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Resumo Completo Direito Civil III

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Resumo Direito Civil III – Aula 18/04/2019.
Adimplemento das obrigações:
Pagamento: é o que faz romper o vínculo obrigacional criado entre sujeitos, não se sujeitando mais ao que foi selado antes no contrato, uma vez que este cessou seus efeitos.
Quem deve pagar (elemento subjetivo):
Devedor - aquele quem selou tal obrigação por meio de um contrato.
Terceiro interessado (art. 304, caput) - é aquele que mesmo não sendo parte, vincula-se à obrigação, e pode ter seu patrimônio afetado caso a dívida, pela qual também se obrigou, não seja paga.
Terceiro não interessado - não se vincula juridicamente à obrigação, possuindo apenas um interesse meta jurídico. Quando o terceiro não interessado paga a dívida em seu próprio nome, ele tem o direito de exigir o reembolso do que pagou, mas quando ele paga em nome do devedor não possui o mesmo direito.
Em nome próprio – (Art. 305 CC)
Em nome no interesse do devedor – (Art. 304, parágrafo único)
- Hipótese em que não caberá reembolso no pagamento por terceiro não interessado que paga em nome próprio. (Art. 306, CC)
Eficácia do pagamento: 
“Só terá eficácia o pagamento que importar transmissão da propriedade, quando feito por quem possa alienar o objeto em que ele consistiu. ” (Art. 307, CC)
Resumo Direito Civil III – Aula 25/04/2019.
Pagamentos:
Daqueles a quem se deve pagar:
Art. 308 “O pagamento deve ser feito ao credor ou a quem de direito o represente, sob pena de só valer depois de por ele ratificado, ou tanto quanto reverter em seu proveito. ”
O pagamento deve ser feito ao credor ou ao seu representante legal, há três espécies de representante do credor: legal, judicial e convencional. Legal é o que decorre da lei, judicial é o nomeado pelo juiz e o convencional é o que recebe mandado outorgado pelo credor, com poderes especiais para receber e dar a quitação.
2. O pagamento a terceiro só será valido quando: 
- For ratificado pelo credor (ou pelo seu representante);
- quando reverter em proveito do credor;
- quando feito a credor putativo; 
Art. 309 “O pagamento feito de boa-fé ao credor putativo é válido, ainda provado depois que não era credor. ”
Será válido também o pagamento feito ao credor putativo, isto é, aquele que se apresenta aos olhos de todos como o verdadeiro credor. No caso, o credor originário terá que pedir ressarcimento ao credor putativo.
3. Hipóteses de invalidade do pagamento:
- Pagamento feito ao credor incapaz de quitar, salvo se se reverter em proveito do credor;
O pagamento há de ser efetuado a pessoa capaz de quitar, sobre pena de não valer (Art. 310). No entanto, provado que reverteu em proveito do incapaz, cessa a razão da ineficácia. 
- Pagamento de crédito penhorado ao credor, apesar de intimidado da penhora sobre crédito;
Deverá cumprir a dívida em juízo, e o juiz irá direcionar para o credor verdadeiro. 
- Pagamento ao credor apesar da impugnação de terceiro;
Quando um terceiro se opõe ao pagamento, se intitulando o verdadeiro dono do crédito. 
Do objeto do pagamento e sua prova: 
- Princípio da identidade da coisa devida;
O credor não é obrigado coisa diversa da qual lhe é devida, ainda que mais valiosa. (Art. 313)
- Indivisibilidade do objeto do pagamento; 
Ainda que a obrigação tenha por objeto prestação divisível, o pagamento não pode ser efetuado por partes, se assim não se ajustou, nem o devedor é obrigado a receber dessa forma. (Art. 314)
- Obrigações pecuniárias; 
Dividas em dinheiro – deve ser pago o valor que está escrito no título da dívida, ex: “em reais” 
Dividas de valor – ex: prestação de alimentos. Não é traduzida imediatamente em dinheiro, mas será. 
- Principio do nominalismo;
É vedado contrato com moeda estrangeira, salvo disposto nos artigos subsequentes que preveem a possibilidade de corrigi-lo monetariamente. (Art. 315)
Cláusulas de reajustes ou previsão de prestações cujo valor aumenta progressivamente (Art. 316): Comum em contratos de locação.
Possibilidade de revisão do valor das prestações por excessiva onerosidade: diz respeito a possibilidade de o devedor pedir a extinção do contrato por excessiva onerosidade; alteração excessiva do valor inicial acordado.
Hipóteses legais excepcionais em que se permite pagamento em moeda estrangeira ou em ouro (Art. 318).
Resumo Direito Civil III – 30/04/2019.
Prova de pagamento:
Direito à quitação (Art. 319 CC):
Quitação é o reconhecimento pelo credor do cumprimento da prestação. – Prova por excelência.
 Requisitos da quitação (Art. 320 CC)
São os requisitos da quitação: o valor e a espécie da dívida, o objeto da quitação, o nome do devedor ou de quem por este pagou, o tempo e o lugar do pagamento, devendo o recibo de quitação ser assinado pelo credor ou por seu representante. (Poderão não existir todos os requisitos).
Não há atração da forma (forma livre).
Presunções legais de pagamento: Quando este não se possa comprovar por meio de quitação total e regular.
Em pagamento de quotas periódicas, o pagamento da última parcela faz presumir o pagamento das anteriores. (Art. 322 CC) – Presunção relativa.
Presume-se o pagamento dos juros (acessórios) se houver quitação da prestação principal. (Art. 323 CC)
Presume-se o pagamento com a entrega do título (título de créditos ---- Nota promissória). (Art. 324 CC)
Lugar do pagamento:
Autonomia da vontade – Liberdade para fixar o lugar a ser executada a prestação.
Omissão – Domicílio do devedor (Art. 327 CC)
Obrigações quesíveis (Querable) – Presunção
Dívida cujo pagamento deve ser feito no domicílio do devedor, ou no local por este escolhido, em virtude do que cabe ao credor procurar o devedor para que cumpra o pagamento.
Obrigações portáveis (Portable) – o devedor precisará procurar o credor para se isentar da obrigação, passando a ser sua a responsabilidade de provar que ofereceu a prestação ao credor.
