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197922111618_PROC_TRAB_APOSTILA_I

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Prof. Danilo Gaspar 
danilo_gaspar@globo.com1 
 
APOSTILA 01 
 
PROF. DANILO GASPAR: Juiz do Trabalho do Tribunal Regional do Trabalho da 05ª Região (Aprovado em 1º Lugar 
na Prova Oral). Ex-Juiz do Trabalho do TRT da 22ª Região (Aprovado em 1º Lugar na Prova Oral e em 1º Lugar 
Geral no Concurso). Mestre em Direito Privado e Econômico (UFBA). Pós-Graduado em Direito e Processo do 
Trabalho (Curso Preparatório para Carreira Jurídica JUSPODIVM - Salvador/BA). Bacharel em Direito (Faculdade 
Ruy Barbosa - Salvador/BA). Professor de Direito do Trabalho da Faculdade Baiana de Direito - FBD. Professor de 
diversos cursos de Pós Graduação em Direito e Processo do Trabalho. Professor de diversos cursos preparatórios 
para concursos públicos e exame da OAB. 
 
TEMAS DA APOSTILA 01: Dissídio Individual e Dissídio Coletivo. Distinção. Dissídio Individual: procedi-
mentos comum e sumaríssimo. Petição inicial: requisitos, emenda, aditamento, indeferimento. Pedido. Au-
diência. "Arquivamento". Conciliação. Resposta do Reclamado. Defesa direta e indireta. Revelia. Exceções. 
Contestação. Compensação. Reconvenção. 
 
1. Dissídio Individual 
 
OBS: DIFERENÇA ENTRE DISSÍDIO INDIVIDUAL X DISSÍDIO COLETIVO 
 
1.1 Petição Inicial no Procedimento Ordinário 
 
1.1.1 Forma da Reclamação Trabalhista 
 
- A Reclamação Trabalhista pode ser escrita ou verbal 
 
Art. 840 da CLT - A reclamação poderá ser escrita ou verbal. 
 
§ 1o Sendo escrita, a reclamação deverá conter a designação do juízo, a qualificação das 
partes, a breve exposição dos fatos de que resulte o dissídio, o pedido, que deverá ser 
certo, determinado e com indicação de seu valor, a data e a assinatura do reclamante ou 
de seu representante. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017) 
 
§ 2o Se verbal, a reclamação será reduzida a termo, em duas vias datadas e assinadas 
pelo escrivão ou secretário, observado, no que couber, o disposto no § 1o deste artigo.(Re-
dação dada pela Lei nº 13.467, de 2017) 
 
§ 3o Os pedidos que não atendam ao disposto no § 1o deste artigo serão julgados extintos 
sem resolução do mérito. 
 
OBS: prazo de 05 (cinco) dias para comparecimento para reduzir a termo, sob pena de perempção (SEIS 
MESES SEM PODER RECLAMAR NA JUSTIÇA DO TRABALHO) 
 
Art. 786 da CLT - A reclamação verbal será distribuída antes de sua redução a termo. 
 
Parágrafo único - Distribuída a reclamação verbal, o reclamante deverá, salvo motivo de 
força maior, apresentar-se no prazo de 5 (cinco) dias, ao cartório ou à secretaria, para 
reduzi-la a termo, sob a pena estabelecida no art. 731. 
 
Art. 731 - Aquele que, tendo apresentado ao distribuidor reclamação verbal, não se apre-
sentar, no prazo estabelecido no parágrafo único do art. 786, à Junta ou Juízo para fazê-
 
1 Todos os direitos estão reservados ao Prof. Danilo Gaspar, sendo vedada, salvo autorização ex-
pressa do autor, qualquer prática comercial envolvendo o conteúdo presente nesta apostila. 
 
 
 
 
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lo tomar por termo, incorrerá na pena de perda, pelo prazo de 6 (seis) meses, do di-
reito de reclamar perante a Justiça do Trabalho. 
 
Art. 732 - Na mesma pena do artigo anterior incorrerá o reclamante que, por 2 (duas) vezes 
seguidas, der causa ao arquivamento de que trata o art. 844. 
 
1.1.2 Requisitos da Petição Inicial Trabalhista (art. 840, §1º, da CLT) 
 
Art. 840 da CLT - A reclamação poderá ser escrita ou verbal. 
 
§ 1o Sendo escrita, a reclamação deverá conter a designação do juízo, a qualificação das 
partes, a breve exposição dos fatos de que resulte o dissídio, o pedido, que deverá ser 
certo, determinado e com indicação de seu valor, a data e a assinatura do reclamante 
ou de seu representante. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017) 
 
§ 2o Se verbal, a reclamação será reduzida a termo, em duas vias datadas e assinadas 
pelo escrivão ou secretário, observado, no que couber, o disposto no § 1o deste artigo.(Re-
dação dada pela Lei nº 13.467, de 2017) 
 
§ 3o Os pedidos que não atendam ao disposto no § 1o deste artigo serão julgados extintos 
sem resolução do mérito. 
 
a) Designação de Juízo (endereçamento) 
 
b) Qualificação das partes 
 
c) Breve exposição dos fatos 
 
OBS: Não se exige a fundamentação jurídica do pedido (causa de pedir próxima/imediata)!!! 
 
Causa de pedir próxima ou imediata: fundamentos jurídicos / é o porquê jurídico do seu pedido 
 
Causa de pedir remota ou mediata: fundamentos de fato / história contada na petição inicial 
 
d) O pedido certo, determinado e com indicação do seu valor (líquido) 
 
OBS1: No rito sumaríssimo, o pedido sempre teve que ter seu valor correspondente, ou seja, o pedido, além de ser 
certo e determinado, sempre teve que ser líquido, sob pena de arquivamento da reclamação e condenação ao 
pagamento de custas sobre o valor da causa (CLT, art. 852-B, I). 
 
OBS2: A figura do pedido implícito 
 
> Art. 322, § 1o, do CPC/2015: Compreendem-se no principal os juros legais, a correção monetária e as verbas de 
sucumbência, inclusive os honorários advocatícios. 
 
> Exemplos típicos do Processo do Trabalho: 
 
* terço constitucional das férias 
 
* indenização substitutiva, se a parte pede apenas reintegração (Súmula n. 396, II, do TST: “Não há nulidade por 
julgamento “extra petita” da decisão que deferir salário quando o pedido for de reintegração, dados os termos do 
art. 496 da CLT.” 
 
e) Data 
 
f) Assinatura do Subscritor (“assinatura do reclamante ou de seu representante”) 
 
 
 
 
 
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QUADRO COMPARATIVO DOS REQUISITOS DA PETIÇÃO INICIAL DO CPC E DA CLT 
 
Requisitos da inicial do CPC – art. 319 do 
CPC/2015 
 
Requisitos da inicial trabalhista – art. 840, 
§1º da CLT 
Designação do Juízo/Endereçamento 
 
Designação do Juízo/Endereçamento 
 
Qualificação das partes 
 
Qualificação das partes 
 
Fatos e Fundamentos jurídicos do pedido 
 
Breve resumo dos fatos 
Pedido com suas especificações (certo e de-
terminado – arts. 322 e 324 do CPC/2015) 
 
Pedido certo, determinado e com indicação de 
seu valor 
 
Valor da causa 
 
Xxxxxxxxxxxxxxxx 
Na petição inicial trabalhista, o valor da causa 
não é, expressamente, um requisito, a despeito 
de, a partir da Reforma Trabalhista, se exigir a 
liquidação de cada um dos pedidos; serve ape-
nas para definição do rito (ordinário, sumário 
ou sumaríssimo 
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx Data 
Indicação das provas a serem produzidas 
 
xxxxxxxxxxxxxxxxxxx 
Opção do autor pela realização ou não de au-
diência de conciliação ou de mediação 
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx 
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx Assinatura da parte ou do subscritor 
 
1.1.3 Alteração da Petição Inicial (Aditamento e Emenda) 
 
1.1.3.1 Aditamento da Petição Inicial 
 
- Omissão da CLT > aplicação subsidiária do CPC/2015 
 
- Aditamento é o ato através do qual o autor altera o pedido e/ou a causa de pedir, acrescendo ou alterando-os. 
 
