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Questionário de Direito Civil para Responder

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Prezado aluno,
Considerando as questões propostas, apresente suas considerações, justificando e fundamentando suas respostas.
(Embasada na prova da OAB, Exame XXII) Em 10 de setembro de 2017, Pedro, comprador, celebrou contrato de compra e venda com Bruno, vendedor, cujo objeto era uma motocicleta seminova (ano 2013), modelo X, pelo preço de R$ 10.000,00, pagos à vista. Em janeiro de 2018, Pedro foi citado para responder a ação na qual Anderson alegava ser proprietário da referida moto. Sem entender a situação e com receio de perder o bem, Pedro ligou imediatamente para Bruno, que lhe respondeu não conhecer Anderson e não ter nenhuma relação com o problema, pois se trata de fato posterior à venda da moto, ainda afirmando que “Pedro resolva diretamente com Anderson e procure seus direitos na justiça”. Com base nos fatos narrados, oriente o adquirente sobre a responsabilidade de Bruno caso Pedro venha a perder o bem por sentença judicial, indicando as verbas do ressarcimento devido. 
R: Caso Anderson consiga de fato comprovar ser proprietário da moto e for proferida decisão nesse sentido, tratar-se-á de um caso de evicção, em que Pedro deverá entregar o bem à Anderson. É basicamente a perda da coisa em virtude de decisão judicial. Dispõe o Código Civil Brasileiro, em seu art. 447 que, nos contratos onerosos, o alienante responderá pela evicção, ou seja, assiste à Pedro o direito de cobrar à Bruno pela evicção. Poderá cobrar de Bruno a restituição integral do valor que pagou, bem como à indenização pelas despesas dos contratos e pelos prejuízos que diretamente resultarem da evicção e às custas judiciais e aos honorários do advogado por ele constituído, como disposto no art. 450 do Código Civil.
(OAB, Exame XXI) Ronaldo tem um crédito de R$ 20.000,00 com Celso. O referido crédito foi proveniente de contrato de mútuo celebrado entre as partes, subscrito por duas testemunhas. Apesar do vencimento da obrigação, Celso não cumpre o avençado. Ronaldo propõe ação de execução para o adimplemento da obrigação, restando evidenciado que Celso efetivamente doou seus dois únicos bens (automóveis) para Jorge antes da propositura da ação. De acordo com as informações constantes no caso, é possível identificar algum vício na doação dos bens (automóveis)? 
R: Será possível no presente caso identificar a fraude contra credor, se provada que Celso, realizou a doação com vistas à se eximir de pagar Ronaldo, tendo em vista que o devedor insolvente não possui meios de pagar a dívida. Dispõe o art. 158 do Código Civil Brasileiro que se o devedor já insolvente praticar negócios de transmissão gratuita de bens (doação) ou remissão de dívida, poderá ser anulado pelo credor quirografário (sem garantia), como atos lesivos de seus direitos. Ronaldo poderá ajuizar uma ação de anulação da referida doação.
(OAB, Exame XXI) Durante uma viagem aérea, Eliseu foi acometido de um mal súbito, que demandava atendimento imediato. O piloto dirigiu o avião para o aeroporto mais próximo, mas a aterrissagem não ocorreria a tempo de salvar Eliseu. Um passageiro ofereceu seus conhecimentos médicos para atender Eliseu, mas demandou pagamento bastante superior ao valor de mercado, sob a alegação de que se encontrava de férias. Os termos do passageiro foram prontamente aceitos por Eliseu. Recuperado do mal que o atingiu, para evitar a cobrança dos valores avençados, Eliseu pode pretender a anulação do acordo firmado com o outro passageiro? Se Eliseu viesse a falecer, poderíamos identificar um fato jurídico?
R: Eliseu pode pretender a anulação do acordo firmado com o outro passageiro tendo em vista de que sua vida estava em perigo, correndo grave risco, inclusive de vir ao óbito e diante de tal fato, assiste-lhe o direito para anular o negócio jurídico firmado. Dispõe o art. 156 do Código Civil que configura-se o estado de perigo quando alguém, premido da necessidade de salvar-se, ou a pessoa de sua família, de grave dano conhecido pela outra parte, assume obrigação excessivamente onerosa. 
O fato jurídico ocorre independente da vontade humana, sem este fora de seu controle, logo, poderia ser identificado este em caso de falecimento de Eliseu.
Julio tem 16 anos e deseja realizar um testamento para deixar sua parte disponível para o amigo Jarbas. Considerando os requisitos de validade do negócio jurídico, qual a orientação a ser conferida ao primeiro acerca da possibilidade alcançar seu intento? Sendo positiva a resposta, Jarbas poderia transferir seu direito à herança de Julio antes da morte do primeiro?