Tempo de Pagamento:
Termo certo/incerto
Obrigações sem prazo (Art. 331 CC)
Pagamento da satisfação imediata = Regra geral
Obrigações condicionais (Art. 332 CC) – (Mora ex personae - Depende da atitude do credor, precisa notificar o devedor que está em mora)
Existem obrigações que são condicionais. A condição pode ser suspensiva, aquela que suspende a eficácia do negócio jurídico ou resolutiva, que como o próprio nome diz resolve e põe fim a obrigação. O que as condições têm em comum é que ambas ficam subordinadas a um evento futuro e incerto.
Hipóteses de vencimento antecipado da dívida (Art. 333 CC)
Resumo Direito Civil III – Aula 02/05/2019.
Modalidades Especiais de Pagamento:
1. Pagamento em Consignação:
O pagamento por consignação é o meio pelo qual o devedor extinguirá a sua obrigação perante o credor, no caso de este recusar-se a receber o pagamento, não tomar a iniciativa de recebê-lo ou ainda quando seu paradeiro for desconhecido. Tem por finalidade liberar o devedor do cumprimento da obrigação, afastando os efeitos da mora. 
- O pagamento será feito por deposito judicial ou estabelecimento bancário:
Art. 334 “Considera-se pagamento, e extingue a obrigação, o depósito judicial ou em estabelecimento bancário da coisa devida, nos casos e forma legais. ”
2. As hipóteses de cabimento estão previstas no art. 335 e incisos:
a) se o credor não puder, ou, sem justa causa, recusar receber o pagamento, ou dar quitação na devida forma (inciso I): A norma exige que a recusa seja justa, mas a constatação da veracidade de tal justiça somente pode ser verificada, em definitivo, pela via judicial. 
Ex.: A, locador de um imóvel a B, se recusa a receber o valor do aluguel ofertado por este último, por considerar que deveria ser majorado por um determinado índice previsto em lei, B poderá consignar o valor, se entender que 
o reajuste é indevido.
b) se o credor não for, nem mandar receber a coisa no lugar, tempo e condição devidos (inciso II): Trata-se de dívida quérable (quesível), em que o pagamento deve efetuar-se no domicílio do devedor. Se o credor não comparecer ou mandar terceiro para exigir a prestação, isso nãoafasta, por si só, o vencimento e a exigibilidade da dívida, pelo contrário, pelo que se autoriza a consignação do valor devido. 
Ex.: Se A acerta receber um pagamento de B no dia 21/04/2008 e, chegando o dia combinado, A não comparece, nem manda ninguém em seu lugar, a dívida vencerá no pagamento. Para evitar as consequências jurídicas da mora, poderá B depositar o valor devido à disposição de A, extinguindo-se a obrigação.
c) se o credor for incapaz de receber, for desconhecido, declarado ausente, ou residir em lugar incerto ou de acesso perigoso ou difícil (inciso III): O incapaz, em razão de sua condição, não deve receber o pagamento. A exigência da lei é que o devedor pague ao seu representante legal. Mas se, por algum motivo, o pagamento não puder ser efetuado a este (por inexistência momentânea ou por ser desconhecido, ou se recusar a recebê-lo sem justa causa, por exemplo), a solução será consigná-lo; Credor desconhecido, ocorre por exemplo, se A deve a importância de R$1.000,00 a B e este vem a falecer, não se sabendo quem são seus efetivos herdeiros, na data de vencimento da obrigação. Ausência é situação fática, qualificada juridicamente como morte presumida (vide art. 22 e 6º do Código Civil); Lugar incerto ou de acesso perigoso ou difícil constitui também circunstância que enseja a consignação, pois não se pode exigir que o devedor arrisque a vida para efetuar o pagamento. Não será obrigado, por exemplo, o devedor, a dirigir-se ao domicílio do credor para entregar a res (coisa) devida se o local foi declarado em calamidade pública, em face de uma epidemia ou de uma inundação. É claro que nesta hipótese, nem mesmo a ação poderá ser proposta no domicílio do credor.
d) se decorrer dúvida sobre quem deva legitimamente receber o objeto do pagamento (inciso IV): se dois credores se mostram interessados e receber o pagamento, e havendo dúvida sobre quem tem direito a ele, deve o devedor consignar judicialmente o valor devido, para que o juiz verifique quem é o legítimo credor ou qual a cota de cada um, se entender ambos legitimados. É o caso, por exemplo, de dois municípios que se julgam credores de impostos devidos por determinada empresa, que tem estabelecimentos em ambos. Comparecendo mais de um pretendente ao crédito, o devedor é excluído do processo, declarando-se extinta a obrigação. O processo prossegue entre credores. Se comparecer apenas um pretendente, terá o crédito de levantar a quantia depositada. Não comparecendo nenhum, converter-se-á o depósito em arrecadação de bens de ausentes (Código de Processo Civil, art. 898). 
 
e) se pender litígio sobre o objeto do pagamento (inciso V). Estando o credor e terceiro disputando em juízo o objeto do pagamento, não deve o devedor antecipar-se ao pronunciamento judicial e entregá-lo a um deles, assumindo o risco (CC, art. 344), mas sim consigná-lo judicialmente, para ser levantado pelo que vencer a demanda. 
Ex.: se A e B disputam, judicialmente, a titularidade de um imóvel locado, não deve o locatário D fazer o pagamento direto, sem ter a certeza de quem é o legítimo dono.
- Admite-se também pagamento de coisas imóveis:
Art. 341 “Se a coisa devida for imóvel ou corpo certo que deva ser entregue no mesmo lugar onde está, poderá o devedor citar o credor para vir ou mandar recebê-la, sob pena de ser depositada. ”
- Se o réu receber a coisa ou a prestação devida, o devedor estará exonerado;
- A sentença de procedência valerá como quitação;
A sentença dirá se a consignação equivale ao pagamento, se o devedor teve razão ao consignar e se a obrigação está extinta.
