Prévia do material em texto
1 SUMÁRIO 1 PERIODIZAÇÃO DO TREINAMENTO............................................... 3 1.1 O que é Periodização .................................................................. 4 1.2 Para que serve periodização ....................................................... 5 2 VARIAVEIS E CONCEITOS GERAIS DE TREINAMENTO ............... 5 2.1 Frequência .................................................................................. 5 2.2 Intensidade .................................................................................. 6 2.3 Volume ........................................................................................ 7 3 O QUE É MICROCICLO, MESOCICLO E MACROCICLO ................ 8 3.1 Microciclo .................................................................................... 8 3.2 Mesociclo .................................................................................. 14 3.3 Macrociclo ................................................................................. 15 4 TIPOS DE HIPERTROFIA ............................................................... 16 5 ESTRUTURA TEMPORAL DE PERIODIZAÇÃO ............................ 17 6 TIPOS DE PERIODIZAÇÃO ............................................................ 20 6.1 Periodização paralela ................................................................ 20 6.2 Periodização em bloco .............................................................. 21 7 APROFUNDANDO NA PERIODIZAÇÃO......................................... 29 7.1 Periodização em paralelo .......................................................... 30 8 ANÁLISES DOS TREINAMENTOS X PERIODIZAÇÃO DE CADA TREINAMENTO ............................................................................................... 33 8.1 Westside Barbell ....................................................................... 33 8.2 The Juggernaut Method ............................................................ 34 8.3 Cube Method ............................................................................. 36 8.4 Starting Strength ....................................................................... 37 9 COMO FAZER UMA PERIODIZAÇÃO ............................................ 37 9.1 Períodos Básico ........................................................................ 39 2 9.2 Período Específico .................................................................... 39 9.3 Período de Destreinamento ....................................................... 40 10 PERIODIZAÇÃO DO TREINAMENTO E SUA IMPORTÂNCIA .... 40 10.1 Periodização do treinamento para alunos iniciantes .............. 43 11 PERIODIZAÇÃO DO TREINAMENTO ......................................... 43 11.1 O que a periodização ............................................................. 44 11.2 Benefícios da periodização .................................................... 45 12 CONCEITOS DA PERIODIZAÇÃO DO TREINAMENTO ............. 45 12.1 Macrociclo .............................................................................. 45 12.2 Mesociclo ............................................................................... 45 12.3 Microciclo ............................................................................... 46 12.4 Mesociclo de força máxima .................................................... 46 12.5 Mesociclo de hipertrofia muscular .......................................... 47 12.6 Mesociclo de definição muscular ........................................... 49 13 BIBLIOGRAFIA ............................................................................. 52 3 1 PERIODIZAÇÃO DO TREINAMENTO Fonte: www.efdeportes.com Nos últimos tempos, os treinamentos que visam ganho de força estão cada vez mais populares, muito devido ao papel que fórum tem na divulgação desse modelo de treinamento. Cada vez mais fica claro que a associação entre compostos + progressão da carga resulta em um ganho benéfico não só de força, mas também de estética no corpo. Assim sendo, segue algumas observações: 1 – Se você treina no modelo ABC (e demais variações), com muitos isoladores e uso de diversas máquinas, você não precisa periodizar seu treinamento. “Porque não preciso periodizar meu treinamento? ” Porque simplesmente estímulos isolados e contínuos de hipertrofia fora um contexto de periodização não fazem sentidos de serem feitos. Eu sei o impacto dessa frase e muitos podem reclamar, argumentando que cada um possui suas particularidades e que cresceram fazendo isoladores. Para periodizar, é necessário sair da faixa de 6-12 repetições, e isso é incompatível com seu treino ABC. 2 –Recomendo que leia os autores do leste europeu, como Tudor Bompa, Verkhoshansky e Matveiev. Ademais, periodizar é como treinar: gradualmente você aprende a treinar, e gradualmente você aprende a periodizar. Você precisar 4 estudar, entender e aplicar uma vez que periodizar envolve conhecimento empírico, envolve erro e acerto. 3 –Esclarecimento a respeitos de abreviações: · Manterei sempre sets X reps, assim 3x10 serão sempre 3 sets de 10 repetições · RM = 1 repetição máxima 1.1 O que é Periodização Periodização é a forma que seu treinamento é organizado de uma maneira a planejar seu treinamento da melhor forma possível, para que você, alcance seus objetivos, a médio e longo prazo. Apesar de tudo que queremos ser para ontem, utilizando a periodização adequada conseguimos garantir que alcancemos nossos objetivos a curto, médio e longo prazo…… Imagine por exemplo um remédio, ele faz bem, cura de doenças, mas está escrito para se tomar de 12 em 12 horas, por no máximo tantos dias. É assim que funciona a periodização, é prescrito um treinamento que você deve realizar X vezes por semana e por um tanto de tempo, para que seu corpo não se acostume com o estimulo e a cada dia você melhore mais. Um dos fatores mais importantes, se não o mais importante, que é totalmente ignorado por grande parte das pessoas é a importante do “DELOAD”, é algo como um período do treinamento em que você propositalmente treina mais fraco, para que seu corpo possa se recuperar de todo o dano causado pelo treinamento, evitando o over training e é justamente nesse período que você melhora mais! Para atletas avançados é necessário que esse período de intervalo de descanso seja mais frequente, mas ele pode ser de diversas maneiras, a cada 4 semanas, diminuir o volume, intensidade, densidade, duração, etc. Atletas intermediários podem continuar treinando firme por até 6 semanas e iniciantes por 8 semanas, a grande questão é que a prática de um planejamento bem elaborado é o que define se você irá alcançar seus objetivos rapidamente e com saúde. 5 Periodização é a organização de um modelo de treinamento em unidades de treinamento. Como assim? Periodizar é dividir um certo período de tempo, como, por exemplo, 10 semanas, e, nesse período de tempo, variar o tipo de estímulo induzido ao músculo. Desse modo, dentro de 10 semanas, haverá semanas voltadas para hipertrofia, semanas voltadas para força, semanas para explosão, semanas de peak, semanas de deload. 1.2 Para que serve periodização O ser humano funciona com base na teoria geral da adaptação. Essa teoria, de forma grosseira, afirma o seguinte: o corpo se adapta aos estímulos impostos a ele. Isto é, se você agachar, a adaptação do corpo será desenvolver pernas e um core forte. Se você supinar, a adaptação do corpo será desenvolver peito, ombros e tríceps fortes. Contudo, chegará um momento no qual a adaptação será difícil e, até mesmo, não ocorrerá.É aqui que entra a periodização: ela serve para superar esses platôs no intuito de fazer que você continuamente adicione massa muscular com o passar do tempo. 2 VARIAVEIS E CONCEITOS GERAIS DE TREINAMENTO 2.1 Frequência Frequência corresponde basicamente à quantidade de movimentos feitos dentro de um período de tempo, geralmente 1 semana. É simplesmente o quanto você executa um exercício em 1 semana. Por exemplo: squat/1x por semana. Isso significa que, em 1 semana, em um dos seus dias de treinamento, você irá agachar. 