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Problema 20 - Malária

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Carla Bertelli – 3° Período 
Malária 
Problema 19
 
Definição 
A malária é uma doença infecciosa febril 
aguda. Pode ser causada por quatro 
protozoários do gênero Plasmodium: 
Plasmodium vivax, P. falciparum, P. malariae 
e P. ovale. No Brasil, somente os três 
primeiros estão presentes, sendo o P. vivax e 
o P. falciparum as espécies predominantes. 
Transmitido pela picada de mosquitos do 
gênero Anopheles (anofelinos ou mosquito 
prego, popularmente) infectados com o 
Plasmodium. 
Doença febril aguda causada por 
protozoário do gênero plasmodium – a 
doença é causada pela picada da fêmea 
do mosquito gênero Anopheles 
 
Pigmento Malárico 
Também denominado hemozoína, resulta da 
degradação da hemoglobina ingerida pelos 
parasitos da malária (PLASMODIUM) 
durante o seu ciclo de vida assexuado nas 
hemácias. 
O pigmento malárico é um sub-produto do 
metabolismo do parasita, é liberado na 
corrente sanguínea após a lise eritrocítica e é 
ingerido pelos fagócitos, onde persiste por 
longos períodos. 
 
Vetor 
A malária é transmitida pelo mosquito da 
Família Culicidae e Gênero Anopheles. 
Estes, possuem metamorfose completa, ou 
seja, passam pelos estágios de ovo, larva, 
pupa e adulto. 
 
 
Os estágios de ovo, larva, pupa são 
aquáticos. Os adultos são terrestres. O 
mosquito necessita, para o seu 
desenvolvimento, de criadoros de porte 
pequeno a médio, água limpa, fria e corrente 
com sombra 
Os ovos são elípticos. Cada fêmea põe 50-
500 ovos individualmente. As pupas têm 
formato de vírgula e constituem o estágio de 
transição para a forma adulta. Quando 
adultos, as fêmeas são hematófagas e 
precisam do repasto sanguíneo completo 
para o amadurecimento dos ovos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Carla Bertelli – 3° Período 
Parasito 
A malária é causada pelo protozoário da 
classe Aconoidasida, Família Plasmodiidae e 
Gênero Plasmodium. 
Existem cinco espécies de Plasmodium 
causadoras da doença em humanos: 
 
 
Ciclo de Vida 
 
 
O Plasmodium apresenta um ciclo de vida 
heteroxênico, ou seja, para completar o seu 
ciclo de vida precisa de dois hospedeiros 
diferentes: um vertebrado e outro 
invertebrado. 
 
 
 
 
CICLO BIOLÓGICO DO PARASITO NO HOMEM 
O ciclo assexuado do plasmódio, 
denominado esquizogônico, inicia-se após a 
picada do anofelino, com a inoculação de 
esporozoítos infectantes no homem. A 
seguir, os esporozoítos circulam na corrente 
sanguínea durante alguns minutos e 
rapidamente penetram nas células do fígado 
(hepatócitos), dando início ao ciclo pré-
eritrocítico ou esquizogonia tecidual. 
A duração varia de acordo com a espécie: 
• P. falciparum = 6 dias 
• P. vivax = 8 dias 
• P. malariae = 12 a 15 dias 
• P. vivax e P. ovale = desenvolvimento 
lento de alguns dos seus esporozoítos, 
formando os hipnozoítos (formas 
latentes). 
Ao final do ciclo tecidual, os esquizontes 
rompem o hepatócito, liberando milhares de 
elementos-filhos na corrente sanguínea, 
chamados merozoítos. 
Cada espécie vai liberar, também, uma 
quantidade diferente de merozoítos: 
• P. falciparum = 40.000 
• P. vivax = 10.000 
• P. malariae = 2.000 
Os merozoítos irão invadir as hemácias, 
dando início ao segundo ciclo de reprodução 
assexuada dos plasmódios: o ciclo 
sanguíneo ou eritrocítico. 
Durante um período que varia de 48 a 72 
horas, o parasito se desenvolve no interior da 
hemácia até provocar a sua ruptura, 
liberando novos merozoítos que irão invadir 
novas hemácias. 
Inicialmente, no ciclo sanguíneo, o parasito 
sofre uma série de transformações 
morfológicas – sem divisão celular – até 
chegar a fase de esquizonte, quando se 
divide e origina novos merozoítos que serão 
lançados na corrente sanguínea, após a 
ruptura do eritrócito. 
Carla Bertelli – 3° Período 
CICLO BIOLÓGICO DO PARASITO NO MOSQUITO 
A reprodução sexuada (esporogônica) do 
parasito da malária ocorre no estômago do 
mosquito, após a diferenciação dos 
gametócitos em gametas e a sua fusão, com 
formação do ovo (zigoto). 
Este se transforma em uma forma móvel 
(oocineto) que migra até a parede do 
intestino médio do inseto, formando o 
oocisto, no interior do qual se desenvolverão 
os esporozoítos. 
O tempo requerido para que se complete o 
ciclo esporogônico nos insetos varia com a 
espécie de Plasmodium e com a 
temperatura, situando-se geralmente em 
torno de 10 a 12 dias. 
Os esporozoítos produzidos nos oocistos são 
liberados na hemolinfa do inseto e migram 
até as glândulas salivares, de onde são 
transferidos para o sangue do hospedeiro 
humano durante o repasto sanguíneo. 
 