- Se feito antes da citação do réu (apresentação da defesa no processo do trabalho), dispensa a concordância deste. 
 
- Se feito após a apresentação de defesa, depende da concordância da parte ré. 
 
Art. 329 do CPC/2015. O autor poderá: 
 
I - até a citação, aditar ou alterar o pedido ou a causa de pedir, independentemente de 
consentimento do réu; 
 
II - até o saneamento do processo, aditar ou alterar o pedido e a causa de pedir, com 
consentimento do réu, assegurado o contraditório mediante a possibilidade de manifesta-
ção deste no prazo mínimo de 15 (quinze) dias, facultado o requerimento de prova suple-
mentar. 
 
OBS: (IM)POSSIBILIDADE DE APLICAÇÃO ANALÓGICA DO NOVO §3º DO ART. 841 DA CLT: “§ 3o Oferecida a 
contestação,
ainda que eletronicamente, o reclamante não poderá, sem o consentimento do reclamado, desistir da 
ação. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)”. 
 
 
 
 
 
 
 
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1.1.3.2 Emenda da Petição Inicial 
 
- Omissão da CLT > aplicação subsidiária do CPC/2015 
 
- Emenda é o ato através do qual o autor corrige a petição inicial. 
 
- Necessidade de notificação da parte autora para correção, sob pena de indeferimento da petição inicial. 
 
Art. 321 do CPC/2015 . O juiz, ao verificar que a petição inicial não preenche os requisitos 
dos arts. 319 e 320 ou que apresenta defeitos e irregularidades capazes de dificultar o 
julgamento de mérito, determinará que o autor, no prazo de 15 (quinze) dias, a emende 
ou a complete, indicando com precisão o que deve ser corrigido ou completado. 
 
Parágrafo único. Se o autor não cumprir a diligência, o juiz indeferirá a petição inicial. 
 
Súmula nº 263 do TST 
PETIÇÃO INICIAL. INDEFERIMENTO. INSTRUÇÃO OBRIGATÓRIA DEFICIENTE (nova 
redação em decorrência do CPC de 2015) – Res. 208/2016, DEJT divulgado em 22, 25 e 
26.04.2016 
Salvo nas hipóteses do art. 330 do CPC de 2015 (art. 295 do CPC de 1973), o indeferi-
mento da petição inicial, por encontrar-se desacompanhada de documento indispensável 
à propositura da ação ou não preencher outro requisito legal, somente é cabível se, após 
intimada para suprir a irregularidade em 15 (quinze) dias, mediante indicação precisa do 
que deve ser corrigido ou completado, a parte não o fizer (art. 321 do CPC de 2015). 
 
OBS: Cuidado com a exceção relativa ao Mandado de Segurança 
 
Súmula nº 415 do TST 
MANDADO DE SEGURANÇA. PETIÇÃO INICIAL. ART. 321 DO CPC DE 2015. ART. 284 
DO CPC DE 1973. INAPLICABILIDADE.. (atualizada em decorrência do CPC de 2015) – 
Res. 208/2016, DEJT divulgado em 22, 25 e 26.04.2016 
Exigindo o mandado de segurança prova documental pré-constituída, inaplicável o art. 321 
do CPC de 2015 (art. 284 do CPC de 1973) quando verificada, na petição inicial do "man-
damus", a ausência de documento indispensável ou de sua autenticação. (ex-OJ nº 52 da 
SBDI-2 - inserida em 20.09.2000). 
 
1.1.4 Indeferimento da Petição Inicial 
 
- Omissão da CLT > aplicação subsidiária do CPC/2015 
 
a) Hipóteses de indeferimento da petição inicial 
 
Art. 330 do CPC/2015. A petição inicial será indeferida quando: 
 
I - for inepta; 
 
II - a parte for manifestamente ilegítima; 
 
III - o autor carecer de interesse processual; 
 
IV - não atendidas as prescrições dos arts. 106 e 321. 
 
§ 1o Considera-se inepta a petição inicial quando: 
 
I - lhe faltar pedido ou causa de pedir; 
 
 
 
 
 
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II - o pedido for indeterminado, ressalvadas as hipóteses legais em que se permite o pe-
dido genérico; 
 
III - da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão; 
 
IV - contiver pedidos incompatíveis entre si. 
 
b) Recurso contra a decisão que indefere a petição inicial. 
 
Art. 331 do CPC/2015 Indeferida a petição inicial, o autor poderá apelar, facultado ao juiz, 
no prazo de 5 (cinco) dias, retratar-se. 
 
§ 1o Se não houver retratação, o juiz mandará citar o réu para responder ao recurso. 
 
§ 2o Sendo a sentença reformada pelo tribunal, o prazo para a contestação começará a 
correr da intimação do retorno dos autos, observado o disposto no art. 334. 
 
§ 3o Não interposta a apelação, o réu será intimado do trânsito em julgado da sentença. 
 
OBS: No caso do processo do trabalho, o recurso cabível é o Recurso Ordinário (art. 895 da CLT). 
 
1.1.5 Desistência da Ação 
 
- Regramento da CLT (Novidade da Reforma Trabalhista) 
 
Art. 841 da CLT 
 
§ 3o Oferecida a contestação, ainda que eletronicamente, o reclamante não poderá, 
sem o consentimento do reclamado, desistir da ação. 
 
- Regramento do CPC/2015 
 
Art. 485 do CPC/2015: 
 
(...) 
 
§ 4o Oferecida a contestação, o autor não poderá, sem o consentimento do réu, desistir 
da ação. 
 
Regras: 
 
> Antes da contestação: desnecessidade de concordância da parte ré 
 
> Após a contestação: necessidade de concordância da parte ré, sendo que a desistência somente pode ocorrer 
até a sentença. 
 
Art. 485 do CPC/2015: 
 
(...) 
 
§ 5o A desistência da ação pode ser apresentada até a sentença. 
 
1.1.6 Perempção Trabalhista 
 
- A perempção trabalhista pode ocorrer em duas situações: 
 
a) Não comparecimento da parte, no prazo de cinco dias, para reduzir a termo a reclamação verbal. 
 
 
 
 
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Art. 731 - Aquele que, tendo apresentado ao distribuidor reclamação verbal, não se apre-
sentar, no prazo estabelecido no parágrafo único do art. 786, à Junta ou Juízo para fazê-
lo tomar por termo, incorrerá na pena de perda, pelo prazo de 6 (seis) meses, do direito 
de reclamar perante a Justiça do Trabalho. 
 
b) Se o autor der causa a dois arquivamentos seguidos. 
 
Art. 732 - Na mesma pena do artigo anterior incorrerá o reclamante que, por 2 (duas) vezes 
seguidas, der causa ao arquivamento de que trata o art. 844. 
 
