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RESUMAO de Psicologia

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Resumo de Psicologia Escolar – NP1
 “Antes de patologizar, é necessário conhecer a verdadeira história escolar, discriminar o que é falha de ensino e falta de oportunidade escolar das dificuldades reais do processo de aprendizagem. Em outros termos: tentar distinguir efeitos patologizantes da escola de problemática nascida da dinâmica familiar (Weiss, 1997).” 
-Marginalidade: estar à margem. Depende do contexto. 
-A educação serve para equalizar e superar quem está à margem. Entender de modo político a razão de algumas pessoas estarem à margem.
-Teorias críticas: Existem condições de ensino que influenciam (fatores externos ao esforço individual que provocam o fracasso e a evasão escolar).
-Teorias não críticas: indivíduo à margem por questões individuais. Consideram como único responsável o próprio indivíduo, descartando outras questões que influenciam no processo. A escola traz instrução e tem a função de transmitir conhecimentos de modo sistemático. O marginalizado é o ignorante (quem não tem a quantidade considerada adequada de conhecimento). O professor é o modelo e deposita nos alunos o conhecimento que julga necessário, não supera a marginalização (pedagogia tradicional).
-Teorias críticas-reprodutivas: existem fatores externos ao indivíduo (políticos e econômicos de ensino e aprendizagem) que acontecem de forma intencional para manter o capitalismo em funcionamento (teorias ingênuas / sistemas de exploração). Se todos tiverem acesso a um bom ensino, o capitalismo seria afetado. Acreditar que o conhecimento nos dá melhores condições de vida é a reprodução de um sistema.
-Escolanovismo: o marginalizado é anormal e desajustado. É rejeitado e ocorre uma biopsicologização da sociedade (entendimento da criança e seu desenvolvimento / cumplicidade entre a Psicologia e a escola). Tem-se uma essência boa e ruim, com tendência a ser boa (pode ser corrompida pelo mundo). Deixa os alunos livres para escolher o que querem aprender e o professor age como um facilitador.
Medicalização do ensino
-Tentativa de padronizar/normatizar o mundo.
-Tratar o sintoma, não à causa.
-Dar nome às diferenças e não resolver o problema.
-Colocar no indivíduo um problema externo.
-Transformar questões sociais em situações médicas.
-Qualquer criança com dificuldade de aprender era levada para a Psicologia ou para a Psiquiatria, que rotulavam/patologizavam e receitavam remédio. Com isso, a indústria farmacêutica era favorecida.
-É fabricado socialmente a partir de um sistema inadequado de ensino.
-O professor trabalha com um processo de ensino e aprendizagem.
-Diferente no processo de escolarização (relação de ensino e aprendizagem), diferente no processo de aprendizagem (aluno).
-Medicalização não é apenas tomar remédio, e sim a patologização de algo social.
-O aluno é pontuado e a escola não se adapta.
-Ana Bock: quando a Psicologia é necessária para a educação? Como pode ocorrer a atuação do psicólogo?
Tradicional
-Ao nascer, o homem possui uma natureza dupla (parte boa e parte corrompida). A escola molda para que a parte boa se sobressaia. O professor é um exemplo a ser seguido e ensina quem o aluno deve ser, vigiando os “corrompidos” para que não influenciem os demais.
-O positivismo impera (verdade única). Diziam que a duplicidade era natural/orgânica.
-O professor é o modelo aperfeiçoado de ser humano e a escola é regrada.
-O psicólogo não tinha papel.
Escola nova
-Ainda com a ideia de duplicidade, mas o homem nasce bom e quem o corrompe é o mundo (homem tem uma parte frágil). Devemos vigiar para que ele não seja corrompido.
-O marginal é anormal; homens diferentes e educação servem para corrigir o imperfeito; biopsicologização da educação e da sociedade, ajustando o indivíduo à sociedade e proporcionando a aceitação dos demais.
-A ajuda do psicólogo acontece quando ele é corrompido (compara pessoas para ter a média).
-A parte corrompida é desnivelada no âmbito do conhecimento.
-O aluno bom busca conhecimento espontaneamente. Aprender a aprender: alunos escolhem áreas de interesse e o professor estimula.
-A Psicologia separa os diferentes, sendo cúmplice da exclusão na escola (dando cunho científico a questões sociais, dizendo que são questões naturais e individuais).
-A escola tem a intenção de manter a parte boa (base do humanismo).
-O professor age como um facilitador sobre os interesses do aluno. Se não tem interesses, tem um problema, e o psicólogo irá legitimar.
-Ampliação do psicólogo nas áreas clínica e institucional.
-Teorias do desenvolvimento (cognição, afeto, sociabilidade, psicometria separando os diferentes para qualificar o processo educacional).
-Cumplicidade ideológica entre Psicologia e educação para manter os interesses da classe dominante. Utiliza ideias científicas, ocultas determinantes sociais das dificuldades escolares, foca as dificuldades no sujeito e na família e contribui para a desigualdade social.
-As consequências dessa cumplicidade ideológica são: manutenção das desigualdades, imagem do indivíduo separado do meio, apoio ao currículo oculto (valores em texto, música), negação do conhecimento do aluno, avaliação desigual, Psicologia pautada na correção (descobre o “defeito” e conserta).