ESQUEMA - CICLO DE VIDA DO PLASMÓDIO 
Homem com gametócitos no sangue -> 
Gametócitos ingeridos pelo anofelino -> 
gametócitos amadurecem no estômago do 
mosquito = macrogametas -> fecundação -> 
formação do ovo ou zigoto -> ovo móvel ou 
oocineto -> encistamento do ovo -> formação 
de esporozoitos dentro do oocisto -> 
rompimento do oocisto levando a liberação 
de milhares de esporozoitos nas glândulas 
salivares do mosquito -> inoculação em 
hospedeiro pela picada do anofelino -> 
esporozoitos atingem os hepatócitos -> 
hepatócitos crescem e formam milhares de 
merozoitos -> rompimento do hepatócito com 
liberação dos merozóitos -> Merozopitos 
penetram hemácias formamando trofozoítos 
jovens -> Trofozopito ameboide -> 
Esquizonte -> Rosácea -> Rompimento da 
rosácea liberando merozoítos, que invadem 
novas hemácias* -> Formação de 
gametócitos para infectar outro mosquito 
A ruptura e consequente liberação de 
parasitos na corrente sanguínea é o 
paroxismo malárico, ou seja, irá se repetir 
com o término do novo ciclo. 
 
Fisiopatologia 
O ciclo evolutivo do plasmódio é complexo. 
Como os mosquitos se alimentam de sangue 
humano, os esporozoíto introduzidos pela 
saliva e em poucos minutos infectam as 
células hepáticas. 
Nas células hepáticas os parasitas se 
multiplicam rapidamente para formar um 
esquizonte contendo milhares de merozoítos. 
Após um período de dias a várias semanas, 
que varia de acordo com a espécie de 
Plasmodium, os hepatócitos infectados 
liberam os merozoítos, que rapidamente 
infectam os eritrócitos. 
Os parasitas intraeritrocitários podem 
continuar a reprodução assexuada para 
produzir mais merozoítos ou dar origem a 
gametócitos capazes de infectar o próximo 
mosquito faminto. 
Durante sua reprodução assexuada nos 
eritrócitos, cada uma das quatro formas da 
malária se desenvolve em trofozoítos com 
aparência distinta. 
Assim, a espécie de malária que é 
responsável pela infecção pode ser 
identificada em esfregaços espessos de 
sangue periférico apropriadamente corados. 
A fase sexual é completada quando o 
trofozoíto origina novos merozoítos, que são 
liberados através da lise das células. 
 
 
Carla Bertelli – 3° Período 
As características clínicas e anatômicas 
específicas da malária se relacionam aos 
seguintes fatores: 
• “Chuvas” de novos merozoítos são 
liberadas dos eritrócitos em intervalos de 
aproximadamente 48 horas para P. vivax, 
P. ovale e P. falciparum e 72 horas para o 
P. malariae. Os episódios de tremores, 
calafrios e febre coincidem com essa 
liberação 
 
• Os parasitas destroem grande número de 
eritrócitos, causando desse modo anemia 
hemolítica. 
 
• Um pigmento marrom derivado da 
hemoglobina e característico da malária é 
chamado de hematina, liberado pela 
ruptura dos eritrócitos e responsável pela 
coloração do baço, fígado, linfonodos e 
medula óssea. 
 
• A ativação de mecanismos de defesa do 
hospedeiro leva ao desenvolvimento de 
marcante hiperplasia de fagócitos 
mononucleares, produzindo 
esplenomegalia maciça e hepatomegalia 
ocasional 
 
Malária falcípara fatal 
Geralmente atinge o cérebro, uma 
complicação conhecida como malária 
cerebral. Normalmente, os eritrócitos 
apresentam suas superfícies negativamente 
carregadas que interagem fracamentecom 
as células endoteliais. 
A infecção dos eritrócitos por P. falciparum 
leva ao aparecimento de pontos superficiais 
positivamente carregados contendo proteínas 
codificadas pelo parasita, que se ligam a 
moléculas de adesão expressas no endotélio 
ativado. Várias moléculas de adesão das 
células endoteliais, incluindo a molécula de 
adesão intercelular 1 (ICAM-1), foram 
indicadas na mediação dessa interação, que 
conduz ao aprisionamento dos eritrócitos nas 
vênulas pós capilares. Em uma infeliz minoria 
de pacientes, principalmente crianças, esse 
processo envolve os vasos cerebrais, que se 
tornam ingurgitados e obstruídos. 
A malária cerebral progride rapidamente; 
convulsões, coma e morte geralmente 
ocorrem em um período de dias a semanas. 
Felizmente, a malária falcípara geralmente 
apresenta evolução crônica, que pode ser 
pontuada a qualquer momento pela febre 
blackwater. 
O gatilho dessa rara complicação ainda 
permanece obscuro, encontrando-se 
associado à hemólise intravascular maciça, 
hemoglobinemia, hemoglobinúria e icterícia 
O prognóstico para os pacientes com a 
maioria das formas da malária é favorável 
com tratamento quimioterápico adequado; 
contudo, o tratamento da malária falcípara 
está se tornando mais difícil com a 
emergência de cepas resistentes às drogas. 
Devido às consequências potencialmente 
sérias da doença, o diagnóstico e o 
tratamento precoce são importantes. A 
solução definitiva está no desenvolvimento 
de uma vacina efetiva, perseguida por muito 
tempo, mas ainda ilusória. 
 
