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Estudo Dirigido Nutrição na Infância e Adolescência Diferencie diarreia aguda, persistente e desinteria. Diarréia aguda : Pode durar até 14 dias (a maioria se resolve em até 7 dias). Princ risco: desidratação e a perda de peso. Diarréia aguda com sangue: Desinteria (diarréia exsudativa). Princ risco: Dano à mucosa intestinal sepse e desnutrição, desidratação. Princ causadora: Shigella Diarreia persistente: Duração >= a 14 dias. Risco de desnutrição e desidratação. Diarreia com desnutrição grave (Marasmo ou kwashiokor): Infecção sistêmica grave, desidratação, falência cardíaca, deficiência nutricional. Quais os principais agentes da diarreia aguda e da diarreia persistente. Diarreia aguda: Vírus; bactéria; protozoários; parasitas e fungos. E coli; Shigela spp; Salmonella spp.; Yersinia spp; Rotavírus Vibrium cholerae; Campylobacter jejuni Giardia lamblia; Entamoeba Hystolitica; Crypstoporidium spp; Estrongilóide Diarreia persistente: Os principais mecanismos seriam a lesão da mucosa e o supercrescimento bacteriano. ***** Outras princ causas da diarreia aguda ou crônica são: Consumo excessivo de açúcar; Doença inflamatória intestinal Medicamentos Radiação ee quiioterapia Dumping Ressecção intestinal Câncer Doença celíaca HIV Alergia alimentar etc Explique o mecanismo que leva à diarreia. Adrência do patógeno à mucosa e produção de entrotoxinas; Dissolução da mucosa e da borda eem escova Translocação da mucosa com proliferação bacteriana na lâmina própria e nos gânglios linfáticos e mesentéricos. Quais são as consequências da diarreia. As consquencias são: Redução do apetite Redução da ingestão alimentar Má absorção de nutrientes Perda de nutrientes Suspensão da aliementação com fins de pausa intestinal *** Episódios repetidos Prejuízo no crescimentos e no sistema imunológico Cite, pelo menos 1 característica dos planos A, B e C no tratamento da diarreia. Indicação Diareia aguda sem sinais de desidratação. - Aumentar a oferta de líquidos. Manter o Aleitamento Materno (AM). Se criança em AM exclusivo, continuar AM e oferecer a SRO. Se criança não estiver em AM, oferecer um ou mais dos seguintes líquidos: SRO, caldos, sopa de galinha ou vegetais, soro caseiro, refresco de fruta sem açúcar, água de coco ou água potável. Bebidas industrializadas não são recomendadas, pois podem causar diarreia osmótica: refrigerantes, sucos industrializados, chá adoçado e café. Orientar sobre a quantidade de líquidos necessária após cada evacuação aquosa Até 2 anos: 50- 100 ml 2 a 10 anos: 100-200 ml - Zinco: 10 a 20 mg por 10 a 14 dias - Manter alimetação habitual da criança (Não promover jejum ou restrinções. Desaconselhar o consumo de bebidas com quantidades excessivas de açúcar) - Orientar a família a reconhecer sinais de desidratação ***O zinco faz parte da estrutura de várias enzimas. Tem importante papel na função e no crescimento celular. Atua também no sistema imunológico. Pode reduzir a duração do quadro de diarreia, a probabilidade da diarreia persistir por mais de sete dias e a ocorrência de novos episódios de diarreia aguda nos três meses subsequentes. O racional para seu emprego é a prevalência elevada de deficiência de zinco nos países não desenvolvidos (SBP, 2017). Indicação Diarreia aguda + desidratação . - Durante 4 horas administrar a SRO no serviço de saúde Pequenos gols usando copo ou colher. Em casos de vômitos aguardar 10 minutos. Manter o AM. - Após 4 hors, reavaliar a criança e classifica-la quanto a desidratação após selcionar tratamento adequado. Indicação Gravemente desidratadas. Reposição de líquidos via intravenosa ou sonda gástrica **Os medicamentos que diminuem a motilidade intestinal (loperamida, Imosec®) devem ser evitados nas diarreias causadas por microrganismos ou toxinas, pois podem retardar a eliminação dos mesmos e propiciar invasão sistêmica. O uso de antibióticos é indicado na disenteria por Shigella, na salmonelose