-Intervenções para o desmonte da cumplicidade: denunciar o que é social, negar a ideia de indivíduo separado do meio, refletir, discutir, subjetividade nas relações escolares, papel do professor (importância do professor para o aluno).
-Pedagogia tecnicista: aprender a fazer. O processo educativo se torna objetivo e operacional; planejamento de técnicas e metas para minimizar o subjetivo (precisavam de mão de obra, oferecem curso técnico e os formados ganham menos que universitários); meios tem lugar privilegiado no processo educativo; professor e aluno em posição secundária; marginalizado é ineficiente, incompetente e improdutivo; não supera a marginalidade e aumenta a evasão e a repetência.
-Educação deveria ser um instrumento para equalizar socialmente, superar marginalidade.
-Teorias não críticas: pedagogia tradicional, marginalizado é ignorante, propaga instrução e transmitem conhecimentos de modo sistemático, o professor é modelo e deposita no aluno o conhecimento que julga necessário, aumenta o nível de marginalizados.
-Teorias crítico-reprodutivistas: educação como discriminação social e marginalização. As condições de produção de vida material favorecem a divisão entre grupos, que se relacionam à base da força do capital; entender as relações entre educação e sociedade. O sistema de ensino como violência simbólica: reforça relações de força material e simbólica (quem não tem, é marginalizado). Escola como AIE (aparelho ideológico do estado): reproduz relações capitalistas de produção, propagando aparelhos ideológicos (religiosos, políticos, familiares, culturais, jurídicos).
-Escola dualista: escola dividida em burguesia e proletariado; inculca a ideologia burguesa e contribui para a formação da força de trabalho; valoriza o intelectual em detrimento ao manual.
-Crítica aos mitos e estigmas que os justificam.
-A escola é histórica e cultural: impera a diversidade de diferenças individuais e coletivas.
-Ideias cristalizadas em relação a gênero, etnia, deficiência, condição social, religião; crença de que não há fatores políticos e sociais que pretendem manter distanciamento do conhecimento para parcela da população; material distante da realidade do aluno.
-Mitos e realidade: distúrbio e deficiência, família desestruturada, pobreza e aprendizagem, etnia e aprendizagem, cultura e aprendizagem, deficiência e aprendizagem.
-Pensar de quem são as necessidades: do aluno ou do professor?
-Aprendizagem é processo; não é unilateral; não há melhores ou piores; privilegiar coletivo ao individual; diagnóstico dinâmico; manifestação dos sintomas é relacional; homogeneidade não existe; críticae autorreflexão do professor.
-Saúde tem conceito centrado no indivíduo, priorizando abordagem biológica e organicista.
-Medicalização: problemas de origem social e política transformados em problemas médicos.
-Biologização: redução de conflitos sociais em biológicos.
-Patologização: situações do cotidiano escolar transformadas em patológicas.
-É mais fácil lidar com um problema orgânico do que a escola mudar. A medicalização é um alívio para os pais, professores e especialistas.
-Teoria da carência social: única para olhar para o contexto.
-A nossa história é contada pelos portugueses. Elegemos uma cultura como dominante e consideramos as demais incorretas. 
-Patto fez pesquisas nas escolas.
-Fracasso escolar foi / é produzido.
-“Queixa escolar”: deixa de ser do aluno e diz respeito a tudo o que acontece no entorno.
-Avaliação do processo de escolarização, pois o problema está nele e não na criança.
-Objetivo da análise é entender o que acontece no processo de escolarização.
Criança com queixa escolar
-Tradicional: investigação por anamnese (país – condições pré e pós-natais e desenvolvimento), testes de personalidade, inteligência (psicodiagnóstico de mais ou menos 10 e 12 semanas). O que se pergunta nesses testes são informações da classe dominante. Crítica em relação a como a psicometria patologiza algo que é social e dependente das vivências, classe social (padronização).
-Psicologia hoje em dia: emancipação humana, união do psico com o social.
-Orientação à queixa escolar: criado no instituto de Psicologia da USP, é dirigido pela Beatriz de Souza. O curso é anual (trabalho clínico). Orientação: estratégias, reflexões, caminhos sobre a queixa escolar (relacionada a questões do ambiente escolar).
Queixa escolar
-O trabalho é breve.
-1º: triagem (conversa com as famílias, geralmente em pequenos grupos, para a exposição da queixa; falam da rotina, sem muitos detalhes da vida particular).
-2º: anamnese escolar (levantamento dos assuntos relacionados à vida escolar). Levantamento de hipóteses do que a criança pode ter.
-3º: chama a criança para contar a dificuldade.
-4º: faz alguns encontros com a criança para obter um diagnóstico (checa leitura, parte lógica, intencionalidade etc).
-5º: vai até a escola e sugere mudanças em uma conversa horizontal.
-6º: conta para a criança todas as informações obtidas e os próximos passos.
-7º: orientar os pais e a escola.
-8º: após 2 meses, chamar a criança para ver os resultados e, se ainda não estiverem adequados, procura outra solução.
-Com a queixa escolar a informação circula e leva a um progresso.
