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QUESTÃO 1 Deve-se considerar com todo cuidado o problema do conteúdo da educação a ser desenvolvido no âmbito de todo o sistema. Conforme os documentos legais, a começar pela Constituição Federal e LDB, a educação tem por finalidade o pleno desenvolvimento da pessoa, o preparo para o exercício da cidadania e a qualificação para o trabalho. Levando-se em conta que esses fins se referem indistintamente a todos os membros da sociedade brasileira considerados individualmente, podemos interpretar, com Gramsci (1975), que o objetivo da educação é conduzir cada indivíduo até a condição de ser capaz de dirigir e controlar quem dirige. Fica claro que tal objetivo não poderá ser atingido com currículos que pretendam conferir competências para a realização das tarefas rotineiras demandadas pela estrutura ocupacional, concentrando-se apenas na qualificação profissional e secundarizando o desenvolvimento da pessoa e o preparo para a cidadania. Diferentemente dessa tendência dominante, a organização curricular dos vários níveis e modalidades de ensino deverá tomar como referência a forma de organização da sociedade atual, assegurando sua plena compreensão por parte dos educandos. Isso significa que se deve promover a abertura da caixa-preta da chamada “sociedade do conhecimento”. A educação a ser ministrada deverá garantir a todos o acesso aos fundamentos e pressupostos que tornaram possível a revolução microeletrônica, que é a base tanto dos processos de automação que operam no sistema produtivo como das tecnologias da informação que se movem nos ambientes virtuais da comunicação eletrônica. SAVIANI, Dermeval. Organização da educação nacional: Sistema e Conselho Nacional de Educação, Plano e Fórum Nacional de Educação. Educação & Sociedade, Campinas, v. 31, n. 112, p. 769-787, jul./set. 2010. Sobre prescrições curriculares nas modalidades de Educação Básica, analise as afirmativas a seguir. I. A matriz curricular da Escola de Tempo Integral, tanto no ciclo I (1º ao 4º anos) como no ciclo II (5º ao 9º anos), pressupõe que o desenvolvimento das oficinas curriculares é embasado em disciplinas que serão ministradas por professores de acordo com a especificidade pedagógica de cada uma, contando com metodologias, estratégias e recursos didático-tecnológicos diferenciados para o desenvolvimento dessas atividades. II. Os currículos do ensino fundamental e médio não devem ter uma base nacional comum, a ser complementada, em cada sistema de ensino e estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas características regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e da clientela. III. Os conteúdos curriculares da Educação Básica observarão, ainda, as seguintes diretrizes: I – a difusão de valores fundamentais ao interesse social, aos direitos e deveres dos cidadãos, de respeito ao bem comum e à ordem democrática; II – consideração das condições de escolaridade dos alunos em cada estabelecimento; III – orientação para o trabalho; IV – promoção do desporto educacional e apoio às práticas desportivas não formais. IV. A partir das reorientações emanadas pela LDBEN 9.394/96, as concepções de currículo passaram a ter como objetivo a construção de propostas curriculares centradas no desenvolvimento das competências cognitivas, motoras e comportamentais, exigências do novo estágio de capitalismo, a globalização da economia. É correto o que se afirma em II, III e IV, apenas. I, III e IV, apenas. I, II e III, apenas. I, II e IV, apenas. I, II, III e IV. QUESTÃO 2 O direito à Educação integra o conjunto dos direitos sociais. Estes, por sua vez, constituem uma das diferentes gerações ou dimensões1 dos direitos fundamentais da pessoa humana. Falar em dívida educacional pública significa duas coisas: primeiro, que a Educação se transformou num serviço público; segundo, que o Estado deixou de assegurar a determinadas pessoas ou grupos de pessoas o serviço público chamado Educação. É a conjunção dessas duas condições — a Educação entendida como serviço público e a não universalização ainda desse serviço — que coloca o Estado na condição de devedor e o cidadão na de credor de escolarização. Por escolarização, se deve entender não só o acesso, mas também a continuidade bem-sucedida na escola. Com base no direito à educação, avalie as seguintes asserções e a relação proposta entre elas. I. Sobre o direito à Educação na Constituição de 1988., esta elevou o direito à Educação de seu caráter meramente declaratório e programático à condição de direito público subjetivo. PORQUE II. Ficou superada a perplexidade de não se poder aplicar a lei sob a alegação de falta de regulamentação, uma vez que, a regulamentação existe, porém, não nas normas que regem os sistemas de ensino, e sim no diploma legal que regulamenta os demais direitos da criança e do adolescente, isto é, no Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei federal n. 8069, de 13 de julho de 1990). A respeito dessas asserções, assinale a alternativa correta. a) b) c) d) e) DISCIPLINA: Avaliação Proficiência_Pedagogia As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não justifica a I. As asserções I e II são proposições verdadeiras e a II justifica a I. A asserção I é uma proposição verdadeira e a II, falsa. A asserção I é uma proposição falsa e a II, verdadeira. As asserções I e II são proposições falsas. QUESTÃO 3 A prática pedagógica que se realiza na sala de aula não existe de forma autônoma e independente; ela se encontra entrelaçada entre si e com outras práticas, não necessariamente pedagógicas, que estão inseridas no currículo escolar. Para poder compreender melhor essas práticas de sala de aula, é preciso situá-las no currículo escolar, e, para tal, é preciso entender o currículo escolar como um processo que se constitui dentro e fora da sala de aula, e também dentro e fora do sistema de ensino. Disponível em: <https://www.nucleodoconhecimento.com.br/educacao/o- curriculo-e-a-pratica-docente>. Acesso em: 17 jan. 2019. A partir desse contexto, analise as afirmativas a seguir. I. O currículo escolar é fruto da interação permanente entre seus sujeitos. II. O currículo sofre influências de esferas sociais, políticas, econômicas, históricas, tecnológicas, entre outras. III. O currículo faz parte de múltiplos tipos de práticas que não podem reduzir-se unicamente à prática pedagógica de ensino. IV. São componentes do currículo as ações de ordem política, administrativa, de supervisão, de produção de meios, de criação intelectual, de avaliação, etc. É correto o que se afirma em I, II, III e IV. III e IV, apenas. I, II e III, apenas. I, III e IV, apenas. II, III e IV, apenas. QUESTÃO 4 A avaliação tem como função primeira orientar o trabalho do(a) professor(a) e o estudo dos alunos. Assim compreendida, ela se faz presente, desde o início da prática educativa, quando oferece elementos para que o(a) professor(a) possa fazer o seu planejamento. Além disso, a avaliação acompanha todo o processo educativo, orientando o docente e os alunos na busca dos objetivos planejados. Logo, a avaliação é um valioso instrumento do professor e acompanha todo o processo de ensino/aprendizagem. Disponível em: <https://periodicos.ifsc.edu.br/index.php/rtc/article/viewFile/ 936/618>. Acesso em: 17 jan. 2019. Considerando as informações apresentadas, analise as afirmativas a seguir sobre a avaliação da aprendizagem, como processo pedagógico na modalidade da Educação de Jovens e Adultos. I. Avaliar a aprendizagem na EJA exige observação dos indicadores do trabalho pedagógico, na perspectiva de inclusão e emancipação. II. Há necessidade de refletir sobre a importância de discutir a valorização de práticas avaliativas na modalidade da EJA. III. Para avaliar a aprendizagem na EJA é necessário o acompanhamento do aluno em seus progressos e dificuldades. IV. É importanteque a aprendizagem na EJA seja livre de avaliações autoritárias e excludentes. É correto o que se afirma em II, III e IV, apenas. I, III e IV, apenas. I, II e III, apenas. I, II e IV, apenas. I, II, III e IV. QUESTÃO 5 Para pensar nos problemas-limite da prática pedagógica, importa dedicar especial atenção à forma pela qual a