em imunodeprimidos, na suspeita de sepse e nas infecções por parasitas específicos. Cite, ao menos 5 cuidados nutricionais da criança diarreica. Após reidratação oral, garantir aporte nutricional adequado; Corrigir erros alimentares; Estimular o aleitamento materno, quando possível; Aumentar a ingestão hídrica por meio de água, SRO, leite materno, e refrescos sem açúcar. Evitar chás, refrigerantes, café; Adequar consistência da dieta à idade e aceitação da criança; Leite pode ser substituído por iogurte natural sem açúcar; Aumentar fracionamento da refeição e reduzir volumes em relação ao habitual. Evitar carboidratos simples. Alimentos com maior densidade energética *O Leite matrno é fator de proteção para proliferaçao e recuperação da mucosa intestinal. A alimentação complementar – maior vulnerabilidade. **Inolerância à lactose e proteínas: podem ocorrer em casos mais graves de diarreia ***Após reidratação inicial, oferecer alimentos habituais da criança. Em relação à recomendação nutricional, fale sobre a oferta calórica, PTN, HCO, LIP, VIT, MIN e temperatura. Proteína : HIPERproteica para reposiçao e hipercatabolismo. (evitar purinas – estimulam o peristaltismo) Carboidrato : Sem concntração de disssacarídeos para evitar fermentação e desconforto abdominal. Priorizar cho complexos. Evitar/ restringir açúcares. Lipídeos: Evitar excesso de lipídeos. Combinar d TCL/TCM(fácil absorção) Vitaminas :Repor pela alimentação, em especial a TIAMINA pela função tônica no intestino Minerais : Repor perdas pela aimentação, em especial potássio pela função tônica no intestino. Temperatura: Evitar frios ou gelados para não acelerar o transito intestinal. Cite 3 estimulantes da fermentação bacteriana. Amidos rsistentes; Lactose (intolerância) Álcool Enxofre Sorbitol Frutose e sacarrose (Excesso) Estaquiose e rafinose (leguminosas) Fibras solúveis Defina constipação intestinal Fezes endurecidas e esforço para defecar por mais de 2 semanas Retenção de material fecal no cólon Sensação de esvaziamnto incompleto do reto após o ato de defecar *** Atenção não é considerada constipação: -Crianças que ainda mamam Eliminação de fezes endurecidas na forma de cíbalos, acompanhada de desconforto e manobras para eliminar as fezes, mesmo com a frequência normal pode ser considerada como constipação. -Lactentes em seio materno Eliminação de fezes sem dor, mas com intervalos que se prolongam até 7 dias Cite causas da constipação intestinal. Causas: Altrações dos reflexos intestinais constipação funcional que pode ser: ATÔNICA Mudanças alimentares Pouco resíduo Não atendimento ao reflexo de defecação De melhor solução (DEF. DE b1 k, sedntarismo, laxantes, dieta, mediação, tnsão emocional) ESPÁSTICA: rsistência do intetsino na propulsão das fezes Lesões orgânicas ( Associada a uma doença de base: Doença de Hirchsprung, malformação anorretal, doença de Chagas, tumores, hipotireoidismo, espinha bífida, hipocalemia, mielomeningolcele, paralisia cerebral, doença celíaca, fibrose cística.) Lesões primárias do SN entérico ou do SNC (tumot, trauma, infecção e neuropatias com dano ao SNC) Cite recomendações gerais do tratamento da constipação (pelo menos 5). Variar e aumentar a oferta de fibras (recomendação soc brasileira de pediatria: +5g/dia) Promover bom aporte hídrico (criança cerca de 800ml de água por dia). Realizar anamnese alimentar detalhada buscando identificar alimentação habitual, ingestão de líquidos e detectar erros alimentares. Uso de probiotico Gordura emulsionada estimuam a peristalse (azeite, creme de leite) Tiamina e potássio Aumentam a função tônica do intestino e aumentam a excitabilidade do SN parassimpático Frutas cruas: Aumentam orgânicos (aumentam a peristalse, aumentam potássio ) Evitar ou usar com moderação alimentos flatulentos: Couve-flor, repolho, brócolis, pepino, goiaba, jaca, babata-doce, pimentão, ervilha, nabo. Aumentar o consumo de hortaliças e frutas laxativas (abobrinha, abóbora, beterraba,milho, berinjela, etc) e folhosos, de preferência crus. Cereais integrais Cite fibras prebióticas e suas fontes. Frutanos: Inulina (aveia cebola, batata yacon etc), GOS (repolho, brocolis, beterraba, ervilha, fejões grão de bico etc) Defina doença celíaca (DC). Conceito: Doença celíaca é uma doença autoimune crônica do intestino delgado causada por uma reação ao glúten em pessoas com predisposição genética. Os sintomas clássicos incluem problemas gastrointestinais como diarreia crónica, distensão abdominal, má-absorção intestinal e perda de apetite. Enteropatia imunomediada causada por sensibilidade às PTN do GLÚTEN em indivíduos geneticamente suscetíveis, que gera resposta autoimune. As proteínas do glúten estão divididas em 2 grupos: as gliadinas, que pertencem à classe das prolaminas e as gluteninas, da classe das glutelinas. Glúten é usado para dar consistência, elasticidade e leveza às massas em geral, bolos, bolachas, pães e pizzas. Esses peptídeos são resistentes à digestão, atingem o intestino delgado intactas, alcançando a lâmina própria, ativando resposta imunológica. Causa atrofia das vilosidades intestinais prejudicando a absorção dos alimentos. No Brasil, a Lei Federal número 10.674 de 16 de maio de 2003, obriga a advertência “contém glúten” ou “não contém glúten” nos rótulos de todos os alimentos comercializados. Diferencie brevemente os 4 tipos de DC. Forma clássica: mnifestação logo nos primeiros ano de vida ( 6 a 24 meses de idade). Apresenta diarréia ou esteatorréia crônica após exposição ao glúten. Pode também apresentar dor abdominal recorrent, distensão abdominal, humor alterado (irritabilidade ou apatia), perda de apetite, anorexia, desnurição, anemia emagrecimento, ou pouco ganho de peso, deficiencia de nutriente e atraso no crescimnto. Forma não classica ou atípica: manifesta-se mais tardiamente com pouco ou nenhum sintoma gastro intestinal (semdiarréia). Os sintomas são geralmente extradigestivos: baixa estrutura, anemia ferropriva, hipoplasia do esmalt dentário, osteoporose entre outros) Forma assintomática: seria a ponta do iceberg. Caracteriza-se por alterações sorológicas e histológicas da mucosa do intestino delgado compatíveis com DC, na ausencia de manifestações clinicas, as quais apresentam melhora na retirada do glútn. Forma potencial ou latente: Sorologia positiva, mas com biopsia intestinal normal, mesmo com dieta contendo glúten Cite manifestações clínicas da DC. (REVER) Dermatite herpetiforme (DH) É considerada “DC da pele”, se apresenta com lesões cutâneas do tipo papulovascular e intensamente pruriginoso, mas não contagiosa. Ocasionada pela intolerância ao glúten. Os pacientes com DH devem realizar biopsia de pele, assim como a sorologia para o diagnóstico da DC. A sensibilidade intestinal à gliadina é de 60% e possuem atrofia vilosa grave do intestino delgado, A manifestação cutânea responde à dieta sem glúten. Como ocorre o tratamento nutricional da DC. (COMPLETAR) A dieta isenta de glúten é o único tratamento conhecido, devendo ser abordada por equipe multidisciplinar, visando a melhora da qualidade de vida e sobrevida do paciente. EXCLUIR: trigo, centeio, aveia* e cevada INCLUIR: milho, maisena, batata, inhame, cará, aipim, arroz, arrozina, feijão, soja, tapioca, canjica, amaranto, quinoa, painço, araruta, sorgo e trigo sarraceno, fécula de batata, polvilho. Emustab (emulsificante para sorvetes encontrada na seção de produtos para sorvetes, serve para dar liga na massa de bolos, pães e biscoitos) Restringir LACTOSE (intolerância) Em relação às recomendações nutricionais na DC, fale a respeito da PTN, HCO, LIP. -PROTEINA: HIPERproteica, para reposição e hipercatabolismo -CARBOIDRATO: ANP – excluir trigo centeio cevada etc. Aveia = pode ser usada em quantidades moderadas de acordo com peristalse intestinal. Priorizar: miho batata, arroz, soja, tapioca, amaranto, quinoa, painço, araruta trigo sarraceno. RESTRINGIR lactose Nas diarreias