Buscar

Trabalho - Direito Econômico

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência: Composição e funcionamento
Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência – SBDC
O Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência – SBDC é estruturado pela Lei n. 12.529, de 30 de novembro de 2011, que dispõe sobre a prevenção e a repressão às infrações contra a ordem econômica.
A ordem econômica está prevista no art. 170 da constituição federal e está erguida na afirmação da valorização do trabalho humano e da livre iniciativa, tendo como principal finalidade assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os princípios da liberdade de iniciativa, livre concorrência, função social da propriedade, defesa dos consumidores e repressão ao abuso do poder econômico.
A Lei em especial fala sobre:
a) liberdade de iniciativa,
b) livre concorrência,
c) função social da propriedade,
d) defesa dos consumidores e
e) repressão ao abuso do poder econômico.
O art. 1º, parágrafo único da lei que define o SBDC indica a coletividade como titular dos bens jurídicos protegidos pela norma.
O sistema como um todo vale para às práticas cometidas no todo ou em parte no território nacional ou que produzam ou possam produzir efeitos no nosso território, sem prejuízo de convenções e tratados que o Brasil seja signatário.
Para que possa ser eficaz, a lei enquadra como empresa domiciliada no território nacional a empresa estrangeira que opere ou tenha no país:
a) filial;
b) agência;
c) sucursal;
d) escritório;
e) estabelecimento;
f) agente ou
g) representante.
Entre as definições de territorialidade, é importante que a empresa estrangeira saiba que, para qualquer ato que envolva a competência do CADE, a notificação e intimação de todos os atos processuais previstos nesta Lei, independentemente de procuração ou de disposição contratual ou estatutária, será feita na pessoa do agente ou representante ou pessoa responsável por sua filial, agência, sucursal, estabelecimento ou escritório instalado no Brasil.
Sobre a estrutura organizacional, o Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência passa a ser organizado da seguinte forma: o CADE passa a controlar toda a competência para controle repressivo e preventivo, possuindo três órgãos: Tribunal Administrativo (órgão judicante responsável por proferir decisões administrativas finais em casos complexos), Superintendência-Geral (responsável pela análise de todos os atos de concentração submetidos ao CADE) e o Departamento de Estudos Econômicos (órgão de assistência na análise econômica dos atos de concentração submetidos ao CADE); Existe, também, a Procuradoria Federal Especializada (órgão de assessoria judicial e representação legal do CADE); e, ainda, existe a Secretaria de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda (SEAE), que passa a ter competência exclusiva para advocacia da concorrência perante outros órgãos de governo e sociedade.
O CADE, quando criado pela Lei 4.137/1962, era vinculado diretamente à Presidência do Conselho de Ministros (hoje extinto), detendo pouca autonomia, com objetivo de apurar e reprimir abusos de poder. A Lei nº 8.884 conquistou a autonomia e a atribuição legal necessárias para exercer efetivo controle das estruturas e condutas concorrenciais e a Lei nº 12.529 ampliou e concentrou no CADE competências, sendo este a entidade única de controle da concorrência no Brasil, concentrando as atividades preventiva, repressiva e educacional.
A defesa da concorrência se preocupa com o bom funcionamento do sistema competitivo dos mercados. Ao se assegurar a livre concorrência, garante-se não somente preços mais baixos, mas também produtos de maior qualidade, diversificação e inovação, aumentando, portanto, o bem-estar do consumidor e o desenvolvimento econômico.
Neste sentido, tem-se que a defesa da concorrência não se presta à proteção do concorrente individual, mas sim à proteção da coletividade, que se beneficia pela manutenção da concorrência nos mercados.
Com relação aos consumidores, a proteção conferida pelas normas de defesa da concorrência pode ser direta (por exemplo, o combate a cartéis) ou indireta (a exemplo do combate a preços predatórios), mas o consumidor é sempre o beneficiário final de tais normas.
A atuação dos órgãos do SBDC na defesa da concorrência apoia-se em três ações principais, a saber: 
Ação preventiva: dá-se por meio da análise das operações de concentração (tais como fusões, aquisições e incorporações de empresas) e cooperação econômica (determinadas joint ventures, por exemplo) – dadas operações devem ser notificadas ao SBDC em até 15 dias úteis da realização da operação, uma vez preenchidos os requisitos previstos no artigo 54 da Lei 8.884/94;
Ação repressiva: dá-se por meio da investigação e punição de condutas anticompetitivas – são exemplos de práticas lesivas à concorrência o cartel e as práticas abusivas de empresas dominantes (acordos de exclusividade, vendas casadas, preços predatórios etc.); 
Ação educativa: dá-se por meio da difusão da cultura da concorrência.
Na sua atuação preventiva, o SBDC entende que todos os atos restritivos da concorrência (ou seja, aqueles atos que impliquem prejuízo à livre iniciativa ou à livre concorrência, ou redundem em domínio de mercado) devem ser submetidos ao CADE – sejam eles acordos entre empresas ou concentrações econômicas.

Outros materiais