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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ Pós-graduação em Políticas e Gestão em Segurança Pública Resenha do Artigo ou Caso de Edward Norris e o Departamento de Polícia de Baltimore Nome do aluno (a) Cláudio Henrique de Resende Fernandes - Matrícula: 201801254681 Trabalho da disciplina Dados Criminais na Gestão de Segurança Pública Tutor: Prof. Alexandre Leite Duque de Caxias/RJ 2018 Inicialmente, percebemos uma pequena comparação da cidade de Baltimore com a cidade do Rio de Janeiro, logicamente, dentro de suas proporções e culturas. Baltimore, em 1820, como relata o texto, era a segunda maior cidade dos EUA, e vinha crescendo economicamente. Entretanto, em 1904, esse crescimento começou a ruir. Apos o incêndio, que destruiu o centro comercial da cidade e com uma população densa e com uma educação de baixa qualidade, o desemprego começou a aumentar trazendo com isso um aumento da criminalidade. E para piorar, veio a segunda grande guerra, e a morte de um líder negro – Matin Luther King Jr. E quando você pensa que não existe como ficar pior, ai que você se engana. Na década de 80, a Cidade é invadida por traficantes que vendiam crack. O prefeito da Cidade de Baltimore tentava contratar um dos consultores do NYPD, Edward T. Norris, para ser o comissário assistente encarregado das operações policiais, uma posição que ele ocupava em Nova Iorque na época, para tentar diminuir os índices de violência que acontecia na cidade. Norris iniciou seus trabalhos analisando os dados criminais da cidade, que diga-se de passagem era precários naquele momento. Ele percebeu que Baltimore era uma das cidades mais violentas dos EUA, com o maior índice de homicídios em comparação a cidades bem maiores que ela. A primeira coisa que Norris percebeu, ao andar pela Cidade, foi a tamanha pobreza em que o povo vivia e percebeu também a audácia dos vendedores de drogas, os mesmos ignoravam a Polícia. Norris teria muito trabalho para recuperar a Cidade de Baltimore, o departamento de Polícia estava degradado, policiais mal remunerados e não havia investimentos em tecnologia. Algo tinha que ser feito e bem rápido, foi então que percebeu que deveria atacar na prevenção, ou seja, em vez de punir jovens infratores, eles tentariam inserir esses jovens em programas comunitários, entretanto precisaria de membros da comunidade para ajudá-lo a pôr em prática essa ideia. Era preciso também um sistema de informação preciso e rápido. Havia um que era usado pela Polícia de Nova Iorque, o COMSTAT, em resumo, este sistema mapeava crimes, em especial a hora, local e tipo de crime. Percebe-se, como havia dito no início do texto, uma certa semelhança com a Cidade do Rio de Janeiro no que diz respeito a alta taxa de homicídios, vendas de drogas, pobreza em vários locais da Cidade, má remuneração policial, falta de estrutura e armamento obsoletos. Mas em nossa Cidade existe uma situação muito pior a que de Baltimore, que é as várias facções criminosas e grupos paramilitares conhecidos como milicianos que a cada dia cresce de forma descontrolada. E como resolver essa violência desenfreada que assola nosso Rio de Janeiro. Esse problema é bem complexo, e na minha humilde opinião a intervenção por si só não resultará na diminuição da violência. Como em Baltimore, temos que atacar a prevenção e não a consequência, e não é isso que está acontecendo aqui no Rio. Portanto, para começar a tentar resolver essa violência é preciso um investimento de verdade nas Polícias Investigativas, com sistemas de dados integrados e modernos, uma mudança radical em nossa legislação, e por último um investimento verdadeiro em educação, mas não esse sistema de educação que vem sendo aplicado, um sistema mentiroso em que a intenção é manter a população como alfabetizados funcionais para que esses governantes continuem a manipulá-los. Lógico, que o assunto é bem complexo e demandaria horas de discussão, entretanto, isso ficará para uma próxima ocasião.
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