Mosca do Chifre e Fasciolose

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Mosca do chifre



Fasciolose hepática
Mosca do chifre

Mosca do chifre
? Sub-ordem: Cyclorrapha 
? Família: Calliphoridae 
? Gênero: Haematobia 
? Espécies: 
! H. irritans - mosca dos chifres – Cosmopolita 
! H. exígua - mosca dos búfalos – Austrália
Mosca do chifre
? Morfologia 
! Adultos com 4 mm 
! Cinzas c/ corpo escuro com listras
Importância econômica
? Prejuízos – U$ 1 bilhão (mundial) 
? Controle – ganho de peso (16% a 68%) 
? Brasil – U$ 150 milhões (Grisi et al., 2002) 
? Perdas econômicas 
! Ação irritativa e espoliativa 
! Ganho de peso 
! Eficiência alimentar 
! Produção leite
Importância econômica
? Infestação de 500 moscas/animal 
! Consumo de até 2,5 litros de sangue/dia 
! Perda de 40 Kg de peso vivo ano 
! Redução em até 15% a produção de leite 
! Diminui o libido e cio 
! Reduz a taxa de prenhez em até 15% 
! Inquietação dos animais 
! Depreciação do couro
Importância econômica
Ciclo biológico
Adultos vivem de 
3-7 semanas
Ciclo biológico
? Permanecem no animal e saem para realizar 
ovopostura 
? 10 a 20 ovos dia / bolo fecal úmido 
? Larvas - 4 dias 
? Sobrevivem em clima frio
Ciclo biológico
Epidemiologia
? Só se desenvolvem em fezes de bovinos 
? Cerca de 25% das fêmeas presentes no hospedeiro estão 
em fase de produção de ovos 
? Fêmeas voam rapidamente após a defecação 
! 15 min pós defecação 
? Pode voar até 15 km 
? Permanecem vivas de 18 a 26 horas sem se alimentar
Epidemiologia
Epidemiologia
? Raças 
? Preferência por animais adultos e de pelagem escura 
? Machos inteiros são mais atrativos que castrados 
(atividade de glândula sebácea e testosterona) 
? Altas densidades (até 10.000/an.) 
? Região do corpo – escapular, interescapular e costal 
? Chuvas – região ventral
Epidemiologia
? Animais mais velhos – mais parasitados 
? RS – Picos da população – Janeiro e Fevereiro 
? Infestação – Primavera até final de outono 
? Moscas permanecem no animal dia e noite 
? Vetor da Dermatobia hominis
Epidemiologia
Epidemiologia
Infestação
• No. de moscas 
por animal
• Grau de 
infestação
• Nível de 
Prejuízo
• Até 50 • Baixo • Pouco
• 50 a 200 • Médio • Tolerável (16 
kg/an/ano)
• > de 200 • Alto • Alto
Infestação
? A mosca-dos-chifres pode picar até trinta e oito 
vezes por dia 
? Duração de quatro minutos cada picada 
! Sugam durante duas horas e meia por dia
Controle
? Manejo 
! Desfazer o bolo fecal para ressecar as fezes e morte 
de ovos e larvas 
! Cuidar com o trânsito de animais em feiras e rodeios 
! Controle químico, biológico e genético
Controle
? Duas as metas 
! 1 - Reduzir as infestações das moscas a níveis toleráveis 
! 2 - Evitar, tanto quanto possível, o desenvolvimento de 
resistência das moscas aos inseticidas
Controle
? Métodos químicos 
! Piretróides, organofosforados, combinação Piretróide + 
organofosforados, macrolactonas (doramectina), mosquicidas 
e repelentes 
! Resistência 
? Métodos biológicos 
! Besouro africano - Digitonthophagus gazella, (besouro rola-
bosta) 
? Cruzamento: zebu x europeu
Controle
? Métodos químicos 
! Piretróides 
■ Alfametrina 
■ Cipermetrina 
■ Deltametrina 
■ Flumetrina 
■ Cialotrina
Controle
? Métodos químicos 
! Organofosforados 
■ Diazonon 
■ Clorpirifós  
■ Clorfenvinfós 
■ Coumafós 
■ Diclorvos 
■ Triclorfon
Controle
? Tratamento seletivo 
! Tratar animais mais parasitados (acima de 200 moscas)
Controle
? Brincos 
! Controla a Mosca do Chifre e outros ectoparasitos 
! Pode ser utilizado em gado de corte e de leite 
! Aumenta o ganho de peso 
! Reduz os frequentes banhos inseticidas por aspersão, ou 
imersão 
!Não requer tempo de espera entre a retirada dos 
brincos e o abate dos animais porque não deixa 
