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PATOLOGIAS DE MEMBROS INFERIORES

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PATOLOGIAS DE MEMBROS INFERIORES
I - ARTROPLASTIA TOTAL DO JOELHO
1 – INDICAÇÕES: A indicação de uma artroplastia total do joelho deve levar em consideração a tríade: dor, rigidez e deformidade presentes em grande variedade de doenças articulares. A decisão pela artroplastia deve considerar a idade e as expectativas do paciente.
 Artrose do joelho, artrite reumatóide, artrite psoriática;
2 - CONTRA-INDICAÇÕES
Infecção ativa, joelho recurvatum, fraqueza grave do quadríceps, obesidade, articulação neuropática, pacientes jovens, patelectomia prévia, pacientes diabéticos;
Paciente deve estar ciente que se não estiver comprometido com os exercícios e com a fisioterapia é melhor não ser submetido a cirurgia.
3 – CLASSIFICAÇÃO
- Unicompartimental → Substituem o compartimento lateral ou medial quando o outro estiver sadio; (pacientes mais jovens quando tem só uma parte comprometida, raríssimas indicações)
- Próteses totais → substituem ambos os compartimentos e, geralmente, também a articulação patelofemoral.
Os ligamentos cruzados e os meniscos são retirados, o ligamento patelar e os ligamentos colaterais são mantidos.
Se tiver um grande processo degenerativo da cartilagem patelar pode colocar prótese na patela ou fazer uma limpeza dos osteófitos e uma denervação da patela para perder a sensibilidade. 
Ao colocar prótese na patela se não tiver uma boa espessura pode fraturar na fresagem.
4 - CRITÉRIOS PARA INDICAÇÃO:
Paciente com mais de 60 anos, Atividade limitada, Dor mínima em repouso, Arco de movimento de pelo menos 90º de flexão;
5 -TRATAMENTO PÓS-CIRÚRGICO
- O maior cuidado é com a cicatrização dos tecidos moles. Pela prótese pode pisar normalmente.
Andador - Indicação: Indivíduo muito idoso ou com pouca força nos braços
Muletas: Sem carga até 5 a 7 dias devido a cicatrização de tecidos moles. Entre 5 à 7 dias pode colocar carga parcial apoiando com o calcanhar
Carga total quando o paciente se sentir confiante e seguro (+ ou – 2 a 3 semanas)
6 - TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO
Entre 115° a 120° é considerado uma boa amplitude para uma prótese de joelho.
Os demais tópicos foram discutidos em sala de aula.
II - RUPTURA DO TENDÃO DO CALCÂNEO
1 - MECANISMO DE LESÃO
Acomete adultos jovens sedentários (35 anos) durante atividades recreacionais como futebol e basquete.
O mecanismo de lesão pode ser uma dorsiflexão inesperada os momentos de sustentação de carga e o trauma direto.
2 – ETIOLOGIA
Ocorre de 2 a 6 cm proximal a inserção do calcâneo (zona hipovascularizada).
A alteração do colágeno com a idade, o uso de corticóide a história de tendinopatia favorecem a ruptura do tendão.
3 - QUADRO CLÍNICO
Sinais e sintomas: Estalido audível, dificuldade de realizar a flexão plantar, defeito (gap) visível no tendão, teste de Thompson positivo.
4 - RUPTURA PARCIAL – Tratamento conservador
Foi discutido o tratamento em sala de aula
5 - PRP – PLASMA RICO EM PLAQUETAS
Produzido por meio da punção venosa de uma pequena quantidade de sangue do paciente;
É submetida à filtragem ou processada em uma centrífuga de alta velocidade que separa os glóbulos vermelhos das plaquetas;
Responsáveis por liberar as proteínas e outras partículas envolvidas no processo de cura que o corpo mesmo conduz. 
A substância é injetada diretamente na área danificada. A alta concentração de plaquetas - 10 vezes o volume normalmente presente no sangue - catalisa o crescimento de novas células.
