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Análise Ergonômica do Trabalho (AET)

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11/08/2018
1
Análise 
Ergonômica do 
Trabalho (AET)
Prof. Jonhatan Magno
Do que se trata uma AET?
• Diz a NR 17.
17.1.2. Para avaliar a adaptação das condições de
trabalho às características psicofisiológicas dos
trabalhadores, cabe ao empregador realizar a
análise ergonômica do trabalho, devendo a
mesma abordar, no mínimo, as condições de
trabalho, conforme estabelecido nesta Norma
Regulamentadora.
Etapas de uma AET
• São necessárias as seguintes etapas:
1. Análise da Demanda;
2. Análise da Tarefa;
3. Análise da Atividade;
4. Diagnóstico;
5. Recomendações.
Etapas de uma AET
Referências bibliográficas
sobre o homem em 
atividades de trabalho
Síntese Ergonômica do Trabalho
Análise da demanda:
definição do problema
Dados Hipóteses
Análise da tarefa:
análise das condições
de trabalho
Dados Hipóteses
Análise das atividades:
análise dos comportamentos
do homem no trabalho
Dados Hipóteses
Caderno de encargos de
recomendações ergonômicas
Diagnóstico: modelo operativo
da situação de trabalho
Análise Ergonômica do Trabalho
Situação de Trabalho
Análise da Demanda
• Essa etapa busca identificar os reais motivos que
levaram a empresa a buscar soluções por meio da
AET.
• Nessa etapa da AET o maior número de atores
(dono da empresa, supervisores, trabalhadores,
etc.) envolvidos com a empresa devem ter a
oportunidade se expressar sobre os problemas da
empresa.
Análise da Demanda
• Tais reais motivos podem ser:
1- Elevando absenteísmo e atrasos;
2- Elevada rotatividade;
3- Acidentes, doenças e mortes;
4- Quebra excessiva de maquinário/ferramentas;
5- Redução da qualidade/produtividade dos setores;
6- Elevado número de erros e falhas;
7- Queixas dos clientes; Etc.
11/08/2018
2
Análise da Demanda
• Logo, a análise da demanda marca uma etapa de
levantamento do dados;
• Dados encontrados na literatura podem direcionar
esse levantamento dos dados (hipóteses
preliminares);
Análise da Demanda
• A demanda pode ter origem na empresa (donos) –
geralmente explícitas e de grande complexidade;
• Também nos trabalhadores – geralmente
implícitas e relativo ao postos de trabalho;
• A origem das demandas pode ser por meio de
sindicais;
• Mas, também de órgãos fiscalizadores;
Análise da Demanda
• Entrevistas e Questionários são muito úteis nessa
etapa da AET;
• Conversas espontâneas dos trabalhadores podem
sinalizar problemas;
• Observações in loco também podem trazer indícios
importantes;
• É preciso muito conhecimento para focar em uma
variável que de fato seja a causa de problemas.
Análise da Demanda - Exemplo
• Os Frangos do VIDAL devem ser abatidos com 38
semanas. O dono da empresa buscava soluções: (1)
resolver afastamentos por DORT; (2) problemas de
qualidade nos frangos entregues; (3) Nova caixa
flexível.
Não cabem nas caixas por serem grandes (forçando má
posturas para fechar as caixas e má utilização de
maquinário e espaço);
Em outros momentos são pequenos (necessitando de
calços – para não ir ‘batendo’ durante o transporte – e
‘espatifar’ os frangos.
Análise da Demanda - Exemplo
• Os Frangos do VIDAL devem ser abatidos com 38
semanas. O dono da empresa buscava soluções: (1)
resolver afastamentos por DORT; (2) problemas de
qualidade nos frangos entregues; (3) Nova caixa
flexível.
Não cabem nas caixas por serem grandes (forçando má
posturas para fechar as caixas e má utilização de
maquinário e espaço);
Em outros momentos são pequenos (necessitando de
calços – para não ir ‘batendo’ durante o transporte – e
‘espatifar’ os frangos.
Na verdade o real problema era previsão de demanda.