6 Fonte: leandroevangelista.blogspot.com.br 2.2 Intensidade Intensidade significa o quão pesado algum lift foi ao ser realizado, geralmente medida em % (porcentagem) Exemplo: uma pessoa capaz de supinar 100kg, ao supinar 60kg, a intensidade do lift foi de 60%. Esse conceito, embora banal, é fundamental, visto que é esse conceito que dita se você irá desenvolver hipertrofia ou força. Intensidades, em média, na faixa de 60-80% desenvolvem hipertrofia, ao passo que intensidades acima de 80% desenvolvem força. A tabela de prilepin é um excelente método para compreender isso: 7 Fonte: www.hipertrofia.org 2.3 Volume Enquanto a intensidade irá ditar qual estímulo você irá induzir no músculo (força ou hipertrofia), o volume irá ditar o quanto aquele estímulo é imposto. Por exemplo: você irá supinar 3x10 com 60kg de carga total. Agora você vai supinar 6x10 com 60kg total. As 30 repetições a mais representam um volume de treinamento muito maior, logo mais estímulo para hipertrofia será induzido ao músculo. “Está bem, entendi, mas espera aí! Eu sempre achei que 6 a 12 repetições era para causar hipertrofia”. Sim, 6-12 causam hipertrofia, você está certo. Contudo, não é porque são 6 a 12 repetições que o estímulo hipertrófico irá ocorrer, é porque essa faixa de 6-12 repetições encontra-se na faixa de intensidade de 60-80%, ou seja, faixas de trabalho que indutoras de hipertrofia. “Muito bom, quer dizer então que, se eu treinar 6x na semana, com um volume bem alto e uma intensidade enorme eu vou ficar grandão e forte, isso? ” Não, se você treinar desse modo, você irá conseguir somente uma lesão no manguito rotador ou uma hérnia de disco lombar. Aqui vai um conceito fundamental: volume, frequência e intensidade são conceitos cadeados, unidos. É preciso manipulá-los de forma a atingir o melhor desenvolvimento muscular da melhor forma possível, sem se lesionar. Por exemplo: para o meu corpo, agachar mais do que 3x na semana com uma 8 intensidade > 80% é meu limite. Se eu agachar 4x na semana com > 80%, eu estarei taxando meu corpo de forma lesiva, com chances de machucar. Desse modo, você precisa conhecer o seu corpo para entender o volume, a frequência e a intensidade necessários para desenvolvê-lo da melhor maneira possível. Para conhecer o seu corpo, é necessário treinar, é algo empírico, tentativa e erro. 3 O QUE É MICROCICLO, MESOCICLO E MACROCICLO A periodização de um programa de treinamento é fundamental para o sucesso de um atleta e clubes desportivos. Tal estratégia exige várias etapas, denominadas Microciclos, Mesociclos e Macrociclos, onde cada uma delas tem uma função e características próprias. Abaixo destacaremos o conceito de cada um deles: 3.1 Microciclo O microciclo está relacionado com a periodização tática, uma vez que a periodização tática orienta o treino em partes para o alto rendimento durante a época, uma vez que a equipa busca alcançar objetivos nas vertentes táticas, físicas, técnicas e psicológicas. Cada microciclo dura aproximadamente uma semana, ensina algo novo aos jogadores em algumas das sessões de treino, prepara os processos de jogo para o jogo seguinte, mantém a forma dos jogadores sem nunca procurar picos de forma. A introdução do microciclo, com as respetivas unidades de treino ou exercícios, elevou o rendimento dos jogadores, diminuiu o esforço físico e levou a um salto na evolução da organização tática no futebol. Quando um treinador prepara um plano de treino para uma semana respeitando os princípios do treino, significa que preparou um microciclo. Existe um objetivo fundamental no microciclo que é a concretização das quatro vertentes de treino no atleta: técnica, física, tática e psicologia. Por consequência, o microciclo eleva o rendimento do atleta e da equipa, pois o microciclo regula a gestão do treino entre estímulos mais fortes que evoluem as habilidades encontradas no organismo do atleta. 9 Para a equipa atingir os objetivos propostos pelo treinador, este deve organizar o treino sessões e treino similares que devem ser repetidas dentro do mesmo microciclo. Isto é, a primeira sessão de treino tem uma determinada intensidade e volume do treino. A segunda e a terceira sessão de treino devem ter intensidade e volume de treino parecidas com a primeira, uma vez que o organismo do atleta responde melhor aos estímulos quando já está habituado a estes. Mesmo nas sessões de trabalho comuns, e em outros desportos, o organismo precisa de se adaptar e só depois irá reagir. Se o treinador conseguir adaptar o atleta às necessidades que pretende, conseguirá desenvolver esse atleta com mais facilidade. Os Microciclos são as menores unidades do processo de periodização. São caracterizadas pelas sessões de treinamento e podem ser variáveis em período de acordo com a quantidade de sessões totais, normalmente totalizando entre 1 a 4 semanas de treinamento, variando de acordo com a capacidade a ser trabalhada. Os objetivos a curto prazo são conquistados de microciclo á microciclo, como a melhora em alguma técnica mais simples, correção de posicionamento, entre outros. O ajuste da intensidade e volume de treinamento é fundamental nessa fase para se alcançar os resultados esperados sem que haja contratempos. Um exemplo de um microciclo no esporte pode ser a preparação de um clube de futebol durante a semana para a preparação especifica para a partida no final de semana. O trabalho é direcionado para aquele adversário visando melhorar características que os façam ter melhorias físicas, técnicas e táticas que sejam importantes para se obter sucesso. Nesse momento, o treinador deve interagir com o aluno/atleta e expor objetivos, métodos utilizados, discutir dificuldades, prioridades e o desenvolvimento (BISQUOLO, 2010). Quais são os modelos diferentes de microciclos Podemos enumerar pelo menos seis modelos diferentes de microciclos. Cada um dos gráficos representa o volume das cargas aplicadas no treino por 10 cada modelo de microciclo. Cada folga representa folga do treino para recuperação metabólica: Microciclo de incorporação Fonte: www.teoriadofutebol.com Este microciclo é usado para ensinar e habituar o atleta aos estímulos encontrados durante o jogo. As cargas não são muito elevadas, e geralmente os exercícios não são psicologicamente complicados, assim como os estímulos não são muito fortes nem de alta intensidade. Microciclo ordinário Este modelo é muito encontrado no treino do futebol. Procura provocar adaptações orgânicas capazes de melhorar o nível de condicionamento do atleta, isto é, aumentar o tempo que o atleta consegue aguentar no jogo, a capacidade de intervenção do atleta em variadas situações, etc. 11 Fonte: www.teoriadofutebol.com Microciclo de choque Este modelo deve ser aplicado apenas quando o atleta está convenientemente preparado, uma vez que este modelo representa uma sobrecarga muitíssimoelevada, mas mesmo assim não pode ser aplicado por muito tempo. Caraterizado pelo ápice da aplicação de carga dentro de um mesociclo, este microciclo pode ser aplicado tendo em conta e volume quando o mesociclo está numa fase básica, e pode ser aplicado quando o mesociclo está numa fase específica. 12 Fonte: www.teoriadofutebol.com Microciclo de recuperação Este modelo é aplicado para que ocorra a restauração da homeostase do atleta de forma acelerada, assim como para acumular reservas para as exigências do treino aplicado num futuro próximo. Os estímulos são reduzidos, possibilitando a recuperação metabólica no atleta. 13 Fonte: www.teoriadofutebol.com Microciclo pré-competitivo Este modelo procura preparar o atleta para as necessidades de performance da competição, transferindo as capacidades físicas obtidas no treino para a competição. Equivale a preparar os atletas para condições meteorológicas, geográficas e horárias da competição, com uma estrutura definida pelo tipo da competição. 