prática discursiva cidadã pretende alcançar os seus propósitos educativos, e à maneira pela qual explica e justifica os fracassos que experimenta. Não se trata de perguntar pela melhor forma de alcançar os objetivos educacionais, ainda que não se destitua de importância essa tarefa – pois sua relevância é reconhecível, embora não seja a única forma possível de se fazer perguntas –, mas pela forma como tal discurso enuncia a pretensão de alcançá-los. Importa perguntar pelas pretensões da escola, à medida que são delas que advêm as frustrações e os insucessos que experimenta. UBERTI, L. Intencionalidade educativa. Educação e Realidade. Porto Alegre, v. 38, n. 4, p. 1223-1242, out./dez. 2013. Sobre a importância da intencionalidade da prática educativa nos anos iniciais do Ensino Fundamental, analise as afirmativas a seguir. I. O discurso educacional propõe intervenções no que vê como diferentes momentos de aprendizagem dos alunos para, posteriormente, dizer se esses alunos alcançaram, ou não, um determinado estado anteriormente almejado. II. É como se existisse uma relação de correspondência entre o que é projetado, o que se faz de intervenções e o que acontece, o que se passa com os alunos. É como se fosse possível afirmar que o que se vê nesses alunos (o que eles fazem ou deixam de fazer) corresponde, exatamente, ao que se diz deles (o que entendemos que eles fazem ou deixam de fazer). É a intencionalidade educativa que faz essa correspondência. III. A crítica à intencionalidade remete à problemática relação entre as palavras e as coisas, a qual é parte da crítica ao pensamento da representação. IV. A crítica ao pensamento da representação fundamenta- se na impossibilidade de a linguagem representar os objetos do mundo visível. É correto o que se afirma em II, III e IV, apenas. a) b) c) d) e) a) b) c) d) e) a) b) c) d) e) a) I, III e IV, apenas. I, II e III, apenas. I, II e IV, apenas. I, II, III e IV. QUESTÃO 6 Observando a segunda e a terceira versão da BNCC, fica claro um retrocesso no que diz respeito à essência básica do documento, pois enquanto na segunda versão fala-se em objetivos da aprendizagem em arte nos anos iniciais do ensino fundamental, na terceira versão apontam-se competências específicas de arte. A grande questão é que essas competências bebem na fonte dos PCNs, o que significa um retrocesso, neste momento, para o ensino de arte. Vale esclarecer que esse retrocesso se refere ao fato de que os PCNs remontam à década de 90, ou seja, vinte anos atrás. Será que nada mudou? As competências confundem-se com objetivos, em especial, no item em que a competência aponta para “Pesquisar e conhecer distintas matrizes estéticas e culturais – especialmente aquelas manifestas na arte e na cultura brasileiras –, sua tradição e manifestações contemporâneas, (...) reelaborando-as nas criações em Arte”. Essa reelaboração é um problema, pois induz à nefasta questão da “releitura”. De um modo geral, as Competências propostas são mais fechadas do que os Objetivos da segunda versão, pois na medida em que se descreve demais uma competência, estabelece-se maior limitação. Assim, adotar competências e habilidades é desconsiderar toda a participação das Universidades, da Educação Básica e de todos que contribuíram com as discussões relatadas na segunda versão da BNCC. O ensino de Arte certamente perderá com isso. Disponível em http://artenaescola.org.br/boletim/materia.php? id=77166 Acesso em 23 jan. 2019 A partir do depoimento da professor Maria Irene Sousa, podemos inferir que o ensino de artes, a partir da nova BNCC parece haver um retrocesso, pois ainda está presa aos PCNs da década de 90, olhando para as competências de modo mais fechado que os objetivos propostos no primeiro documento. parece haver um retrocesso, pois não bebe mais das ideias do PCNs da década de 90, tratando as competências de modo mais fechado do que os objetivos propostos no primeiro documento. parece haver uma melhora, pois não bebe mais das ideias do PCNs da década de 90, tratando as competências de modo mais fechado do que os objetivos propostos no primeiro