Análise da Tarefa
• Nessa etapa observa-se como o posto de
trabalho/modo de realizar o trabalho foi prescrito;
• Tem foco nas condições técnicas , organizacionais e
ambientais dos locais onde o trabalho ocorre;
• Aqui ocorre a descrição de todos os elementos que
fazem parte do trabalho:
11/08/2018
3
Análise da Tarefa
1- Ser humano (formação, quantos trabalhadores
existem, quais horários de trabalho, idade, sexo,
remuneração, estabilidade, forma de admissão,,
adicionais ao salário, etc.)
2- Maquinário (comandos, variedade de comandos,
controles, funcionamento, aparência, sinais,
dimensões, etc.)
3 – Mobiliário (alturas, bordas, disponibilidade,
aparência, etc.)
4- EPI’s (tipo, tamanho, necessidade, etc.)
Análise da Tarefa
5- Condições ambientais (acústica, calor/frio, vibração,
luminosidade, qualidade do ar, etc.)
6- Sinais (visuais, verbais, escritos, codificados, etc.)
7- Movimentos (necessidades, força, distância,
postura, etc.)
8- Normas (exigência e cumprimento)
9- Elementos de entrada (matérias-primas, energias,
informações diversas, adições de produtos)
Análise da Tarefa
10- Cognitivos (tomadas de decisão, atenção,
vigilância, etc.)
11- Organizacionais (autonomia, controle sobre o
trabalho, pressão por produção, não padronização das
tarefas, treinamentos, supervisão preparada, layout
do setor, férias, pausas, premiações, etc.)
Análise da Atividade
Analisa o trabalho como realmente ele é, o trabalho
real;
Como se comportam os indivíduos (movimentos e
deslocamentos, adaptações);
Quais as variabilidades existentes entre o trabalho
prescrito e o trabalho real;
Quando necessário se fazem medições ambientais com
instrumentos;
Quando necessário analisam-se esforços físicos e
cognitivos;
Variáveis ‘intangíveis’ como estresse, insatisfação,
insegurança no trabalho, etc., também são avaliadas.
Análise da Atividade
Métodos ergonômicos são indicados:
• Equação de NIOSH;
• RULA, REBA, OCRA, OWAS;
• Fotografias e filmagens;
• Aplicações de questionários validados e checklist;
• Comparação com valores da norma (Ruído →
NBR10152; Iluminamento NBR8995 (algumas
situações NBR 5413 e 5382; Temperatura → NR17
20-23ºC; Velocidade do ar < 0,75 m/s; Umidade
Relativa>40%)
Diagnóstico
Geralmente essa etapa se inicia no formato de uma
pré-diagnóstico;
O pré-diagnóstico ainda não é o diagnóstico
propriamente dito. Ele deve ser apresentado e
discutido com os atores.
Os atores que vão realmente confirmar se o
ergonomista fez um correto diagnóstico ou se alguma
informação ainda precisa ser inserida para que o
diagnóstico fique mais preciso.
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4
Recomendações
Ponto da AET onde são colocadas as providências a
serem tomadas;
Geralmente, vem ao final de um Laudo Ergonômico;
Figuras, fotos, diagramas, mapas metais, etc., podem
facilitar o entendimento da necessidade das
mudanças.
O caso da contratação de uma 
Modelista – Análise da Demanda
Gerência:
“Vocês vieram na hora certa... Estamos passando por 
mudanças aqui (na fábrica) e está tudo bagunçado... Tudo 
fora de lugar, então era bom dar uma olhada em tudo”.
“Estamos mudando e você sabe, fica tudo 
desorganizado e sai tudo errado!”
“Cara, a gente nunca teve modelista. Era tudo, tipo, 
alguém gostou dessa peça, manda pra alguém e alguém 
manda a modelagem pronta e a gente só via. Nunca 
trabalhou com uma modelista dentro”.
O caso da Modelista – Análise da 
Demanda
Modelista:
“... vocês vieram em um dia onde está tudo espalhado,
posso guardar essas coisas? (risos)”;
“... Daí quando eu termino o molde (de papel) eu mesmo
corto (os tecidos); e já deixo com a costureira logo ali...
Depois a modelo veste e eu verifico os ajustes; e estando
certo já vou na outra sala ali; e coloco no computador
para preparar o plotter...”;
“O banheiro fica lá em cima... E para beber minha água
eu vou buscar lá em cima...”;
“Essa sala é pequena, mas eu abro essa porta e vou
puxando o papel (do plotter)...”.
