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1. Citar os agentes etiológicos mais frequentemente relacionados a eventos diarreicos e os principais agentes bacterianos, virais e parasitários 2. Descrever a morfologia intestinal para cada um dos agentes e o aspecto das diarreias para cada agente etiológico: Clostridium, Strongyloides, Criptosporidium, Enterobius, Giardia e Entamoeba histolitica. 3. Panoramic D 05, D 06 e D 07 COLITE PSEUDOMEMBRANOSA ⇨ Agente: Clostridium difficile (colite/diarréia associada a antibióticos). Patologia. Rompimento da flora microbiana normal por ABT permite que o C. difficile se prolifere ↠ especialmente c/ cefalosporinas de 3ª geração. Liberação de toxinas ↠ ribosilação de GTPases (Rho) ↠ rompimento citoesqueleto epitelial ↠ perda da barreira das junções ↠ liberação de citocinas e apoptose. Quadro. Fatores de risco ↠ idade avançada, hospitalização e tto antibiótico(pessoas hospitalizadas tem 30% de C. difficile a mais que a população geral). TTO ↠ metronidazol ou vancomicina Morfologia. ● Acompanhada pela formação de pseudomembranas ↠ camada aderente de células inflamatórias e debris nos locais de injúria da mucosa colônica. ● O epitélio superficial fica desnudado e a lâmina própria tem um infiltrado denso de neutrófilos e trombos de fibrina nos capilares ● Criptas superficiais estão danificadas e distendidas por exsudato mucopurulento ↠ forma uma erupção remanescente de um vulcão ⇨ exsudatos coalescem e formam pseudomembranas Disenteria bacilar, exemplo de inflamação aguda pseudomembranosa crostosa. O corte de intestino grosso mostra úlcera bem delimitada. Na região ulcerada ⇨ destruição do epitélio, submucosa e boa parte da muscular interna, infiltrada por neutrófilos (flegmão). Fibras musculares lisas necróticas aparecem como corpúsculos hialinos e anucleados. A camada muscular externa também apresenta neutrófilos mas não há necrose. A superfície necrótica está recoberta por colônias de bactérias (tonalidade basófila) ↠ exemplo de inflamação aguda pseudomembranosa crostosa. A causa da úlcera foi infecção por bactérias que invadem a mucosa, como as do gênero Shigella, causadoras da disenteria bacilar. Clinicamente, há diarréia com muco e sangue, intensas cólicas, puxo e tenesmo. Apesar do grau de destruição da mucosa, há regeneração completa após o término da infecção. Colite pseudomembranosa ou necrosante. Segmento de intestino grosso gravemente ⇨ necrose extensa da mucosa e submucosa intestinais. As camadas necróticas ainda estão, em grande parte, in situ, e aparecem como regiões amareladas e salientes, que constituem pseudomembranas (constituidas por exsudato (fibrinoso ou fibrino-purulento) + mucosa e submucosa necróticas) ⇨ pseudomembranas como do tipo crostoso e a infecção como aguda pseudomembranosa crostosa (porque a necrose ultrapassa a mucosa, chegando à camada muscular). A outra parte das pseudomembranas já descamou para a luz, deixando grandes áreas ulceradas, onde a camada muscular interna está exposta. Enterite aguda pseudomembranosa. As pseudomembranas esbranquiçadas são constituídas de fibrina e células necróticas. As áreas de mucosa não recobertas por pseudomembranas estão edemaciadas e com aspecto suculento, ou são escuras, devido à forte hiperemia e, provavelmente, hemorragias. Isto se deve à alteração da permeabilidade vascular pelo processo inflamatório. Grande número de bactérias pode produzir enterites e colites graves, como a Escherichia coli (cepas enteroinvasivas), espécies de Salmonella, Shigella, o Campylobacter jejuni e o Clostridium difficile, este último associado a antibioticoterapia de largo espectro. Strongyloides As larvas vivem em solos com