documento. parece haver uma melhora, ainda está presa aos PCNs da década de 90, olhando para as competências de modo mais fechado que os objetivos propostos no primeiro documento. parece estar estagnado, pois ainda está presa aos PCNs da década de 90, olhando para as competências de modo mais fechado que os objetivos propostos no primeiro documento. QUESTÃO 7 O desafio da escola contemporânea é formar cidadãos a partir de saberes que fazem sentido, de informações atuais. Que se ensine o aluno a gostar de aprender, a ter prazer no que faz, o que significa, a nosso juízo, não somente ser portador de uma variedade de habilidades soltas, fragmentadas, dispersas, desconectadas, fora do contexto mais amplo, mas sim, que este aprenda a viver corajosamente, lidando com os sabores e dissabores tão próprios da vida humana, para inserir-se neste mundo de incertezas. Distinguir e associar e não disjuntar e reduzir. Os geralmente têm medo da confusão do todo que há em tudo e vice-versa. Mas absolutamente não trata de misturar as coisas. Trata-se de distingui-las e associá-las. A partir desse contexto, analise as afirmativas a seguir. I. Deve-se estimular a reflexão sobre a complexidade e a unidade, entre teoria e prática. II. É importante reafirmar a relação teoria e prática a fim de que se aprenda a pensar e a fazer. III. A escola deve respeitar as diferenças, os saberes dos alunos e suas peculiaridades idiossincráticas. IV. A academia deve assumir o compromisso de preparar profissionais envolvidos com uma formação crítica. V. Os professores devem se interligar a outros saberes culturais e sociais, como mecanismo de inserção social. É correto o que se afirma em III, IV e V, apenas. I e II, apenas. I, II, III, IV e V. II, III e IV, apenas. I, II, IV e V, apenas. QUESTÃO 8 A tendência crescente, sobretudo a partir da década de oitenta, de se falar em escola democrática, lançou para a comunidade social, escolar e acadêmica o desafio de se pensar em projetos educativos alternativos, contrários à centralização de poder, geralmente, promovida pelas políticas públicas de cunho neoliberal capitalista, através do controle dos recursos para a educação, da fiscalização das propostas pedagógicas das escolas e do trabalho docente, e também pelo boicote material das condições de trabalho dos/as profissionais da educação. Nessa perspectiva, buscar a autonomia da escola por meio da partilha de ideias, com oportunidade de deliberação; através da construção de um Projeto Político Pedagógico autêntico, com personalidade própria; e também por meio de grupos colegiados, constituídos por representantes de todos os segmentos da comunidade escolar, são caminhos pensados e trilhados atualmente pelas escolas que perseguem a gestão democrática. b) c) d) e) a) b) c) d) e) a) b) c) d) e) SANTOS, M., & SALES, M. (2012). Gestão democrática da escola e gestão do ensino: a contribuição docente à construção da autonomia na escola. Revista Ensaio, 14(2), pp. 171-183 Sobre a gestão democrática, analise as afirmativas a seguir. I. A gestão democrática da escola constitui possibilidade de envolver a comunidade no processo de reflexão, desenvolvimento e avaliação de políticas públicas no interior da escola, não enquanto apropriação privada do espaço público, mas como acompanhamento e controle do serviço pela comunidade.II. O trabalho docente constitui uma das dimensões da gestão no interior da escola, embora não seja capaz de contribuir diretamente para a construção de uma cultura democrática na escola e para um processo de reflexão, individual e coletivo, no qual o/a próprio/a professor/a passa a autogerir e gestar a sua profissionalização. III. A discussão sobre a gestão democrática da escola na contemporaneidade faz parte de aspirações de grupos com perspectivas político-pedagógicas distintas, ou seja, voltadas para o envolvimento da sociedade nas propostas e decisões da escola e voltadas para a desobrigação do Estado com a educação pública. IV. No nível da discussão e da efetivação a gestão democrática da escola pode significar participação quando há o envolvimento das várias