Psicogênese da língua escrita
-Letras são desenhos relacionados a um conceito/símbolo.
-Introdução e apropriação do mundo simbólico que é muito mais que um desenho. Começa pela imagem mental. Para chegar na palavra, existem caminhos/métodos, que vão dos silábicos (fônico, analítico, da frase, da palavra e do texto) até os métodos analítico-sintéticos.
-Criança não cria, e sim copia e passa de ano.
-Método silábico: ensinar letras e sílabas separadas para posteriormente formar palavras.
-Método fônico: começa pelos fonemas que a criança adquire primeiro.
-Crítica: não tem dignificado para a criança, se ela não conhecer. Fizeram cartilhas de acordo com as regiões. A criança não aprende a pensar, criticar, fica desmotivada, precisa se adaptar sem questionar.
-Métodos analíticos: criança faz análise/tem visão global da palavra. A partir de uma palavra, formam outra, sem que seja apenas decorado.
-Da palavra: de uma frase, pega uma palavra para formar outras.
-Do texto: de um pequeno texto, destaca uma palavra e constrói a partir disto.
-Emília Ferreiro: para ler e escrever usa-se o raciocínio lógico. Para hipotetizar como se escrevem as palavras.
-A criança começa pela imagem (pré-silábica) e depois chega na palavra.
-1º: descobre que há um jeito certo de escrever, passa a usar uma escrita parecida com a convencional ao invés de desenhar.
-2º: descobre que cada símbolo/palavra é diferente e os separa.
-3º: descobre as letras e que usamos letras e números, então começa a misturar os dois (diferenciando desenho de letras e números).
-Silábica: junta sílabas, às vezes erra a letra.
-Silábica alfabética: cabe ao professor conflitar para gerar hipóteses.
-Alfabética: já está alfabetizada.
-Indisciplina: comportamento que foge do esperado (que depende do contexto). Depende do conceito de disciplina que está posto no contexto educacional. Para saber qual é: observar, perguntar para o professor, aos alunos, aos orientadores (entrevistas em grupo, desenhos com as crianças).
-Escola forma alunos para o exercício da cidadania (escolher a profissão).
-Orientação vocacional? Vocação supõe algo inato, o que não é verdade. Ao escolher uma profissão, deve-se considerar sentido, satisfação, muitas vezes se faz testes vocacionais.
-Teste vocacional: características do perfil buscado comparadas as características pessoais. É baseado na ideia da aptidão/vocação.
-Existem habilidades e competências desenvolvidas durante a vida: concepção Sócio-Histórica. Todos podem desenvolver estas habilidades e competências.
-Testes não consideram motivação, história de vida, tarefas que a pessoa quer fazer na vida.
Psicologia e inclusão: da educação especial à educação inclusiva
A construção do estigma:
-Normal: moda estatística, anatômico-funcional, tipo ideal (protótipo).
-Mecanismos de defesa para manutenção do equilíbrio intrapsíquico por uma fonte de insegurança: ataque (liquidar a ameaça – sacrifício na idade antiga), fuga (abandono direto ou indireto – negar amor) ou superproteção (contrário de afeto).
-Esses mecanismos podem ocorrer por atenuação (poderia ser pior), compensação ou simulação.
-Preconceito: ideia / sentimento.
-Discriminação: generalização / atitude.
-Declaração de Salamanca é escrita e assinada por 88 governos e possuem princípios, políticos e práticas para a educação inclusiva.
-Escolas regulares com orientação inclusiva são meios eficazes para combater discriminações, a partir da criação de comunidades acolhedoras, construindo uma sociedade inclusiva e alcançando educação para todos.
-Aceitar as diferenças: a aprendizagem deve adaptar-se às necessidades de cada criança. 
-Incluir significa: abranger (presença), inserir (participação) e implicar (desenvolvimento).
-Transtornos funcionais: TDAH, dislexia. 
-Relações étnico raciais/gênero: homossexualismo, mulher, adolescente em conflito com a lei.
Os fundamentos da educação inclusiva
1. Acessibilidade atitudinal: aceitação das diferenças. 
2. Acessibilidade física, instrumental e comunicacional.
3. Acessibilidade curricular. 
4. Por uma nova pedagogia: sentido da aprendizagem, diversificação de estratégias.
5. Formação do professor. 
6. Avaliação. 
7. Gestão voltada à criação de múltiplos espaços de aprendizagem. 
8. Relação escola X família. 
9. Atendimento educação especial (AEE).
Principais determinações da Declaração de Salamanca.
- Formação do professor; (slide: fundamentos da educação inclusiva); todas as crianças podem e devem estar na escola; devem ser disponíveis de acessibilidade física, atitudinal, visual; recursos da educação especial devem conter na educação regular (contra turno entre professor e auxiliar à AEE à sala de recursos especiais à não precisa ser em toda escola, mas tem que ser próximo); escolas especiais viraram centros de atendimento educacional especializado (CAEE).
Relacionar as formas do atendimento da pessoa com deficiência ao longo da história (eliminação – institucionalização – inclusão).
 - Dependendo da cultura, eram mortas por não corresponderem ao ideal de ser humano da época (abandonadas ou mortas - eliminação) à foram colocadas em silos/hospitais (institucionalização) à integração à inclusão.