14 Fonte: www.teoriadofutebol.com 3.2 Mesociclo O Mesociclo é uma etapa mais extensa no período de treinamento e normalmente tem duração de 2 a 6 semanas ou microciclos (BISQUOLO, 2010). A duração dos mesociclos são variáveis de acordo com o calendário competitivo ou período proposto para alcançar objetivo geral. Em geral, existem mesociclos em várias etapas, normalmente introdutórios, pré competitivo, competitivo e recuperação. Podemos citar como exemplo de mesociclo a pré temporada, onde os atletas voltam de férias e buscam recondicionamento físico visando estar preparados para a temporada (pré competitivo), Preparação de manutenção de condicionamento, prevenção de lesões e aprimoramento tático de longo prazo 15 durante a temporada (Competitivo) e o trabalho de recuperação, onde o atleta já está esgotado da temporada e precisa de um trabalho com cargas mais leves que não permite que pare totalmente, porém, permite regeneração (Recuperação). 3.3 Macrociclo Fonte: www.efdeportes.com O planejamento geral, visando o maior objetivo de um período longo de treinamento é denominado Macrociclo. Um macrociclo é composto de vários mesociclos (no mínimo quatro). Um mesociclo é formado por vários microciclos, normalmente de dois a seis (Dantas, 1985). A união entre os resultados dos micro e mesociclos levam ao resultado conquistado no macrociclo. Ele pode ser variável dependendo da modalidade praticada. Alguns exemplos de macrociclo são: Macrociclo para a temporada de clubes de futebol, normalmente tem duração de um ano. Macrociclo para seleções nacionais de futebol visando a Copa do Mundo, normalmente com duração de quatro anos. Macrociclo de atletas olímpicos visando os Jogos Olímpicos, duração de quatro anos. 16 4 TIPOS DE HIPERTROFIA Fonte: www.academiabio.com.br Os conceitos mais modernos não mais utilizam a antiga ideia de treino para força e treino para hipertrofia. Atualmente, o que existe é o chamado esforço. Basicamente há 2 tipos de esforço: · O esforço repetitivo: é o novo nome para hipertrofia. É o esforço necessário para induzir hipertrofia, portanto são as faixas 6 a 12 repetições, geralmente. Esse tipo de esforço produz a chamada “hipertrofia sarcoplasmática”. Essa hipertrofia nada mais é do que acúmulo de água e metabólitos intracelular, isto é, de maneira grosseira, água dentro do músculo. E é esse por causa desse tipo de hipertrofia que você murcha quando para de treinar. Você não desenvolveu músculo amigo, você apenas reteve água dentro dele. Ao parar de treinar, ao ficar doente, ao se alimentar mal, você literalmente perde toda essa água e acaba murchando. Atenção amigo, esse tipo de treinamento, voltado para repetições, é um estímulo hormônio-dependente. Quanto mais hormônio um indivíduo tem circulando, melhor será a sua resposta ao treinamento de hipertrofia. Já ouviu as mulheres falarem que antes de menstruarem elas estão inchadas? Pois então, a menstrução é um sangramento de privação hormonal: quando os níveis de progesterona e estrogênio caem (sobretudo progesterona), elas menstruam e desincham. Olha só que coincidência: prévio a menstrução, momento no qual os níveis hormonais estão muito altos, elas estão retendo água, estão inchadas. 17 · O esforço máximo: é o novo nome para força. Aqui as faixas de repetição estão entre 1 a 5 repetições, geralmente 3 a 5. Esse estímulo de força induz a chamada “hipertrofia miofibrilar”. Você constrói músculo, literalmente. O músculo é composto por subunidades, as miofibrilas, e esse tipo de estímulo proporciona aumento das miofibrilas, ou seja, construção muscular propriamente dita. O estímulo dinâmico é o terceiro tipo de estímulo. A teoria por trás dessa afirmação é a seguinte: Se você pode mover um peso de X kg em Y segundos, e você fez um esforço Z, então você pode mover um peso de (X-10) kg em (Y-10) segundos fazendo o mesmo esforço Z. Assim, simplificando a teoria: embora a carga do exercício seja menor, essa mesma carga se moverá numa velocidade maior, caso o esforço Z for mantido. 5 ESTRUTURA TEMPORAL DE PERIODIZAÇÃO Fundada a teoria, vamos realmente abordar o que é periodização. No início desse texto conceituei que periodização é a variação dos estímulos em determinado período de tempo. Assim, esses períodos são divididos e conceituados da seguinte maneira: · Microciclo: compreende o recrutamento de um mínimo de 2 sessões de treino (Dave Tate). O microciclo tem objetivo de cumprir tarefas específicas: trabalhar força, trabalhar hipertrofia, trabalhar resistência, trabalhar explosão. Observe, abaixo, meu atual treinamento: Observe a 1º semana de treinamento e compare com a 2º semana. Claramente a 2º semana possui mais volume de treinamento. Portanto, os treinamentos/microciclos da segunda semana tem a função de adicionar volume, além de adicionar trabalho hipertrófico (observe as faixas de trabalhos do front squat, pause bench e, military press e dumbell row). 18 Fonte: slideplayer.com.br Mesociclo: a soma de vários microciclos corresponde a um mesociclo. O mesociclo é desenhado ao redor de um propósito. A maioria dos focos é voltado para força, hipertrofia ou outra habilidade física (resistência, etc.). Parece que por essas definições micro e mesociclo são a mesma coisa. Sim, micro e mesociclo são a mesma coisa, o que muda é o tempo total de estímulos. Se você treinar 3x na semana por 3 semanas, você fará 9 microciclos. Se todos esses 9 treinamentos focarem hipertrofia, você fez um mesociclo de 3 semanas com foco em hipertrofia. Quanto dura um mesociclo? Dura o tempo necessário para gerar o propósito pelo qual foi desenhado. Mais adiante farei algumas observações a respeito do tempo necessário em cada área. Sendo assim, observe novamente meu treino atual: Na semana 2, ocorre um grande acúmulo de volume e hipertrofia, portanto esse é o mesociclo de hipertrofia. Já nas semanas 3, 4 e 5, há foco em força. Portanto, o mesociclo é de 3 semanas com foco em força. Macrociclo: é a maior unidade de todas, compreende a soma dos mesociclos. É programado geralmente num total de semanas e reflete como foi o total de treinamento que você fez nesse determinado número de semanas. O objetivo máximo é, ao final do macrociclo, conseguir um peak de força, conseguir transformar todo o trabalho de hipertrofia e força previamente feitos em 1RM. 19 Assim, colocando em prática e resumindo o que foi visto até agora: Inicialmente todos precisam ter ideia de que periodizar significa variar intensidade X volume, ou seja, variar a % de um lift por determinado número de sets X reps. Quanto menor a %, maior o estímulo de hipertrofia, já quanto maior a %, maior o estímulo para força. Mas o volume? Enquanto a porcentagem basicamente determina o tipo de estímulo a ser dado, o volume irá determinar o quanto aquilo estímulo é imposto/induzido. As faixas de trabalho entre 6 a 10-12 repetições induzem basicamente o estímulo hipertrófico uma vez que propiciam hipertrofia sarcoplasmática. Quando um músculo recebe esse tipo de estímulo, o ambiente metabólico fica propício ao desenvolvimento de hipertrofia miofibrilar. Em palavras mais simples: um músculo hipertrofiado é um músculo com potencial para desenvolver força. Periodizar nada mais é do que organizar um determinado calendário para organizar e pautar quando e de que forma os estímulos hipertróficos e de força irão ocorrer. É aqui que entram os conceitos e a aplicabilidade de microciclo, meso e macrociclo. 20 6 TIPOS DE PERIODIZAÇÃO Fonte: pt.slideshare.net Vamos falar basicamente 2 tipos de periodização: periodização paralela e periodização em blocos: 6.1 Periodização paralela Também chamada de “periodização complexa” ou de “periodização simultânea”, é a periodização na qual você desenvolve as características de força e hipertrofia ao mesmo tempo, de forma simultânea. Essa é uma periodização excelente para pessoas consideradas intermediárias no treinamento com pesos, pois permite ganho de força e ganho de hipertrofia em paralelo. Um exemplo clássico desse modelo de periodização é o treinamento 5-3- 1: após o trabalho inicial do lift guiado pelo esquema 5-3-1, cujo objetivo é proporcionar hipertrofia miofibrilar (isto é, força), procede-se aos exercícios acessórios, cujo objetivo é proporcionar hipertrofia sarcoplasmática (isto é, hipertrofia). 