3. Para que o depósito tenha força de pagamento, devem ser observados as condições subjetivas e objetivas do pagamento:
Art. 336 “Para que a consignação tenha força de pagamento, será mister concorram, em relação às pessoas, ao objeto, modo e tempo, todos os requisitos sem os quais não é válido o pagamento. ”
Em relação as pessoas: deve ser feito pelo devedor e ao verdadeiro credor, sob pena de não vale, salvo se ratificado pelo credor ou se reverter em seu proveito (Art. 304 e seguintes)
Quanto ao objeto: exige a integralidade do deposito, porque o credor não é obrigado a aceitar pagamento parcial (Art. 899, parágrafo primeiro do CPC)
Quanto ao modo: a obrigação deve ser cumprida a maneira que for concebida originalmente, será o convencionado.
Quanto ao tempo: deve ser cumprido o fixado no contrato, não podendo ser antes de vencida a dívida, se assim foi convencionado. 
Obs1: devedor em mora não pode se valer da ação consignatória, é somente para o devedor do qual a dívida ainda não venceu.
Obs2: o lugar do pagamento vai ser regulado pelo Art. 337.
Obs3: A improcedência da ação gera responsabilidade do devedor pelos riscos da mora.
4. Possibilidade de levantamento da coisa consignada:
Em se tratando de coisa indeterminada (incerta), faltando a escolha da qualidade e se esta competir ao credor, o devedor não será obrigado a permanecer aguardando indefinidamente que ela se realize, podendo citar-lo para esse fim, sob cominação de perder o direito e de ser depositada a coisa que o devedor escolher; feita a escolha por este, "proceder-se-á como no artigo antecedente" (art. 342)
a) Antes da aceitação ou impugnação do depósito: nesse momento, tem o devedor total liberdade para levantar o depósito, uma vez que a importância ainda não saiu de seu patrimônio jurídico. É uma faculdade, mas que acarreta o ônus de pagar as despesas necessárias para o levantamento. 
b) Depois da aceitação ou impugnação do débito pelo credor: não foi julgada a procedência do depósito. A oferta já está caracterizada. O depósito poderá ser levantado pelo devedor, mas, agora, somente com a anuência do credor, que perderá a preferência e a garantia que lhe competia sobre a coisa consignada (ex.: preferência por hipoteca, no concurso de credores), com liberação dos fiadores e co-devedores que não tenham anuído (CC art. 340)
c) Julgado procedente o depósito: admitido em definitivo o depósito, o devedor já não poderá levantá-lo, ainda que o credor consinta, senão de acordo com os outros devedores e fiadores (CC art. 339). Obviamente, se estes concordarem com o levantamento, cai o impedimento criado pela lei, retornando tudo ao status quo ante por expressa manifestação da autonomia da vontade.
Artigos que foram citados na aula, porém não aprofundados:
Art. 345 – hipóteses de briga entre credores;
Art. 341 – coisa imóvel;
Art. 342 – coisa incerta;
Art. 343 – despesas da ação;
Art. 344 – pagamento de coisa litigiosa;
Resumo Direito Civil III – Aula 07/05/2019.
Pagamento com sub-rogação
Conceito: 
 Cumprimento da obrigação por terceiro, com a consequente substituição de credores. Ou seja, uma dívida é paga por um terceiro que adquire o crédito e satisfaz o credor. Há uma substituição de pessoas, porém, não há extinção da dívida e nem liberação do devedor, que passa a dever a esse terceiro.
Alteração subjetiva da obrigação:
 Se dá quando um solvente passa a ser credor, ou seja, substitui o credor primitivo pelo solvente.
Sub-rogação legal (Art. 346 CC e outras hipóteses específicas): 
Quem determina a substituição é a lei, independente da vontade das partes.
“Art. 346 - A sub-rogação opera-se, de pleno direito, em favor:
I - do credor que paga a dívida do devedor comum;
II - do adquirente do imóvel hipotecado, que paga a credor hipotecário, bem como do terceiro que efetiva o pagamento para não ser privado de direito sobre imóvel;
III - do terceiro interessado, que paga a dívida pela qual era ou podia ser obrigado, no todo ou em parte.”
Sub-rogação convencional (Art. 347 CC): 
Quem determina a substituição é o contrato.
“Art. 347. A sub-rogação é convencional:
I - quando o credor recebe o pagamento de terceiro e expressamente lhe transfere todos os seus direitos;
II - quando terceira pessoa empresta ao devedor a quantia precisa para solver a dívida, sob a condição expressa de ficar o mutuantesub-rogado nos direitos do credor satisfeito.”
Distinção entre sub-rogação e cessão de crédito:
Na cessão, seu efeito só ocorre a partir do momento em que se notifica o devedor da cessão, o que não ocorre na sub-rogação. Existe sub-rogação por força de lei, enquanto a cessão é ato voluntário. Há limitação, na sub-rogação (art. 350 CC), do direito do sub-rogado até a soma que este desembolsou para desobrigar o devedor. Na cessão, não existe essa limitação; a cessão pode ter sempre caráter especulativo.
Devedor convencional com solvens, que lhe empresta a quantia necessária para quitar a dívida desde haja sub-rogação. 
Transferência ao novo credor de todos os direitos, ações, privilégios, garantias do credor primitivo contra o devedor principal e devedores. (Art 349 CC)
“Art. 349. A sub-rogação transfere ao novo credor todos os direitos, ações, privilégios e garantias do primitivo, em relação à dívida, contra o devedor principal e os fiadores. ”
Sub-rogado assume direitos e ações do credor até o limite do que já foi desembolsado. (Art. 350)
Possibilidade de sub-rogação parcial 
Sub-rogação parcial, referência do credor originário. (Art. 351 CC)
Súmula 188 STF
Resumo Direito Civil III – Aula 09/05/2019.
Imputação do Pagamento:
Conceito:
É a faculdade de você escolher quais das prestações irá cumprir, imputar o pagamento é determinar em qual dívida o pagamento está incidindo.
Requisitos, arts. 352 e 353:
Pluralidade de débitos
Identidade das partes
Débitos líquidos e vencidos da mesma natureza
Prestação oferecida deve ser suficiente ao pagamento de qualquer dívida.
Imputação do devedor/credor:
Art. 353 do CC “Não tendo o devedor declarado em qual das dívidas líquidas e vencidas quer imputar o pagamento, se aceitar a quitação de uma delas, não terá direito a reclamar contra a imputação feita pelo credor, salvo provando haver ele cometido violência ou dolo. ”
A escolha cabe ao devedor, não exercendo o devedor o direito à imputação ao pagamento, a escolha transfere-se ao credor. Se o credor escolher, o devedor não poderá se opor, exceto na hipótese de dolo ou coação. 