O trabalho da psicologia no ambienteescolar é caracterizado por um serviço preventivo e terapêutico. Quando se trata de inclusão educacional de pessoas com deficiência, ele tem um papel crucial na preparação dos profissionais envolvidos, apoio familiar e suporte a comunidade discente. O psicólogo deve ter um olhar abrangente, ver o aluno com deficiência como um ser biopsicossocial, e não olhando apenas o biológico, mas um ser que apesar das limitações é também dotado de potencialidades.
A atuação do psicólogo escolar se dá através de um olhar preventivo, observação e a análise cotidiana. Ao se inserir no ambiente, o psicólogo deve investigar as práticas pedagógicas, participar das reuniões de classe, gestores e da elaboração do projeto pedagógico da escola. Uma escuta psicológica poderá ser realizada com o intuito de desenvolver uma metodologia e traçar métodos de intervenções como também acolhimento das angústias, sofrimentos emocionais dos alunos, familiares e profissionais da instituição, possibilitando ao psicólogo uma melhor compreensão do cenário educativo.
Psicologia Social e a constituição social do sujeito; Fundamentos da Psicologia Social: aspectos históricos e teorizações
A Psicologia Social estuda o indivíduo e a influência da sociedade sobre o mesmo. Tem a função de problematizar, já que cada um é livre para escolher seu futuro. Psicossocial: indivíduo e sociedade em relação. O homem é um ser histórico e social. A sociedade é formada por grupos, sempre precisamos de um "outro". 
Psicologia Social: estudo do comportamento naquilo que ele é influenciado socialmente. Relações entre um grupo (duas ou mais pessoas) e grau de influência desse grupo. Relação em si - comportamento social: linguagem (aprendido com o outro, cultura, formação da consciência), pensamento (aspectos cognitivos), representação social (aprendido com o outro), consciência (aprendido com o outro, vem da linguagem).
Rolezinhos: se devem mais ao capitalismo do que se relacionar com outras pessoas. Sociedade do espetáculo - vontade de mostrar o que possui (ostentação).
Uma sociedade pode ser tratada como sociedade(s), pois concentra diferentes comportamentos/culturas/valores culturais e é dividida em grupos.
Capitalismo --> consumo --> comportamento.
Possuímos grupos de referências. 1º grupo (família) nos ensina os valores, a cultura, as normas sociais (determinam papeis sociais) e influencia na forma como vamos nos comportar dentro dos próximos grupos (escola, trabalho).
Instituições sociais (família, escola, trabalho) são carregadas de valores.
Individualidade: estilos, jeitos de ser/manifestar a realidade. Quem não segue as normas, é tratado como marginal (vive na margem da sociedade).
Identidade social: grupo ao qual pertencemos, estilo musical, política. "Quem sou eu?".
-A Psicologia Social foi influenciada por fatos e situações presentes na história da humanidade. 
1) Quem conta a história, valoriza a situação vivida no país.
2) História não é linear (causa --> efeito imediato). 
Fatos do presente resignificam o passado.
-Há vários modos/formas de contar a história.
História da Psicologia Social no ocidente.
-Repúdio à Wundt.
-Criação da Psicologia Experimental (1871).
-Criação da Filosofia científica / metafísica científica (objetivo de tornar a Psicologia uma ciência).
-Criação da Psicologia Social - Psicologia dos povos, Psicologia das massas (linguagem, mitos, pensamentos, crenças, história).
Longo passado e curto presente da Psicologia
-Pai: Wundt.
-Mãe: Filosofia.
-Maternidade: Laboratório experimental.
-Questionamento Augusto Comte: propõe um esquecimento do passado (origens europeias).
-Psicologia Social - mensuração dos fenômenos psíquicos.
Formas e formas de contar a história da Psicologia Social
-Valorização de fatos e situações (Robert Farr).
-Esquecimento da influência da Filosofia / George Mead.
-II Guerra Mundial: criação de testes psicológicos.
-Publicação do "The American Soldier": comportamento do soldado. As pesquisas, que eram voltadas somente para o indivíduo, agora envolvem o indivíduo com o grupo (coletivo).
-Escola de Frankfurt: sociologia - Marcuse, Adorno, pesquisadores europeus foram para os Estados Unidos. Se contrapõem ao Behaviorismo e seguem a linha Social-Cognitiva.
-Psicologia Social se torna ciência nos Estados Unidos.
-Handbooks (Allport): valorizam Kurt Lewin (alemão), desvalorizam George Mead (americano).
-Psicologia Social psicológica: indivíduo.
-Psicologia Social sociológica: considera o coletivo (sociedade influencia sujeito).
Psicologia Social no Brasil
-Década de 70: crise da Psicologia Social ou crise de referência.
-Surgimento/criação da ABRAPSO (1980).
A individualização da Psicologia Social na América do Norte
-Individualismo enquanto cultura/valor para os norte-americanos e sua influência na formação da Psicologia Social Psicológica (entender as relações entre indivíduo e sociedade a partir do indivíduo).