21 6.2 Periodização em bloco Enquanto que na periodização paralela você desenvolve todas as características físicas ao mesmo tempo, na periodização em bloco você foca em determinada característica por um determinado período de tempo. Esse tipo de periodização é voltado para indivíduos que treinam a bastante tempo e que basicamente não conseguem mais evoluir utilizando a periodização paralela. Você foca seu treinamento em hipertrofia por algumas semanas, depois foca seu treinamento em força. Esse modelo de treinamento também ganhou outras nomenclaturas, como “periodização linear” ou “periodização tradicional”. Existe um terceiro modelo, chamado de “periodização pendular”. Antigamente havia poucas competições de força, fazendo que o atleta se preparasse o ano todo para competir no fim do ano. Com o surgimento de mais competições, surgiu a periodização pendular. Ela tem como objetivo preparar o indivíduo para produzir vários peaks ao longo do ano. Essa na prática é a periodização mais utilizada e na verdade ela simplesmente compreende um período de um ano dividido em vários blocos de várias semanas. Ao invés de atleta treinar o ano todo e fazer uma periodização de 50 semanas, ele fará 5 periodizações de 10 semanas. Agora, vamos comparar 2 treinos. Inicialmente vamos olhar o treino A: Esse é um clássico exemplo de periodização em paralelo. O primeiro movimento de cada dia é feito no sistema 5-3-1 e depois os movimentos auxiliares focam em hipertrofia na 1º e na 2º semana, ao passo que na 3º semana há um teste de força por RM. Após tudo isso, o ciclo de reinicia (indivíduo aumenta a carga e passa para o treino em vermelho). Esse formato de distribuição do treino permite ganhos de hipertrofia e força. Agora vamos observar o treino B: 22 No treino B, a 1º e a 2º semana são semanas mais volumosas, além de possuírem mais trabalho para hipertrofia, sobretudo na 2º semana. Após, segue- se um trabalho voltado para força, nas semanas 3, 4 e 5, para na última semana haver um peak. Esse é um modelo em bloco, na qual inicialmente é focado em hipertrofia para, em seguida, focar em força. SOBRE OS TIPOS Fonte: www.elhombre.com.br Força? Hipertrofia? Resistência? Apenas um treino? Semana sim, semana não? Essas são apenas das muitas perguntas que cercam não só atletas iniciantes, mas até mesmo atletas com certa experiência. O que optar dentro de um planejamento? Treino de força? Hipertrofia? Talvez… Conheça modos de periodizar seu treino, sem perder anos e sem esquentar a cabeça com apenas um objetivo. A realidade nua e crua é que o corpo precisa de todos esses métodos. Em seu devido espaço, é claro. Usar apenas um método ou modo de treinamento é, não somente pedir overtraining, mas acostumar o corpo com apenas um estímulo específico. 23 Mas como manter a ordem nisso tudo? Parte do ano foco em aumentar a massa muscular de algumas formas e outra apenas em definição? NÃO, não necessariamente. Você pode optar por uma periodização específica durante um ano todo, fazendo uma preparação do corpo por inteiro. Muitas são as formas de fazer isto, mas aqui fica uma dica de periodização anual (52 semanas): 1-2 (semana): Treino voltado para resistência muscular. Fonte: pt.slideshare.net A dieta aqui deve ser focada principalmente nos carboidratos, médias em proteínas e lipídeos. É importante ficar atento a hidratação e carboidratação do corpo para não perder massa muscular. O treino deve conter repetições altas e séries altas (4X15, 3X15…). Aeróbio também é uma boa pedida nesse momento. 3-15 (semana): Treino voltado para hipertrofia. 24 Fonte:www.musculacaoecia.com.br Aqui, a dieta é tão ou mais importante do que o treino. Você deve manter um equilíbrio o mais perfeito possível da quantidade e qualidade de sua alimentação. Essa fase deve ser rica em carboidratos, proteínas e lipídeos. É a fase que, de fato, terá mais influência em seu tamanho muscular. O treino deve conter exercícios básicos e técnicas das mais variadas possíveis. As repetições devem ser baixas/médias. 16-28 (semana) Treino voltado para hipertrofia, com pendência para força e explosão. 25 Fonte: academiaarena2016.blogspot.com.br Aqui, carboidratos e lipídeos são os principais nutrientes a serem usados. Proteínas devem sim ser consumidas, mas em menor quantidade do que em uma fase de construção muscular, propriamente dita. Músculo aqui será consequência, uma vez que estamos focando no aumento da força para as passagens posteriores. O treino deve ser breve e o mais básico possível. 29-31 (semana): Treino voltado para força e explosão máxima. As dicas, basicamente seguem as anteriores 26 Fonte: pt.slideshare.net Quanto ao treino, as repetições devem ser de 1-6 no máximo e, sempre com a execução perfeita. Pegar muita carga sem uma boa execução, pouco adianta. 32-35 (semana): Treino voltado para hipertrofia. Fonte: tavinutri.blogspot.com.br A dica é a mesma da parte anterior de hipertrofia, porém, o treino aqui será realizado com melhor qualidade e as repetições devem ser médias/altas. 27 36-43 (semana): Treino voltado para definição muscular. Fonte: www.musculacaoecia.com.br Basicamente a dieta terá o valor total de kcal reduzidos (não apenas de um Macronutriente), gerando um déficit. O treino deve continuar intenso, porémdeve ser UM POUCO mais volumoso. Aeróbios moderados após o treino ou em horário inverso ao treino são ótimas pedidas. 44-47 (semana): Treino voltado para vascularização. Um método que poucos adotam, mas que pode tranquilamente fazer a diferença. O uso de algum termogênico, combinado com uma dieta rica em ferro, vitamina C e são ótimos. 28 Fonte: programa-de-musculacao.blogspot.com.br O treino deve conter o mínimo de descanso possível e, deve conter altas repetições (15-25). 48-52 (semana): Descanso e treinos moderados. Fonte: globoesporte.globo.com 29 Aqui deve ser feita uma fase mais clean, ou “relax” ao atleta, caso não haja competição em vista. O corpo também necessita de descanso e um período para ele mesmo. Como podemos ver, formamos um circuito com o nosso corpo, afim de chocá-lo de tempo em tempo, produzindo resultados diferentes e, conseguindo bons objetivos durante todo o ano. 7 APROFUNDANDO NA PERIODIZAÇÃO Fonte: www.hipertrofia.org O objetivo final da periodização é desenvolver força e desenvolver o chamado “peak”. Peak significo “pico”, isto é, o máximo de força que se consegue colocar em prática, um “pico de força”. O peak é trabalho nas faixas de 1-3 de repetições, geralmente > 92-95% da RM. Assim, ao final de um período de semanas de periodização, o peak é a ferramenta utilizada para avaliar se aquele treinamento foi eficaz ou não. Para alcançar o peak, é necessário manipular volume X intensidade X frequência. E agora a complexidade do treinamento começa a ficar preocupante. É preciso manipular intensidade X volume X frequência associados a algum modelo de periodização, ou seja, associar essas 3 variáveis à periodização paralela ou à periodização em bloco. 30 Fonte: pt.slideshare.net 7.1 Periodização em paralelo Ao referir ao termo variáveis, significa que estará referindo à associação entre volume X intensidade X frequência. Variáveis X periodização em paralelo Na periodização em paralelo, no intuito de atingir um peak ao final da periodização, o volume de treinamento deve diminuir, ao passo que a intensidade (porcentagem do lift) deve aumentar. Assim como a intensidade, a especificidade deve aumentar. “O que é especificidade? ” Especificidade é o movimento principal do treinamento. Por exemplo: a especificidade do powerlifting é agachamento, supino e terra. Front squat, stiffs e paralelas constroem força? Sim, constroem, mas não são específicos do esporte uma vez que, quando o atleta sobe na plataforma para competir, ele compete no movimento específico do seu esporte: squat, bench e deadlift. Ao aumentar a especificidade, estamos aumentando a técnica do exercício. 