A terapia com aplicação de PRP procura melhorar o aporte de células plaquetárias no tecido degenerado, visando o reparo e a regeneração das células;
Estas plaquetas, após agregadas, liberam fatores de crescimento plaquetário, dentre eles os fatores vasculares (VEGF), fatores de crescimento ligados ao fibroblasto (FGF), ligados à insulina (IGF), entre outros;
Não existe rejeição ou reação alérgica;
6 - TRATAMENTO CONSERVADOR PARA RUPTURA TOTAL
O tratamento conservador baseia-se na imobilização por 10 semanas ( 6 semanas com flexão do joelho e flexão plantar e 4 semanas com bota gessada). As recidivas ocorrem em 10% a 35% dos casos.
7 - TRATAMENTO CIRÚRGICO PARA RUPTURA TOTAL
Várias técnicas são descritas na literatura e está indicado para pessoas que praticam atividade física podendo ser realizado a sutura do tendão e reforço com o tendão do fibular curto.
- 4 semanas em flexão plantar com gesso sem apoio
- 2 a 4 semanas (depende do peso do paciente e da sutura) com imobilizador à 90° e apoio parcial (70% nos braços e 30% no pé)
- Os demais tópicos foram discutidos em sala de aula
III - NEUROMA DE MORTON
1 - QUADRO CLÍNICO
Um neuroma interdigital causa uma área bem localizada de dor em queimação no aspecto plantar do pé que frequentemente irradia-se na direção das pontas dos dedos. Mais frequentemente o neuroma interdigital envolve o espaço entre o terceiro e quarto dedos.
O exame físico mostra dor a palpação do espaço entre 3º e 4º dedos e teste de Mulder (compressão das cabeças dos metatarsos) positivo.
2 – TRATAMENTO
O tratamento baseia-se no uso de uma órtese (bolha subcapital), modificação do tipo de calçado, além do combate aos sintomas. Em alguns casos é necessário a remoção do neuroma cirurgicamente.
IV - SÍNDROME DO TÚNEL DO TARSO
1 – ETIOLOGIA
Caracteriza-se pela compressão do nervo tibial no nível do túnel do tarso (retináculo dos flexores). Alguns fatores podem favorecer a instalação desta síndrome como a obesidade, ruptura do tendão do tibial posterior, valgismo de calcâneo, atividades físicas como a corrida, pós trauma, edema dos membros inferiores, pé plano.
2 - QUADRO CLÍNICO
O paciente se queixa de dor do tipo choque ou pontadas sendo pior ao levantar-se pela manhã localizada no retropé podendo haver irradiação para a região plantar.
- No exame físico pode ser observado a dor a palpação no nível do túnel do tarso e Tinel positivo. Outros sinais podem estar presentes como a diminuição de força do músculo abdutor do hálux. O diagnóstico diferencial deve ser feito com a fascite plantar. 
- Como exames complementares destaca-se a radiografia e a ressonância nuclear magnética.
V - FASCITE PLANTAR
1 – DEFINIÇÃO
A fascite plantar foi descrita por Starkey (2001) como uma condição inflamatória da fáscia plantar no mediopé ou em sua inserção na tuberosidade medial do calcâneo que envolve microlacerações ou ruptura parcial das fibras fasciais e encurtamento funcional de seus tecidos.
2 - CAUSAS DA LESÃO
- Super treinamento, discrepâncias no comprimento das extremidades inferiores, fadiga, inextensibilidade fascial, mecânica precária dos movimentos, súbito aumento de atividade, obesidade, calçado com apoio inadequado ou posição em pé prolongada pode causar microtraumatismos repetitivos sobre a fáscia, levando aos sintomas clínicos. 
- Um encurtamento do grupo do músculo tríceps sural é outro achado clínico comum associado a fascite plantar. Esses músculos exercem tração superior no calcâneo, movimentando esse osso para a posição de flexão plantar, e aumentando e prolongando o estresse sobre a fáscia plantar, no local onde essa estrutura insere-se no tubérculo do calcâneo.