2. Audiência 
 
2.1 Presença Obrigatória das Partes 
 
2.1.1 Presença obrigatória das partes 
 
- O comparecimento das partes, independentemente da presença dos seus advogados, é imprescindível, sob pena 
de arquivamento (Reclamante) e revelia (Reclamada) 
 
Art. 843 da CLT - Na audiência de julgamento deverão estar presentes o reclamante e o 
reclamado, independentemente do comparecimento de seus representantes salvo, nos 
casos de Reclamatórias Plúrimas ou Ações de Cumprimento, quando os empregados po-
derão fazer-se representar pelo Sindicato de sua categoria. 
 
2.1.2 A representação do empregador 
 
> O empregador pode se fazer representar por preposto, QUE NÃO MAIS PRECISA SER EMPREGADO, MAS 
TEM QUE TER CONHECIMENTO DOS FATOS!!!!! 
 
Art. 843 da CLT 
 
(…) 
 
§ 1º É facultado ao empregador fazer-se substituir pelo gerente, ou qualquer outro pre-
posto que tenha conhecimento do fato, e cujas declarações obrigarão o proponente. 
 
§ 3o O preposto a que se refere o § 1o deste artigo não precisa ser empregado da parte 
reclamada. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) 
 
OBS: A SUPERAÇÃO DA SÚMULA N. 377 DO TST 
 
Súmula nº 377 do TST 
PREPOSTO. EXIGÊNCIA DA CONDIÇÃO DE EMPREGADO (nova redação) - Res. 
146/2008, DJ 28.04.2008, 02 e 05.05.2008 
 
Exceto quanto à reclamação de empregado doméstico, ou contra micro ou pequeno em-
presário, o preposto deve ser necessariamente empregado do reclamado. Inteligência do 
art. 843, § 1º, da CLT e do art. 54 da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 
2006. 
 
2.1.3 A representação do empregado 
 
> O empregado pode se fazer representar por outro empregado ou pelo seu Sindicato, caso não possa comparecer 
 
 
 
 
 
 
 
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8 
Art. 843 da CLT 
 
(…) 
 
§ 2º - Se por doença ou qualquer outro motivo poderoso, devidamente comprovado, não 
for possível ao empregado comparecer pessoalmente, poderá fazer-se representar por 
outro empregado que pertença à mesma profissão, ou pelo seu sindicato. 
 
2.1.4 A consequência decorrente da ausência do Reclamante à audiência inicial 
 
> Arquivamento, com pagamento de custas (mesmo beneficiário da justiça gratuita, se não justificada, em até quinze 
dias, a ausência) 
 
Art. 844 da CLT - O não-comparecimento do reclamante à audiência importa o arqui-
vamento da reclamação, e o não comparecimento do reclamado importa revelia, além 
de confissão quanto à matéria de fato. 
 
§ 1o Ocorrendo motivo relevante, poderá o juiz suspender o julgamento, designando nova 
audiência. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017) 
 
§ 2o Na hipótese de ausência do reclamante, este será condenado ao pagamento 
das custas calculadas na forma do art. 789 desta Consolidação,
ainda que benefici-
ário da justiça gratuita, salvo se comprovar, no prazo de quinze dias, que a ausência 
ocorreu por motivo legalmente justificável. (Incluído pela Lei nº 13.467, 
de 2017) 
 
§ 3o O pagamento das custas a que se refere o § 2o é condição para a propositura 
de nova demanda. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) 
 
2.1.5 A consequência decorrente da ausência da Reclamada à audiência inicial 
 
> Revelia, com a consequente pena de confissão (presunção de veracidade dos fatos narrados pela parte contrária) 
 
Art. 844 da CLT - O não-comparecimento do reclamante à audiência importa o arquiva-
mento da reclamação, e o não comparecimento do reclamado importa revelia, além 
de confissão quanto à matéria de fato. 
 
> Hipóteses em que a revelia não produzirá confissão 
 
Art. 844 da CLT 
 
(...) 
 
§ 4o A revelia não produz o efeito mencionado no caput deste artigo se: (Incluído pela Lei 
nº 13.467, de 2017) 
 
I - havendo pluralidade de reclamados, algum deles contestar a ação; (Incluído pela Lei nº 
13.467, de 2017) 
 
II - o litígio versar sobre direitos indisponíveis; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) 
 
III - a petição inicial não estiver acompanhada de instrumento que a lei considere indis-
pensável à prova do ato; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) 
 
IV - as alegações de fato formuladas pelo reclamante forem inverossímeis ou estiverem 
em contradição com prova constante dos autos. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) 
 
 
 
 
 
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> A necessidade (dever do Juiz) de recebimento da contestação e dos documentos da Reclamada revel, caso 
presente, na audiência, o seu advogado. 
 
Art. 844 da CLT 
 
(…) 
 
§ 5o Ainda que ausente o reclamado, presente o advogado na audiência, serão aceitos a 
contestação e os documentos eventualmente apresentados. 
 
OBS: A SUPERAÇÃO DA SÚMULA N. 122 DO TST 
 
SUM-122 REVELIA. ATESTADO MÉDICO (incorporada a Orientação Jurisprudencial nº 
74 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005 
A reclamada, ausente à audiência em que deveria apresentar defesa, é revel, ainda que 
presente seu advogado munido de procuração, podendo ser ilidida a revelia mediante 
a apresentação de atestado médico, que deverá declarar, expressamente, a impossibili-
dade de locomoção do empregador ou do seu preposto no dia da audiência. (primeira 
parte - ex-OJ nº 74 da SBDI-1 - inserida em 25.11.1996; segunda parte - ex-Súmula nº 
122 - alterada pela Res. 121/2003, DJ 21.11.2003) 
 
OBS: Não há tolerância com relação a atrasos DAS PARTES 
 
OJ-SDI1-245 REVELIA. ATRASO. AUDIÊNCIA (inserida em 20.06.2001) 
Inexiste previsão legal tolerando atraso no horário de comparecimento da parte na audi-
ência. 
 
- Tratando-se de audiência de prosseguimento e não de audiência inicial, a ausência das 
partes, caso tenham sido expressamente intimadas para tanto, importa aplicação da pena 
de confissão e não arquivamento ou revelia. 
 
OBS2: Tolerância com relação a atraso, de até 15min, DO JUIZ 
 
Art. 815 - À hora marcada, o juiz ou presidente declarará aberta a audiência, sendo feita 
pelo secretário ou escrivão a chamada das partes, testemunhas e demais pessoas que 
devam comparecer. (Vide Leis nºs 409, de 1943 e 6.563, de 1978) 
 
Parágrafo único - Se, até 15 (quinze) minutos após a hora marcada, o juiz ou presi-
dente não houver comparecido, os presentes poderão retirar-se, devendo o ocorrido 
constar do livro de registro das audiências. 
 
2.1.6 A consequência decorrente da ausência das partes à audiência em prosseguimento (de instrução) 
 
> Confissão ficta, tanto para Reclamante, quanto para a Reclamada. 
 
Súmula nº 9 do TST 
AUSÊNCIA DO RECLAMANTE (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 
A ausência do reclamante, quando adiada a instrução após contestada a ação em audi-
ência, não importa arquivamento do processo. 
 
Súmula nº 74 do TST 
CONFISSÃO. (atualizada em decorrência do CPC de 2015) – Res. 208/2016, DEJT divul-
gado em 22, 25 e 26.04.2016 
I - Aplica-se a confissão à parte que, expressamente intimada com aquela cominação, não 
comparecer à audiência em prosseguimento, na qual deveria depor. (ex-Súmula nº 74 - 
RA 69/1978, DJ 26.09.1978) 
 
 
 
 
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II - A prova pré-constituída nos autos pode ser levada em conta para confronto com a 
confissão ficta (arts. 442 e 443, do CPC de 2015 - art. 400, I, do CPC de 1973), não impli-
cando cerceamento de defesa o indeferimento de provas posteriores. (ex-OJ nº 184 da 
SBDI-1 - inserida em 08.11.2000) 
III- A vedação à produção de prova posterior pela parte confessa somente a ela se aplica, 
não afetando o exercício, pelo magistrado, do poder/dever de conduzir o processo. 
 