31 Ainda seguindo no modelo de periodização paralela, a periodização Western, que compreende uma variação da periodização em paralelo, também merece destaque, pois nesse modelo de treinamento, ignoramos a técnica do esporte e focamos apenas nas variáveis, sobretudo na intensidade e no volume. Segundo a teoria advoga, a vantagem desse tipo de treino é que, caso um indivíduo atinja um platô, mesmo assim ele manterá sua técnica apurada. Assim, mesmo sendo uma periodização paralela, a qual desenvolve hipertrofia e força ao mesmo tempo, a especificidade dos exercícios é deixada de lado. Nessas circunstâncias, esse modelo perdeu força, no entanto, nunca deixou de ser abandonado. Eventualmente, alguns atletas podem se beneficiar desse tipo de treinamento. Fonte: rumoamaratonasp2012.wordpress.com Variáveis X periodização em bloco A periodização em bloco divide os mesociclos em trabalhos específicos: mesociclos de adaptação, mesociclos de hipertrofia, mesociclos de força. Os mesociclos foram renomeados para “blocos”, surgindo a “block periodization”, ou periodização em blocos. Aqui, a teoria afirma o seguinte: quando você se esforça ao máximo, chegará um ponto no qual a performance irá decair, contudo, passado algum 32 tempo, o qual permitirá a adaptação do organismo ao esforço anterior, a performance estará maior em comparação a performance anterior. A disposição desse modelo de periodização é tal que o bloco anterior deve diretamente melhorar/aumentar a performance do bloco seguinte. Assim, o desenvolvimento das características ao longo do tempo deve melhorar, a ponto do atleta, ao final da periodização em blocos, atingir um peak maior do que seu peak anterior. Os blocos são divididos da seguinte maneira: -Accumulation (ou bloco A): aqui você acumula trabalho, acumula alguma característica: hipertrofia, força, resistência, etc. -Transmutation (ou bloco B): aqui você novamente acumula trabalho, porém menos do que na fase anterior. Nessa etapa, o destaque é o aumento de intensidade que ocorre. -Realization (ou bloco C): aqui o volume chega ao mínimo possível, com a maior intensidade possível. Também se preconiza que a especificidade aumente aqui, no entanto esse quesito varia de autor para autor. Um exemplo disso: Agora vamos observar o treino abaixo: Esse treinamento utiliza o sistema paralelo de periodização. Esse é um modelo de treinamento para 12 semanas, na qual vocês estão observando somente as primeiras 6 semanas. No entanto, observem a nuância desse treinamento, pois ele possui, ao mesmo tempo, periodização em paralelo e em bloco. Enquanto ao longo das 12 semanas a pessoa irá executar a periodização em paralelo, desenvolvendo força e hipertrofia (sendo força basicamente pelo sistema 5-3-1 do primeiro exercício de cada dia, e hipertrofia pelos auxiliares), ela também irá trabalhar em blocos, nos exercícios auxiliares, em blocos de 3 semanas. O primeiro exercício de cada dia está voltado para o 5-3-1 desenvolvendo força. Os demais são auxiliares estão nas faixas de repetição inicialmente de hipertrofia e, com o passar de 3 semanas, para força. Assim, note a sutileza: a primeira semana dos auxiliares possui mais volume, é o bloco de hipertrofia/accumulation dos auxiliares. 33 A segunda semana o volume diminui um pouco e a intensidade aumenta, é o bloco intensification dos auxiliares. A última semana dos auxiliares foca em força, é o bloco de força/realization dos auxiliares. Inicialmente todos precisam ter ideia de que periodizar significa variar intensidade X volume, ou seja, variar % de um lift por determinado número de sets X reps. Quanto menor a %, maior o estímulo de hipertrofia, já quanto maior a %, maior o estímulo para força. Mas o volume? Enquanto a porcentagem basicamente determina o tipo de estímulo a ser dado, o volume irá determinar o quanto aquilo estímulo é imposto/induzido. 8 ANÁLISES DOS TREINAMENTOS X PERIODIZAÇÃO DE CADA TREINAMENTO 8.1 Westside Barbell Muito famoso, esse sistema utiliza a periodização paralela como modelo de treinamento. Nasceu da insatisfação do Louie Simmons com a periodização em bloco. Louie Simmons nomeou esse treinamento/essa periodização de periodização conjugada, na qual você desenvolve força, hipertrofia e explosão ao mesmo tempo. Na prática, o cara renomeou algo que já existia. Fonte: www.t-nation.com 34 8.2 The Juggernaut Method Esse é um modelo de treinamento espetacular, muito bom, contudo ele só é espetacular para esportes nos quais a força é uma característica secundária, e não a principal característica. Em outras palavras, não é o melhor método de treinamento para powerlifters, contudo é um excelente método para atletas de MMA, natação, atletas de futebol, basquete, etc. “Porque elenão é um bom método para quem treina exclusivamente para força? ” Porque as porcentagens iniciais, nas primeiras semanas de periodização (sobretudo as 6 primeiras) são muito baixas, e, se você quer treinar para força, você deve treinar com porcentagens >80%. O juggernaut é baseado na periodização em blocos, no entanto é uma periodização em blocos mais refinada. São 12 semanas de treinamento, ou 16 semanas, se você fizer o deload ao final de cada 3 semanas. O treino é dividido em fases, sendo que cada fase dura 3 semanas. Vou explicar a fase dos 10s: Na primeira semana você faz a chamada accumulation, acumulando trabalho. Na segunda semana da fase de 10s, você faz a intensification, na qual há aumento da intensidade e um menor volume. Na terceira semana da fase de 10s, você faz a realization, na qual a intensidade fica ainda maior, e o volume fica o mínimo. Finalizado a fase de 10s, você passa para a fase de 8s, e repete o processo accumulation, intensification e realization. Isso segue-se para as fases 5s e 3s. Agora perceba que as porcentagens aumentam da fase 10s até a fase 3s. Portanto, aqui é uma periodização em bloco mais refinada: enquanto as porcentagens aumentam dentro do período de 3 semanas em cada fase (accumulation, intensification, realization), ela também aumenta conforme gradualmente se passa da fase 10s até a fase 3s. 35 Fonte: www.hipertrofia.org Vou comentar aqui somente o antigo 5-3-1. Esse treinamento não é propriamente uma periodização clara, o que ele é possui é uma programação. São vários mesociclos de 3 semanas, na qual na primeira semana você faz um trabalho de acúmulo, na semana de intensificação e na terceira semana de realização. Os exercícios auxiliares são responsáveis pela construção de hipertrofia. Assim, nessa distribuição, essa é uma periodização em paralela “mascarada”, meio escondida. 36 8.3 Cube Method Fonte: www.powerliftingtowin.com Criado pelo powerlifter Brandon Lilly, esse método de treinamento rotaciona os estímulos nas semanas. Por exemplo: na segunda-feira você treina o supino com foco em força, na quarta-feira você treina agachamento voltado para hipertrofia e na sexta-feira você treina levantamento terra voltado para explosão. Na semana seguinte, tudo é rotacionado: o squat é treinado para força, supino para explosão e terra para hipertrofia. Na semana seguinte, rotaciona novamente: terra é treinado para força, supino para hipertrofia e squat para explosão. Aos sábados, sempre é feito um trabalho bodybuilding, com isoladores. Como existe essa rotação de estímulos, é dito que existe alguma periodização, que seria uma periodização paralela não-linear, um tipo de periodização na qual eu não abordei. Como somente esses 3 lifts são periodizados, esse modelo de treino é muito fraco do ponto de vista de variação de estímulos. 