fezes e podem penetrar pele intacta. Migram através dos pulmões ↠ induzem infiltrados inflamatórios ↠ residem no intestino enquanto amadurecem até tornarem-se vermes adultos. Diferentemente de outros vermes intestinais (requere ovo ou estádio larval fora do humano), os ovos do Strongyloides podem eclodir dentro do intestino e liberar larvas que penetram na mucosa ↠ autoinfecção Por isso, a infecção por Strongyloides pode persistir por toda a vida, e indivíduos imunocomprometidos podem desenvolver uma autoinfecção esmagadora. O Strongyloides estimula uma forte reação tecidual e induz eosinofilia periférica. B, Infiltrados eosinofílicos difusos na infecção parasitária. Este caso foi causado por Ascaris (detalhe superior), mas uma reação tissular semelhante poderia se causada por Strongyloidesi (detalhe inferior). Strongyloides - D05 Reação eosinofílica intensa Reação eosinofílica intensa Enterobius vermicularis ou oxiúros países industrializados e em desenvolvimento ● Como eles não invadem o tecido hospedeiro e vivem toda a sua vida no lúmen intestinal, raramente causam doenças graves. ● Via fecal-oral. ● Os vermes adultos que vivem no intestino migram para o orifício anal à noite ↠ fêmea deposita ovos na mucosa perirretal ↠ ovos causam intensa irritação ↠ prurido retal e perianal ↠ contaminação dos dedos ↠ transmissão de humano para humano ou auto-reinfecção. ● Tanto os ovos quanto os oxiúros adultos permanecem vivos fora do corpo, logo, é comum que a infecção se repita. ● O diagnóstico pode ser feito com a aplicação de uma fita de celofane à pele perianal e o exame da fita em busca de ovos sob um microscópio. Entamoeba histolytica - Amebíase Via fecal-oral. Os cistos de E. histolytica (parede de quitina e quatro núcleos) são resistentes ao ácido gástrico ↠ colonizam a superfície epitelial do cólon e liberam trofozoítos, anaeróbicas. + ƒ no ceco e cólon ascendente (cólon sigmoide, reto e apêndice também podem estar envolvidos). ⇨ A disenteria se desenvolve quando a ameba se conecta ao epitélio colônico, induz a apoptose, invade as criptas e se esconde lateralmente na lâmina própria ⇨ recruta neutrófilos ↠ danos tissulares ↠ úlcera em forma de cantil com entrada estreita e base larga. ● Os parasitos penetram nos vasos esplâncnicos e embolizam para o fígado para produzir abscessos em 40% dos pacientes com disenteria amebiana. Os abscessos hepáticos amebianos (podem ter d>10 cm) têm uma reação inflamatória escassa nas margens e revestimento de fibrina rugosa. Os abscessos persistem após a doença intestinal aguda ter passado e podem, raramente, alcançar o pulmão e o coração por distensão direta do fígado. ● Pode haver disseminação hematogênica até os rins e o cérebro. ● O diagnóstico histológico pode ser difícil, já que as amebas são similares aos macrófagos em tamanho e aparência geral (Fig. 17-31D). ● Os indivíduos com amebíase podem apresentar dor abdominal, diarreia sanguinolenta ou perda de peso Ocasionalmente, colite necrosante aguda ou o megacólon ocorrem. ● Os parasitos não possuem mitocôndrias ou enzimas do ciclo de Krebs e são, portanto, fermentadores obrigatórios de glicose. Logo, o metronidazol, que inibe a enzima piruvato oxidoredutase que é requerida para a fermentação, é o TTO + efetivo D, Entamoeba histolytica em uma amostra de biópsia do cólon. Observe alguns organismos ingerindo células sanguíneas vermelhas. Entamoeba histolytica - D06 Parece com macrófago Colite amebiana. As amebas (Entamoeba histolytica) formam lesões subminadas, isto é, a entrada é estreita e a parte profunda é mais larga. Por isto é chamada úlcera em botão de camisa. As úlceras são geralmente pequenas e numerosas (1 a 2 mm), aparecendo