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Libras - Trabalho atividade avaliativa unidade 4

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UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA
DANIELLE PIRES DA SILVA CARVALHO
LÍNGUA BRASILEIRA DOS SINAIS
ATIVIDADE AVALIATIVA - UNIDADE 4
Rio de Janeiro
2019
A Libras e suas especificidades sociais
A Libras foi aceita no Brasil, legalmente, como língua oficial a partir da Lei n. 10.436, de 24 de abril de 2002. Por surgir espontaneamente da necessidade da comunicação dos membros da comunidade surda do Brasil ela é considerada como natural, porém ela não emerge naturalmente, é preciso trabalho social ativo e interação com os pares para que a criança se desenvolva.
Citado por Lacerda, Santos e Martins (2019, p.28), Lodi e Luciano (2009, p. 34) informam que:
Para que o desenvolvimento de uma criança surda se dê de forma semelhante ao de uma criança ouvinte, aquela deve ter contato com interlocutores que lhe insiram em relações sociais significativas por meio da língua de sinais. Será, então, por meio das interações estabelecidas com e pela criança que ela poderá ampliar suas relações com o mundo, desenvolver suas funções mentais superiores e, enfim, constituir-se sujeito da linguagem.
(LACERDA, SANTOS e MARTINS, 2019, p. 28 apud Lodi, Luciano, 2009, p.34) 
Por muito tempo o oralismo era utilizado na educação dos surdos. A educação oralista proibia que as crianças surdas tivessem contato com outros surdos. Geralmente, surdos filhos de pais ouvintes eram obrigados a se oralizar. Ainda, nos tempos atuais, percebemos o quanto é difícil a aceitação das famílias com filhos surdos. No relato de Auleo apresentado no vídeo “A travessia do silêncio” fica bastante evidenciado este comportamento quando ele diz que a fonoaudióloga o obrigava a falar e que seu professor batia em sua mão para ele não fazer sinais e, ainda, sua mãe que sempre dizia para ele falar e muitas vezes também batia em sua mão. Somente com onze anos a mãe de Auleo compreendeu que ele poderia utilizar os sinais para se comunicar efetivamente.
A partir de 1980, após a mudança de concepção acerca da surdez, que passou de patologia para diferença linguística, novas abordagens educacionais surgiram, como o bilinguismo.
O bilinguismo facilita a interação da pessoa surda com o meio social, dando-lhe condições sociais de igualdade para com os demais. Conforme Damázio (2007, p.20)
[...] a abordagem educacional por meio do bilinguismo visa capacitar a pessoa com surdez para a utilização de duas línguas no cotidiano escolar e na vida social, quais sejam: a Língua de Sinais e a língua da comunidade ouvinte. As experiências escolares, de acordo com essa abordagem, no Brasil, são muito recentes e as propostas pedagógicas nessa linha ainda não estão sistematizadas. Acrescenta-se a essa situação, a existência de trabalhos equivocados, ou seja, baseados em princípios da comunicação total, mas que são divulgados como trabalhos baseados na abordagem por meio do bilinguismo. (DAMÁZIO, 2007, p. 20)
A partir de diretrizes legais como, por exemplo a Lei 10.098, de 19 de dezembro de 2000 - Lei da Acessibilidade – que visa promover a acessibilidade nos sistemas de comunicação e sinalização nos diferentes segmentos sociais (Brasil, 2000); Resolução CEB/CNE nº 2, de 11 de setembro de 2001 – que visa assegurar a educação bilingue e profissionais interpretes, entre outros. (Brasil, 2001); Lei 10.436, de 24 de abril de 2002 – que oficializa a Língua Brasileira de Sinais – Libras. (Brasil, 2002); Portaria 3.284, de 7 de novembro de 2003 – que dispões sobre a acessibilidade dos surdos às universidades brasileiras (Brasil, 2003b) e o Decreto 5.626, de 22 de dezembro de 2005 – que dispõe sobre a Libras no Brasil (Brasil, 2005), contribuíram para o florescimento e a aceitação de uma cultura e identidade surda.
A cultura em que o sujeito surdo está inserido, portanto, descreve as crenças, os comportamentos, a história e os valores constituídos e constituintes das subjetividades inerentes às produções culturais. Nesse contexto somático, ressalta-se a língua não só como uma ferramenta de comunicação e transmissão da cultura, mas como elemento cultural engendrado de subjetividade, a partir da qual os surdos buscam construir sua própria identidade. (ARAÚJO, 2016, p. 32)
Os benefícios da Libras como língua materna estão na melhoria do desenvolvimento integral da pessoa surda, cognitivamente, afetivamente, culturalmente e socialmente. Possibilita ainda se reconhecerem como cidadãos de direitos, refletindo sobre seu papel na sociedade.
A Língua Brasileira de Sinais é a “forma de comunicação e expressão, em que o sistema linguístico de natureza visual-motora, com estrutura gramatical própria, constitui um sistema linguístico de transmissão de ideias e fatos, oriundos de comunidades de pessoas surdas do Brasil.” (BRASIL, 2002). Sendo uma língua que se materializa a partir do gesto-visual as expressões faciais e a linguagem corporal são muito importantes pois através dessas expressões é que sabemos se a frase está na forma afirmativa, interrogativa, negativa, imperativa ou exclamativa. De acordo com a expressão facial, um sinal pode mudar totalmente de significado pois atribui ao mesmo características, ideias, pensamento, emoções (alegria, tristeza, nojo, medo, aborrecimento e interesse). Assim sendo, as expressões faciais e corporais são elementos importantes para uma linguagem efetiva pois fazem parte dos parâmetros que são utilizados para produzir um sinal. Para que se possa utilizar a Libras com eficiência, é preciso saber adequar a expressão corporal e facial ao ambiente e à mensagem transmitida pois “não adianta, para o surdo, uma pessoa articular um sinal com a configuração, ponto de articulação e movimento certos, sem expressão facial, vale o mesmo que não ter dito nada, ou pior, ele pode não entender nada e interpretar de forma incorreta o que você estava tentando dizer.” (BRECAILO, 2012)

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