37 8.4 Starting Strength Fonte: swolegren.wordpress.com Mark Rippetoe é o cara desse programa. Embora muita gente reclame do squat que Mark Rippetoe ensina, esse cara deve ser respeitado. Ele foi capaz de deadliftear mais de 270kg. Esse não é um treino powerlifter, não é um treino voltado para força. Aqui não existe uma periodização, o que existe aqui é uma progressão, linear diga-se de passagem. A cada treino se adiciona carga, progredindo, portanto, linearmente o peso do exercício. 9 COMO FAZER UMA PERIODIZAÇÃO É preciso colocar em prática as variáveis volume X intensidade X frequência associadas ao modelo paralelo ou ao modelo em blocos. Os resultados do treinamento de musculação dependem de vários fatores, como a intensidade e o volume, a alimentação, o descanso e diversos outros fatores. Dentro disto, pensando a longo prazo, a musculação também precisa de um planejamento bem estruturado para que não se entre em um estado de estagnação e o controle do treinamento fique mais facilitado. Buscando um conceito que nasceu com o treinamento desportivo e que hoje é amplamente utilizado na musculação, vou te mostrar como montar a sua periodização. 38 Fonte: www.doutordosport.com.br A periodização foi desenvolvida inicialmente pelo Russo Matveev, a fim de melhorar a performance de seus atletas. Basicamente a periodização divide o ano em ciclos. O mais comum na musculação é usar um macrociclo, que é o total do treino, em um ano. Dentro deste macrociclo estão os mesociclos, que no modelo de um ano tem em média de 3 a 5 meses. E dentro dos mesociclos estão os microciclos, que são as sessões propriamente ditas, que podem ir de 1 dia até uma semana. Esta divisão por ciclos facilita muito o controle do treino e dos resultados, além de ser uma maneira gradual e correta de promover o desenvolvimento das qualidades físicas. Quero lembrar que este é um modelo de periodização para atletas e que devem ser feitas ressalvas quando utilizado por pessoas comuns. Após definir os ciclos, temos então as fases, que dependendo da duração dos mesociclos, podem durar de um a dois. Matveev (1975) dividia o treino em período preparatório, competitivo e de transição. No caso da musculação especificamente, este modelo sofreu algumas alterações, haja visto que muitas pessoas não competem e seu objetivo é somente melhorar aspectos estéticos e de saúde e não apenas de rendimento. Para este novo modelo, foram definidas as fases/períodos como sendo básico, que equivale ao preparatório, específico, que equivale ao competitivo, e 39 de destreinamento, que equivale ao de transição. Assim, vamos as especificidades de cada um destes períodos aplicados a musculação. 9.1 Períodos Básico Segundo Tubino (1994) nesta fase o principal objetivo é aumentar as possibilidades funcionais do organismo e das qualidades físicas necessárias para o fim estabelecido. Neste contexto é nesta fase que ocorrem os testes iniciais para acompanhar o desenvolvimento, e se inicia o treinamento que dará base para o treinamento posterior. No caso específico da musculação, é nesta época que deve-se buscar o desenvolvimento da resistência muscular localizada, da resistência muscular geral, da força pura e máxima. Assim, o treinamento nesta fase tem um volume mais elevado e uma intensidade moderada. Um período básico numa periodização de um macrociclo por ano geralmente dura entre 3 e 4 meses, dependendo dos objetivos. 9.2 Período Específico Nesta fase é que a intensidade aumenta e o volume diminui. Nesta fase, pessoas com um bom histórico de treino, podem usar métodos de treino como os já apresentados aqui (Heavy, Pirâmide, Falha total entre outros). Ou seja, é nesta fase, após construir a base no período anterior, que você conseguirá os resultados mais palpáveis e onde o treino fica mais “pesado”. É muito importante nesta fase termos a consciência de como foi o período básico, pois se este não foi executado corretamente, o específico ficará prejudicado, sendo mais indicado aumentar-se o período básico e diminuir o específico. Lembre-se que sem uma boa base você não construirá bons resultados. 40 9.3 Período de Destreinamento Este é o período que a maioria das pessoas está agora, as férias. Nesta fase a pessoa deixa de treinar ou faz um treino mais leve e mantem-se ativa, a fim de não perder totalmente o que construiu nos outros períodos. Este é uma fase muito importante, haja vista que o corpo se recupera de todo o esforço do ano e no próximo período básico estará renovado. 10 PERIODIZAÇÃO DO TREINAMENTO E SUA IMPORTÂNCIA Fonte: www.skatesaude.com.br Nós sabemos que ocorpo humano se projetou nos milhares de anos de evolução para adaptar-se o mais facilmente as mais diferentes condições proporcionadas pelo seu meio. É muito fácil perceber isso, ao entrar em uma piscina gelada e, minutos depois conseguir resistir a temperatura que se estabiliza com o meio. Ou até mesmo, indivíduos que vivem em condições climáticas muitas vezes superior as próprias temperaturas aceitáveis ao corpo humano. Como podemos observar, são muitos os mecanismos de equilíbrio encontrados pelo ser humano para manter-se de acordo com o ambiente. 41 Por essa teoricamente fácil adaptação é que, dentro dos esportes, buscamos sempre estímulos diferentes em intensidades diferentes. Em primeira instância, porque isso possibilita o sistema neuromotor do atleta não se adaptar a um estímulo e, assim, progredir sempre com diferentes formas de estímulos. Em segundo lugar, porque isso é uma maneira preventiva de overtraining e lesões. Saber periodizar o treino é manter-se na intensidade máxima, dentro de padrões aceitáveis pelo corpo. E claramente isso é importante e, faz a diferença. Se pararmos para analisar o quão é importante a periodização dentro dos esportes, podemos analogicamente comparar a periodização como a massa de um bolo. É justamente ela que promoverá a sustentação do recheio, da cobertura e dos enfeites. Ela é basicamente o alicerce para que tudo isso possa acontecer sem desmoronar. Agora, imagine que um bolo fosse unicamente a massa. Como o próprio nome disse, são períodos montados ou pré- estabelecidos. Dentro desses períodos, encontramos diversos métodos de treinamento e, claro, diversos estímulos diferentes. Assim como, por exemplo, se comermos um ou dois tipos de alimento, ficaremos deficientes por nutrientes, se dermos um único estímulo ao músculo, ele tenderá a acostumar-se também e, ficar carente por resultados (que na verdade é muito conveniente ao corpo). Acontece que ao falar de periodização grande parte das pessoas acreditam que isso trata-se apenas de mudar o treino. Mudar as séries, distribuição dos exercícios ou até mesmo os exercícios. E, em parte elas não estão erradas. Mas, simplesmente não posso considerar uma periodização um sistema ABC2X por semana que se tornou ABCDE com exercícios diferentes, porém com as mesmas técnicas, o mesmo número de séries, o volume muito parecido. Sinceramente, isso trata-se de mudança de divisão de treino e não periodização, propriamente dita. Você já reparou em treinamentos de powerlifters? Não, eles não buscam um corpo como nós fisiculturistas, mas, eles buscam resultados dentro da área deles. E para isso, eles precisam progredir, correto? Progressão essa que é feita da que considero a maneira mais inteligente. Não é porque eles são basistas ou 42 atletas de força que eles terão de, necessariamente treinar com suas 1RM o ano inteiro. Aliás, isso seria suicídio do ponto de vista biomecânico e ortopédico. A sobrecarga, principalmente em regiões específicas, seria absurdamente grande. Além de que, basistas contam com o uso quase que o tempo todo de grupamentos musculares que levam um certo tempo para se recuperar, seja pelo tamanho do grupamento, ou por sua complexidade. É o caso das pernas ou até mesmo da região lombar, por exemplo. Para os que bem repararam em treinos de basistas, eles realizam periodizações visando os mais diferentes aspectos ao