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Análise de Resposta em Frequência Sistemas de Controle II Resposta em Frequência ü A resposta de um sistema linear a uma excitação qualquer tem dois componentes: • A resposta transitória e; • A resposta permanente (ou forçada). ü A soma desses dois componentes é denominada resposta completa. ü Vamos estudar o caso da resposta forçada de um sistema linear a uma entrada senoidal. • Uma resposta forçada de um sistema a sinais senoidais de várias frequências fornece importantes informações sobre o desempenho desse sistema. Introdução O objetivo deste estudo é a determinação da resposta forçada de um sistema linear, invariante no tempo, a uma excitação senoidal u(t).𝑢(𝑡) = 𝑈' cos(ωt + θ () Veremos que a resposta forçada (𝑦*) será uma função senoidal de mesma frequência ω, porém possivelmente com amplitude e/ou ângulo de fase diferentes daqueles da função de excitação. Introdução 𝑢(𝑡) = 𝑈' cos(ωt + θ () Veremos que a resposta forçada (𝑦*) será uma função senoidal de mesma frequência ω, porém possivelmente com amplitude e/ou ângulo de fase diferentes daqueles da função de excitação.𝑦*(𝑡) = 𝑌' cos(ωt + θ’0) Essa resposta é também chamada de Resposta Harmônica do Sistema Introdução o Estudaremos um método que permite a determinação da resposta forçada no domínio do tempo, a partir da função de transferência do sistema. o Veremos como é possível estudar o comportamento da resposta forçada em função da frequência ω do sinal de entrada. O comportamento da resposta harmônica (em função da frequência ω) de um sistema é denominado resposta em frequência. Introdução Há três possíveis representações das funções de transferências senoidais utilizadas comumente. oDiagrama de Bode ou gráfico logarítmico oDiagrama de Nyquist ou diagrama polar oCarta de Nichols ou diagrama do logaritmo do módulo vs ângulo de fase Diagramas de Bode Diagrama de Nyquist Carta de Nichols Diagramas de Bode Diagrama de Nyquist Carta de Nichols Esses Diagramas têm grande importância prática, pois são úteis na análise de estabilidade e de desempenho nos projetos e na identificação de sistemas. Introdução O Diagrama de Bode é constituído por dois gráficos: oUm é o gráfico do módulo em dB de uma função de transferência senoidal; oO outro é o gráfico do ângulo de fase. Ambos são traçados em relação à frequência em escala logarítmica. Função senoidal de transferência Seja 