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rel 3 - bioquim

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Universidade
Tecnol
ó
gica
Federal
do
Paran
á
–
Campus
Dois
Vizinhos
Curso
de
Eng.
de
Bioprocessos
e
Biotecnologia
Disciplina
de
Bioqu
í
mica
2
Prof
ª
Samara
Ernandes,
Dra
Discente: Ana Paula Verginaci Ra 1776096
ATIVIDADE – Relatório Aula 03 – Demonstração da respiração pelo método indicador
OBJETIVOS: Demonstrar a ocorrência de atividade respiratória em diversos materiais biológicos.
INTRODUÇÃO: Nos processos fotossintético e respiratório ocorrem trocas gasosas com o meio ambiente. Na respiração aeróbica, há consumo de oxigênio e liberação de gás carbônico, enquanto na fermentação não há consumo de oxigênio, mas pode haver liberação de gás carbônico (apenas no caso da fermentação alcoólica). O CO2 em presença de água forma ácido carbônico. Portanto, num sistema fechado, a respiração acidifica a fase aquosa, já que se estabelece um equilíbrio entre as fases aquosa e líquida (com deslocamento para a direita):
CO2 + H2O ⇔ H2CO3⇔ H+ + HCO3
AR ÁGUA	ÁGUA	ÁGUA
Se a fase aquosa contiver um indicador de pH, as variações na quantidade de CO2 no ar podem ser detectadas pelas mudanças de coloração. O vermelho de cresol é um indicador, que se apresenta púrpura em meio alcalino e amarelo em meio ácido e pode, portanto, ser usado para se observar a acidificação de uma fase aquosa por CO2 proveniente da respiração.
MATERIAL: Suspensão de levedo em solução de sacarose a 10%, suspensão de levedo em água destilada, suspensão de levedo fervido, folha, sementes de feijão em germinação, solução de vermelho de cresol, HCl 0,1 N, NaOH 0,1 N, tubos de ensaio grandes (9), tubos de ensaio pequenos (4), estante para tubos de ensaio, papel-alumínio, rolhas, conta-gotas, pipetas.
PROCEDIMENTO: Enumere 6 tubos de ensaio grandes e adicione neles 2 mL de vermelho de cresol. Com esses tubos, proceda aos seguintes ensaios:
Tubo 1 – Testemunha, para referência da coloração inicial do indicador.
Tubo 2 – Coloque suspensão de levedo preparada em solução de sacarose a 10% até a metade de um tubo de ensaio pequeno, que será introduzido no tubo com o indicador até tocar o suporte.
Tubo 3 – Proceda da mesma forma, mas usando suspensão de levedo preparada em água.
Tubo 4 – Proceda da mesma maneira, porém, usando suspensão de levedo previamente fervida.
Tubo 5 – Proceda de forma semelhante à anterior, colocando sementes recém-germinadas de feijão no tubo pequeno ou sobre uma mecha de algodão umedecido, mas que não esteja em contato com a solução indicadora.
Tubo 6 – Coloque uma tira de folha no suporte, acima do indicador. Enrole o tubo de ensaio em papel-alumínio para evitar a entrada de luz.
Arrolhe bem todos os tubos imediatamente após a montagem e aguarde cerca de 1 hora. Observe as mudanças na cor do indicador e anote suas observações, adotando um sistema de convenção para as variações de cor da solução indicadora. Enquanto espera, execute os seguintes ensaios:
TESTE 1: Coloque 3 ou 4 gotas do indicador em um tubo de ensaio e acrescente uma gota de HCl 0,1 N. Observe o que ocorre.
TESTE 2: Coloque 3 ou 4 gotas do indicador em outro tubo e adicione NaOH 0,1 N, gota a gota. Observe o que ocorre e anote os resultados.
TESTE 3: Coloque 2 ml do indicador em um tubo de ensaio. Sopre devagar, através de uma pipeta, de modo que o ar borbulhe na solução. Anote a mudança de cor.
RESULTADOS :
No tubo 1 a coloração manteve-se estável durante todo o tempo. No tubo 2 contendo a solução de leveduras mais sacarose, o meio tornou-se amarelo devido a respiração aeróbica do processo fermentativo que ocorreu na presença do substrato sacarose. Já no tubo 3, que continha leveduras mais agua, nada ocorreu, pois as leveduras não tinham substrato suficiente para realizarem seu metabolismo. No tubo 5 que continha as sementes germinadas mais indicador, a coloração mudou devido ao produto da respiração aeróbica das sementes. No tubo 6, contenho folhas mais indicador, foi necessário enrolar o tubo de ensaio em papel alumínio para que não houvesse a passagem de luz, a fim de evitar que as folhas realizassem fotossíntese; E assim liberaram gás carbônico para reagir no meio. Nesse tubo a coloração mudou para amarelo, apresentando assim uma mudança do pH do meio.
O resultado dos testes provou a eficácia da solução de vermelho de cresol como indicador de mudança de pH, já que no T1 ao adicionar solução de HCL 0,1N nada ocorreu. Já no tubo T2 que foi adicionado NaOH 0,1 N a coloração mudou quase que imediatamente. No T3 a respiração foi mudando aos poucos a cor da solução, já que ao injetarmos ar contendo CO2 no meio, provoca-se a acidificação e mudança na cor do indicador para amarelo, demonstrando que o gás carbônico formado deixou o meio mais ácido. 
Imagem: Resultados Obtidos
CONCLUSÃO: 
O que aconteceu de comum nos tubos de ensaio foi a ocorrência de respiração aeróbica ou anaeróbica (fermentação). As diferenças observadas durante a execução da aula prática foram resultantes das diferentes intensidades do metabolismo respiratório em cada sistema. Quanto maior a liberação de CO2, mais ácido carbônico surge como produto da reação, para meios ácidos a solução de vermelho de cresol torna-se amarelo (padrão positivo).
CO2 + H2O ⇔ H2CO3⇔ H+ + HCO3
Portanto é possível concluir que ao aumentarmos a frequência respiratória, aumentamos a retirada de CO2 e consequentemente, aumentamos a velocidade da reação à esquerda. Isso faz com que mais hidrogênio livre seja direcionado para formação de ácido carbônico (H2CO3). Como consequência, diminuindo a concentração de H+ e elevando assim o pH.
REFERENCIAS 
https://biologia.ufba.br/sites/biologia.ufba.br/files/bioc41_-_fisiologia_vegetal.pdf. Consultado em 16-06-2019.
ALVARENGA, A. A.; NERY, F. C.; RODRIGUES, A. C. Experimentação em fisiologia vegetal. Lavras: Editora UFLA, 2015. 171 p.

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