R: A validade do negócio jurídico requer um agente capaz, objeto lícito, possível e determinado ou determinável, bem como a forma prescrita ou não defesa em lei. No presente caso, Julio possui 16 anos, e é um relativamente capaz, fato que acarreta em este poder realizar negócios jurídicos mas desde que seja assistido por seus representantes para que esse possa ser válido.
Jarbas não poderá transferir seu direito à herança de Julio antes da morte pois esta ainda não ocorreu, sendo então um objeto impossível, e além disso, dispõe o art. 426 do Código Civil que: “Não pode ser objeto de contrato a herança de pessoa viva”.
Julio, mencionado na questão anterior, deseja vender a sua bicicleta para a Diane, que é maior e capaz. Qual a orientação a ser conferida ao mesmo sobre a necessidade de representação ou assistência dos pais? A inobservância do que prevê a lei neste caso, acarreta a nulidade ou anulabilidade do negócio jurídico?
R: Júlio, é relativamente incapaz, devendo ser assistido por seus representantes para que os atos praticados da vida cível sejam válidos. Caso haja a inobservância de sua assistência, o negócio jurídico poderá ser anulado, como expressa o art. 171, I do Código Civil Brasileiro.
A resposta à questão anterior seria a mesma se o alienante tivesse se declarado maior ao contratar?
R: Não, caso tivesse alegado maioridade no momento da realização do negócio jurídico, Julio responderia por seus deveres e obrigações de forma plena sem a necessidade de um assistente, e além do mais, com base no art. 180 do CC, não poderia Júlio alegar sua idade, para deixar de cumprir sua obrigação, de forma voluntaria, quando inquirido sobre sua idade, quando alegou ser maior.
O contrato mencionado na questão anterior, poderia ser realizado por instrumento particular?
R: Em regra, os contratos podem ser realizados de forma livre, exceto nos casos em que devem seguir estritamente a forma prevista em lei; segundo o art. 108 do Código Civil Brasileiro: “Não dispondo a lei em contrário, a escritura pública é essencial à validade dos negócios jurídicos que visem à constituição, transferência, modificação ou renúncia de direitos reais sobre imóveis de valor superior a trinta vezes o maior salário mínimo vigente no País”. Logo, por tratar-se de um contrato de compra e vende, e deduzir-se de que o valor deste não ultrapassará 30 salários mínimos, este poderá ser realizado por instrumento particular. 
Caio faleceu deixando considerável patrimônio. Pedro, um dos herdeiros, realizou contrato particular de cessão de seu quinhão hereditário à Paola, sem se atentar à norma contida no caput do art. 1.793 do Código Civil, que determina que esse contrato deva ser realizado por escritura pública. Procurado por Paola, qual a orientação a ser conferida à mesma sobre a  validade do negócio jurídico que realizou com Pedro? Se Pedro fosse casado com Cristina, dependeria da anuência da mesma para realizar a transação com Paola?
R: Em regra, existe a liberdade da forma, mas, nos casos em que a lei prevê uma forma específica a ser cumprida, este deve seguí-la. Sendo assim, como não foi respeitada a forma prevista no caput do art. 1793, que determina que o contrato de cessão de quinhão hereditário seja realizado por escritura pública, o referido contrato seria nulo. 
Para que haja a anuência de Cristina no negócio de Pedro, é necessário identificar qual é o regime marital em que esses estão submetidos; se for o regime de separação total dos bens não cabe anuência,caso contrário, dispõe o art. 1.663, §2º que A anuência de ambos os cônjuges é necessária para os atos, a título gratuito, que impliquem cessão do uso ou gozo dos bens comuns.
Oscar poderia ter doado uma casa para Marta, uma simpática jovem, sob a condição da mesma se casar com ele?
R: Trata-se de uma condição suspensiva, na qual, à partir do momento em que Marta celebrar casamento com Oscar, gozará do direito de propriedade da casa. Expõe o Código Civil sobre o tema: “Art. 546. A doação feita em contemplação de casamento futuro com certa e determinada pessoa, quer pelos nubentes entre si, quer por terceiro a um deles, a ambos, ou aos filhos que, de futuro, houverem um do outro, não pode ser impugnada por falta de aceitação, e só ficará sem efeito se o casamento não se realizar”. Logo, é possível concluir que tal doação poderá ser feita, mas caso não haja casamento, esta será anulada.
Subsiste a vontade manifestada pelo pai de Marta, que doou um apartamento para a filha com o objetivo específico de auxiliar financeiramente a mesma, que está desempregada e será despejada nos próximos dias, no caso da última não ter conhecimento da real intenção do genitor (pois pensa que o mesmo está distribuindo os bens entre os filhos), que manifestou o que efetivamente não desejou (que é a doação)?