O caso da Modelista – Análise da 
Demanda
Demanda:
Redesenhar o layout da empresa, a partir da entrada
de um novo profissional de modelagem no sistema
produtivo,integralizando o novo setor/profissional aos
demais existentes.
O caso da Modelista – Análise da 
Demanda
Tarefa – Posto de trabalho
O caso da Modelista – Análise da 
Demanda
Tarefa - Prescrito
• Criar peças a partir das referências pesquisadas pela
equipe de marketing;
• Modelar a peça a partir da moulage ou da modelagem
plana;
• Confeccionar os moldes;
• Cortar o tecido da peça piloto;
• Provar a peça piloto e fazer ajustes;
• Digitalizar o molde;
• Graduar o molde.
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5
O caso da Modelista – Análise da 
Demanda
•Alfinetes;
•Fita métrica;
•Réguas (Esquadro e 
Curva Francesa);
•Giz;
•Tesoura;
•Lápis e Borracha;
•Papel;
•Estante de tecido;
•Retalhos de tecidos;
•Peso para 
Papel/Tecido;
•Manequim;
•Caixas de 
armazenamento de 
moldes;
•Arara;
•Quadro de painéis;
•Mesa;
•Banqueta;
•Mesa para 
computador;
•Cadeira;
•Computador 
(Audaces);
•Quadro digitalizador.
Tarefa - Ferramentas
O caso da Modelista – Análise da 
Demanda
Atividade
ATIVIDADE
DESLOCAMENTO 
(m)
%
TEMPO 
(s)
%
Organizar local de trabalho para iniciar a atividade 3 5% 110 3%
Preparar materiais para modelar o top 3 5% 65 2%
Modelar a frente do top - - 180 5%
Interrupção para aprovar o colete e fazer o desenho técnico da peça 1 2% 235 6%
Finalizar a modelagem da frente do top - - 166 4%
Modelar as costas do top - - 379 10%
Conferir e ajustar o molde da frente com o das costas - - 45 1%
Provar e ajustar o molde no manequim 2 3% 95 2%
Modelar a gola do top - - 230 6%
Preparar a mesa para a etapa de corte da peça piloto 3 5% 105 3%
Cortar o tecido em função do molde - - 40 1%
O caso da Modelista – Análise da 
Demanda
Atividade
ATIVIDADE
DESLOCAMENT
O (m)
%
TEMPO 
(s)
%
Interrupção para corrigir a gola de uma blusa 1 2% 121 3%
Retomar a atividade de corte da peça piloto - - 315 8%
Finalizar com o encaminhamento da peça para a piloteira 23,5 36% 163 4%
Aguardar o retorno da peça do setor de costura e a aprovação da 
gerência
- - - -
Deslocar para a sala de plotagem 27,5 42% 30 1%
Preparar os moldes para a digitalização 1 2% 178 4%
Passar moldes digitalizados para o computador e encontrá-los nos 
arquivos
0,5 1% 270 7%
Digitalizar os moldes - - 270 7%
Codificar e conferir os moldes no software - - 795 20%
Graduar os moldes - - 120 3%
Espelhar os moldes - - 45 1%
TOTAL 65,5 100% 3958 100%
O caso da Modelista – Análise da 
Demanda
Atividade - Deslocamentos
O caso da Modelista – Análise da 
Demanda
Atividade - Deslocamentos
O caso da Modelista – Análise da 
Demanda
Atividade
GRUPO DE ATIVIDADES
DESLOCAMENTO 
(m)
% Tempo (s) %
Atividades puramente de modelagem 11 7 1730 40%
Atividades realizadas no computador 1,5 1 1678 39%
Deslocamentos entre setores frequentes
Deslocamentos realizados entre setores 51 30 193 4%
Interrupções e retrabalhos 2 1 356 8%
Outras atividades menos frequentes
Busca retalho de tecido na sala de corte 38 23 144 3%
Busca retalho de tecido no almoxarifado 19,8 12 75 2%
Refeitório/Banheiro 44 26 167 4%
TOTAL 167,3 100% 4343 100%
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O caso da Modelista – Análise da 
Demanda
Atividade – Verbalizações
• “Meu Deus! Tem tanta foto nessa coisa (celular
próprio) que não quer abrir...”;
• “É que tem que ter uma máquina só pra isso
(fotografar o painel). Mas não tem. Eu tenho que
pegar o meu celular. Aí...”;
• “Esse computador tá todo desconfigurado. Você clica
e não vai”.