à inspeção da mucosa como múltiplos e diminutos orifícios. Nos casos graves podem confluir dando lesões com contornos geográficos. A localização preferencial é no ceco e colo ascendente, seguindo-se o reto e o sigmóide. Giardia lamblia - G. duodenalis ou G. intestinalis Infecção parasitária patogênica mais comum em humanos- água e alimentos contaminados. ● A infecção pode ocorrer após a ingestão de apenas 10 cistos, que são resistentes ao Cl ↠ endêmica em suprimentos de água não filtrada. Cistos são estáveis, podem ser acidentalmente deglutidos durante natação em água contaminada. ● Protozoários flagelados ↠ causam ↓ expressão de enzimas da borda em escova (lactase); danos às microvilosidades; e apoptose das células epiteliais do intestino delgado. ● Eliminação ⇨ As respostas secretória de IgA e mucosa de IL-6 ● Evasão ⇨ modificação contínua do principal antígeno de superfície, as proteínas variantes de superfície, e podem persistir por meses a anos enquanto causam sintomas intermitentes. ⇨ Os trofozoítos podem ser identificados nas biópsias duodenais por sua forma de pera característica com dois núcleos de tamanho igual, cada um c/ cópia completa do genoma. ⇨ Grande número de trofozoítos, apresentam forma de cálice de perfil e estão altamente ligados aos enterócitos vilosos da borda em escova ⇨ não há invasão e a morfologia intestinal pode estar normal por microscopia de luz (Fig. 17-31E). ⇨ O encurtamento das vilosidades com ↑ números linfócitos intraepiteliais e infiltrados inflamatórios misturados na lâmina própria podem estar presentes em pacientes com infecções profundas E, Giardia lamblia, que estão presentes no espaço luminal acima de uma vilosidade aparentemente normal, são facilmente inspecionadas. Cryptosporidium Causa a diarreia do viajante, assim como a diarreia persistente em países de desenvolvimento. Os oocistos são resistentes ao cloro e mas não filtrada. Os humanos são infectados por várias espécies ↠ C. hominis e C. parvum. Todos são capazes de passar por um ciclo de vida completo, com fases de reprodução assexuada e sexuada, em um único hospedeiro. ● O oócito encistado ingerido (10 são suficientes para infecções sintomáticas) é ativado pelo HCl para produzir proteases que permitem a liberação dos esporozoítos dos oocistos. Os esporozoítos são móveis e têm uma organela especializada para a adesão aos enterócitos da borda em escova ↠ induzem a polimerização de actina ↠ impulsiona a extensão da membrana da célula epitelial para engolfar o parasito e formar um vacúolo dentro dos microvilos. ● A má absorção de sódio, a secreção de cloreto e a ↑ permeabilidade da junção íntima ⇨ diarreia aquosa não sanguinolenta. ● A histologia da mucosa, geralmente, é minimamente alterada, mas a criptosporidiose persistente em crianças está associada à atrofia das vilosidades e à infecção profunda em pacientes imunossuprimidos (além da hiperplasia das criptas e infiltrados inflamatórios variáveis) ● Embora o esporozoíto seja intracelular, ele parece, por microscopia óptica, estar posicionado no topo da membrana apical da célula epitelial (Fig. 17-31F). ● Os organismos estão tipicamente mais concentrados no íleo terminal e no cólon proximal, mas podem estar ao longo do intestino, trato biliar e trato respiratório de pacientes imunodeficientes. ● O diagnóstico é baseado no aparecimento de oocistos nas fezes. F, Os organismos Cryptosporidia são vistos como pequenas esferas azuis que parecem pousar no topo da borda em escova, mas que, na verdade, estão encapsuladas por uma fina camada de citoplasma da célula hospedeira Cryptosporidium- D07 Gosta de criptas - pequeno
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