Imputação Legal:
Art. 355 do CC “Se o devedor não fizer a indicação do art. 352, e a quitação for omissa quanto à imputação, esta se fará nas dívidas líquidas e vencidas em primeiro lugar. Se as dívidas forem todas líquidas e vencidas ao mesmo tempo, a imputação far-se-á na mais onerosa. ”
Esse dispositivo trata da modalidade da imputação legal, aplicável aos casos em que nenhuma das partes tenha efetuado a escolha do débito a ser quitado. 
Obs: Se todas as dívidas forem líquidas e vencidas:
1º Critério: a dívida mais antiga (vencida a mais tempo);
2º Critério: a dívida mais onerosa (se tem juros ou clausula penal que é um tipo de multa);
Imputação sobre os juros:
Art. 354 do CC “Havendo capital e juros, o pagamento imputar-se-á primeiro nos juros vencidos, e depois no capital, salvo estipulação em contrário, ou se o credor passar a quitação por conta do capital”
A imputação se dá primeiro nos juros e depois na prestação principal. Essa regra pode ser afastada pela vontade das partes.
Dação em Pagamento:
Conceito:
Permite que o credor receba uma prestação diferente daquela que ele combinou com o devedor, ele aceita receber a coisa diversa e libera o devedor do vínculo obrigacional. Ex: devo dinheiro e pago com uma TV, um livro, uma casa, etc.
Art. 356 do CC “O credor pode consentir em receber prestação diversa da que lhe é devida. ”
Pressupostos:
Existência de uma dívida
Concordância do credor em receber prestação diversa da pactuada;
Entrega pelo devedor, de coisa diversa da dívida, com o objetivo de se liberar da obrigação.
Dação Parcial:
Art. 357 do CC “Determinado o preço da coisa dada em pagamento, as relações entre as partes regular-se-ão pelas normas do contrato de compra e venda. ”
Art. 358 do CC “se for título de crédito coisa dada em pagamento, a transferência importará em cessão.
Nesse caso, deve-se atentar para o fato de que o cedido deve ser notificado (art. 290), para os fins de direito, ficando o solvens responsável pela existência do crédito transmitido à época da transferência. 
Art. 359 do CC “Se o credor for evicto da coisa recebida em pagamento, restabelecer sê-a a obrigação primitiva, ficando sem efeito a quitação dada, ressalvados os direitos de terceiro.
Evicção é a perda da coisa por decisão judicial proferida em ação de reinvindicação proposta pelo legitimo dono. Portanto, o art. 359 trata da hipótese e m que o credor recebe como dação e m pagamento coisa não pertencente ao devedor. Nesse caso, se isso ocorrer, a quitação da dívida outrora dada fica sem efeito, tornando a existir a obrigação primitiva.
Resumo Direito Civil III – Aula 13/05/2019.
Modalidades de Extinção da Obrigação sem Pagamento:
Novação
Conceito - Novação é a transformação de uma dívida em outra, com extinção da antiga. Desta forma surge uma nova dívida do devedor em relação ao credor, com o desaparecimento da original.
Requisitos:
Consentimento do credor e devedor.
Existência da antiga obrigação.
Constituição da nova obrigação.
Elemento novo (a liquid novi) – Elemento que diferencie da obrigação antiga.
Animus novandi (Art. 361 CC) – É o intuito das partes em realizar a novação, de constituir uma nova obrigação. Pode ser expressa ou tácita.
“Art. 361. Não havendo ânimo de novar, expresso ou tácito, mas inequívoco, a segunda obrigação confirma simplesmente a primeira.”
Novação objetiva (Art 360, I):
“Art. 360, I - Dá-se a novação:
“I - Quando o devedor contrai com o credor nova dívida para extinguir e substituir a anterior; ”
Ocorre com a criação de nova obrigação para substituir a anterior, alterando, portanto, o objeto da prestação.
Obrigações anuláveis – Pode ocorrer, pois se trata de um vício de ordem privada.
Obrigações nulas ou extintas (Art. 367 CC)
Art 367 CC “salvo as obrigações simplesmente anuláveis, não podem ser objeto de novação obrigações nulas ou extintas”.
Obrigação natural – não ser possível, pois feriria um dos três requisitos da novação:
1)Existir uma obrigação juridicamente exigível.
2)Contrair uma nova obrigação, extinguindo a primeira.
3)Animus Novandi, ânimo de novar, criar uma nova obrigação.
Novação subjetiva passiva (Art. 360, II CC) – Ocorre quando um novo devedor substitui o antigo, considerando-se criada a partir daí uma obrigação nova.
Art. 360. Dá-se a novação:
II - quando novo devedor sucede ao antigo, ficando este quite com o credor;
Expromissão (Art. 362 CC) – A substituição do devedor se dá independentemente do seu consentimento, por simples ato de vontade do credor, que o afasta, fazendo-o substituir por um novo devedor.
Art. 362 CC – “A novação por substituição do devedor pode ser efetuada independentemente de consentimento deste”.
Delegação – ocorre com a substituição do devedor com o seu consentimento. Neste caso, o devedor participa do ato novatório, indicando terceira pessoa que assumirá o débito, com o devido consentimento do credor.
Insolvência do novo devedor (Art. 363 CC) – a insolvência do novo devedor corre por conta e risco do credor, que o aceitou (não tendo direito à ação regressiva contra o devedor primitivo).
Art. 363 CC “Se o novo devedor for insolvente, não tem o credor, que o aceitou, ação regressiva contra o primeiro, salvo se este obteve por má-fé a substituição”.
Novação subjetiva ativa (Art. 360, III) – o credor originário, por meio de nova obrigação, deixa a relação obrigacional e um outro o substitui, ficando o devedor quite para com o antigo credor.
Art. 360. “Dá-se a novação:
III - quando, em virtude de obrigação nova, outro credor é substituído ao antigo, ficando o devedor quite com este”.
Efeito da novação:
Extingue os acessórios e garantias da dívida, salvo especulação em contrário. (Art. 364 CC) 
Art. 364 CC - A novação extingue os acessórios e garantias da dívida, sempre que não houver estipulação em contrário. Não aproveitará, contudo, ao credor ressalvar openhor, a hipoteca ou a anticrese, se os bens dados em garantia pertencerem a terceiro que não foi parte na novação.