-E.U.A. sofreu influência do Renascimento: período da história (entre os séculos XIV e XVII) onde ocorreu a valorização do homem (humanismo). Transição da Idade Media (feudalismo) para a Era Moderna, queda da igreja com a reforma protestante (Martin Lutero), valorização da ideia de homem livre, comércio, capitalismo, ciência, leitura leva ao conhecimento).
-Gordon Allport (cognitivista) e Floyd Allport (behaviorista) publicaram os Handbooks (manuais de Psicologia Social) e influenciaram durante anos. Valorizam o individualismo (fase 1).
-Fase 2: europeus - vinda de cientistas, pesquisadores, psicólogos Gestalt - sociais que se opuseram aos behavioristas.
-O que percebemos, orienta nosso comportamento (Gestalt).
-Psicologia Social é ciência individualizada devido à influência do behaviorismo. Sempre a partir do indivíduo.
-Opinião: vivência, informação, crenças / valores, imagem. 
-Comportamento depende da situação social (contexto).
-Pensamento pe anterior a atitude (cognição social).
-Heurística: atalhos mentais. Métodos rápidos para chegar à conclusões.
-Atribuição da causalidade: necessidade de vivermos num mundo relativamente estável e previsível.
-Atitude: consequência direta do processo de tomada de conhecimento do ambiente social que nos circunda (crenças e cognições, carga afetiva pró ou contra). Variáveis intervenientes.
-Componente cognitivo: representação cognitiva deste objeto.
-Componente afetivo: sentimento pró ou contra um determinado objeto social.
-Componente comportamental: componente ativo, instigador de comportamentos coerentes com as cognições e os afetos relativos aos objetos atitudinais.
-Atitude não é comportamento, mas pode prevê-lo.
-Existe consistência e inconsistência nos três componentes da atitude e no comportamento.
-Comportamento é resultante de múltiplas atitudes.
Fishbein e Ajzen:
-Predizer comportamentos: atitude das pessoas, percepção do que outras pessoas esperam que ela faça e sua motivação a conformar-se a esta expectativa (norma subjetiva).
-Obrigação moral: comportamentos em situações que envolvem aspectos morais.
-Controle: capacidade de controlar o comportamento. Não podemos ter a intenção de nos comportarmos de maneira que fuja ao nosso controle.
-Valores encerram uma infinidade de atitudes.
-Allport, Vernon e Lindzey: escala para a classificação das pessoas de acordo com a importância que davam a: teoria, estética, praticabilidade, atividade social, poder e religião.
-Aprendidas através de reforço e modelagem.
-Servem para lidar com o ambiente social.
A interação simbólica - George Mead  
-Se considera behaviorista social. 
-Gênese do selo (eu). Respondo de uma forma individual, mas a origem está na sociedade. 
-Sociedade como um processo. 
-Indivíduo + sociedade = inter-relacionamento. 
-Aspecto subjetivo do comportamento humano. 
-Obra: mente, self, sociedade. 
1. Sociedade 
-Outro significativo (mãe/cuidador/imitamos e internalizamosos valores apresentados). 
-Atividade gripal se baseia no comportamento cooperativo. 
-Associação humana surge: 
A) Percepção das intenções do outro (ação através da percepção). 
B) O sujeito constrói sua resposta baseada nas intenções dos outros. 
-As intenções são transmitidas através de gestos (internalizados) que se tornam símbolos. Gestos (sentido comum) → símbolos significantes → adquirem elemento linguístico. 
-Significado é coletivo, sentido é individual. 
Ato → componente significativo → representa uma atividade mental → coloca-se na oposição da outra pessoa → deve-se identificar com ela. 
-Então, comportamento é social (compartilhado de gestos). 
-Compreensão à resposta do outro, responde a si mesmo, compartilha da conduta do outro. 
-Só vivemos em interação com o outro. 
-Comportamento individual age em conjunto com o do grupo. 
2. Self 
-Interage socialmente e psicologicamente. 
-Self: formado por definições dos outros para ver se a si mesmo. 
-Imitamos a sociedade (mãe) para a formação do self. 
-Self: Eu (impulsivo). Mim / Me (sociedade / outro generalizado → imito gestos diferentes até ter o meu, baseado em todos os outros. Compreende os sentidos generalizados). 
3. Mente 
-Mente: sistema nervoso central e córtex. 
-Cérebro: fundamental para a emergência da mente. 
-Sociedade: interação social que usa dos cérebros e forma a mente. Mente usa símbolos significantes. 
-Sem interação social, para nada serve o cérebro. 
-Sem o outro, não existiríamos. 
 -Mead: linguagem media entre indivíduo e sociedade. Sociedade forma o indivíduo. Crítica: não aprofunda em seu trabalho. 
-Herbert e Blumer. 
→ Valorização dos sentidos
→ Sentidos nascem da interação social. 
→ Sentidos são modificados e manipulados através do processo interpretativo. 
 -Sentidos: definição dos objetos - como são definidos.
Representação Social - Serge Moscovici
-Moscovici estava descontente com a explicação dos cognitivistas sobre atitude. -Criou a teoria para explicar o comportamento humano / metodologia da representação social.
-Mundo: resposta de acordo com os estímulos do ambiente físico ou quase-físico. 