instâncias da escola na discussão, no planejamento e nas decisões relativas à instituição, ou apenas significar representação, quando há órgãos colegiados na escola sem efetivo envolvimento ou poder de intervenção e decisão. É correto o que se afirma em II, III e IV, apenas. I, III e IV, apenas. I, II e III, apenas. I, II e IV, apenas. I, II, III e IV. QUESTÃO 9 Compreendemos o PPP (Projeto Político Pedagógico) como ação coletiva, consciente e organizada com vistas à configuração da singularidade e da particularidade da instituição educativa. Nessa perspectiva, o PPP supera a visão burocrática de “documento programático”, e os diferentes segmentos da instituição educativa são desafiados a problematizar e compreender as questões postas pela prática pedagógica. Para a autora, o PPP é um meio de engajamento coletivo para integrar ações dispersas, criar sinergias no sentido de buscar soluções alternativas para diferentes momentos do trabalho pedagógico-administrativo, desenvolver o sentimento de pertença, mobilizar os protagonistas para a explicitação de objetivos comuns definindo o norte das ações a serem desencadeadas, fortalecer a construção de uma coerência comum, mas indispensável, para que a ação coletiva produza seus efeitos. RODRIGUES, Armindo José. A organização e gestão do processo ensino-aprendizagem no 1º ciclo do ensino fundamental. Rev. bras. educ. espec., Marília , v. 11, n. 3, p. 429-444, Dec. 2005 . Sobre o PPP e a gestão da aprendizagem, analise as afirmativas a seguir. I. Os modelos de organização e gestão da aprendizagem têm um grande impacto na planificação e implementação das atividades académicas e na qualidade e diferenciação dos percursos de aprendizagem dos alunos. II. O ensino tem duas dimensões fundamentais, de que derivam as duas tarefas principais da atividade do professor: as funções relativas à gestão da classe e o ensino dos conteúdos dos programas baseado em motivar os alunos, selecionar e organizar os recursos, avaliar as aprendizagens, os quais devem ser contemplados no PPP. III. A gestão da aprendizagem deve iniciar-se com uma planificação cuidada, logo no início do ano letivo, com vista à antecipação e prevenção dos problemas. IV. O conceito de gestão da aprendizagem abarca todos os aspectos da ação do professor dentro da sala de aula, desde a organização do contexto e do ambiente de aprendizagem até à antecipação, regulação e supervisão de todo o processo de transmissão de conhecimentos, incluindo, por conseguinte, o domínio que atualmente costuma designar-se por gestão curricular, constante do PPP. É correto o que se afirma em II, III e IV, apenas. I, III e IV, apenas. I, II e III, apenas. I, II e IV, apenas. I, II, III e IV. QUESTÃO 10 Os cursos de licenciatura resultaram fortemente marcados pelos conteúdos culturais-cognitivos, relegando o aspecto pedagógico-didático a um apêndice de menor importância. O curso de pedagogia, à semelhança do que ocorreu com os cursos normais, foi marcado por uma tensão entre os dois modelos. Embora seu objeto próprio estivesse todo ele embebido do caráter pedagógico-didático, este tendeu a ser interpretado como um conteúdo a ser transmitido aos alunos antes que como algo a ser assimilado teórica e praticamente para assegurar a qualidade da ação docente. Consequentemente, o aspecto pedagógico-didático, em lugar de se constituir em um novo modelo a impregnar todo o processo de formação docente, foi incorporado sob a égide do modelo dos conteúdos culturais-cognitivos. SAVIANI, Dermeval. Formação de Professores: aspectos históricos e teóricos do problema no contexto brasileiro. Revista Brasileira de Educação, Rio de Janeiro, v. 14, n. 40, p. 142-155, jan./abr. 2009. Sobre os enfoques teórico-metodológicos que orientam a ação docente e a aquisição do conhecimento nas diferentes áreas de ensino, analise as afirmativas a seguir. a) b) c) d) e) a) b) c) d) e) I. As peculiaridades das áreas do conhecimento exigem que os docentes saibam a teoria específica da disciplina em que atuam e também tenham condições de lançar mão de estratégias para ensiná-la. II. Não se trata de