𝑈' uma amplitude unitária e o ângulo de fase inicial é nulo. Então: É igual a: No domínio da frequência, teremos: U(s) = --./ω. Cujos polos são: s1 = + jω e s2= -‐ jω 𝑢(𝑡) = 𝑈' cos(ωt + θ () 𝑢(𝑡) = cos(ωt) Via transformada de Laplace Observando o Diagrama de Blocos: Y(s) = G(s) -(-01ω)(-/1ω) Y(s) = G(s) U(s) = 𝐺(𝑠) --./ω. U(s) Desenvolvendo a resposta Y(s) em frações parciais, teremos certo número de frações provenientes do desdobramento de G(s) e mais duas componentes provenientes da função de excitação harmônica U(s). Y(s) = 4-/5 + 6-/7 + ... + 8-01ω + 9 -/1ω Componentes de G(s) Componentes de U(s) Resposta completa = Y(s) Frações de G(s) = Resposta Livre YL(s) Frações de U(s) = Resposta Forçada YF(s) Nota: • As frações geradas pelos polos de G(s) dão origem à parte livre (transitória) da resposta. • As frações geradas pelo sinal de excitação U(s) dão origem à parte forçada (permanente) da resposta. Assim: 𝑌(𝑠) = 𝑌;(s) + 𝑌*(s) 𝑦(𝑡) = 𝑦;(t) + 𝑦*(t) Via transformada inversa de Laplace No caso, estamos interessados apenas na resposta forçada, que, no domínio da frequência é: YF(s) = 8-01ω + 9 -/1ω 𝐶 = [𝑌 𝑠 (𝑠 − 𝑗ω)]s = 𝑗ω = 𝐺 𝑠 𝑠𝑠 + 𝑗ω s = 𝑗ω = 𝐺(𝑗ω) 12 𝐷 = [𝑌 𝑠 (𝑠 + 𝑗ω)]s =-‐ 𝑗ω = 𝐺 𝑠 𝑠𝑠 − 𝑗ω s =-‐ 𝑗ω = 𝐺(−𝑗ω) 12 G(jw) e G(-‐jw) são funções complexas conjugadas da variável jw. Na forma retangular, elas apresentam a mesma parte real, porém com partes imaginárias simétricas. Na forma polar, apresentam o mesmo módulo, mas com ângulos de fase opostos. G(jw) e G(-‐jw) são funções complexas conjugadas da variável jw. Na forma retangular, elas apresentam a mesma parte real, porém com partes imaginárias simétricas. Na forma polar, apresentam o mesmo módulo, mas com ângulos de fase opostos. Assim: G(jw) = Re[G(jw)] + j Im[G(jw)] G(-‐jw) = Re[G(jw)] -‐ j Im[G(jw)] 𝑮(jω) = |𝑮(𝒋ω)|𝒆𝒋∅𝑮(-‐‑jω) = |𝑮(𝒋ω)|𝒆0𝒋∅ Ou ainda: onde ∅ = 𝒂𝒓𝒄𝒕𝒂𝒏 {𝐼𝑚[𝐺 𝑗ω ] 𝑅𝑒[𝐺(𝑗ω)] } 𝑮(jω) = |𝑮(𝒋ω)|𝒆𝒋∅𝑮(-‐‑jω) = |𝑮(𝒋ω)|𝒆0𝒋∅ ∅ = 𝒂𝒓𝒄𝒕𝒂𝒏 {𝐼𝑚[𝐺 𝑗ω ] 𝑅𝑒[𝐺(𝑗ω)] } Assim, podemos escrever que: C = 𝟏 𝟐 |𝑮(𝒋ω)|𝒆𝒋∅ D = 𝟏 𝟐 |𝑮(𝒋ω)|𝒆0𝒋∅𝐶 = [𝑌 𝑠 (𝑠 − 𝑗ω)]s = 𝑗ω = 𝐺 𝑠 𝑠𝑠 + 𝑗ω s = 𝑗ω = 𝐺(𝑗ω) 12𝐷 = [𝑌 𝑠 (𝑠 + 𝑗ω)]s =− 𝑗ω = 𝐺 𝑠 𝑠𝑠 − 𝑗ω s =− 𝑗ω = 𝐺(−𝑗ω) 12 Assim, podemos escrever que: C = 𝟏 𝟐 |𝑮(𝒋ω)|𝒆𝒋∅ D = 𝟏 𝟐 |𝑮(𝒋ω)|𝒆0𝒋∅ E, portanto: 𝐶 = [𝑌 𝑠 (𝑠 − 𝑗ω)]s = 𝑗ω = 𝐺 𝑠 𝑠𝑠 + 𝑗ω s = 𝑗ω = 𝐺(𝑗ω) 12𝐷 = [𝑌 𝑠 (𝑠 + 𝑗ω)]s =− 𝑗ω = 𝐺 𝑠 𝑠𝑠 − 𝑗ω s =− 𝑗ω = 𝐺(−𝑗ω) 12 YF(s) = 8-01ω + 9 -/1ω YF(s) = 𝟏 𝟐 |𝑮(𝒋ω)|[ 𝒆𝒋∅-01ω + 𝒆X𝒋∅ -/1ω ] A resposta forçada no