ano: Força máxima, hipertrofia, treinamentos de equilíbrio, treinamentos tencionais, treinamentos com enfoque na fase excêntrica, treinamentos com enfoque na fase excêntrica, etc. Para nós fisiculturistas, essa periodização não seguirá o mesmo esquema, obviamente. Mas poderíamos entender dentro de um sistema periódicos espaços para força, hipertrofia, diminuição do percentual de gordura, descanso. Mas é difícil fazer as pessoas entenderem que isso é importante. Além de que grande parte desses “esportistas” ainda julgam o volume muito mais importante do que a intensidade e a qualidade. O resultado é uma grande parcela de lactato, íons de H+ e falta de resultados, do que músculos, propriamente ditos! Entre muitas outras periodizações, podemos tentar a anual, que é a que acho mais coerente e que é adotada por grandes atletas como Evan Centopani, Jonnie Jackson e outros. Basicamente, ela consiste em dividir os anos nas seguintes fases: Força e explosão, força máxima, hipertrofia muscular, redução do percentual de gordura, correção de pontos. Necessariamente elas não necessitam ter a mesma duração, claro. E também podem entrar em uma adaptação pela qual o atleta preferir, levando em consideração seus fatores biológicos, seus fatores fisiológicos, a data do campeonato… Fique sempre atento a sua periodização, então. Isso evitará quaisquer tipos de lesões, evitará a adaptação pelo corpo e possibilitará o máximo de performance do corpo como um todo, visando ótimos resultados satisfatórios. 43 10.1 Periodização do treinamento para alunos iniciantes Se você quer levar o treinamento de musculação a sério e progredir ano a ano, é essencial contar com a periodização do treinamento no seu programa de treinamento de força, aeróbio, nutrição e suplementação. Uma das principais razões pelas quais muitas pessoas não veem mudanças é porque eles não seguem o plano de musculação periodizado, empiricamente essas pessoas só adicionam pesos a seus exercícios de musculação e acham que vão ter resultado dessa forma. O plano de treinamento com pesos deve ser organizado em ciclos de 4 meses a 1 ano para que você possa ver uma evolução sólida. No início do planejamento do macrociclo é necessário que se tenha em mente quais são suas metas para ganho e definição muscular Quem deve usar a periodização do treinamento Você pode se perguntar se algum fisiculturista de renome adota essa abordagem em seu treinamento, a verdade é que a maioria dos fisiculturistas profissionais mesmo segue planos de periodização com abordam o treinamento, a nutrição, a suplementação e infelizmente até o uso de drogas para melhora do desempenho. O exemplo mais claro de como o treinamento de musculação periodizado pode ajudar a atletas que não têm a capacidade genética de seus adversários é Lee Labrada em segundo lugar no Mr. Olympia por vários anos e hoje chefe de Labrada Nutrition. 11 PERIODIZAÇÃO DO TREINAMENTO Atualmente o Dr. William Kraemer e Fleck especialista em de força é um dos maiores defensores do treinamento de musculação periodizado para alunos iniciantes. Este tipo de sistemas de treinamento foi desenvolvido por autores da antiga União Soviética e Alemanha. 44 Nesse contexto não podemos deixar de citar o Professor Tudor Bompa como um dos maiores autores de livros e artigos sobre a periodização do treinamento na musculação 11.1 O que a periodização Fonte: www.viverdecorrida.com Periodização abrange dividir seus treinamentos em períodos de 4 meses a 1 ano, com ciclos de construção da performance, em cada um destes ciclos você vai focar na melhora da força, hipertrofia, definição muscular ou transição para que ocorra o repouso ativo. O ciclo do treinamento de força máxima é projetado em para elevar a força máxima e quebrar os platôs de aumento de força. O ciclo de hipertrofia muscular quando associado a uma dieta hipercalórica com até 65 kcal por quilo corporal, irá potencializar os ganhos de força máxima que ocorreram no ciclo anterior com aumento da massa muscular. No ciclo de definição muscular, iremos tentar manter o máximo de massa muscular conquistada nos ciclos anteriores e reduzir a % de gorduracom uma dieta de até 30 kcal por quilo corporal. O aluno da musculação que treina pesado o ano inteiro sem seguir nenhum tipo de planejamento relacionado as séries, 45 nutrição ou suplementação em um curto período de treino estará fadado ao fracasso ou a ter que apelar ao anabolizantes para quebrar essa barreira. 11.2 Benefícios da periodização Os principais benefícios da periodização do treinamento na musculação é o aumento da força máxima, massa muscular e redução do risco de over training. O aumento da força e potência muscular é gradual o que aumenta a eficiência do sistema neuromuscular em mais unidades motoras e fibras musculares. Reduzir o risco de lesões O aumento da massa muscular tem maior qualidade pois a densidade miofibrilar é maior. 12 CONCEITOS DA PERIODIZAÇÃO DO TREINAMENTO É importante que antes do treino mostra exemplos em que podemos aplicar o conceito de periodização primeiro definir alguns conceitos. 12.1 Macrociclo Ciclos de treinamento se referem a períodos em que você treinar de um modo geral, estes ciclos são subdivididos em mesociclos. Por exemplo, podemos dizer que na musculação será um macrociclo focado em hipertrofia muscular e que o objetivo é a cada macrociclo é aumentar a massa muscular, sem, naturalmente, descuidar da definição. 12.2 Mesociclo O mesociclo é um período mais curto, normalmente de 4 semana a 8 semanas, são neles que vamos determinar as metas como força, hipertrofia ou déficit que o calendário anual vai perceber. 46 12.3 Microciclo São períodos de treinamento muito curtos, que podem durar apenas 7 de a 14 dias e são normalmente utilizados para variar as cargas de treinamento em micros de choque com carga de 100%, condicionante com carga de 80% a 90%, estabilizador com carga de 70% a 80% e recuperativos com carga de 60%. 12.4 Mesociclo de força máxima Depois de quatro semanas de adaptação ao treinamento com protocolo de três séries únicas diferentes (A1-A2-A3) para ajudar no aprendizado motor do aluno iniciante, começamos o mesociclo de força máxima por quatro semanas, que vai servir para estimular adequadamente o sistema neuromuscular e aumentar a potência, coordenação intra e intermuscular, o número de unidades motoras solicitadas que vai potencializar o meso de hipertrofia e preparar os tendões para o trabalho com altas cargas. Esquema para treinamento de força máxima Seg – Qua –Sex Supino 4×4-6 rep. | 120” intervalo Puxador 4×4-6 rep. | 120” intervalo Desenvolvimento 4×4-6 rep. | 120” intervalo Rosca direta 3×4-6 rep. | 120” intervalo Tríceps testa 3×4-6 rep. | 120” intervalo Ter – Sex Agachamento 4×4-6 rep. | 120” intervalo Flexora 4×4-6 rep. | 120” intervalo Terra 3×4-6 rep. | 120” intervalo 47 Adutora 3×4-6 rep. | 120” intervalo Gêmeos 4×6-8 rep. | 120” intervalo Abdominal reto 3×15 rep. | 60” intervalo O período de descanso entre as séries pode variar de 2-5 minutos, pois as reservas de fosfocreatina e ATP são restaurados totalmente só após de 5 minutos. A velocidade de execução deve ser máxima, mas com técnica perfeita se isso não for possível diminua o peso. 12.5 Mesociclo de hipertrofia muscular O mesociclo hipertrofia muscular para alunos iniciantes deve durar doze semanas, nele você vai promover altos níveis de degradação tecidual com séries de 8 a 15 repetições que devem durar no mínimo 20 segundos. A realização do mesociclo de hipertrofia deve ter alguns cuidados para se ter bons resultados, o controle de algumas variáveis como volume, intensidade, duração, intervalos, velocidade e frequência devem ser bem controlados. O treinamento de força promove hipertrofia em todas as pessoas, más alguns fatores como os; genéticos, nutricionais e distúrbios de sono podem influenciar negativamente na resposta hipertrófica. A dieta hipercalórica é outro fator preponderante no ganho de