MANIFESTAÇÕES CLINICAS 
O quadro clínico da malária pode ser leve, 
moderado ou grave, na dependência da 
espécie do parasito, da quantidade de 
parasitos circulantes, do tempo de doença e 
do nível de imunidade adquirida pelo 
paciente. Assim, teremos sintomas da 
malária gerais com diferenciações que 
podem determinar as variações na evolução 
clínica da doença, por exemplo, o P. 
falciparum pode resultar em forma grave e 
complicada, caracterizada pelo 
acometimento e disfunção de vários órgãos 
ou sistemas. 
 
QUADRO CLÍNICO GERAL 
Presença da clássica tríade febre, calafrio e 
dor de cabeça. Sintomas gerais, como mal-
estar, dor muscular, sudorese, náusea e 
Carla Bertelli – 3° Período 
tontura, podem preceder ou acompanhar a 
tríade sintomática. 
Forma clínica não complicada: período de 
incubação varia de 7-14 dias. Porém em P. 
viviax e P. malarie pode chegar a meses. 
Caracterizado pelos sintomas gerais com 
duração de 6-12 horas. Após os primeiros 
paroxismos, a febre pode passar a ser 
intermitente. 
Forma clínica grave e complicada: 
Apresenta mais sintomas: prostração, 
alteração da consciência, dispneia ou 
hiperventilação, convulsões, hipotensão 
arterial ou choque, edema pulmonar, 
hemorragias, icterícia, hemoglobinúria, 
hiperpirexia (>41oc) e oligúria. 
Exames laboratoriais podem detectar uma: 
anemia grave, hipoglicemia, acidose 
metabólica, insuficiência renal, 
hiperlactatemia e hiperparasitemia. 
A presença de mais de um desses critérios 
determina a forma grave e indica internação 
hospitalar. 
 
Fatores que determinam a suscetibilidade a 
forma grave: 
 
 
 
Diagnóstico 
Gota espessa: Baseia-se no encontro de 
parasitos no sangue. Permite diferenciação 
das espécies de Plasmodium e do estágio de 
evolução do parasito circulante. Pode-se 
ainda calcular a densidade da parasitemia 
em relação aos campos microscópicos 
examinados: 
 
Testes rápidos imunocromatográficos: 
Baseiam-se na detecção de antígenos dos 
parasitos por anticorpos monoclonais, que 
são revelados por método 
imunocromatográfico. São realizados em 15-
20 minutos. 
A reação é revelada macroscopicamente em 
fita de nitrocelulose, demonstrada abaixo. 
Assim, os antígenos irão se combinar com os 
anticorpos, formando uma banda em região 
específica. Cada banda contém o anticorpo 
de cada espécie e existe ao fim uma banda 
controle, que deve sempre corar. 
Entre suas desvantagens estão: 
• Não distinguem P. vivax, P. malariae e P. 
ovale; 
 
• Não medem o nível de parasitemia; 
 
• Não detectam infecções mistas que 
incluem o P. falciparum 
 
• Além disso, seus custos são ainda mais 
elevados que o da gota espessa e pode 
apresentar perda de qualidade quando 
armazenado por muitos meses em 
condições de campo. 
 
 
 
 
 
Carla Bertelli – 3° Período 
 
 
 
 
Protozoário no Fígado 
Ao picar o indivíduo, os mosquitos 
introduzem na corrente sanguínea junto com 
a saliva os esporozoítos, alguns são 
fagocitados e outros penetram nos 
hepatócitos, onde vão se multiplicar 
(esquizogonia), dando origem aos 
esquizontes teciduais hepáticos. 
Manifestações Clínicas e Formas 
Quadro Geral – Presença da classe tríade 
febre, calafrio e dor de cabeça. Sintomas 
gerais como mal-estar, dor muscular, 
sudorese, náusea e tontura, podem preceder 
ou acompanhar a tríade sintomática. 
 
Forma Clínica Não Complicada 
Período de incubação varia de 7-14 
dias.Porém em P.viviax e P. malarie pode 
chegar a meses. Caracterizado pelos 
sintomas gerais com duração de 6-12 horas. 
Após os primeiros paroxismos, a febre pode 
passar a ser intermitente.

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