Novação sem consenso do fiador exonera o fiador automaticamente. (Art 366 CC)
Art. 366 CC – “Importa exoneração do fiador a novação feita sem seu consenso com o devedor principal.”.
Se a obrigação é solidária, a novação entre o credor e apenas um dos devedores solidários exonera os demais devedores. (Art. 365 CC)
Art. 365 CC – “Operada a novação entre o credor e um dos devedores solidários, somente sobre os bens do que contrair a nova obrigação subsistem as preferências e garantias do crédito novado. Os outros devedores solidários ficam por esse fato exonerados. ”
Resumo Direito Civil III – Aula 21/05/2019.
Modalidades de Extinção da Obrigação sem Pagamento:
Compensação – Artigo 368 ao 380.
Conceito: meio de extinção de obrigações entre pessoas que são, ao mesmo tempo, credor e devedor uma da outra. 
Artigo 368 do CC “Se duas pessoas forem ao mesmo tempo credor e devedor uma da outra, as duas obrigações extinguem-se, até onde se compensarem. ”
Finalidade: possui a finalidade de encontro de contas, de simplificar, compensar a dívida e extinguir a obrigação. Evita o inadimplemento de uma das partes.
Modalidades:
Legal (art. 369, cc): quando decorre da lei, independentemente da vontade das partes e se realiza ainda que uma delas se oponha.
Convencional: quando resulta de acordo das partes
Judicial: decorre de uma decisão judicial, por determinação do juiz. 
Compensação Legal: se opera de pleno direito, o juiz não pode de ofício (sem a provocação das partes) reconhecer a compensação, exceto em alguns casos como em caso de prescrição.
As partes podem renunciar a afastar a compensação por mútuo acordo:
Artigo 375 do CC “Não haverá compensação quando as partes, por mútuo acordo, a excluírem, ou no caso de renúncia prévia de uma delas. ”
Por não se tratar de instituto de ordem pública, é facultada a renúncia à compensação, que pode ser de modo expresso ou tácito.
Possui eficácia ex tunc: uma vez alegada e declarada judicialmente, seus efeitos retroagirão à data em que se estabeleceu a reciprocidade das dívidas.
Requisitos:
Cada um dos sujeitos há de ser credor e devedor por obrigação principal; (exceção: fiador, artigo 371)
Dívidas líquidas e vencidas; (prazos de favor, art. 372: quando você atribui mais prazo para o devedor conseguir pagar. A compensação vai se operar do mesmo modo)
Dívidas fungíveis entre si;
Não pode ocorrer em prejuízo de terceiro;
Artigos: 368,369 e 370.
Hipóteses em que não se admite a compensação:
Em razão da dívida (art. 373): três hipóteses previstas nesse artigo: a primeira não ocorre a compensação por tratar de ato ilícito. No segundo, porque o contrato de comodato e depósito baseiam-se na confiança mútua, admitindo pagamento apenas mediante a restituição da própria coisa emprestada ou depositada. Nas obrigações alimentares não há compensação por se tratar de verba destinada a sobrevivência do devedor. E no último caso, não pode haver compensação pois pressupõe dívida judicialmente exigível.
Estipulação em favor de terceiro (art. 376): A compensação requer a personalidade dos sujeitos, portanto o representante legal ou convencional de alguém não pode opor o crédito do representado para compensar o débito próprio.
Em razão da cessão de credito (art. 377).
Em prejuízo aos direitos de terceiro (art. 380).
Dívidas pagáveis em locais diferentes:
Art. 378 do CC “Quando as duas dívidas não são pagáveis no mesmo lugar, não se podem compensar sem dedução das despesas necessárias à operação. ”
O artigo 378 autoriza o pagamento em local diferente, porém irá abater os custos do deslocamento.
Pluralidade de dívidas:
Art. 379 do CC “Sendo a mesma pessoa obrigada por várias dívidas compensáveis, serão observadas, no compensá-las, as regras estabelecidas quanto à imputação do pagamento.
Ou seja, cabe ao devedor apontar qual das dívidas pretende compensar. Não o fazendo, a escolha ficará a cargo do credor.
Resumo Direito Civil III – Aula 23/05/2019.
Modalidades de Extinção da Obrigação sem Pagamento:
Confusão – Artigo 381 ao 384.
Confusão – Concentração, na mesma pessoa, das qualidades de credor e devedor. A obrigação se estingue quando a mesma pessoa reúne a qualidade de credor e devedor ao mesmo tempo.
Se opera de pleno direito - Independente da vontade das partes.
Ex: Claudio casa-se em comunhão universal com a inquilina que o devia. Tudo que é dele é dela, e vice-versa. Aplica-se a ela o crédito que ele tinha contra ela. 
Requisitos
Unidade da relação obrigacional. - A existência do mesmo crédito ou da mesma obrigação.
Reunião, na mesma pessoa, das qualidades de credor e devedor. A mesma pessoa assume o papel de devedor e credor.
Ausência de separação de patrimônios. 
Confusão total e parcial (Art 382)
A confusão pode ser total (caso se verifique a respeito de toda a dívida) e parcial (se efetivar apenas em relação a uma parte do débito ou crédito).
Art. 382. A confusão pode verificar-se a respeito de toda a dívida, ou só de parte dela.
Solidariedade (Art 383)
Art. 383. A confusão operada na pessoa do credor ou devedor solidário só extingue a obrigação até a concorrência da respectiva parte no crédito, ou na dívida, subsistindo quanto ao mais a solidariedade.
Cessação da confusão (Art 384)
Art. 384. Cessando a confusão, para logo se restabelece, com todos os seus acessórios, a obrigação anterior.
Efeitos despeitos retroativamente – Ocorre como se ela nunca tivesse acontecido. 
Modalidades de Extinção da Obrigação sem Pagamento:
Remissão de dívidas – Artigo 385 ao 388.
Conceito – Perdão da dívida - Perdão da dívida concedido pelo credor ao devedor.
Ato unilateral ou bilateral?
R: Bilateral. Não parte somente do credor, mas também do interesse do devedor, o mesmo precisará concordar.
