado indeferiu prova pericial pedida pelo autor. Ao final, o pedido foi julgado improcedente. Qual o recurso cabível para contrastar esse indeferimento de prova? Fundamente.
13.	Após a publicação do acórdão em apelação, houve a interposição de recurso extraordinário. O Presidente do Tribunal a quo, após o recebimento das contrarrazões, verificou haver multiplicidade de recursos extraordinários com fundamento em idêntica questão de direito. Qual será a providência por parte do Presidente do Tribunal? Fundamente
14.	Em determinado recurso de apelação, o relator verificou que a discussão envolve relevante questão de direito, com grande repercussão social, sem repetição em múltiplos processos. Ademais, pela peculiaridade do tema, há reais chances de futura contradição jurisprudencial entre as câmaras do próprio Tribunal. Há alguma conduta que o relator possa tomar para evitar tais conflitos entre os órgãos internos do Tribunal? Fundamente.
15.	Após a publicação do acórdão em apelação, houve a interposição de recurso especial não preparado. O Presidente do Tribunal a quo, verificou tal vício, concedendo prazo para que o vício fosse sanado, o que não foi atendido. Qual será a providência por parte do Presidente do Tribunal? Fundamente
16.	Considerando a situação processual descrita na questão anterior, qual o recurso cabível contra a providência tomada pelo Presidente do Tribunal? Fundamente.

Continue navegando