O abuso biomecânico desse tecido resulta em microtraumas e inflamação. O uso excessivo (overuse) crônico e a irritação podem resultar em formação óssea em resposta as forças de tração da fáscia plantar e dos músculos que se inserem na tuberosidade calcaneana.
Essa condição é observada mais frequentemente no atleta corredor que realiza uma hiperpronação ou que possui um pé cavo rígido e um tendão de Aquiles encurtado. Em ambos casos, são aplicados uma tração excessiva sobre a fáscia, que pode ser aumentada com um terreno de treinamento em aclive ou de superfície dura. Se o corredor tiver uma lordose aumentada, distúrbio em que o aumento da inclinação anterior da pelve produz um ângulo desfavorável para o choque do calcanhar, uma força considerável será exercida sobre as cabeças dos metatarsos.
Durante a pronação, a articulação subtalar entra em eversão, acarretando alongamento da fáscia plantar e aumento no estressetecidual. A repetição dessa carga patológica resulta em dano macroscópico e subsequente inflamação. 
Distúrbios como o pé plano, o pé cavo, o movimento subtalar limitado ou a hiperpronação podem alterar a biomecânica do pé com o aumento de estresse sobre a fáscia plantar com instalação de inflamação.
No pé plano ou com hiperpronação, o arco longitudinal fica deprimido além da fase de apoio médio da marcha, fazendo que o mecanismo de molinete exerça estresses aumentados sobre a fáscia plantar já estirada, durante o levantamento do calcanhar e o despregamento ou saída dos dedos. 
Com o pé cavo e o movimento subtalar limitado, há a diminuição da capacidade do pé pronar e dissipar a força de contato com o solo. A rigidez aumenta o estresse sobre o coxim gorduroso plantar e sobre a fáscia plantar, que está atuando como o “arco de corda” do arco longitudinal.
3 – TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO
Foi discutido em sala de aula
VI - DOENÇA DE OSGOOD-SCHLATTER e de LARSEN-JOHANSSON
1 – ETIOLOGIA
É uma apofisite, caracterizada por dor na ligação do ligamento patelar com a tuberosidade tibial.
Essa condição representa, com mais frequência, uma fratura por avulsão da tuberosidade tibial.
Esse fragmento inicialmente é cartilaginoso, mas, à medida que ele cresce, forma-se um calo ósseo, e a tuberosidade aumenta.
Essa condição geralmente desaparece quando o paciente chega aproximadamente aos 18 anos de idade. O único vestígio é a tuberosidade tibial aumentada.
A causa mais aceita desta patologia é o repetido estresse do ligamento patelar na apófise do tubérculo tibial.
A avulsão completa do ligamento patelar é a principal complicação desta patologia.
A doença de Larsen-Johansson é similar à de osgood-schlatter, mas ocorre no polo inferior da patela. 
Assim como a caua desta última, acredita-se que a causa da primeira seja o estiramento excessivo e repetido do tendão patelar.
Edema, dor e sensibilidade pontual caracterizam a doença de Larsen-Johansson. 
Pode ser notada degeneração no exame de Raio X.
2 - SINAIS E SINTOMAS
A irritação repetida causa edema, hemorragia e degeneração gradual da apósfise em resultado de problemas circulatórios.
O paciente queixa-se de dor forte quando se ajoelha, salta e corre.
Há sensibilidade pontual sobre a tuberosidade anterior da tíbia.
3 – TRATAMENTO
É conservador;
Pode ser necessária a diminuição das atividades estressantes até que ocorra a união epifisária, no prazo de 6 meses a 1 ano;
Uso de recursos que objetivam a analgesia;
Uso de gesso cilíndrico em casos graves;
Aplicação de gelo no joelho antes e após as atividades;
Realização de exercícios isométricos de fortalecimento dos músculos quadríceps e isquiotibiais.

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