2.2 Concentração dos atos processuais numa única audiência (a regra da audiência una) 
 
- A CLT prevê a realização de audiências unas, sendo possível, entretanto, a divisão delas. 
 
Art. 849 da CLT - A audiência de julgamento será contínua; mas, se não for possível, por 
motivo de força maior, concluí-la no mesmo dia, o juiz ou presidente marcará a sua conti-
nuação para a primeira desimpedida, independentemente de nova notificação. 
 
OBS: No rito sumaríssimo, a audiência, necessariamente, tem que ser una, exceto absoluta impossibilidade, a cri-
tério do juiz. 
 
Art. 852-C. As demandas sujeitas a rito sumaríssimo serão instruídas e julgadas em audi-
ência única, sob a direção de juiz presidente ou substituto, que poderá ser convocado para 
atuar simultaneamente com o titular. 
 
Art. 852-H. 
 
(…) 
 
§ 1º Sobre os documentos apresentados por uma das partes manifestar-se-á imediata-
mente a parte contrária, sem interrupção da audiência, salvo absoluta impossibilidade, a 
critério do juiz. 
 
2.3 Publicidade 
 
- As audiências devem ser públicas, salvo nos casos de segredo de Justiça 
 
Art. 93 da C.F/88. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá 
sobre o Estatuto da Magistratura, observados os seguintes princípios: 
 
(…) 
 
IX todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas 
todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determina-
dos atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais 
a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse 
público à informação 
 
Art. 189 do CPC/2015. Os atos processuais são públicos, todavia tramitam em segredo 
de justiça os processos: 
 
I - em que o exija o interesse público ou social; 
 
II - que versem sobre casamento, separação de corpos, divórcio, separação, união está-
vel, filiação, alimentos e guarda de crianças e adolescentes; 
 
III - em que constem dados protegidos pelo direito constitucional à intimidade; 
 
IV - que versem sobre arbitragem, inclusive sobre cumprimento de carta arbitral, desde 
que a confidencialidade estipulada na arbitragem seja comprovada perante o juízo. 
 
 
 
 
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2.4 Local, Horário e Tempo Máximo de duração da Audiência 
 
- As audiências devem ser realizadas das 8h às 18h, não podendo ultrapassar 05h de duração, salvo em caso de 
matéria urgente 
 
- As audiências devem ser realizadas na sede do Juízo ou Tribunal ou, em casos especiais, em local designado 
pelo Juiz 
 
Art. 813 da CLT - As audiências dos órgãos da Justiça do Trabalho serão públicas e rea-
lizar-se-ão na sede do Juízo ou Tribunal em dias úteis previamente fixados, entre 8 (oito) 
e 18 (dezoito) horas, não podendo ultrapassar 5 (cinco) horas seguidas, salvo 
quando houver matéria urgente. 
 
§ 1º - Em casos especiais, poderá ser designado outro local para a realização das audi-
ências, mediante edital afixado na sede do Juízo ou Tribunal, com a antecedência
mínima 
de 24 (vinte e quatro) horas. 
 
§ 2º - Sempre que for necessário, poderão ser convocadas audiências extraordinárias, 
observado o prazo do parágrafo anterior. 
 
2.5 Tempo para apresentação de defesa oral 
 
Art. 847 da CLT - Não havendo acordo, o reclamado terá vinte minutos para aduzir sua 
defesa, após a leitura da reclamação, quando esta não for dispensada por ambas as par-
tes. 
 
OBS: Interstício Mínimo para a Defesa 
 
- O processo do trabalho não possui prazo para apresentação de defesa, devendo, entretanto, ser respeitado o 
interstício mínimo de 05 dias 
 
Art. 841 da CLT - Recebida e protocolada a reclamação, o escrivão ou secretário, dentro 
de 48 (quarenta e oito) horas, remeterá a segunda via da petição, ou do termo, ao recla-
mado, notificando-o ao mesmo tempo, para comparecer à audiência do julgamento, que 
será a primeira desimpedida, depois de 5 (cinco) dias. 
 
2.6 Prazo para razões finais 
 
Art. 850 da CLT - Terminada a instrução, poderão as partes aduzir razões finais, em prazo 
não excedente de 10 (dez) minutos para cada uma. Em seguida, o juiz ou presidente 
renovará a proposta de conciliação, e não se realizando esta, será proferida a decisão. 
 
2.7 Necessidade de duas propostas conciliatórias 
 
O Juiz, obrigatoriamente, deve fazer duas propostas conciliatórias: 
 
a) A primeira, na abertura da audiência 
 
Art. 846 da CLT - Aberta a audiência, o juiz ou presidente proporá a conciliação. 
 
b) A segunda, após as razões finais. 
 
Art. 850 da CLT - Terminada a instrução, poderão as partes aduzir razões finais, em prazo 
não excedente de 10 (dez) minutos para cada uma. Em seguida, o juiz ou presidente 
renovará a proposta de conciliação, e não se realizando esta, será proferida a deci-
são. 
 
 
 
 
 
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12 
OBS: O Juiz não está obrigado a homologar o acordo. 
 
Súmula nº 418 do TST 
MANDADO DE SEGURANÇA VISANDO À HOMOLOGAÇÃO DE ACORDO (nova reda-
ção em decorrência do CPC de 2015) - Res. 217/2017 - DEJT divulgado em 20, 24 e 
25.04.2017 
A homologação de acordo constitui faculdade do juiz, inexistindo direito líquido e certo 
tutelável pela via do mandado de segurança. 
 
2.8 Amplos poderes do Juiz 
 
- O Juiz possui amplos poderes na condução da audiência 
 
Art. 765 da CLT - Os Juízos e Tribunais do Trabalho terão ampla liberdade na direção do 
processo e velarão pelo andamento rápido das causas, podendo determinar qualquer di-
ligência necessária ao esclarecimento delas. 
 
Art. 852-D da CLT. O juiz dirigirá o processo com liberdade para determinar as provas a 
serem produzidas, considerado o ônus probatório de cada litigante, podendo limitar ou 
excluir as que considerar excessivas, impertinentes ou protelatórias, bem como para apre-
ciá-las e dar especial valor às regras de experiência comum ou técnica. 
 
3. Procedimentos no Processo do Trabalho 
 
3.1 Procedimento Comum Ordinário 
 
- Encontra-se regulado nos artigos 837 a 852 da CLT 
 
3.2 Procedimento Comum Sumário 
 
- Ação com valor não superior a 02 (dois) salários mínimos 
 
- Foi introduzido no âmbito do processo do trabalho pela Lei n. 5.584/70 > É a chamada “causa de alçada” 
 
- Só cabe recurso em caso de matéria constitucional 
 
Art. 2º da Lei n. 5.584/70 
 
§ 3º Quando o valor fixado para a causa, na forma deste artigo, não exceder de 2 (duas) 
vezes o salário-mínimo vigente na sede do Juízo, será dispensável o resumo dos depoi-
mentos, devendo constar da Ata a conclusão da Junta quanto à matéria de fato. 
 