domínio do tempo será: yF(t) = 𝟏 𝟐 |𝑮(𝒋ω)|[𝒆𝒋(ω𝒕/∅)+ 𝒆0𝒋(ω𝒕/∅)] =|𝑮(𝒋ω)|cos(ω𝒕 + ∅) Assim, podemos escrever que: C = 𝟏 𝟐 |𝑮(𝒋ω)|𝒆𝒋∅ D = 𝟏 𝟐 |𝑮(𝒋ω)|𝒆0𝒋∅ E, portanto: 𝐶 = [𝑌 𝑠 (𝑠 − 𝑗ω)]s = 𝑗ω = 𝐺 𝑠 𝑠𝑠 + 𝑗ω s = 𝑗ω = 𝐺(𝑗ω) 12𝐷 = [𝑌 𝑠 (𝑠 + 𝑗ω)]s =− 𝑗ω = 𝐺 𝑠 𝑠𝑠 − 𝑗ω s =− 𝑗ω = 𝐺(−𝑗ω) 12 YF(s) = 8-01ω + 9 -/1ω YF(s) = 𝟏 𝟐 |𝑮(𝒋ω)|[ 𝒆𝒋∅-01ω + 𝒆X𝒋∅ -/1ω ] A resposta forçada no domínio do tempo será: yF(t) = 𝟏 𝟐 |𝑮(𝒋ω)|[𝒆𝒋(ω𝒕/∅)+ 𝒆0𝒋(ω𝒕/∅)] =|𝑮(𝒋ω)|cos(ω𝒕 + ∅) Nota-‐se, portanto, que para uma entradasenoidal u(t) = cos(wt) a resposta forçada do sistema será: yF(t) = 𝟏 𝟐 |𝑮(𝒋ω)|[𝒆𝒋(ω𝒕/∅)+ 𝒆0𝒋(ω𝒕/∅)] =|𝑮(𝒋ω)|cos(ω𝒕 + ∅) • Também uma função harmônica de mesma frequência que a excitação • A amplitude é dada por: |𝑮(𝒋ω)| • E o ângulo de fase é dado por: ∅ Portanto, essas duas informações da resposta estão contidas na função G(jw) = [G(s)] s=jw. Essa função é denominada Função senoidal de transferência ou função harmônica de transferência. Fasores de entrada e saída Entrada Processo Saída u(𝒕) = cos(ωt) G(s) yF(t) = |𝑮(𝒋ω)|cos(ωt + ∅) u(𝒕) = Umcos(ωt) G(s) yF(t) = Um|𝑮(𝒋ω)|cos(ωt + ∅) u(𝒕) = cos(ωt+θ() G(s) yF(t) = |𝑮(𝒋ω)|cos(ωt+θ( + ∅) u(𝒕) = Umcos(ωt+θ() G(s) yF(t) = Um|𝑮(𝒋ω)|cos(ωt+θ( + ∅) U(s) Esse resultado é válido se G(s) for um sistema linear invariante no tempo. Entrada Processo Saída u(𝒕) = Umcos(ωt+θ() G(s) yF(t) = Um|𝑮(𝒋ω)|cos(ωt+θ( + ∅) U(s) Note que: a função harmônica de transferência (jw) fornece os dados necessários e suficientes para a determinação da resposta do sistema a uma excitação harmônica conhecida. Onde: |𝑮(𝒋ω)| é chamado o ganho de amplitude;∅ é chamado de ângulo de defasagem Entrada Processo Saída u(𝒕) = Umcos(ωt+θ() G(s) yF(t) = Um|𝑮(𝒋ω)|cos(ωt+θ( + ∅) U(s) Assim a resposta forçada no domínio temporal será: yF(t) = Um|𝑮(𝒋ω)|cos(ωt+θ( + ∅) Com: yM(t) = Um|𝑮(𝒋ω) | E θ’0 =(θ( + ∅) Entrada Processo Saída u(𝒕) = Umcos(ωt+θ() G(s) yF(t) = Um|𝑮(𝒋ω)|cos(ωt+θ( + ∅) U(s) Assim a resposta forçada no domínio temporal será: yF(t) = Um|𝑮(𝒋ω)|cos(ωt+θ( + ∅) Com: yM = Um|𝑮(𝒋ω) | E θ’0 =(θ( + ∅) Assim, |𝑮(𝒋ω) | = 𝒀𝒎𝑼𝒎 Vamos agora definir os seguintes fasores de entrada e saída:𝑼(𝒋ω) = 𝑼𝒎𝒆jθ^𝒀(𝒋ω) = 𝒀𝒎𝒆jθ’^ A representação destes fasores encontra-‐se na figura abaixo: Vamos agora definir os seguintes fasores de entrada e saída:𝑼(𝒋ω) = 𝑼𝒎𝒆jθ^𝒀(𝒋ω) = 𝒀𝒎𝒆jθ’^ A relação entre 𝒀(𝒋ω) e 𝑼(𝒋ω) resulta em: 𝒀(𝒋ω)𝑼(𝒋ω) = 𝒀𝒎𝒆jθ’^𝑼𝒎𝒆jθ^ = |𝑮 𝒋ω |𝒆𝒋 θ’^0θ^ = |𝑮(𝒋ω)|𝒆𝒋∅= 𝑮(𝒋ω) Vamos agora definir