R: Dispõe o art. 110 do Código Civil que “ manifestação da vontade subsiste ainda que o seu autor haja feito a reserva mental de não querer o que manifestou, salvo se dela o destinatário tinha conhecimento”. Ou seja, a vontade do pai de Marta subsistirá, tendo em vista que essa não detém o real conhecimento de sua intenção. Vale, ainda, ressaltar que no caso de doação de ascendente para descendente, dispõe o art. 544 do referido Código que importa em adiantamento do que lhes cabe por herança.
Se no dia 10 de março do corrente ano, Clara tivesse realizado um contrato de locação com Antonio e tivesse se comprometido a pagar o primeiro aluguel em trinta dias, quando o pagamento teria que ser realizado?
R: Em 9 de abril. Desconsidera-se o primeiro dia do prazo e conta o último, segundo o art. 132 do CC.
(OAB, Exame XXVIII) Guilherme efetuou a compra do televisor de seu amigo Marcelo, que estava em dificuldades financeiras. Todavia, após 02 (dois) meses de uso por Guilherme, o referido bem passou a apresentar problemas. Registre-se, ainda, que, no momento da venda, Marcelo já tinha ciência da existência do problema, tendo-se omitido quanto ao fato, eis que sabia que o mesmo só seria conhecido por Guilherme em momento posterior. Em face da situação apresentada, qual a orientação a ser conferida à Guilherme sobre a possibilidade de devolução do bem, com a consequente extinção do contrato?
R: Trata-se de um vício redibitório. Marcelo havia conhecimento de tal e omitiu o fato a seu amigo, logo, deverá restituir Guilherme com o valor pago acrescido com perdas e danos. Guilherme terá prazo de 180 dias, tendo em vista que determinado defeito só pode ser descoberto com o decorrer do tempo, a partir do momento em que vício foi percebido para redibir o contrato ou reclamar o abatimento no preço.
Ainda em relação ao problema apresentado na questão anterior, Marcelo poderia alegar decadência do direito invocado por Guilherme, uma vez que foi ultrapassado o prazo de 30 (trinta) dias previsto no Código Civil?
R: Não poderia pois o determinado vício só seria possível sua descoberta com o decorrer do tempo de seu uso, mais tarde. Sendo assim, Guilherme possui o prazo decadencial de 180 dias do momento em que teve ciência do vício. É o que dispõe o §1º do art. 445. 
(OAB, Exame XVIII) João, 38 anos, solteiro e sem filhos, possui um patrimônio de cinco milhões de reais. Preocupado com o desenvolvimento da cultura no Brasil, resolve, por meio de escritura pública, destinar 50% de todos os seus bens à promoção das Artes Plásticas no país, constituindo a Fundação “Pintando o Sete” que, 120 dias depois, é devidamente registrada, sendo a ela transferidos os bens. Ocorre, todavia, que João era devedor em mora de três milhões e quinhentos mil reais a diversos credores, dentre eles o Banco Lucro S/A, a quem devia um milhão e quinhentos mil reais em virtude de empréstimo contraído com garantia hipotecária de um imóvel avaliado em dois milhões de reais. Outros credores de João, preocupados com a constituição da referida Fundação, o procuram para aconselhamento jurídico. Considerando os fatos narrados como verdadeiros, qual a orientação a ser conferida acerca da possibilidade de invalidar o ato de destinação de 50% dos bens de João para a criação da Fundação? O Banco Lucro S/A poderia tomar alguma medida nesse sentido? 
R: É possível, no caso exposto, caracterizar a fraude de credores. João era solvente, mas ao realizar o referido negócio de transmissão de bens ficou reduzido à insolvência. Seu credores, poderão pleitear uma ação pauliana com o intuito de anular a doação, não apenas os credores quirografários (sem garantia), como assiste-lhe tal direito aos credores cuja a garantia se tornar insuficiente, segundo o art. 158, §1º, CC. 
O Banco S.A é credor com garantia, logo, não se assiste a esse o direito de pleitear a referida ação, tendo em vista que o que sobrou do patrimônio de João é suficiente para sanar a dívida. 
Considerando o problema apresentado na questão anterior, qual o prazo para a propositura da ação? Esse é decadencial ou prescricional?
R: O prazo é de 4 anos e possui natureza decadencial.
Após o divórcio, Paulo, por meio de uma ação de alimentos, assumiu a obrigação pagar 20% (vinte por cento) da sua remuneração para cada um de seus filhos, até que atingissem a maioridade ou terminassem curso superior, ou, ao menos, estivessem estudando. Após atingira maioridade, Miriam continuou estudando e está regularmente matriculada em um curso de medicina. Contudo, Paulo deixou de adimplir com a sua obrigação nos últimos dois meses. Procurado por Miriam, qual a orientação a ser conferida sobre o prazo para cobrança do crédito? Se a filha tivesse 16 anos, quando começaria a correr o prazo mencionado?