§ 4º - Salvo se versarem sobre matéria constitucional, nenhum recurso caberá das sen-
tenças proferidas nos dissídios da alçada a que se refere o parágrafo anterior, conside-
rado, para esse fim, o valor do salário mínimo à data do ajuizamento da ação 
 
3.3 Procedimento Comum Sumaríssimo 
 
- Foi introduzido no âmbito do processo do trabalho pela Lei n. 9.957/2000, que acrescentou os arts. 852-A a 852-I 
à CLT. 
 
a) Cabimento 
 
- Submetem-se ao procedimento sumaríssimo os Dissídios Individuais que não excedam 40 salários mínimos na 
data do ajuizamento da ação, desde que o réu não seja Administração Pública direta, autárquica e fundacional. 
 
> Ação com valor não superior a 40 salários mínimos 
 
 
 
 
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> Cabível apenas na hipótese de dissídio individual 
 
> Cabível apenas se o réu não for Administração Pública direta, autárquica e fundacional. 
 
OBS: Se o réu for administração pública indireta (empresa pública e sociedade de economia mista, cabe o 
rito sumaríssimo) 
 
Art. 852-A. Os dissídios individuais cujo valor não exceda a quarenta vezes o salário mí-
nimo vigente na data do ajuizamento da reclamação ficam submetidos ao procedimento 
sumaríssimo 
 
Parágrafo único. Estão excluídas do procedimento sumaríssimo as demandas em que é 
parte a Administração Pública direta, autárquica e fundacional 
 
b) Requisitos específicos da petição inicial 
 
b.1) Pedido certo ou determinado e líquido (quantificado / com indicação dos valores de cada pedido) 
 
Art. 852-B. Nas reclamações enquadradas no procedimento sumaríssimo: 
 
I - o pedido deverá ser certo ou determinado e indicará o valor correspondente 
 
b.2) Indicação correta do nome e do endereço do Reclamado, sendo vedada a citação por edital 
 
Art. 852-B. Nas reclamações enquadradas no procedimento sumaríssimo: 
 
II - não se fará citação por edital, incumbindo ao autor a correta indicação do nome e 
endereço do reclamado 
 
- Caso as partes não observem os requisitos específicos previstos nos incisos I e II do art. 852-B, caberá o arquiva-
mento da ação com a consequente condenação ao pagamento das custas processuais 
 
Art. 852-B 
 
§ 1º O não atendimento, pelo reclamante, do disposto nos incisos I e II deste artigo impor-
tará no arquivamento da reclamação e condenação ao pagamento de custas sobre o valor 
da causa 
 
c) Tramitação especial 
 
Os processos submetidos ao procedimento sumaríssimo devem ser resolvidos no prazo de 15 dias (prazo dilatório) 
 
Art. 852-B. Nas reclamações enquadradas no procedimento sumaríssimo: 
 
III - a apreciação da reclamação deverá ocorrer no prazo máximo de quinze dias do seu 
ajuizamento, podendo constar de pauta especial, se necessário, de acordo com o movi-
mento judiciário da Junta de Conciliação e Julgamento. 
 
d) Audiência Necessariamente Una 
 
- No rito sumaríssimo, a audiência, necessariamente, tem que ser una, exceto absoluta impossibilidade, a critério 
do juiz. 
 
Art. 852-C. As demandas sujeitas a rito sumaríssimo serão instruídas e julgadas em audi-
ência única, sob a direção de juiz presidente ou substituto, que poderá ser convocado para 
atuar simultaneamente com o titular. 
 
 
 
 
 
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Art. 852-H. (…) 
 
§ 1º Sobre os documentos apresentados por uma das partes manifestar-se-á imediata-
mente a parte contrária, sem interrupção da audiência, salvo absoluta impossibilidade, a 
critério do juiz. 
 
e) Liberdade do Juiz na determinação das provas a serem produzidas 
 
Art. 852-D. O juiz dirigirá o processo com liberdade para determinar as provas a serem 
produzidas, considerado o ônus probatório de cada litigante, podendo limitar ou excluir as 
que considerar excessivas, impertinentes ou protelatórias, bem como para apreciá-las e 
dar especial valor às regras de experiência comum ou técnica 
 
f) Importância da conciliação 
 
Art. 852-E. Aberta a sessão, o juiz esclarecerá as partes presentes sobre as vantagens da 
conciliação e usará os meios adequados de persuasão para a solução conciliatória do 
litígio, em qualquer fase da audiência 
 
g) Decisões de plano de todos os incidentes e exceções 
 
- O Juiz deve resolver na própria audiência todos os incidentes e exceções, saneando o processo para prosseguir
à instrução 
 
Art. 852-G. Serão decididos, de plano, todos os incidentes e exceções que possam inter-
ferir no prosseguimento da audiência e do processo. As demais questões serão decididas 
na sentença. 
 
h) As Provas 
 
- Ainda que não requeridas previamente, todas as provas serão produzidas em audiência 
 
Art. 852-H. Todas as provas serão produzidas na audiência de instrução e julgamento, 
ainda que não requeridas previamente 
 
> Documentos: manifestação imediata, salvo absoluta impossibilidade: 
 
Art. 852-H. 
 
§ 1º Sobre os documentos apresentados por uma das partes manifestar-se-á imediata-
mente a parte contrária, sem interrupção da audiência, salvo absoluta impossibilidade, a 
critério do juiz 
 
> Testemunhas: máximo de 02 (duas), devendo comparecer independentemente de intimação 
 
Art. 852-H. 
 
§ 2º As testemunhas, até o máximo de duas para cada parte, comparecerão à audiência 
de instrução e julgamento independentemente de intimação 
 
§ 3º Só será deferida intimação de testemunha que, comprovadamente convidada, deixar 
de comparecer. Não comparecendo a testemunha intimada, o juiz poderá determinar sua 
imediata condução coercitiva 
 
> Prova Pericial: cabível somente quando a prova do fato exigir ou for legalmente imposta 
 
 
 
 
 
 
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15 
Art. 852-H. 
 
§ 4º Somente quando a prova do fato o exigir, ou for legalmente imposta, será deferida 
prova técnica, incumbindo ao juiz, desde logo, fixar o prazo, o objeto da perícia e nomear 
perito 
 
§ 6º As partes serão intimadas a manifestar-se sobre o laudo, no prazo comum de cinco 
dias 
 
§ 7º Interrompida a audiência, o seu prosseguimento e a solução do processo dar-se-ão 
no prazo máximo de trinta dias, salvo motivo relevante justificado nos autos pelo juiz da 
causa 
 
i) A sentença 
 
- A sentença, no procedimento sumaríssimo, tem o relatório dispensado 
 
Art. 852-I. A sentença mencionará os elementos de convicção do juízo, com resumo dos 
fatos relevantes ocorridos em audiência, dispensado o relatório 
 
§ 1º O juízo adotará em cada caso a decisão que reputar mais justa e equânime, aten-
dendo aos fins sociais da lei e as exigências do bem comum 
 
§ 3º As partes serão intimadas da sentença na própria audiência em que prolatada 
 
j) Recurso de Revista no procedimento sumaríssimo 
 
Só cabe Recurso de Revista nas causas sujeitas ao procedimento sumaríssimo em caso de contrariedade à Súmula 
do TST, Súmula Vinculante do STF e violação direta da CRFB/88 
 
Art. 896, §9º, CLT: § 9o Nas causas sujeitas ao procedimento sumaríssimo, somente será 
admitido recurso de revista por contrariedade a súmula de jurisprudência uniforme do Tri-
bunal Superior do Trabalho ou a súmula vinculante do Supremo Tribunal Federal e por 
violação direta da Constituição Federal. (Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014) 
 
Súmula nº 442 do TST 
PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO. RECURSO DE REVISTA FUNDAMENTADO EM 
CONTRARIEDADE A ORIENTAÇÃO JURISPRUDENCIAL. INADMISSIBILIDADE. ART. 
896, § 6º, DA CLT, ACRESCENTADO PELA LEI Nº 9.957, DE 12.01.2000 (conversão da 
Orientação Jurisprudencial nº 352 da SBDI-1) - Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 
e 27.09.2012 
Nas causas sujeitas ao procedimento sumaríssimo, a admissibilidade de recurso de re-
vista está limitada à demonstração de violação direta a dispositivo da Constituição Federal 
ou contrariedade a Súmula do Tribunal Superior do Trabalho, não se admitindo o re-
curso por contrariedade a Orientação Jurisprudencial deste Tribunal (Livro II, Título 
II, Capítulo III, do RITST), ante a ausência de previsão no art. 896, § 6º, da CLT. 
 
