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EXPERIMENTO V – TEOR DE BIXINA EM CORANTE DE URUCUM Matrícula: 1615140434 Aluno: Adriano Cunha de Araújo Matrícula: 1615140461 Aluno: Amaury Vieira de Andrade Matrícula: 1115140054 Aluno: Yani Saionara Pinheiro Evangelista METODOLOGIA Inicialmente foi pesado 1,0006 g de colorau, que foi transferido para um balão volumétrico (50 mL) com o auxílio de porções de clorofórmio, em seguida o balão volumétrico foi completado até a marca de 50 mL com clorofórmio e homogeneizado. Desta solução de 50 mL foi pipetado 0,5 mL para um segundo balão volumétrico de 10 mL, completando-se o volume com clorofórmio até homogeneizar, a fim de diluir a solução para a mesma ficar adequada para a leitura da absorbância. Com a solução pronta, foi utilizado o espectrofotômetro para determinar a absorbância da solução. Primeiramente foi necessário calibrar o aparelho, para isso foi atribuído 0% T (transmitância) para uma cubeta negra e 100% T para uma cubeta contendo clorofórmio (prova em branco). Então, cerca de 1/3 da solução foi transferida para uma terceira cubeta para ser analisada, todas as cubetas foram corretamente manuseadas e acopladas no espectrofotômetro, mostrando a absorbância da solução. Este procedimento de medição foi realizado em triplicata. RESULTADOS E DISCUSSÃO O urucum possui dois corantes principais: a bixina, de coloração vermelha e solúvel em óleo, e a norbixina, éster da bixina, de coloração amarela e solúvel em água (figura 1) (LIMA et. al., 2001). A solubilidade dos mesmos é que determina sua aplicação. A bixina, por exemplo, sendo lipossolúvel, pode ser empregada em laticínios, como: margarina, queijos, manteiga, e em outros produtos oleosos; Por outro lado, a norbixina, sendo solúvel em água, aplica-se ao fabrico de iogurtes, sorvetes, refrigerantes, cervejas e à formulação de alguns tipos de queijo (BRASIL, 2009). A bixina é um dos poucos corantes naturais permitidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS), devido não ser tóxico e não altera o sabor dos alimentos, frações extraídas do urucum mostraram também atividade antioxidante (COSTA, 2007). Figura 1: Representação molecular da bixina e norbixina. Para o cálculo do teor da bixina no corante utilizado nesta prática, o colorau de cozinha, utilizou-se a lei de Lambert–Beer a qual relaciona a absorbância da solução analisada e a concentração utilizada, quando a mesma é submetida a uma radiação luminosa monocromática, neste caso o espectrofotômetro. A expressão utilizada foi: 𝑇𝑏% = 𝐴465 ∗ 100 ∗ 50 𝑀𝑎 ∗ 5 ∗ 𝐶𝑒 ∗ 𝑉𝑖 𝑑𝑖 (𝐸𝑞𝑢𝑎çã𝑜 1) Tem-se que: Tb% = percentagem de bixina A465 = valor da absorbância a λ=465 nm, medida no espectrofotômetro Ma = massa da amostra Ce = coeficiente de extinção da bixina (λ= 465 nm Ce = 3200) 𝑉𝑖 𝑑𝑖 = razão entre o volume de diluição pelo fator de diluição = 0,5/ 10 Inicialmente foi necessária a calibração do aparelho, para que fosse diminuído o erro, tendo em vista que o próprio já possui uma margem de erro. Bem como também houve a necessidade de diluir mais de uma vez a solução, pois quando a solução é bastante concentrada tende a provocar erros de leitura devido a aproximidade das moléculas (HARRIS, 1999). Obtiveram-se as seguintes absorbâncias e teor de bixina a 465 nm (comprimento de onda), a partir da equação 1: Tabela 1: Valor da absorbância lida e teor calculado de bixina a λ= 465 nm. Amostra Absorbância Tb(%) 1 0,072 0,4497 2 0,070 0,4372 3 0,069 0,4310 𝒙 0,0703 0,4393 Tomando como base o teor de bixina (%) na amostra analisada, 0,4393% e a classificação das sementes de urucum, segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), pode-se dizer que o colorau analisado advêm de uma semente do tipo 3, a qual possui uma umidade maior de 14%, teor de bixina abaixo de 1,8% (neste caso) e impurezas maiores que 5% (BRASIL, 2009). Essa concentração dar-se conforme a localização geográfica do cultivo da planta, a altitude da área, as condições climáticas locais e o tipo ou a variedade da planta. CONCLUSÃO A partir de uma análise espectrofotômetro é possível obter o teor de bixina presente em uma amostra de colorau, corante alimentício. Segundo as pesquisas realizadas, a concentração de corantes em sementes do urucum (planta de onde se obtêm a bixina), é bastante variável, oscilando geralmente entre 1,94 % e 5,5 %, ou, raramente, acima desse percentual. Vale ressaltar que dentre esse teor leva-se em consideração os corantes bixina (vermelho) e norbixina (amarelo), principalmente. Em nosso experimente obteve-se 0,4393% de teor de bixina presente na amostra de colorau analisada, podendo este corante alimentício ser advindo de uma semente de urucum, classe tipo 3, segundo a classificação empregada pela EMBRAPA. Ressalta-se que vários fatores podem influenciar na concentração da bixina, principalmente os climáticos e de manejo. Ainda, tem-se a destacar que há diversas aplicações da bixina, mais comumente utilizada na industria alimentícia para colorir produtos lácteos, salsichas, carnes e doces, como também são aplicados na industria têxtil e de cosméticos. REFERÊNCIAS BRASIL - Embrapa Amazônia Oriental. A cultura do urucum. 2. ed. rev. Ampl, Coleção Plantar. Embrapa Informação Tecnológica : Brasília- DF, 2009. COSTA, C. K. Estudo fitoquímico de Bixa orellana, Bixacea e aplicação de oleo em formulação cosmética. UFPR : Curitiba, 2007. (Dissertação de Mestrado em Ciências Farmacêuticas). HARRIS, D. C. Análise Química Quantitativa. 5.ed. LTC Editora: Rio de Janeiro, 1999. LIMA, Leonardo Ramos Paes et al . Bixina, Norbixina e Quercetina e seus efeitos no metabolismo lipídico de coelhos. Braz. J. Vet. Res. Anim. Sci., São Paulo , v. 38, n. 4, p. 196-200, 2001. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413- 95962001000400010&lng=en&nrm=iso>. Acessado em 05 Out. 2018.
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