massa muscular, muitas pessoas querem ganhar massa muscular e perder gordura ao mesmo tempo, mas isso não acontece infelizmente. A dieta deve ser hipercalórica, saudável e balanceada com: carboidratos, lipídios, proteínas (aminoácidos), vitaminas e minerais. Em alguns casos deve- se realizar algum tipo de suplementação alimentar, sob orientação de um nutricionista. Esquema para treinamento de hipertrofia Seg – Qui Supino reto 3×10.8.6 | 60” de intervalo 48 Supino inclinado 2×8.12 | 60” de intervalo Pull over 1×15-20 | 60” de intervalo Puxador nuca 3×10.8.6 | 60” de intervalo Remada alta 3×8.12.15 | 60” de intervalo Desenvolvimento 3×10.8.6 | 60” de intervalo Elevação lateral 3×8.12.15 | 60” de intervalo Rosca direta com halter 3×10.8.6 | 60” de intervalo Rosca concentrada 2×8.12 | 60” de intervalo Tríceps testa 3×10.8.6 | 60” de intervalo Tríceps francês 2×8.12 | 60” de intervalo Obs. O bíceps e o tríceps já são estimulados no treino de peito, ombro e costas então devem ser realizadas um número menor de séries Ter – Sex Cadeira extensora 3×10.8.6 | 60” de intervalo Agachamento 2×8.12 | 60” de intervalo Flexora 3×10.8.6 | 60” de intervalo Stiff 3×8.12.15 | 60” de intervalo Adutora 3×10.8.6 | 60” de intervalo Gêmeos em pé 3×12 | 60” de intervalo Gêmeos sentado 3×15 | 60” de intervalo Abdominal reto 3×20 | 60” de intervalo Abdominal lateral 3×20 | 60” de intervalo Tríceps francês 2×8.12 | 60” de intervalo O período de descanso entre as séries pode variar de 1 minuto, pois as reservas de fosfocreatina e ATP são restauradas em 70% com esse intervalo e isso aumenta a produção de ácido láctico que estimula a hipertrofia muscular. 49 A velocidade de execução deve ser lenta, com 2 segundos na fase concêntrica e 3 na fase excêntrica. 12.6 Mesociclo de definição muscular O mesociclo definição muscular para alunos iniciantes deve durar 4 semanas, nele você vai reduzir as cargas de treinamento em 20%, o intervalo de recuperação entre as séries para 45 segundos e usar métodos com características glicoliticas como super série, tri série, drop set e auxotônico. Nessa fase o aluno vai introduzir o treinamento aeróbio de baixo impacto e realizar uma dieta hipocalórica com uma redução de no máximo 500kcal do que você se alimenta normalmente. Essa dieta sempre deve ser feita por um nutricionista. Esquema para treinamento de hipertrofia Seg – Qui Supino reto com halter 3×15 | 60” de intervalo Supino inclinado com halter 2×15 | 60” de intervalo Cruzamento no cabo 1×15-20 | 60” de intervalo Puxador articulado 3×10.8.6 | 60” de intervalo Remada baixa 3×8.12.15 | 60” de intervalo Desenvolvimento com halter 3×10.8.6 | 60” de intervalo Elevação lateral 3×8.12.15 | 60” de intervalo Rosca schott 3×15 | 60” de intervalo Tríceps entre os bancos 3×15 | 60” de intervalo Obs. O bíceps e o tríceps já são estimulados no treino de peito, ombro e costas então devem ser realizadas um número menor de séries 50 Ter – Sex Cadeira extensora 3×10.8.6 | 60” de intervalo Agachamento 2×8.12 | 60” de intervalo Flexora 3×10.8.6 | 60” de intervalo Stiff 3×8.12.15 | 60” de intervalo Adutora 3×10.8.6 | 60” de intervalo Gêmeos em pé 3×12 | 60” de intervalo Gêmeos sentado 3×15 | 60” de intervalo Abdominal reto 3×20 | 60” de intervalo Abdominal lateral 3×20 | 60” de intervalo Tríceps francês 2×8.12 | 60” de intervalo O período de descanso entre as séries pode variarde 1 minuto, pois as reservas de fosfocreatina e ATP são restauradas em 70% com esse intervalo e isso aumenta a produção de ácido láctico que estimula a hipertrofia muscular. A velocidade de execução deve ser lenta, com 2 segundos na fase concêntrica e 3 na fase excêntrica. 51 52 13 BIBLIOGRAFIA BADILLO, Juan J. G.; AYESTARÁN, Esteban G. Fundamentos do treinamento de força: aplicação ao alto rendimento desportivo. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2001 BOMPA, Tudor O. Periodização: teoria e metodologia do treinamento. 4. ed. São Paulo: Phorte, 2002. BOMPA, Tudor O.; CORNACCIA, Lorenzo J. Treinamento de força consciente. São Paulo: Phorte,2000 BOMPA, Tudor O. A periodização no treinamento desportivo. São Paulo: Manole, 2001. BOMPA, Tudor O. A periodização no treinamento esportivo. Barueri, SP: Manole, 2001. BARBANTI, Valdir J. Teoria e prática do treinamento esportivo. 2.ed, São Paulo: Edgard Blucher, 1997. CHAGAS, Mauro H. Análise do estresse psíquico na competição em jogadores de futebol de campo das categorias juvenil e júnior. 1995. 220 f. Dissertação de Mestrado – Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 1995. CHANDLER, T. Jeff; BROW N, Lee E. Treinamento de força para o desempenho humano. Porto Alegre: Artmed, 2009. FERNANDES, J.L. O treinamento desportivo. São Paulo: EPU, 1981. Filho, Hugo T.; Barbanti, Valdir J. A periodização do treinamento desportivo: histórico e perspectivas atuais. Revista Digital - Buenos Aires - Ano 14 - Nº 142 – 2010. FLECK, Steven J.; KRAEMER Willian J. Fundamentos do treinamento de força muscular. 3. ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 2006. FLECK, Steven J; KRAEMER, W illiam J. Fundamentos do treinamento de força muscular. 2.ed. Porto Alegre: Artmed, 1999. 53 FLECK, Steven J. Periodized strength training: a Critical Review. Journal of Strength and Conditioning Research, 1999, v. 13(1), n. 82–89, 1999. FLECK, Steven J; KRAEMER, W illiam J. Fundamentos do treinamento de força muscular. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2006. FORTEZA DE LA ROSA, C.A. Treinamento desportivo: carga, estrutura e planejamento. São Paulo: Phorte Editora, 2001. GARRETT, W illiam E; KIRKENDALL, Donald T.. A ciência do exercício e dos esportes. Porto Alegre: ARTMED, 2003. GOMES, Antonio Carlos. Treinamento desportivo: estruturação e periodização. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2009. GUIMARÃES NETO, WALDEMAR; Musculação – Intensidade Total 1° Edição – Phorte,2009 JIMÉNEZ, A. Undulating periodization models for strength training & conditioning. Fundação Técnica e Científica do Desporto, 2009, 5 (3), 1-5. JÚNIOR, Tacito Pessoa de Souza; PEREIRA, Benedito. Dimensões Biológicas do Treinamento Físico - Esportivo. São Paulo: Phorte, 2011. MARTIN, Dietrich; CARL, Klaus; LEHNERTZ, Klaus. Manual de metodología del entrenamiento deportivo. Barcelona: Paidotribo, 2001. MATVÉIEV, L.P. Fundamentos do treino desportivo. Lisboa: Livros Horizontes, 1986. MCARDLE, William D.; KATCH, Frank I.; KATCH, Victor L. Fisiologia do exercício: energia, nutrição e desempenho humano. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011. 1061 p. OMPA, Tudor O. Treinando atletas de desporto coletivo. São Paulo: Phorte,2005. 350 p. PLATONOV, V. N. Teoria geral do treinamento desportivo olímpico. Porto Alegre: Artmed, 2004. 54 PLATONOV, V. N. Tratado geral de treinamento desportivo. São Paulo: Phorte, 2008. SILVA, F.M. A necessidade de novas elaborações teórico - metodológicas para o treino desportivo: Uma realidade que se impõe. Revista Horizonte, v. XIII, n. 76, mar./abr, 1997. SILVA, F.M. Planejamento e periodização do treinamento desportivo: mudanças e perspectivas. In: Treinamento desportivo: reflexões e experiências. João Pessoa: Editora Universitária, p. 29-47, 1998. TUBINO, Manoel José Gomes; MOREIRA, Sérgio B. (Sérgio Bastos). Metodologia científica do treinamento desportivo. 13.ed, Rio de Janeiro: Shape, 2003. VERKHOSHANSKI, YV Hipertrofia Muscular: Bodybuilding. Editora Ney Pereira, Rio de Janeiro, 2003 WEINECK, J. Treinamento ideal. 9. ed. São Paulo: Manole, 1999. ZAKHAROV, Andrei; GOMES, Antonio Carlos. Ciencia do treinamento desportivo: aspectos teoricos e praticos da preparação do desportista, organização e planejamento do processo do treino, controle da preparação do desportista. Rio de Janeiro: Grupo Palestra Sport, 1992. ZATSIORSKY, Vladmir M. Ciência e pratica do treinamento de força. São Paulo: Phorte, 1999. ZHELYAZKOV, Tsvetan. Bases del entrenamiento deportivo. Barcelona: Paidotribo, 2001.