4. A Resposta do Réu 
 
4.1. Contestação 
 
- A contestação é a peça de defesa por excelência, na qual o Reclamado pode (deve) aduzir toda a matéria de 
defesa cabível. 
 
- A CLT prevê a apresentação de contestação oral, no prazo de 20 minutos. Se forem mais de um Reclamado, cada 
um deles terá 20 minutos para apresentação de defesa. 
 
 
 
 
 
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Art. 847 - Não havendo acordo, o reclamado terá vinte minutos para aduzir sua defesa, 
após a leitura da reclamação, quando esta não for dispensada por ambas as partes. 
(Redação dada pela Lei nº 9.022, de 5.4.1995) 
 
- Todavia, a prática forense consagrou a regra da apresentação de defesa escrita, sendo autorizada, por Lei, a 
apresentação de defesa escrita pelo sistema de processo judicial eletrônico até a audiência. 
 
Art. 847 
 
Parágrafo único. A parte poderá apresentar defesa escrita pelo sistema de processo judi-
cial eletrônico até a audiência. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) 
 
a) Prazo 
 
A CLT não prevê, assim como faz o CPC em seu art. 335 (15 dias), prazo para apresentação de contestação. Deve 
ser observado, entretanto, o prazo mínimo de 05 dias entre a notificação citatória e a data da audiência inaugural 
na qual deve ser apresentada a defesa. 
 
Art. 841 da CLT - Recebida e protocolada a reclamação, o escrivão ou secretário, dentro 
de 48 (quarenta e oito) horas, remeterá a segunda via da petição, ou do termo, ao recla-
mado, notificando-o ao mesmo tempo, para comparecer à audiência do julgamento, que 
será a primeira desimpedida, depois de 5 (cinco) dias. 
 
OBS: No caso da Fazenda Pública, por força de regra expressa (art. 1º, II e III do Decreto-Lei n. 779/1969) o prazo 
é em dobro para contestar e em quádruplo para recorrer, não se aplicando a regra do art. 183 do CPC/2015. 
 
Art. 1º Nos processos perante a Justiça do Trabalho, constituem privilégio da União, dos 
Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e das autarquias ou fundações de direito pú-
blico federais, estaduais ou municipais que não explorem atividade econômica: 
 
II - o quádruplo do prazo fixado no artigo 841, "in fine", da Consolidação das Leis do Tra-
balho; 
 
III - o prazo em dôbro para recurso; 
 
Art. 183. A União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas respectivas autar-
quias e fundações de direito público gozarão de prazo em dobro para todas as suas ma-
nifestações processuais, cuja contagem terá início a partir da intimação pessoal. 
 
b) Princípios aplicáveis 
 
> Princípio da eventualidade 
 
Art. 336 do CPC. Incumbe ao réu alegar, na contestação, toda a matéria de defesa, ex-
pondo as razões de fato e de direito com que impugna o pedido do autor e especificando 
as provas que pretende produzir. 
 
> Princípio da impugnação específica 
 
Art. 341 do CPC. Incumbe também ao réu manifestar-se precisamente sobre as alegações 
de fato constantes da petição inicial, presumindo-se verdadeiras as não impugnadas, 
salvo se: 
 
I - não for admissível, a seu respeito, a confissão; 
 
II - a petição inicial não estiver acompanhada de instrumento que a lei considerar da subs-
tância do ato; 
 
 
 
 
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17 
III - estiverem em contradição com a defesa, considerada em seu conjunto. 
 
Parágrafo único. O ônus da impugnação especificada dos fatos não se aplica ao defensor 
público, ao advogado dativo e ao curador especial. 
 
c) Defesa Indireta ou Contestação contra o processo (defesa processual / indireta / preliminares) 
 
- Cabe ao Reclamado, antes de fazer a defesa de mérito, apresentar, através de preliminares, a sua defesa proces-
sual. 
 
Art. 337 do CPC/2015. Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar: 
 
I - inexistência ou nulidade da citação; 
 
II - incompetência absoluta e relativa; 
 
III - incorreção do valor da causa; 
 
IV - inépcia da petição inicial; 
 
V - perempção; 
 
VI - litispendência; 
 
VII - coisa julgada; 
 
VIII - conexão; 
 
IX - incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização; 
 
X - convenção de arbitragem; 
 
XI - ausência de legitimidade ou de interesse processual; 
 
XII - falta de
caução ou de outra prestação que a lei exige como preliminar; 
 
XIII - indevida concessão do benefício de gratuidade de justiça. 
 
§ 1o Verifica-se a litispendência ou a coisa julgada quando se reproduz ação anteriormente 
ajuizada. 
 
§ 2o Uma ação é idêntica a outra quando possui as mesmas partes, a mesma causa de 
pedir e o mesmo pedido. 
 
§ 3o Há litispendência quando se repete ação que está em curso. 
 
§ 4o Há coisa julgada quando se repete ação que já foi decidida por decisão transitada 
em julgado. 
 
§ 5o Excetuadas a convenção de arbitragem e a incompetência relativa, o juiz conhecerá 
de ofício das matérias enumeradas neste artigo. 
 
§ 6o A ausência de alegação da existência de convenção de arbitragem, na forma prevista 
neste Capítulo, implica aceitação da jurisdição estatal e renúncia ao juízo arbitral. 
 
 
 
 
 
 
 
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d) Defesa Direta ou Contestação contra o mérito 
 
Aqui o Reclamado enfrenta o mérito da causa, contestando diretamente os pedidos do Reclamante, trazendo fatos 
negativos, extintivos, impeditivos ou modificativos do direito deste. 
 
A defesa de mérito comporta também as chamadas “preliminares de mérito” ou “questões prejudiciais”, como, por 
exemplo, alegação de prescrição. 
 
e) Compensação 
 
- A compensação é instituto de Direito Civil, traduzindo uma hipótese de extinção das obrigações uma vez que duas 
pessoas, ao mesmo tempo, são credoras e devedoras uma da outra 
 
Art. 368 do C.C/2002. Se duas pessoas forem ao mesmo tempo credor e devedor uma da 
outra, as duas obrigações extinguem-se, até onde se compensarem. 
 
- A compensação deve, necessariamente, ser arguida como matéria de defesa 
 
Art. 767 da CLT - A compensação, ou retenção, só poderá ser arguida como matéria de 
defesa 
 
SUM 48 DO TST COMPENSAÇÃO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 
A compensação só poderá ser argüida com a contestação. 
 