-Existe um viés: 
A) Não conseguimos ver coisas óbvias / invisibilidade (fragmentação da realidade).
B) Fatos que aceitamos, de repente tornam-se ilusões (da aparência à realidade).
C) Respondemos aos estímulos da mesma forma que outros integrantes da comunidade. 
-Esses três aspectos nos mostram que existem representações da realidade, que nos orientam àquilo que é visível. A representação social orienta o comportamento.
-Relação entre as pessoas (pensam, conversam, criam conhecimento) 》usa do sistema perceptivo para interpretar a realidade / tem reflexão.
-Durkheim: representação coletiva / sem reflexão.
-Funções das representações sociais: 
A) Convencionalização dos objetos (tornar compreensível).
B) Representações são prescritas 》exercem uma força sobre nós.
-Pensamento primitivo: conformar com a realidade (conhecimento atrelado com a natureza).
-Para sobreviver, o homem utilizou o pensamento primitivo (senso comum). 
-Pensamento científico envolve a intelectualidade e transformação da realidade.
-Pensamento primitivo (universo consensual) ou científico procura uma causa.
-Psicologia Social: estuda a manifestação do pensamento científico (estudo do cognitivo - aspecto sensorial/percepções).
-Crenças: percebemos o mundo tal como é. Utilizamos nossas percepções (5 sentidos), porém existem aspectos como: invisibilidade, aparência à ilusão, reagimos a estímulos de acordo com o grupo.
-Então, representações sociais nos orientam em direção ao visível, ou àquilo que temos a responder, ou relacionam à aparência. 
-Criamos representações baseadas nas relações sociais.
Representações sociais são uma cadeia de reação de percepções, opiniões, noções e vidas.
-Pensamento 》ambiente. Acontecem para:
A) Convencionalizarmos os objetos.
B) Representações sociais são prescritivas, impõem sobre nós uma força, um pensamento. Orientam nosso comportamento. 
-O pensamento é gerado a partir de pessoas e grupos que pensam por si mesmos. O que produzem e comunicam (representações sociais).
-O que é então, representação social?
1) Uma maneira específica de compreender e comunicar o que já sabemos.
2) Agem como suportes para palavras ou ideias.
-Universo consensual (representações sociais) explica os fatos, acontecimentos e é acessível a qualquer um.
-Torna o mundo da ciência reificado em consensual / facilitar / tornar familiar o não-familiar.
-Processos que geram representações sociais: 
1) Ancoragem: clarificar e dar nome a alguma coisa.
2) Objetivação: transformar algo abstrato em concreto. Exemplo: Deus.
-Eu social: reflete a estrutura social. 
-Identidade: fortalece, fragiliza ou transforma a estrutura social. É história dos outros, fazemos parte de uma humanidade. Somos individualmente humanidade.
-Somos o que estamos sendo frente ao outro.
-Eu represento: eu; desempenho papeis; reponho no presente o que tenho sido enquanto reitero a apresentação de mim.
-Identidade é metamorfose. 
-Somos o outro, que é o outro do outro. Apesar disso, não deixamos de ser um. Influenciamos e somos influenciados.
-Somos um vir a ser, estamos sempre em construção. Necessitamos de um projeto de vida, que é uma ação política. 
-Atividade: Constituição enquanto indivíduo para a Psicologia Social.
-Sou um sujeito do dia a dia ou uma personagem com essas características? 
-Identidade 》se transforma com a história. Adquire influências, é um processo constante. Não há essência, depende do contato com o outro.
-Às vezes somos personagens e a sociedade é autora: oculta ou revela os aspectos.
-Estamos em constante mudança.
-Identidade: totalidade, múltipla e mutável. 
1) Dados que colaboram para dizer quem somos: nome e ações. 
-A nossa história é anterior a nós, e temos que atender ou não as expectativas do outro.
-Nós somos as nossas ações. 
-Sujeito: social, biológico e psicológico. 
-Também, representação mental/simbólica que expressava nossa identidade. 
-A pessoa é avó, mãe, filha de um outro.
-Identidade é pressuposta que é reposta cada momento.
-Exemplo: professor é um ser social, um ser-posto (tornou-se). É professor, pai, filho.
-É múltipla, mas também totalidade individual.
O processo grupal
-Transformações da sociedade só acontecem em grupo.
-A sociedade é formada por grupos de interesse.
-Grupo de autores: Kurt Lewin, Pichon-Riviere, Adorno, La Passade.
-Determinações sociais que agem no indivíduo. 
Revisão teórica 
-Os autores criticados focam na definição de papeis e procuram garantir produtividade e harmonia e manutenção das relações (convivência). Teorias que enfatizam o caráter mediador do grupo.
Silvia Lane crítica:
-Ação do grupo só pode ser considerada em uma perspectiva histórica. Grupo enquanto processo histórico. 
-Função do grupo: manter ou transformar as relações sociais desenvolvidas.
-Estudo fracionado de grupos, o que fortalece aspectos ideológicos (alienação, líder competente).
Também é importante:
-Romper com a tradição biológica da Psicologia (sentimentos e emoções também são sociais).
-Fortalecer o ambiente onde a pessoa é construída. 