saber apenas o assunto, mas também de conseguir traduzi-lo nos processos de ensino e aprendizagem. III. Nos currículos de formação de professores deve prevalecer a dissociação entre estes aspectos: o conhecimento do conteúdo (conhecimento disciplinar) e o conhecimento pedagógico do conteúdo (conhecimento pedagógico-didático). IV. A didática é assumida como uma disciplina pedagógica indispensável ao exercício profissional, constituindo-se referência para a formação de professores à medida que investiga os marcos teóricos e conceituais que fundamentam, a partir das práticas reais de ensino- aprendizagem, os saberes profissionais a serem mobilizados na ação docente, de modo a articular na formação profissional a teoria e a prática. É correto o que se afirma em II, III e IV, apenas. I, III e IV, apenas. I, II e III, apenas. I, II e IV, apenas. I, II, III e IV. QUESTÃO 11 O conceito de ensino fundamental foi criado a partir da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), de 1996, em substituição ao antigo Primeiro Grau. Segundo a LDB, o ensino fundamental, com duração mínima de oito anos, é obrigatório e gratuito na escola pública, tendo por objetivo a formação básica para a cidadania. Disponível em: <http://www.educabrasil.com.br/ensino- fundamental/>. Acesso em: 02 fev. 2019. Assinale a alternativa que apresenta corretamente papel do Ensino Fundamental como fundamento de formação básica do alunos de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases - LDB, nº 9394/96. É papel do Ensino Fundamental o desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade. É papel do Ensino Fundamental o de contenção. Isto é, o de proteger os alunos do meio social em que vivem; de evitar que entrem na delinquência; de tirar o jovem da rua. É papel do Ensino Fundamental o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo; a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade. É papel do Ensino Fundamental incentivar o trabalho de pesquisa e investigação científica, visando ao desenvolvimento da ciência e da tecnologia e da criação e difusão da cultura, e, desse modo, desenvolver o entendimento do homem e do meio em que vive. É papel do Ensino Fundamental suscitar o desejo permanente de aperfeiçoamento cultural e profissional e possibilitar a correspondente concretização, integrando os conhecimentos que vão sendo adquiridos numa estrutura intelectual sistematizadora do conhecimento de cada geração. QUESTÃO 12 A ideia de integração surgiu para derrubar a prática da exclusão social a que foram submetidas as pessoas com deficiências por vários séculos. A exclusão ocorria em seu sentido total, ou seja, as pessoas com deficiência eram excluídas da sociedade paraqualquer atividade porque antigamente elas eram consideradas inválidas, sem utilidade para a sociedade e incapazes para trabalhar, características estas atribuídas indistintamente a todas as pessoas que tivessem alguma deficiência. Cabe ao docente, à responsabilidade de organização de materiais para suas aulas, o que necessita de um bom planejamento para que assim possa ministrá-las. São três as perguntas básicas a ser feitas e continuamente retomadas (de forma dialética) em um processo de planejamento: - O que queremos alcançar? - A que distância estamos daquilo que queremos alcançar? - O que faremos concretamente (num prazo predeterminado) para diminuir essa distância? Disponível em <https://www.ideau.com.br/getulio/restrito/upload/revistasar tigos/398_1.pdf>. Acesso em 21 jan. 2019. Considerando as informações apresentadas, analise as afirmativas a seguir. I. A educação necessita de profissionais capazes de despertar o interesse do educando com deficiência ou não, sendo comprometidos na formação de cidadãos mais ativos e críticos. II. Os docentes devem abordar nas aulas metodologias já consagradas, deixando a vivência dos educandos para quando estiverem na sociedade globalizada. III. Na escola atual há a necessidade de planejar, refletir e autoavaliar as aulas, sempre com a preocupação em ensinar da melhor forma possível. IV. Pode-se afirmar que nessa nova era da