- Vale destacar que a compensação se resume a dívidas de natureza trabalhista 
 
SUM 18 DO TST COMPENSAÇÃO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 
A compensação, na Justiça do Trabalho, está restrita a dívidas de natureza trabalhista. 
 
OBS: A dedução/abatimento não se confunde com a compensação. A dedução significa o abatimento de valores já 
pagos, podendo ser determinada de ofício pelo Juiz. 
 
4.2. Exceções (defesa indireta) 
 
4.2.1. Suspensão do processo 
 
- A CLT, em seu art. 799, prevê a possibilidade de oposição das exceções de suspeição e incompetência, deixando 
claro que estas suspendem o processo. As demais exceções devem ser arguidas como matéria de defesa. 
 
Art. 799 - Nas causas da jurisdição da Justiça do Trabalho, somente podem ser opostas, 
com suspensão do feito, as exceções de suspeição ou incompetência. 
 
§ 1º - As demais exceções serão alegadas como matéria de defesa 
 
§ 2º - Das decisões sobre exceções de suspeição e incompetência, salvo, quanto a estas, 
se terminativas do feito, não caberá recurso, podendo, no entanto, as partes alegá-las 
novamente no recurso que couber da decisão final. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 
8.737, de 19.1.1946) 
 
4.2.2. Exceções de suspeição e impedimento 
 
- A CLT não prevê expressamente (art. 799) a exceção de impedimento, prevendo somente a exceção de suspeição. 
 
- Isto porque, quando da promulgação da CLT (1943), o processo civil era regido pelo CPC de 1939, CPC este que 
não previa a exceção de impedimento. 
 
 
 
 
 
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- Assim, a partir da regra prevista no art. 769 da CLT, é possível admitir, também, no processo do trabalho, a exceção 
de impedimento. 
 
a) Hipóteses de suspeição e impedimento 
 
- As hipóteses de impedimento estão previstos no art. 144 do CPC/2015 
 
Art. 144. Há impedimento do juiz, sendo-lhe vedado exercer suas funções no processo: 
 
I - em que interveio como mandatário da parte, oficiou como perito, funcionou como mem-
bro do Ministério Público ou prestou depoimento como testemunha; 
 
II - de que conheceu em outro grau de jurisdição, tendo proferido decisão; 
 
III - quando nele estiver postulando, como defensor público, advogado ou membro do Mi-
nistério Público, seu cônjuge ou companheiro, ou qualquer parente, consanguíneo ou afim, 
em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive; 
 
IV - quando for parte no processo ele próprio, seu cônjuge ou companheiro, ou parente, 
consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive; 
 
V - quando for sócio ou membro de direção ou de administração de pessoa jurídica parte 
no processo; 
 
VI - quando for herdeiro presuntivo, donatário ou empregador de qualquer das partes; 
 
VII - em que figure como parte instituição de ensino com a qual tenha relação de emprego 
ou decorrente de contrato de prestação de serviços; 
 
VIII - em que figure como parte cliente do escritório de advocacia de seu cônjuge, compa-
nheiro ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, 
inclusive, mesmo que patrocinado por advogado de outro escritório; 
 
IX - quando promover ação contra a parte ou seu advogado. 
 
§ 1o Na hipótese do inciso III, o impedimento só se verifica quando o defensor público, o 
advogado ou o membro do Ministério Público já integrava o processo antes do início da 
atividade judicante do juiz. 
 
§ 2o É vedada a criação de fato superveniente a fim de caracterizar impedimento do juiz. 
 
§ 3o O impedimento previsto no inciso III também se verifica no caso de mandato conferido 
a membro de escritório de advocacia que tenha em seus quadros advogado que individu-
almente ostente a condição nele prevista, mesmo que não intervenha diretamente no pro-
cesso. 
 
- As hipóteses de suspeição estão previstas no art. 145 do CPC 
 
Art. 145. Há suspeição do juiz: 
 
I - amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes ou de seus advogados; 
 
II - que receber presentes de pessoas que tiverem interesse na causa antes ou depois de 
iniciado o processo, que aconselhar alguma das partes acerca do objeto da causa ou que 
subministrar meios para atender às despesas do litígio; 
 
 
 
 
 
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III - quando qualquer das partes for sua credora ou devedora, de seu cônjuge ou compa-
nheiro ou de parentes destes, em linha reta até o terceiro grau, inclusive; 
 
IV - interessado no julgamento do processo em favor de qualquer das partes. 
 
§ 1o Poderá o juiz declarar-se suspeito por motivo de foro íntimo, sem necessidade de 
declarar suas razões. 
 
§ 2o Será ilegítima a alegação de suspeição quando: 
 
I - houver sido provocada por quem a alega; 
 
II - a parte que a alega houver praticado ato que signifique manifesta aceitação do arguido. 
 
- A CLT traz, no art. 801, hipóteses de suspeição e impedimento do Juiz 
 
Art. 801 da CLT - O juiz, presidente ou vogal, é obrigado a dar-se por suspeito, e pode ser 
recusado, por algum dos seguintes motivos, em relação à pessoa dos litigantes: 
 
a) inimizade pessoal; 
 
b) amizade íntima; 
 
c) parentesco por consangüinidade ou afinidade até o terceiro grau civil; 
 
d) interesse particular na causa. 
 
Parágrafo único - Se o recusante houver praticado algum ato pelo qual haja consentido na 
pessoa do juiz, não mais poderá alegar exceção de suspeição, salvo sobrevindo novo 
motivo. A suspeição não será também admitida, se do processo constar que o recusante 
deixou de alegá-la anteriormente, quando já a conhecia, ou que, depois de conhecida, 
aceitou o juiz recusado ou, finalmente, se procurou de propósito o motivo de que ela se 
originou. 
 
b) Tramitação da Exceção de Suspeição ou Impedimento 
 
b.1) Procedimento previsto na CLT 
 
- Apresentada a exceção, esta deve ser julgada, pelo próprio Juiz suspeito, no prazo de 48 horas. 
 
- Acolhida a exceção, distribui-se o
processo ao Juiz substituto. 
 
Art. 802 da CLT - Apresentada a exceção de suspeição, o juiz ou Tribunal designará au-
diência dentro de 48 (quarenta e oito) horas, para instrução e julgamento da exceção. 
 
§ 1º - Nas Juntas de Conciliação e Julgamento e nos Tribunais Regionais, julgada proce-
dente a exceção de suspeição, será logo convocado para a mesma audiência ou sessão, 
ou para a seguinte, o suplente do membro suspeito, o qual continuará a funcionar no feito 
até decisão final. Proceder-se-á da mesma maneira quando algum dos membros se de-
clarar suspeito. 
 
§ 2º - Se se tratar de suspeição de Juiz de Direito, será este substituído na forma da 
organização judiciária local. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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b.2) Procedimento previsto no CPC/2015 
 
- Há quem entenda que, pelo princípio da imparcialidade, o art. 802 da CLT, ao determinar que a exceção de sus-
peição ou impedimento seja julgada pelo próprio Juiz, não foi recepcionado pela C.F/88. Quem assim entende, 
sugere a observância do rito previsto no art. 146 do CPC/2015 que estipula o julgamento pelo órgão ad quem. 
 
Art. 146. No prazo de 15 (quinze) dias, a contar do conhecimento do fato, a parte alegará 
o impedimento ou a suspeição, em petição específica dirigida ao juiz do processo, na qual 
indicará o fundamento da recusa, podendo instruí-la com documentos em que se fundar a 
alegação e com rol de testemunhas. 
 