priorizar as fibras solúveis: pectinas (hidrofilica): aumenta viscosidade; aumnta AGCC (recuperação da integridade intestinal) -LIPÍDIOS: HIPOlipídica para não estimular a peristalse e causar saciedade. Priorizar combinação de TCL/TCM (fácil absorção) Defina Fibrose Cística (FC). Fibrose cística é uma doença genética que compromete o funcionamento das glândulas exócrinas que produzem muco, suor ou enzimas pancreáticas.Fibrose cística, ou mucoviscidose, é uma doença genética que se manifesta em ambos os sexos. Doença hereditária autossômica recessiva. Também conhecida como fibrose quística ou mucoviscidose. É uma doença hereditária comum, que afeta todo o organismo, causando deficiências progressivas, levando à morte prematura. Nome FC refere-se à característica cicatrizante (fibrose) e à formação de cistos. Também ocorre a formação de muco espesso e aderente, que obstrui glândulas e ductos. A alteração do transporte iônico nas glândulas sudoríparas compromete a reabsorção de cloro, que ajudam a reter água e sódio (cloreto de sódio), deixando o suor mais salgado (suor hipertônico), por isso também era conhecida como “doença do beijo salgado”. Cite consequências da FC em nível: intestinal; hepatobiliar; pâncreas e trato respiratório. Intestinos: O muco espesso reveste as microvilosidades do intestino absorção e digestão de nutrientes; Síndrome de obstrução intestinal distal (SOID): possui impacto recorrente e o tratamento inclui atividade física, medicação, enemas e lavagens intestinais, dieta rica em água e fibras. Fezes fétidas e volumosas (esteatoreia), cólicas, obstrução intestinal e prolapso retal. Insuficiência hepatobiliar: Acomete 5% dos casos e a mortalidade associa-se a 1 a 2% dos casos. Ocorre fibrose biliar, ocasionada pelo aumento da viscosidade da secreção, diminuindo o fluxo e ocasionando a obstrução biliar e reação inflamatória. O dano hepatobiliar pode exacerbar a severidade da má absorção pela inadequação da secreção da bile na emulsificação da gordura. reabsorção de ácidos biliares má absorção de gordura (fezes fétidas devido ao alto teor de gordura - esteatorreia). Insuficiência pancreática: Presente em 85 a 90% dos casos. O muco espesso obstrui os ductos pancreáticos e impede que as enzimas atinjam o duodeno; Secreção de bicarbonato, ocasionando um pH intestinal, prejudicando a ação das enzimas pancreáticas; Má digestão de alimentos, com consequente má absorção de nutrientes, diarreia crônica, esteatorreia. Lesão endócrina do pâncreas intolerância à glicose Trato Respiratório: Maior gravidade (responsável por 90% da mortalidade por FC) Atelectasia e Bronquietectasia; PNM e Pneumotórax; Bronquite aguda e crônica; Tosse crônica; Hemoptise (expectoração de sangue); Cor pulmonale (em fase avançada) – mau prognóstico. Cite alguns efeitos da FC sobre o estado nutricional. Gasto energético aumentado Trabalho aumentado da respiração Infecção crônica Tratamento médico (broncodilatadores e fisioterapia torácica - aumento do gasto energético) Ingestão reduzida Dispneia Fadiga Redução da saturação de oxigênio enquanto se alimenta Anorexia resultante da doença Distúrbios gastrintestinais (constipação e esteatorreia) Limitações adicionais Falta de recursos financeiros Capacidade de alimentação limitada Metabolismo alterado, alteração do paladar Qual relação a FC guarda com a desnutrição. A má nutrição em pacientes com FC é multifatorial e um dos mais graves e difíceis desafios no cuidado nutricional. Manifestações comuns: Diminuição ganho de peso e altura; deficiências nutricionais específicas; comprometimento da função pulmonar. Fatores relacionados: deterioração da função pulmonar anorexia e vômitos, esteatorreia insuficiência pancreática complicações biliares e intestinais ↑ das necessidades nutricionais, ingestão alimentar diminuída; ↑ das perdas nutricionais → Perda de massa magra e consequente depressão da função imunológica.
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