sociedade globalizada, a tarefa de ser educador está se tornando um grande desafio a ser enfrentado. V. O objetivo da escola contemporânea é preparar e formar seres humanos mais críticos nessa sociedade globalizada. É correto o que se afirma em III, IV e V, apenas. III e IV, apenas. I, II, III e IV, apenas. I, III, IV e V, apenas. I, II, III, IV e V. a) b) c) d) e) a) b) c) d) e) a) b) c) d) e) QUESTÃO 13 A democratização do saber por meio da informação propõe alternativas que busquem produzir, socializar e facilitar o acesso ao conhecimento, ultrapassando a metodologia de trabalho fundamental da reprodução para a produção de conhecimento. Por isso, torna-se necessário buscar um referencial teórico que discuta a questão prática e a teoria na educação. Os computadores, que estão cada vez mais presentes na sociedade, chegaram às escolas como recurso importante para a modernização do sistema educacional, permitindo e facilitando a concretização da produção de trabalhos, por exemplo, o acesso à internet trouxe consigo mudanças radicais no processo ensino-aprendizagem. Dessa forma, a sua inserção no ensino é um processo irreversível e a revolução tecnológica em curso, está se dando sem que os educadores possam detê-la. Com base na inserção das Novas Tecnologias na Educação, avalie as seguintes asserções e a relação proposta entre elas. I. Faz-se necessário um acompanhamento do impacto tecnológico sobre a educação escolar, PORQUE II. Tanto professores quanto alunos necessitam que o modelo educacional acompanhe essa evolução tecnológica em tempo real, com o objetivo principal da melhoria da qualidade do ensino. A respeito dessas asserções, assinale a alternativa correta. As asserções I e II são proposições falsas. A asserção I é uma proposição verdadeira e a II, falsa. A asserção I é uma proposição falsa e a II, verdadeira. As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II justifica a I. As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não justifica a I. QUESTÃO 14 A filosofia e educação é o campo da filosofia que se ocupa da reflexão sobre os processos educativos, os sistemas educativos, a sistematização de métodos didáticos, entre outros temas relacionados com a pedagogia. O seu escopo principal é a compreensão das relações entre o fenômeno educativo e o funcionamento da sociedade, e vários pensadores dele se ocuparam. Uma das grandes questões da filosofia da educação é a dicotomia entre a educação como transmissão do conhecimento versus a educação crítica, como um incentivo à habilidade questionadora por parte do aluno. Como se conhece e o que significa conhecer também são questões abordadas e problematizadas pela filosofia da educação. Sobre a reflexão acerca dos conceitos filosóficos e suas implicações na educação desde a antiguidade até a sociedade tecnológica atual, analise as afirmativas a seguir. I. A filosofia de Platão foi baseada em sua visão da República ideal, onde o indivíduo era melhor servido ao ser subordinado a uma sociedade justa. Ele defende manter as crianças aos cuidados de suas mães e afastar este dever do Estado, com grande cuidado para diferenciar as crianças adequadas para as várias castas, a maior delas recebendo a melhor educação, para que elas possam agir como guardiões da cidade e cuidar dos menos aptos. A educação seria holística, incluindo fatos, habilidades, disciplinas físicas, e música e arte, que ele considerava a maior forma de esforço. II. Kant acreditava que a educação se diferencia do treinamento no sentido de que o primeiro envolve pensamento, no que o último não. Além de ensinar a razão, era de importância central para ele que fosse desenvolvido o caráter e o ensino das máximas morais. Kant era um grande apoiador do ensino público e aprender ao fazer. III. A filosofia da educação que Rousseau propõe tem um caráter necessariamente utópico. Pertence à própria natureza de uma filosofia da educação que, ao esforçar-se por constituir princípios educativos, considera, simultaneamente, que esses princípios ainda não estão realizados, mas hão de vir a nortear todos os projetos educativos, a