Necessidade de aceitação do devedor (Art 385) – Expressa ou tácita – O devedor precisa aceitar.
Art. 385. A remissão da dívida, aceita pelo devedor, extingue a obrigação, mas sem prejuízo de terceiro.
Ato gratuito – Independente de um pagamento, de um preço.
Devolução voluntária do título da obrigação (Art 386) – Quando o credor devolve o crédito, isso faz com que a dívida seja extinta.
Art. 386. A devolução voluntária do título da obrigação, quando por escrito particular, prova desoneração do devedor e seus co-obrigados, se o credor for capaz de alienar, e o devedor capaz de adquirir.
Devolução do objeto emprenhado (Art 387) – Garantia de algum bem (acessório segue o principal). Há um em emprenhado pelo credor, o devedor não classifica que a obrigação foi extinta. Ele abre mão da garantia, não da obrigação.
Art. 387. A restituição voluntária do objeto empenhado prova a renúncia do credor à garantia real, não a extinção da dívida.
Remissão a um dos co-devedores (Art 388)
Art. 388. A remissão concedida a um dos co-devedores extingue a dívida na parte a ele correspondente; de modo que, ainda reservando o credor a solidariedade contra os outros, já lhes não pode cobrar o débito sem dedução da parte remitida.
Extinção parcial da dívida – A remissão se aplica para um devedor, os demais continuam presos na dívida. É feito um remanescente da dívida. EX: 3 devedores, uma dívida de r$ 600,00 (200,00 para cada), perdei um devedor, abato o valor e divido o que sobrou para os que permanecem na obrigação.
Resumo Direito Civil III – Aula 28/05/2019.
Modalidades de Extinção da Obrigação sem Pagamento:
Inadimplemento das obrigações 
Conceito – Descumprimento da obrigação assumida. Seja por:
Tempo – Não cumpriu no tempo. Ex: Aluguel de vestido de casamento.
Modo – Não cumpriu com o que havia prometido. Ex: Aluguel de um vestido de casamento especifico. 
Lugar – Não cumpriu no lugar combinado. Ex: Entrega de um vestido de casamento.
Responsabilidade contratual – A responsabilidade contratual é aquela que deriva da inexecução de negócio jurídico bilateral ou unilateral, istoé, do descumprimento de uma obrigação contratual, sendo que a falta de adimplemento ou da mora no cumprimento de qualquer obrigação, gera esse ilícito contratual.
Inadimplemento relativo ou absoluto – Perdas e danos – Não há o pagamento, o devedor, além das consequências normais, há a consequência sobre perdas e danos.
Art. 389. Não cumprida a obrigação, responde o devedor por perdas e danos, mais juros e atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de advogado.
Inadimplemento relativo: Mora – Descumprimento da obrigação em tempo, lugar ou modo, mas que pode ser realizada em uma data posterior pelo fato de o pagamento ainda interessar ao credor. A relação é mantida. (Aplica-se perdas e danos).
Inadimplemento absoluto: Resolução – Consiste no descumprimento da obrigação em tempo, lugar e forma convencionados e que não poderá ser realizado em uma data posterior pelo fato de que o cumprimento daquela obrigação não interessa mais ao credor. (Cabe perdas e danos).
Critério do interesse útil do credor – Ainda que útil ao credor a mora permanece. 
Inadimplemento parcial ou total – Diz-se total o inadimplemento quando a obrigação é inteiramente descumprida, enquanto o inadimplemento parcial tem lugar quando a prestação é entregue apenas em parte.
Adimplemento substancial – Sustenta que não se deve considerar resolvida a obrigação quando a atividade do devedor, embora não tenha sido perfeita ou não atingido plenamente o fim proposto, aproxima-se consideravelmente do seu resultado final. (unificada com os princípios da boa-fé objetiva - função interpretativa; repressora de condutas abusivas; criadoras de deveres anexos).
Violação positiva do contrato – É a violação dos deveres anexos da boa-fé objetiva.
Violação do dever contratual (culpa normativa) – Está associada a inobservância de parâmetros de comportamento.
Contratos benéficos – Responsabilidade depende do dolo daquele a quem o contrato não aproveita (Art 392) – Contratos gratuitos, ex: doação.
Art. 392. Nos contratos benéficos, responde por simples culpa o contratante, a quem o contrato aproveite, e por dolo aquele a quem não favoreça. Nos contratos onerosos, responde cada uma das partes por culpa, salvo as exceções previstas em lei.
Inadimplemento de obrigações negativas (Art 390) – Obrigações de não fazer. Ocorre quando o indivíduo pratica um ato no qual devia se abster. 
Art. 390. Nas obrigações negativas o devedor é havido por inadimplente desde o dia em que executou o ato de que se devia abster.
Fortuito ou força maior (Art 393) – Devedor não é responsabilizado.
Art. 393. O devedor não responde pelos prejuízos resultantes de caso fortuito ou força maior, se expressamente não se houver por eles responsabilizado.
Pressupostos:
Não imputabilidade do evento ao devedor – Não pode ser atribuído ao devedor.
Necessariedade – Algo que é necessário acontecer.
Inevitabilidade – É inevitável, não tem como evitar.
Alocação dos riscos do fortuito 
Principio perpetuativo obrigationis (Art 399)
Art. 399. O devedor em mora responde pela impossibilidade da prestação, embora essa impossibilidade resulte de caso fortuito ou de força maior, se estes ocorrerem durante o atraso; salvo se provar isenção de culpa, ou que o dano sobreviria ainda quando a obrigação fosse oportunamente desempenhada.
Principio da responsabilidade patrimonial, Patrimônio como garantia genérica do cumprimento da obrigação. (Art 391) – Se o devedor descumpre a responsabilidade, o credor pode ir até ele e executar o patrimônio como valor pecuniário para satisfação.
Art. 391. Pelo inadimplemento das obrigações respondem todos os bens do devedor.
Inadimplemento anterior ao termo – 
Pressupostos
A) Manifestação expressa ou tácita de não querer ou não poder adimplir a prestação. (Suporte fático ou objetivo); ou
Comportamento comissivo ou omissivo do devedor que inviabiliza o adimplemento no termo ajustado tornando a prestação impossível ou inútil ao credor (suporte fático objetivo).