§ 1o Se reconhecer o impedimento ou a suspeição ao receber a petição, o juiz ordenará 
imediatamente a remessa dos autos a seu substituto legal, caso contrário, determinará a 
autuação em apartado da petição e, no prazo de 15 (quinze) dias, apresentará suas ra-
zões, acompanhadas de documentos e de rol de testemunhas, se houver, ordenando a 
remessa do incidente ao tribunal. 
 
§ 2o Distribuído o incidente, o relator deverá declarar os seus efeitos, sendo que, se o 
incidente for recebido: 
 
I - sem efeito suspensivo, o processo voltará a correr; 
 
II - com efeito suspensivo, o processo permanecerá suspenso até o julgamento do inci-
dente. 
 
§ 3o Enquanto não for declarado o efeito em que é recebido o incidente ou quando este 
for recebido com efeito suspensivo, a tutela de urgência será requerida ao substituto legal. 
 
§ 4o Verificando que a alegação de impedimento ou de suspeição é improcedente, o tri-
bunal rejeitá-la-á. 
 
§ 5o Acolhida a alegação, tratando-se de impedimento ou de manifesta suspeição, o tri-
bunal condenará o juiz nas custas e remeterá os autos ao seu substituto legal, podendo o 
juiz recorrer da decisão. 
 
§ 6o Reconhecido o impedimento ou a suspeição, o tribunal fixará o momento a partir do 
qual o juiz não poderia ter atuado. 
 
§ 7o O tribunal decretará a nulidade dos atos do juiz, se praticados quando já presente o 
motivo de impedimento ou de suspeição. 
 
c) Não cabimento de recurso contra a decisão que julga a exceção 
 
Art. 799 - Nas causas da jurisdição da Justiça do Trabalho, somente podem ser opostas, 
com suspensão do feito, as exceções de suspeição ou incompetência 
 
§ 2º - Das decisões sobre exceções de suspeição e incompetência, salvo, quanto a estas, 
se terminativas do feito, não caberá recurso, podendo, no entanto, as partes alegá-las 
novamente no recurso que couber da decisão final. 
 
4.2.3. Exceção de incompetência (territorial) 
 
a) Prazo para apresentação/arguição 
 
MUITA ATENÇÃO!!!!!!!!!!! > A Reforma Trabalhista mudou, de forma substancial, esta realidade, passando a exigir 
que a exceção de incompetência seja apresentada, em peça autônoma, no prazo de até cinco dias contados da 
 
 
 
 
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data do recebimento da notificação pelo réu. Assim, o réu não tem até a audiência para, em preliminar de contesta-
ção (como ocorre no CPC/2015 – art. 337, II), arguir a exceção de incompetência territorial. 
 
Art. 800. Apresentada exceção de incompetência territorial no prazo de cinco dias a 
contar da notificação, antes da audiência e em peça que sinalize a existência desta 
exceção, seguir-se-á o procedimento estabelecido neste artigo. (Redação dada pela Lei 
nº 13.467, de 2017) 
 
b) Suspensão do processo e da audiência inicial 
 
Art. 800. 
 
§ 1o Protocolada a petição, será suspenso o processo e não se realizará a audiência a 
que se refere o art. 843 desta Consolidação até que se decida a exceção. 
 
c) Prazo para defesa/manifestação pelo Reclamante 
 
> 5 dias: não é mais o prazo de 24h que estava previsto antes da Reforma Trabalhista!!!! 
 
Art. 800. 
 
§ 2o Os autos serão imediatamente conclusos ao juiz, que intimará o reclamante e, se 
existentes, os litisconsortes, para manifestação no prazo comum de cinco dias. 
 
d) Possibilidade de produção de prova oral no Juízo do Excipiente 
 
Art. 800. 
 
§ 3o Se entender necessária a produção de prova oral, o juízo designará audiência, ga-
rantindo o direito de o excipiente e de suas testemunhas serem ouvidos, por carta preca-
tória, no juízo que este houver indicado como competente. 
 
e) Irrecorribilidade imediata contra a decisão que julga a exceção 
 
- Como a decisão que acolhe ou nega a exceção de incompetência é interlocutória, não cabe recurso imediato 
contra esta decisão, salvo quando for determinada a remessa para outro Tribunal uma vez que passa a ser termi-
nativa de feito. 
 
Art. 800. 
 
§ 4o Decidida a exceção de incompetência territorial, o processo retomará seu curso, com 
a designação de audiência, a apresentação de defesa e a instrução processual perante o 
juízo competente. 
 
SUM-214 DO TST DECISÃO INTERLOCUTÓRIA. IRRECORRIBILIDADE (nova redação) 
- Res. 127/2005, DJ 14, 15 e 16.03.2005 
Na Justiça do Trabalho, nos termos do art. 893, § 1º, da CLT, as decisões interlocutórias 
não ensejam recurso imediato, salvo nas hipóteses de decisão: a) de Tribunal Regional 
do Trabalho contrária à Súmula ou Orientação Jurisprudencial do Tribunal Superior do 
Trabalho; b) suscetível de impugnação mediante recurso para o mesmo Tribunal; c) que 
acolhe exceção de incompetência territorial, com a remessa dos autos para Tribunal Re-
gional distinto daquele a que se vincula o juízo excepcionado, consoante o disposto no 
art. 799, § 2º, da CLT. 
 
4.3. Reconvenção 
 
- Trata-se de uma modalidade de resposta na qual o Reclamado demanda em face do Reclamante. 
 
 
 
 
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- Não possui previsão na CLT (exceto quanto ao cabimento de honorários advocatícios – art. 791-A, §5º, estando 
prevista como modalidade de resposta no CPC 
 
a) Apresentação no bojo da própria contestação 
 
Art. 343 do CPC/2015. Na contestação, é lícito ao réu propor reconvenção para mani-
festar pretensão própria, conexa com a ação principal ou com o fundamento da defesa. 
 
b) Necessidade de conexão com a ação principal ou a defesa 
 
Art. 343 do CPC/2015. Na contestação, é lícito ao réu propor reconvenção para manifestar 
pretensão própria, conexa com a ação principal ou com o fundamento da defesa. 
 
c) Prazo para defesa 
 
Art. 343 do CPC/2015 
 
(...) 
 
§ 1o Proposta a reconvenção, o autor será intimado, na pessoa de seu advogado, para 
apresentar resposta no prazo de 15 (quinze) dias. 
 
d) Desistência da Ação 
 
- A desistência da ação não prejudica a Reconvenção 
 
Art. 343 do CPC/2015 
 
(...) 
 
§ 2o A desistência da ação ou a ocorrência de causa extintiva que impeça o exame de 
seu mérito não obsta ao prosseguimento do processo quanto à reconvenção. 
 
e) Possibilidade de reconvenção CONTRA terceiro 
 
Art. 343 do CPC/2015 
 
(...) 
 
§ 3o A reconvenção pode ser proposta contra o autor e terceiro. 
 
f) Possibilidade de reconvenção PELO terceiro 
 
Art. 343 do CPC/2015 
 
(...) 
 
§ 4o A reconvenção pode ser proposta pelo réu em litisconsórcio com terceiro. 
 
f) Possibilidade de reconvenção
em caso de substituição processual 
 
Art. 343 do CPC/2015 
 
(...) 
 
 
 
 
 
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§ 5o Se o autor for substituto processual, o reconvinte deverá afirmar ser titular de direito 
em face do substituído, e a reconvenção deverá ser proposta em face do autor, também 
na qualidade de substituto processual. 
 
g) Possibilidade de reconvenção, independentemente de contestação 
 
Art. 343 do CPC/2015 
 
(...) 
 
 
 
 
 
 
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