R: Trata-se de um prazo prescricional que terminará em 2 anos, ou seja, Miriam tem 2 anos para ajuizar a ação de cobrança de crédito, findo o prazo, perderá a pretensão, mas não o direito, caso seu pai, futuramente resolva pagar-lhe.
Caso Miriam tivesse 16 anos, não correria a prescrição até seus 18 anos, tendo em vista que estará submetida ao poder familiar. É o que estabelece o art. 197, I.
(OAB, Exame XIII) Felipe, atrasado para um compromisso profissional, guia seu veículo particular de passeio acima da velocidade permitida e, falando ao celular, desatento, não observa a sinalização de trânsito para redução da velocidade em razão da proximidade da creche Arca de Noé. Pedro, divorciado, pai de Júlia e Bruno, com cinco e sete anos de idade respectivamente, alunos da creche, atravessava a faixa de pedestres para buscar os filhos, quando é atropelado pelo carro de Felipe. Pedro fica gravemente ferido e vem a falecer, em decorrência das lesões, um mês depois. Maria, mãe de Júlia e Bruno, agora privados do sustento antes pago pelo genitor falecido, ajuíza demanda reparatória em face de Felipe, que está sendo processado no âmbito criminal por homicídio culposo no trânsito. Considerando a legislação pátria, podemos identificar um ato ilícito no presente caso?
R: Sim. Dispõe o art. 186 do Código Civil que aquele que por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, come ato ilícito. Ou seja, pelo fato de ter causado dano, já trata-se de um ato ilícito.
Bebel, Augustinho e Florianinho participaram da última festa junina realizada na cidade, exatamente na data marcada no calendário para tal comemoração. Uma das brincadeiras típicas era a “pescaria”. No entanto, existiam brindes dos mais variados valores e tamanhos. Considerando que Bebel, mãe de Florianinho e plenamente capaz, tenha adquirido 5 fichas e recebido apenas objetos de pequeno valor e tamanho,podemos identificar um contrato comutativo ou aleatório? Bebel poderia exigir o dinheiro de volta alegando descumprimento contratual?
R: Trata-se de um contrato aleatório, tendo em vista que há riscos com o resultado, ao contrário do contrato comutativo, em que há certezas. Bebel não poderia exigir o dinheiro de volta, pois, comprou a esperança e não necessariamente os brindes grandes. A prestação foi cumprida, independente do desejo de Bebel.
Na presente data, enquanto trabalhava em seu escritório da Av. Paulista, Ticio, interessado em alugar seu apartamento localizado nas proximidades da Universidade São Judas Tadeu, unidade da Mooca, em São Paulo, enviou uma mensagem por WhatsApp para sua colega de faculdade Julia, que havia demonstrado interesse em se tornar locatária de um imóvel naquela região. Especificou o valor do aluguel, garantia exigida (fiança), data para pagamento, dados do imóvel, etc., para que a moça não ficasse com qualquer dúvida. Julia, que estava saindo do Guarujá, onde foi passar o final de semana com amigos, tendo recebido e lido de pronto a mensagem de João e, sem que houvesse prazo específico da aceitação da proposta, não consegue responder imediatamente. No final do dia, ao encontrar o colega às 19 horas, lembra da mensagem e lhe informa que tem interesse em realizar o contrato de locação, mas somente tem condições de oferecer caução como garantia, pois conhece poucas pessoas em São Paulo e não tem coragem de pedir que se tornem suas garantidoras. Considerando o exposto, podemos afirmar que Julia aceitou a proposta de Ticio? A proposta inicial, pode ser considerada entre presentes?
R: Dispõe o art. 428 do CC que deixa de ser obrigatória a proposta se feita sem prazo a pessoa presente e esta não foi imediatamente aceita, ou seja, Julia não aceitou a proposta inicial de Ticio, e ainda, fez uma contraproposta em face da primeira. 
Se um menor estiver brincando com um amigo, no quintal da casa deste, e, sem qualquer pretensão, encontrar um tesouro (caixa de joias enterrada pela falecida antiga proprietária, com desconhecimento de todos, pois recebia as mesmas de um amante), podemos afirmar que o primeiro (menor), se torna proprietário, mesmo não tendo vontade de encontrar nada, pois, estamos diante de um ato, negócio ou ato-fato jurídico?
R: Estamos diante de um ato-fato jurídico, em que, não há a declaração de vontade do sujeito em relação ao resultado. O tesouro será dividido por igual entre o menor que o encontrou e o proprietário do imóvel, como dispõe o art. 1.264 do Código Civil, ainda que menor.

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