Culpa do devedor (suporte fático subjetivo)
Resumo Direito Civil III – Aula 04/06/2019.
Conservação dos negócios jurídicos
Mora
1. Conceito (art. 394): se associa ao não cumprimento da prestação no prazo estabelecido, também abrange o lugar, tempo e modo acordado. É uma hipótese de inadimplemento relativo, quando o credor ainda tem interesse útil no cumprimento da obrigação. Se não há mais interesse do credor, a obrigação é resolvida. 
Obs: Se o devedor não cumpriu por caso fortuito ou força maior não será considerado em mora.
2. Mora do devedor (mora solvendi):
Requisitos:
I. Culpa do devedor (art. 396): sem culpa não há mora.
II. Exigibilidade da obrigação: a prestação deve ser exigível, vencida.
3. Modalidades: 
a) Mora ex re: mora que se configura de pleno direito, não precisa de nenhuma ação do credor para que se configure a mora. Dies Interpellat Pro Homine (O dia interpela o homem).
I. Inadimplimento de obrigação positiva e líquida no seu termo (art. 397, caput).
II. Obrigações negativas (art. 390): o devedor assume obrigação de não fazer.
III. Obrigações provenientes de ilícito (art. 398): ilícito civil, responsabilidade extracontratual. Olhar Súmula do STJ 54. 
b) More ex personae: mora que requer a atitude do credor para que o devedor seja considerado em mora.
I. Interpelação judicial ou extrajudicial: interpelar o devedor para constitui-lo em mora. É associada a obrigações que não são líquidas, sem termo ou data para cumprimento. 
II. Entendimento do STJ: mesmo com cláusulas expressas, é preciso constituir o devedor e mora.
4. Efeitos da mora do devedor:
I. Responsabilidade pelas perdas e danos (art. 395): juros monetários, correção monetária, multas (cláusula penal) e além de outros prejuízos adicionais. 
II. Perpetuação da obrigação (art. 399): responde por todos os riscos da coisa, até pelo fortuito e força maior se tiver em mora. Salvo se demonstrar que a perda aconteceria de qualquer maneira.
5. Mora do credor:
Requisitos:
I. Vencimento da obrigação.
II. Oferta regular da prestação pelo devedor.
III. Recusa, sem justa causa, do credor em recebe-la (culpa). 
6. Efeitos da mora do credor (art. 400 mora do credor):
I. Isenção de responsabilidade do devedor pela conservação da coisa (salvo em caso de dolo do próprio devedor).
II. Obrigação de ressarcir as despesas feitas pelo devedor com a conservação da coisa. 
III. Obrigação de receber a coisa pela estimação mais favorável do devedor.
IV. Devedor se libera da pena convencional estipulada.
V. Possibilidade de o devedor continuar o pagamento. 
7. Purgação da mora (art. 401): corrigir a mora, sanar o descumprimento. 
I. Inadimplemento relativo: 
Mora do devedor (I): oferecer prestação estabelecida, pagar as perdas e danos.
Mora do Credor (II): ressarcir as despesas e receber a coisa mais favorável, arcando com as perdas e danos. 
Resumo Direito Civil III – Aula 06/06/2019.
PERDAS E DANOS (Art 402 – 408)
Responsabilidade contratual e extracontratual
Sistema dualista: Responsabilidade extracontratuais – 
Ato ilícito (Art 186 e 927, caput)
Responsabilidade objetiva + previsões no PU)
Responsabilidade contratual – Perdas e danos são prejuízos decorrentes inadimplentes.
Inadimplemento relativo e absoluto – Em qualquer uma das hipóteses será devido perdas e danos.
Requisitos de responsabilidade contratual
Inadimplemento relativo/absoluto
Culpa – Não há responsabilidade contratual sem culpa.
Dano – Não há responsabilidade sem danos.
Dano
Patrimoniais e morais
Imprescindibilidade da prova do dano
Dano presumido em hipóteses excepcionais
Danos patrimoniais: Danos emergentes / Lucros cessantes
Princípio da reparação integral (Art 944)
Art. 944. A indenização mede-se pela extensão do dano.
Desimportância dos graus de culpa.
Danos certos e atuais. Inadmissibilidade de danos hipotéticos.
Danos diretos e imediatos / Teoria da causalidade e imediata subteoria da necessariedade da coisa.
Excepcionalidadedos danos indiretos.
Interesse positivo x Interesse negativo
Obrigações em dinheiro (Art 404)
Art. 404. As perdas e danos, nas obrigações de pagamento em dinheiro, serão pagas com atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, abrangendo juros, custas e honorários de advogado, sem prejuízo da pena convencional.
Juros de mora desde a citação – Mora ex persona
Resumo Direito Civil III – Aula 11/06/2019.
JUROS
Conceito: São os rendimentos do capital. É o preço pelo uso do capital.
Frutos Civis:
Art. 95 do CC “Apesar de ainda não separados do bem principal, os frutos e produtos podem ser objetos de negócios jurídicos”
Frutos civis são todos os rendimentos oriundos da fruição da coisa. Exemplo: aluguel e os juros sobre o capital.
Duplo escopo, tem a finalidade de:
I.	Remuneração do credor pela privação do capital;
II.	Compensação pelo risco da não restituição;
Obs: também se destina ao caráter punitivo do devedor pelo inadimplemento. 
Classificação:
I.	Legais ou convencionais; 
II.	Moratórios (art. 406,cc);
III.	Compensatórios ou remuneratórios:
	Legais:
- Ausência de previsão no contrato;
- Previsão no contrato sem taxa;
juros legais vão incidir quando as partes não expressarem nada a respeito dos juros, ou determinar somento o valor da prestação mas não determinar a taxa que irá incidir
	Convencionais:
- Controle de abusividade;
- Lei de usura (decreto 22.626/33): primeiro decreto que estabeleceu um limite para taxas de juros, fixou o limite em 12%.
- Súmula 596 do STF – exclusão das insituições financeiras da lei de usura (Lei 4.595/64. Regulamenta o sistema financeiro nacional): O STJ já decidiu que os contratos de empréstimos de bancos não estão sujeitos ao limite do 406, pois a Lei de mercado de capitais 4595/64 é especial e prevaleceria sobre o CC.