resíduos na carne
Controle
Controle
? Eficácia do produto selecionado 
? Rotação de bases químicas - sistema (3 x 1) 
? Formas de tratamento – produtos associados? 
? Manejo operacional 
? Monitoramento de infecção
Controle
? Digitonthophagus gazela
Controle
? Digitonthophagus gazela
Controle
? Digitonthophagus gazela 
! 24h cavando 
! Os ninhos (pêras) têm prof. de até 25 cm 
! Um casal de besouros chega a enterrar 7 kg de fezes/ano 
! Destrói um bolo fecal em 48 h 
! 10 vezes mais que o besouro brasileiro
Controle
? Embrapa
Controle
? Pó de alho a 2% contra a mosca 
!Não houve diferença (P<0,05) entre os grupos p/ 
ganho de peso, carrapatos, endoparasitas
Controle
? Cruzamento Industrial 
! Sangue zebu X Sangue europeu 
! Resistência a parasitas internos e externos 
(endoparasitas,carrapatos,mosca do chifre)
Fasciolose hepática
Etiologia 
? Classe Trematoda 
? Subclasse Digenea 
? Família Fasciolidae 
! Fasciola hepatica 
! Fasciola gigantica
Fasciolose hepática
? Brasil – presente em quase todos estados (SP, MG, 
RJ, PR, SC, RS) 
? RS – endêmica em região de fronteira com Uruguai 
? Causa de mortalidade e condenação de fígados em 
abatedouro 
? Zoonose
Importância econômica 
? Diminuição do ganho de peso (25%) 
? Redução da produção de leite, carne e lã (35%), induzido 
pela caquexia 
? Brasil 
! RS - perdas de U$ 400 mil/ano (fígados condenados em 
abatedouros) 
! SC - perdas de 1,28 litros/ leite/animal
Ciclo biológico
? Hospedeiro intermediário 
! Caramujos Lymnae (L.columella, L. viatrix, L. cubensis) 
? Hospedeiros definitivos 
! Suínos, javalis, cão, gato, bovinos, equinos, homem, 
ovinos, caprinos e lagomorfos (coelho, cobaia)
Ciclo biológico
? Fora do hospedeiro definitivo = 7 meses 
? No hospedeiro definitivo = 4 meses 
? Permanência do parasita adulto no hospedeiro 
definitivo?
Eclosão – 21 a 90 dias
1 miracídio – 
600 cercárias
Ciclo biológico
OVOPOSIÇÃO
VESÍCULA BILIAR
INTESTINO DELGADO
INTESTINO GROSSO
OVOS NAS FEZES
3-7 mil ovos/ 
dia
Epidemiologia
? Brasil 
!Maior incidência no Sul 
■ RS endêmica na região da fronteira com o Uruguai e na 
metade Sul 
■ Condições climáticas favoráveis para o desenvolvimento do 
molusco – grau de infecção na pastagem 
■ Regime de chuvas – Cheias e secas 
■ Hábito de pastar em locais banhados
Epidemiologia
? Bagé 25 
? Cacequi 11 
? D. Pedrito 23 
? Livramen. 12 
? S. Borja 30 
? Piratini 26 
? R. Grande 40 
? Osório 48 
? S. Maria 20 
? V. Aires 32 
? S. Sepé 16
Epidemiologia
Sinais clínicos
? Apatia 
? Fraqueza 
? Falta de apetite 
? Emagrecimento 
? Mucosas pálidas e edemaciadas 
? Dor em região hepática 
? Morte
Sinais clínicos
? Subclínico – Crônico 
! Perda de peso 
! Edema submandibular 
! Queda de lã 
! Debilitação por longos períodos 
! Mucosas pálidas 
! Anorexia 
! Diarreia crônica 
! Queda da produção de leite
Lesões hepáticas
Tratamento
? Formas imaturas 
! Triclabendazole (triclabendazole + ivermectina) – aumenta 
eficácia 
! Nitroxinil, rafoxanida, closantel 
? Formas adultas 
! Clorsulon, albendazole, netobimin
Tratamento
Tratamento
Drogas 
Dose (mg/kg)
Formas imaturas Adultos 
Netobimim 20 0 85-95%
Albendazole 15 < 60% 85-95%
Rafoxanide 7,5 85-95% 85-95%
Clorsulon 2 < 60% 95-100%
Niclopholan 3 < 60% 95-100%
Nitroxinil 10 60-85% 95-100%
Triclabendazol 12 85-95% 95-100%
Controle
? Medidas integradas – reduzir o número de HI (Lymnea) 
e a infecção dos HD 
? Observação e informação(vigilância epidemiológica do 
local e região) - Ocorrência em abatedouros 
? Monitoramento por coproparasitológico 
? Mapeamento de caramujos (georeferenciamento) 
? Eliminação da vegetação aquática modificando o 
habitat dos moluscos 
? Desinfecção de hortaliças para consumo humano 
(hipoclorito 1% / glutaraldeído 2%)