Diagnóstico
Aparentemente
Verificou-se → por meio de conversas, filmagens, medições e observações, que o fato
da empresa nunca ter trabalhado com uma modelista anteriormente, possuir poucos
funcionários e está passando por mudanças organizacionais
Levando → a modelista a interromper sua modelagem atual para completar outros
trabalhos paralelos; se deslocar para realizar as demais etapas do seu trabalho; e
perder algum tempo no trabalho para digitalização dos moldes de papel;
Que foi constatado → pelo distanciamento da modelista da pilotista e cortadeira; e
distanciamento de importantes instrumentos de trabalho como computador, plotter e
tecidos da modelista; além de alguma dificuldade da modelista quanto ao uso do
computador/softwares
Demandando → a aproximação da sala da modelista dos setores de costura, corte
(tecidos) e sala de plotter, além de organização de elementos necessários para o
trabalho próximos a modelista, e possível contratação de estagiário para utilização do
computador/software.
Recomendações
Estudos das áreas:
Áreas 
improdutivas
Áreas mal 
dimensiona
das
Áreas úteis 
de trabalho
Recomendações
Estudos das áreas:
Projeto 1
LAYOUT 
ATUAL
Deslocamentos
Atual
(m)
P1
(m)
Redução 
(%)
P2
(m)
Redução 
(%)
P3
(m)
Redução (%)
Mesa de modelagem -
Computador da sala de 
plotagem
27,50 2,76 89,96% 4,36 84,15% 1 96,36%
Mesa de modelagem -
Retraços de tecido
38,20 0
100,00
%
0
100,00
%
0 100,00%
Mesa de Modelagem -
Almoxarifado de tecidos
19,80 1 94,95% 1,8 90,91% 1,5 92,42%
Mesa de Modelagem -
Maquina de costura da 
pilotista
23,50 3,9 83,40% 8,2 65,11% 2 91,49%
Mesa de Modelagem -
Banheiro e/ou beber água
44,10 27,92 36,69% 31,36 28,89% 25,5 42,18%
Total 153,10 35,58 76,76% 45,72 70,14% 30 80,40%
Recomendações
Áreas improdutivas
Atual
(m2)
P1
(m2)
Redução 
(%)
P2
(m2)
Redução 
(%)
P3
(m2)
Redução (%)
Área com máquinas paradas 10,03 8,34 16,85% 8,34 16,85% 10,03 0,00%
Área com mesa 12,75 0 100,00% 0 100,00% 12,75 0,00%
Áreas com caixas, 
ventiladores e banquetas
24,58 0 100,00% 0 100,00% 0 100,00%
Total 47,36 8,34 82,39% 8,34 82,39% 22,78 51,90%
Recomendações
11/08/2018
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Áreas mal 
dimensionadas 
Atual
(m2)
P1
(m2)
Redução 
(%)
P2
(m2)
Redução 
(%)
P3
(m2)
Redução (%)
Almoxarifado de produtos 
acabados
70,29 0 100,00% 0 100,00% 70,29 0,00%
Sala de organização de tecidos 
cortados
18,36 0 100,00% 18,36 0,00% 18,36 0,00%
Central de comunicação e 
segurança
6,58 6,58 0,00% 6,58 0,00% 6,58 0,00%
Total 95,23 6,58 93,09% 24,94 73,81% 95,23 0,00%
Recomendações
Área útil para o 
trabalho da modelista
Atual
(m2)
P1
(m2)
Aumento 
(%)
P2
(m2)
Aumento 
(%)
P3
(m2)
Aumento (%)
Área útil da sala da modelista 7,20 19,7 273,61% 20,63 286,53% 11,75 163,19%
Área útil da sala de plotagem 2,05 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00%
Total 9,25 19,7 212,97% 20,63 223,03% 11,75 127,03%
Recomendações

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