- Proteção contra práticas abusivas (art. 51, IV e art. 52);
	Moratórios:
- Inadimplemento relativo;
- Podem ser legais ou convencionais;
- Independente da alegação de prejuízo;
- Juros moratórios legais: art. 406 do CC;
aqueles que decorrem da mora, do inadimplemento da obrigação; Podem ser livremente convencionados sem taxa limite previamente estabelecida em lei. Se não convencionados será a taxa da lei:
Art. 406 do CC “Quando os juros moratórios não forem convencionados, ou o forem sem taxa estipulada, ou quando provierem de determinação da lei, serão fixados segundo a taxa que estiver em vigor para a mora do pagamento de impostos devidos à Fazenda Nacional.
	Compensatórios:
- Podem ser legais ou convecionais;
- Remuneração pelo uso do capital;
- Exemplo: STJ, ERESP 670.117;
- Súmula 382 do STJ: os juros compensatórios são admitidos;
Termo Inicial Juros de Mora:
1.	Dívidas líquidas e a termo certo – data do vencimento (art. 397, cc): começa a incidir os juros desde a data do vencimento da prestação.
2.	Prática do ilícito (art. 398, cc): também são devidos os juros de mora desde a data do ilícito praticado.
3.	Obrigações Negativas (art. 390);
4.	Dívidas ilíquidas ou mora ex personae – data da citação (art. 405): o credor precisa se manifestar, para que a doutrina estabeleça o prazo razoável. Súmula 163, STF, que vai de encontro ao artigo 405. 
5.	Obrigações de natureza diversa de dinheiro – data de fixação do valor por sentença judicial, arbitramento ou acordo entre as partes (art. 402): os juros irão incidir na data da citação.
Juros Simples x Juros Compostos: 
Simples são calculados sobre o capital inicial; Compostos são juros sobe juros, ocorre nesse caso o chamado Anatocismo. Ver Súmula 539 do STJ;
Correção Monetária:
Atualização do capital, correção da moeda, do valor da prestação;
Resumo Direito Civil III – Aula 13/06/2019.
CLAUSULA PENAL
Estipulação em favor do credor, acessória a prestação principal.
Finalidade – Ressarcir o credor dos prejuízos do inadimplemento.
Reforço do vínculo obrigacional.
Diferença das ?????
Incidência automática (Art 408 cc)
Art. 408. Incorre de pleno direito o devedor na cláusula penal, desde que, culposamente, deixe de cumprir a obrigação ou se constitua em mora.
Não pode exceder o valor da obrigação principal (Art 412 cc)
Art. 412. O valor da cominação imposta na cláusula penal não pode exceder o da obrigação principal.
Obrigação indivisível (Art 414 cc)
Art. 414. Sendo indivisível a obrigação, todos os devedores, caindo em falta um deles, incorrerão na pena; mas esta só se poderá demandar integralmente do culpado, respondendo cada um dos outros somente pela sua quota.
Obrigação divisível (Art 415 cc)
Art. 415. Quando a obrigação for divisível, só incorre na pena o devedor ou o herdeiro do devedor que a infringir, e proporcionalmente à sua parte na obrigação.
Modalidades:
Moratória
Inadimplemento relativo
Cumulação com a obrigação principal (Art 411cc)
Art. 411. Quando se estipular a cláusula penal para o caso de mora, ou em segurança especial de outra cláusula determinada, terá o credor o arbítrio de exigir a satisfação da pena cominada, juntamente com o desempenho da obrigação principal.
Compensatória
Inadimplemento absoluto
Não admite cumulação
Pré liquidação de perdas e danos
Independe da comprovação de prejuízo (Art 416, caput)
Art. 416. Para exigir a pena convencional, não é necessário que o credor alegue prejuízo.
Inviolado a critério do credor (Art 410 cc)
Art. 410. Quando se estipular a cláusula penal para o caso de total inadimplemento da obrigação, esta converter-se-á em alternativa a benefício do credor.
Pode valer coo mínimo indenizatório na hipótese de previsão contratual de indenização suplementar
Redução da cláusula penal (Art 413 cc)
Art. 413. A penalidade deve ser reduzida eqüitativamente pelo juiz se a obrigação principal tiver sido cumprida em parte, ou se o montante da penalidade for manifestamente excessivo, tendo-se em vista a natureza e a finalidade do negócio.
Cumprimento parcial de obrigação
Natureza e finalidade do negócio
Recurso repetitivo STJ – Temos 970 e 971
Resumo Direito Civil III – Aula 18/06/2019.
ARRAS – art. 417 ao 420.
Conceito: 
convenção acessória real, com finalidade de garantir a conclusão do contrato. Como se fosse um “sinal” que é oferecido na compra e venda. É “real” porque depende da entrega do bem.
- Pode ser em dinheiro ou um bem móvel;
- Mesmo gênero da obrigação principal -> princípio de pagamento (Art. 417): Se for do mesmo gênero da obrigação principal, será considerado como princípio de pagamento. Se não for igual, a pessoa que recebeu as arras devolverá mediante cumprimento da obrigação principal.
Modalidades:
Arras confirmatórias (arts. 418 – 419):
Confirma que o contrato está sendo concluído mediante entrega das arras.
- Finalidade: garantia e reforço do vínculo obrigacional;
- Não tem função indenizatória; visa apenas a conclusão do contrato.
- Arrependimento equivale ao inadimplemento; não permite arrependimento das partes, se uma das partes desistir do contrato ela está inadimplindo o contrato. 
- Se houver desistência daquele que paga, perderá o sinal;
- Se a desistência for de quem recebe o sinal, deverá restitui-lo em dobro, com correção monetária, juros e honorários.
- Não precisa demonstrar prejuízo;
- Admite indenização suplementar;
2) Arras penitenciais (art. 420):
Associada à ideia de pena, de arrependimento de uma das partes. Tem função indenizatória.
- Finalidade: Direito Potestativo de desfazer o contrato;
- Pré fixação das perdas e danos na hipótese de arrependimento; fixação do preço que irá pagar caso desistir do contrato. 
- Não admite indenização suplementar; o valor das arras já equivale a perdas e danos.
- Se aquele que deu as arras desistir do negócio, as perderá;
- Se a desistência for de quem as receber, irá restitui-las em dobro.

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