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CASO CONCRETO DA SEMANA 6

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CASO CONCRETO DA SEMANA 6
DIREITO PROCESSUAL PENAL I
6º PERÍODO – UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
QUESTÃO DISCURSIVA
1 –      No caso em questão, é vedado ao Ministério Público, com vistas ao Princípio da Obrigatoriedade, o não oferecimento da denúncia, pois trata-se de ação penal pública incondicionada, e há indícios de autoria e materialidade do delito.
Com o advento da Lei nº 9099/95 - a Lei dos Juizados -, em observância ao disposto no art. 88 do referido diploma legal, as lesões corporais leves e as lesões corporais culposas passaram a ser ações penais públicas condicionadas à representação.
No entanto, Maria foi vítima de violência doméstica. Sendo assim, com a entrada em vigor da Lei nº 11.340/06, a Lei Maria da Penha, conforme disposto no art. 41 desta, não se aplica a Lei 9099/95 aos crimes praticados com violência doméstica e familiar contra a mulher, independentemente da pena prevista.
Portanto, o Parquet deve oferecer a devida denúncia, atento a regra prevista no art. 100 do Código Penal, uma vez que, excetuando-se a previsão contida no art. 88 da Lei 9099/95, não há condicionamento à representação do ofendido para o tipo previsto no art. 129, §9º, também do Código Pena0l.   
              
QUESTÕES OBJETIVAS
2-Paulo Ricardo, funcionário público federal, foi ofendido, em razão do exercício de suas funções, por Ana Maria. Em face dessa situação hipotética, assinale a opção correta no que concerne à legitimidade para a propositura da respectiva ação penal.
a) Será concorrente a legitimidade de Paulo Ricardo, mediante queixa, e do MP, condicionada à representação do ofendido.
CORRETO: Súmula 714 do STF: É concorrente a legitimidade do ofendido, mediante queixa, e do ministério público, condicionada à representação do ofendido, para a ação penal por crime contra a honra de servidor público em razão do exercício de suas funções.
b) Somente o MP terá legitimidade para a propositura da ação penal, mas, para tanto, será necessária a representação do ofendido ou a requisição do chefe imediato de Paulo Ricardo.
c) A ação penal será pública incondicionada, considerando-se que a ofensa foi praticada propter officium e que há manifesto interesse público na persecução criminal.
d) A ação penal será privada, do tipo personalíssima.
Gabarito: Letra “b”.
3- Maria, que tem 18 anos de idade, é universitária e reside com os pais, que a sustentam financeiramente, foi vítima de crime que é processado mediante ação penal pública condicionada à representação. Considerando essa situação hipotética, assinale a opção correta.
A- Caso Maria venha a falecer, prescreverá o direito de representação se seus pais não requererem a nomeação de curador especial pelo juiz, no prazo legal. B- O representante legal de Maria também poderá mover a ação penal, visto que o direito de ação é concorrente em face da dependência financeira e inicia-se a partir da data em que o crime tenha sido consumado.
C- Caso Maria deixe de exercer o direito de representação, a condição de procedibilidade da ação penal poderá ser satisfeita por meio de requisição do ministro da justiça.
D- Caso Maria exerça seu direito à representação e o membro do MP não promova a ação penal no prazo legal, Maria poderá mover ação penal privada subsidiária da pública.
CORRETO: CPP, Art. 29.  Será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal, cabendo ao Ministério Público aditar a queixa, repudiá-la e oferecer denúncia substitutiva, intervir em todos os termos do processo, fornecer elementos de prova, interpor recurso e, a todo tempo, no caso de negligência do querelante, retomar a ação como parte principal.
Gabarito: Letra “d”.

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