-Para viver/sobreviver necessita do trabalho: transformar a natureza.
-Análise: compreende instituição, indivíduo, relação entre classe social e família.
Sugestão:
-Fazer uma macroanálise (sociedade) e uma microanálise (grupo): influência mútua.
Propõe:
-Entender o homem a partir do capitalismo.
-Entender o grupo a partir da instituição em que está.
-Levar em consideração a história do grupo.
-Verificar o desempenho de papeis das pessoas dentro do grupo.
-Superar a individualidade institucionalizada para assumir uma identidade grupal (pensar enquanto categoria).
Exclusão social
-Exclusão: vários sentidos - segregação (topológica / espaço),marginalização (grupo como categoria à parte) ou discriminação (fechamento do acesso a bens e serviços ou recursos). 
-Psicologia: interação social.
-Grupos que estão em situação de exclusão. 
-A Psicologia Social busca compreender de que maneira as pessoas ou grupos são objetos de distinção. A razão de aceitarmos essa injustiça.
-Isso acontece há muito tempo (nazismo, fascismo).
-Atribuímos a culpa ao outro a partir da dificuldade de atingir objetivos, o que gera frustração. O indivíduo não consegue atingir objetivos.
-Grupos marginalizados são alvos fáceis. 
-Escola de Frankfurt: ideologia com personalidade autoritária. 
-Antissemitismo: autoritarismo, conservador, etnocentrismo.
-Preconceitos e estereótipos: aspectos mentais/cognitivos.
-Categorização social: imputar características de um conjunto de objetos para constituí-lo pertencente aquela categoria/grupo.
-Exclusão é uma alteridade, damos qualidades do que é o outro (representação social).
-Não considerar o aspecto histórico/contemporâneo dos grupos sociais alimenta o discurso de poder/ideológico.
Ideologia hoje
-Mundo sustentado por uma sociedade imaterial --> comunicação verbal e simbólica (mídia influencia em significados).
-Ideologia: inúmeros enfoques teóricos. 
1) Dimensão positiva ou neutra.
2) Dimensão negativa ou crítica (distorce, manipula, engana --> para Marx sempre será assim).
-Ideologia como prática material concreta (aparelhos ideológicos do estado --> escola). Dimensão dinâmica/prática (modo de agir --> exemplo: trabalho).
-Ideologia para Marx: "...examinar as maneiras como as relações sociais são criadas e sustentadas por formas simbólicas que circulam na vida social, aprisionando as pessoas e orientando-as para certas direções".
-Uso dos sentidos que servem para estabelecer e sustentar relações de dominação. 
A) Concepção crítica: ideologia como fenômeno enganador (questionar, desenvolver uma ideia própria sobre algo).
B) Sentido e formas simbólicas: ações, imagens, textos (avaliar o momento sócio histórico, contextualizar).
C) Conceito de dominação: poder X dominação.
 -Poder: conhecimento, acontece de forma natural.
-Dominação: não tem poder, aprisiona para dominar.
D) Modo e estratégias que o sentido serve para sustentar relações de dominação.
E) A valorização das formas simbólicas. 
-Paulo Freire: escola/educação é política (traz a ideia de determinadas grupos).
-Há dois tipos de educação: crítica (aluno é questionador) e bancária (aluno é recebedor). Para Marx, é sempre bancária. 
-Utilizam-se formas simbólicas para manter a dominação. 
-A ideologia mantém as pessoas em submissão.
Aroldo Rodrigues
Psicologia Social cognitiva: compreensão dos estímulos sociais (exemplo: representações sociais).
-Tecnologia social: achados científicos das ciências sociais para resolver problemas sociais.
-Proposta: postura ética da Psicologia Social.
-Ciência neutra: não intervenção de tendenciosidades / vieses (subjetividade do pesquisador).
-O estudo de Marx não é Psicologia, e sim política. 
Eliezer Scheineder
-UFRJ/UERJ, década de 50.
-Proposta: ênfase na abordagem histórica (origem) e cultural (valores/crenças). Para entender o ser humano, é importante conhecer esses aspectos.
-Aproximação da Psicologia com outras teorias.
-Compreensão dos processos micro (grupos pequenos) para entender como se tornam macro.
-Psicologia: compreensão da problemática humana em sua diversidade histórica e cultural. 
Silvia Lane
-Compromisso social da Psicologia. 
-Psicologia: sócio histórica e social comunitária. 
-Conhecimento da Psicologia para a transformação social.
-Atenção ao contexto social/realidade social. 
-Realidade social: parâmetro para a produção científica. 
-Consciência (desvendar).
-Crítica à Psicologia Social norte-americana (foca no positivismo, experimental, controla as variáveis).
-Uso do materialismo histórico-dialético. 
-Ver o homem/a mulher como totalidade histórica.
-Psicologia Sócio-Histórica pesquisa e se baseia em Vygotsky, Lúria e Leoutiev.
-Importante trabalhar a consciência das pessoas através da reflexão social.
-A Psicologia Social e uma nova concepção do homem para a Psicologia
-Importância de considerar o contexto histórico do Brasil para explicar como o sujeito age, que é uma maneira diferente do homem norte-americano.
-Compromisso social.