partir dos quais a educação se realizará no futuro. IV. Michel Foucault é mais conhecido por ter destacado as formas de certas práticas das instituições em relação aos indivíduos. Ele destacou a grande semelhança nos modos de tratamento dado ou infligidos aos grandes grupos de indivíduos que constituem os limites do grupo social: os loucos, prisioneiros, alguns grupos de estrangeiros, soldados e crianças. Ele acredita que, em última análise, eles têm em comum o fato de serem vistos com desconfiança e excluídos por uma regra em confinamento em instalações seguras, especializadas, construídas e organizadas em modelos semelhantes (asilos, presídios, quartéis, escolas), inspirados no modelo monástico; instalações que ele chamou de "instituições disciplinares É correto o que se afirma em II, III e IV, apenas. I, III e IV, apenas. I, II e III, apenas. I, II e IV, apenas. I, II, III e IV. a) b) c) d) e) a) b) c) d) e) QUESTÃO 15 Estima-se o surgimento da Sociologia, como ciência particular da Educação, por volta de 1870, na França, visando estudar o papel das instituições oficiais de educação, a função do grupo de ensino, a força da tradição e as alterações educacionais. Sabe-se que as primeiras abordagens da sociologia da educação focalizaram, prioritariamente, os próprios sujeitos participantes das escolas, especialmente os professores e os alunos. Era uma abordagem essencialista, baseada no estudo da ordem e da autoridade. Esta visão tradicional da educação tratava o professor como agente transmissor de informações. As ordens religiosas dos jesuítas foram exemplares nessa didática. O surgimento da sociologia da educação trará novos aportes, existencialistas, baseados na experiência vivida. Na atualidade, a disciplina sociologia da educação, consolidou-se e ampliou seu escopo, bastante diferenciado do currículo francês do século XIX. Novos temas ganharam centralidade, tais como políticas públicas educacionais, participação da comunidade educacional, cultura escolar, gestão democrática, inclusão (escolar, social, digital), violência nas escolas, entre outros. GOHN, Maria da Gloria. Sociologia da Educação: Campo de Conhecimento e Novas Temáticas. Educação Linguagem, v. 15, p. 95-117, 2012. Sobre as contribuições de Durkheim, Marx, Weber, Gramsci, Foucaulte Bourdieu para o entendimento dos fenômenos educacionais pela perspectiva sociológica, analise as afirmativas a seguir. I. Para Weber a educação tem o papel de apropriação de bens culturais, desenvolver códigos simbólicos e processos de escolarização/socialização. Ele considerava a educação uma dimensão dos processos de racionalização da sociedade moderna. II. Pierre Bourdieu retoma os aspectos tratados por Weber, relativos aos bens culturais, relacionando-os à teoria do poder e formas de dominação, assim como na formação do capital cultural na vida dos indivíduos. Ele dialoga com o estruturalismo quando afirma que existem, no mundo social, estruturas objetivas, construídas socialmente, que podem dirigir a ação e a representação dos indivíduos, mas, ao mesmo tempo, ele pensa na autonomia destes indivíduos, denominados agentes, que detêm habitus, influenciando a capacidade de agir e pensar de forma diferente daquela na qual foi educado III. Marx situava a educação no campo das relações sociais, dentro de uma sociedade dividida em classes sociais. Enfatizava o processo de trabalho e seu caráter educativo. IV. Gramsci contribui para a reflexão sobre o papel da educação ao destacar a cultura e seu papel para as transformações sociais de uma sociedade. A cultura popular e a relação dos intelectuais com o povo são parte de uma análise política e cultural da sociedade. A educação é vista como parte da disputa pela direção ideológica da sociedade. É correto o que se afirma em II, III e IV, apenas. I, III e IV, apenas. I, II e III, apenas. I, II e IV, apenas. I, II, III e IV. a) b) c) d) e) QUESTÃO 1 QUESTÃO 2 QUESTÃO 3 QUESTÃO 5 QUESTÃO 4 QUESTÃO 6 QUESTÃO 7 QUESTÃO 8 QUESTÃO 10 QUESTÃO 9 QUESTÃO 12 QUESTÃO 11 QUESTÃO 13 QUESTÃO 14 QUESTÃO 15
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