os seguintes fasores de entrada e saída:𝑼(𝒋ω) = 𝑼𝒎𝒆jθ^𝒀(𝒋ω) = 𝒀𝒎𝒆jθ’^ A relação entre 𝒀(𝒋ω) e 𝑼(𝒋ω) resulta em:𝒀(𝒋ω)𝑼(𝒋ω) = 𝒀𝒎𝒆jθ’^𝑼𝒎𝒆jθ^ = |𝑮 𝒋ω |𝒆𝒋 θ’^0θ^ = |𝑮(𝒋ω)|𝒆𝒋∅= 𝑮(𝒋ω) Logo, Y(jw) = G(jw)U(jw) Portanto, G(jw) é o operador que transforma o fasor de entrada no fasor de saída. Exercícios Representações Gráficas da Resposta em Frequência Uma possível representação gráfica da resposta em frequência do sistema é fornecida por meio dos Diagramas de Bode. Um par de gráficos cartesianos em função de ω, como variável independente, sendo um deles representado o módulo |𝑮(𝒋ω)|, e o outro, o ângulo de fase ∅. Representações Gráficas da Resposta em Frequência Representações Gráficas da Resposta em Frequência • Na representação cartesiana, a resposta em frequência desdobra-‐se em dois gráficos. • Um representa o ganho em função da frequência; • O outro representa o ângulo de fase em função da frequência. Tipicamente, a variável ω é representada em escala logarítmica no eixo das abscissas, e o ganho é dado em decibéis (dB) no eixo das ordenadas do primeiro gráfico. YdB = 20 log |𝑮(𝒋ω)| Representações Gráficas da Resposta em Frequência • Na representação cartesiana, a resposta em frequência desdobra-‐se em dois gráficos. • Um representa o ganho em função da frequência; • O outro representa o ângulo de fase em função da frequência. Tipicamente, a variável ω é representada em escala logarítmica no eixo das abscissas, e o ganho é dado em decibéis (dB) no eixo das ordenadas do primeiro gráfico. YdB = 20 log |𝑮(𝒋ω)| A vantagem de representar ω em escala logarítmica é conseguir um amplo intervalo de variação da frequência dentro das dimensões limitadas do gráfico. Representações Gráficas da Resposta em Frequência • Na representação cartesiana, a resposta em frequência desdobra-‐se em dois gráficos. • Um representa o ganho em função da frequência; • O outro representa o ângulo de fase em função da frequência. Tipicamente, a variável ω é representada em escala logarítmica no eixo das abscissas, e o ganho é dado em decibéis (dB) no eixo das ordenadas do primeiro gráfico. YdB = 20 log |𝑮(𝒋ω)| No gráfico de ângulo de fase, a escala do eixo das abscissas coincide com a do primeiro gráfico; portanto, utiliza-‐se a escala logarítmica para a representação de ω, mas o ângulo de defasagem é apresentada em escala linear (geralmente medida em graus).
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