A Psicologia Social e o materialismo histórico-dialético:
-Teoria filosófica e científica.
-Entender os fenômenos materiais, processo que se relaciona com os homens, é dinâmico, existe uma interdependência. 
-Ideologia serve para manter as relações sociais. Estado defende interesses de um grupo, uma minoria.
-Importância das relações grupais, mediadas pelas instituições sociais, enquanto tais exercem uma mediação ideológica. Exemplo: identificam o que é certo, errado, adequado ou inadequado.
-Transformação social: trabalho é feito com o outro.
-Métodos: pesquisa-ação, conhecer o indivíduo no conjunto de suas relações sociais.
-Psicologia 1975: ciência experimental quantitativa. Laboratório criado por Wundt.
-Nasce de acordo com as necessidades da época, como uma ciência positivista (posso observar e comprovar os dados / ênfase na razão / funcionamento do homem /determinista / mecanicista). Baseado em: Gestalt (percepção), Psicanálise (inconsciente), Comportamentalismo (comportamento observável).
-Diferenças entre as abordagens, mas nenhuma delas supera a visão de estudar o homem de modo mecanicista e determinista (crítica).
-Questão: a compreensão do fenômeno psicológico é incompleta.
-Psicologia Sócio-Histórica: Psicologia histórico-cultural (Vygotsky).
-Fundamento: Marxismo e Materialismo histórico-dialético como filosofia, teoria e método. 
-Segundo Vygotsky, para entender o homem é preciso observar os aspectos históricos e culturais. Se baseou no marxismo, o homem é visto como mercadoria no mundo capitalista. Materialismo histórico-dialético como filosofia, teoria e método: mundo externo colabora para a compreensão do mundo interno.
-Homem: ser ativo, social, histórico. O homem trabalha, atua, transforma a sociedade (histórico), se relaciona com os outros (social) e está sempre em ação (ativo). O fenômeno psicológico é construído com a relação entre as pessoas.
-Abandono da visão abstrata do fenômeno psicológico. 
-História: liberalismo (capitalismo, individualismo). Surge o Eu (mundo interno).
-Liberalismo nasce com o capitalismo na Inglaterra: valorização do individualismo (o sujeito pode se fazer por si mesmo, se a pessoa não consegue mudar a própria vida, é problema dela / quem tinha dinheiro/posses, tinha direitos / igual entre os iguais).
-Surge a Psicologia como é hoje para estudar o Eu, que aparece como naturalizado.
-Fenômeno psicológico aparece como naturalizado. Mas, para a Psicologia Sócio-Histórica "reflete a condição social, econômica e cultural em que vivem os homens".
-O fenômeno psicológico não é natural, é construído com o auxílio da linguagem. Não é mundo interno, e sim mundo externo em relação com o interno. Se constrói na sociedade em que a pessoa está inserida. 
-Fenômeno psicológico → sociedade. 
-Os grupos de poder criam estratégias que nos impedem de ver o que acontece na sociedade.
-Linguagem: mediação para a internalização da objetividade. Construção de sentidos pessoais (subjetividade).
-Crítica da Psicologia Sócio-Histórica à Psicologia: Psicologia é deslocada da realidade social e cultural.
-Ideologia → Psicologia. 
-1962: Psicologia como trabalho do psicólogo e ação direcionada e intencionada.
-Trabalhador: projetos de vida.
-Concepção: materialismo histórico-dialético. 
-Marx: a classe social interfere na maneira como nos comportamos.
-Surge Vygotsky: insatisfação com a Psicologia (estuda o mundo interno).
-Propõe a explicação sobre o Psiquismo e comportamento a partir "Funções psicológicas superiores" (gênese social daconsciência).
-Funções psicológicas superiores: pensamento, linguagem, consciência. 
Categorias de análise: 
1) Linguagem: signos (mediador da realidade).
2) Consciência: pensar, sentir, agir - determinada pelas relações materiais vividas.
-Linguagem e consciência formam o psiquismo: realidade e apropriação de signos (individuais) e significados (coletivos). O psiquismo se constitui em um contexto social, histórico e cultural (crenças, estilos de vida, hábitos).
Metodologia de pesquisa
-Homem: ser de relações, produto evolução biológica, produto determinações sociais e históricas do meio no qual o indivíduo vive.
-Relações entre homem e meio social constroem-se e transformam-se: busca de sua singularidade, internalizando e expressando sua condição histórica e social, sua ideologia e relações vividas.
-Homem/mulher: situá-lo em dado momento histórico, desvendar e explicar as determinações sociais que o constroem. 
-A partir do global (vida / realidade concreta), chega-se no psicológico (consciência / entender o homem). 
-A partir da palavra/signo 》explicação da história individual 》discurso que trata da história social, ideologia, memória coletiva.
-Consciência se relaciona com a linguagem, que se expressa com a fala, mostrando sua organização. 
-Uso da metodologia qualitativa (impressões, significados).
-Método/procedimento: pesquisa-ação/pesquisa participante (pesquisador vive no local / faz parte do meio e tem uma intenção de modificação). São intervenções que consideram o conhecimento do sujeito e colaboram para uma reflexão por parte dele.

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