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Universidade Estadual do Piauí – Campus Dep. Jesualdo Cavalcanti 
 Graduação: Licenciatura Plena em Pedagogia 
 Professora Mestra: Marcoelis Pessoa 
 Disciplina: História da Educação Brasileira Bloco II - Noite 
 
 Discentes: Edinoura Souza Costa Leite 
 Gabriel Alves de Souza 
 Haiane de Souza Jacobina 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pesquisa de Campo 
 
UNIDADE ESCOLAR MANOEL DA CUNHA – EJA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Corrente, 17 de maio de 2019 
ORIGEM 
Situado na rua Benjamin Nogueira, S/N, Centro; a Unidade Escolar Manoel 
da Cunha foi fundada em fevereiro de 1987 com recursos do governo do estado e do 
MEC, na gestão de Hugo Napoleão tendo sua conclusão no governo de José Raimundo 
Bona Medeiros e secretário da educação Francisco Antônio de Alencar e o prefeito 
municipal de Corrente, Jesy Lemos Paraguassu. A mesma foi recuperada em março de 
1996 com recursos FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação) / BIRD 
(Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento) e pelo governo do estado 
na gestão do governador Francisco de Assis de Morais Souza e secretário de educação 
estadual professor Luiz Ubiraci de Carvalho. 
Manoel da Cunha Ribeiro nasceu na localidade Riacho Grande, em 
25∕04∕1892 e faleceu em Corrente no dia 24∕12∕1985. Filho de Ana Maria da Cunha e 
André da Cunha Ribeiro. Casou-se primeiramente com Juana Sousa Barros com a qual 
teve uma filha, Idalice Cunha Barros (in memória). Casou-se pela segunda vez com 
Cantulina da Cunha com a qual teve os seguintes filhos: Iza Cunha, Alexandre da Cunha 
Ribeiro,(in memória) Jocelino da Cunha Ribeiro, Sindoval da Cunha Ribeiro (in 
memória) Carlita da Cunha Louzeiro, Laura Cunha, Adalgisa da Cunha, Idalice da Cunha 
de Vasconcelo, Manoel da Cunha Ribeiro Filho (in memória), Eudimar da Cunha Ribeiro 
(in memória), Cantulina da Cunha, Ilza da Cunha Ribeiro, Maria José da Cunha Ribeiro 
(in memória) André da Cunha Ribeiro, Veneranda da Cunha Ribeiro. Manoel da Cunha 
Ribeiro era comerciante e agropecuarista, proprietário de fazendas em Corrente na 
localidade Caxingó. Seu nome foi agraciado por indicação do então deputado Jesualdo 
Cavalcante dando nome a uma escola do estado. 
A tal instituição estudada, até o ano 1999 somente oferecia o ensino regular 
matutino (fundamental 1), vespertino (fundamental 2), e noturno (fundamental 2), gerido 
somente pelo estado. A partir de 2009 passou a ofertar o EJA (Educação de Jovens e 
Adultos), em período noturno com o intuito de minimizar o reflexo do analfabetismo, 
entre jovens e adultos. Desde 2013 na gestão do prefeito Jesualdo Cavalcanti Barros, o 
prédio é um anexo do ensino fundamental I e II da Escola Municipal Mário Nogueira, 
havendo então uma coabitação não homogênia entre as duas partes. 
 
EDUCAÇAO DE JOVENS E ADULTOS (EJA) 
O EJA é uma forma de ensino da rede pública com o objetivo de desenvolver 
o ensino fundamental e médio com qualidade para as pessoas que não possuem idade 
escolar e oportunidades. A Educação para jovens e adultos, começou na época do Brasil 
Colônia com a catequização dos indígenas. A educação ensinada aos povos era referente 
aos trabalhos manuais que seriam realizados por eles, além do funcionamento da 
economia colonial. 
E, depois do decreto n. 7.031 de 06 de setembro de 1878, foram criados cursos 
noturnos para adultos analfabetos nas escolas públicas de educação elementar, para o sexo 
masculino, no município da corte. Foi somente a partir da década de 1940, que a Educação 
de Jovens e Adultos, começou a se delinear e se constituir como política educacional. 
A partir daí, começou a ser reconhecida, tanto que foi criado na constituição 
federal no seu art. 208, sendo a educação para jovens e adultos obrigatória no ensino 
público fundamental. Depois disso, outras conquistas apareceram como em 1990 com o 
“Ano Internacional da Alfabetização”, a partir da resolução do Conselho Estadual de 
Educação (CEE) nº. 075/90, que fazia com que os alunos que começassem no ensino 
fundamental, fossem aprovados através de exames de classificação, sem a 
obrigatoriedade de levar comprovante escolar anterior. 
A educação de jovens e adultos no Piauí é uma temática que se tem 
desenvolvido e incentivado debates e discussões, sendo notória a necessidade de expandir 
as fronteiras de democratização do ensino na sociedade piauiense. A oferta desta 
modalidade de ensino no Piauí, se deu com o propósito dos jovens e adultos compensar 
o tempo perdido e desocupar os espaços destinados aos alunos do ensino regular. Tendo 
em vista que, era utilizado a rede física existente onde a demanda de matrícula por esta 
modalidade de ensino obteve um crescimento de 11% no espaço de um ano no seu 
florescimento em meados de 1971. 
 
A EJA NA UNIDADE ESCOLAR MANOEL DA CUNHA 
Atualmente a instituição escolar oferta cinco (5) turmas do EJA dividido em 
etapas: 
 Terceira etapa: 3ª/4ª Series. 
 Quarta etapa: 5ª/6ª series. 
 Quinta etapa: 7ª/8ª series. 
 Sexta etapa: 1ª/2ª ano. 
 Sétima etapa: 3ª ano. 
 
A disciplinas básicas aplicadas são: Português, Educação Física, Geografia, 
Arte, Matemática, Ciências, Educação Religiosa, e nas duas últimas etapas (Ensino 
Médio) são adicionadas: Química, Biologia, Filosofia, Física, Sociologia e Inglês. A cada 
disciplina mencionada acima é disponibilizada quarenta minutos (40min) distribuídos 
entre os seguintes horário da 19:00 as 22:30 totalizando se cinco aulas diárias. 
Contando com doze (12) professores e 158 alunos “frequentastes”; havendo 
oito (08) turmas fora do prédio escolar, duas na unidade escolar Marinho Lemos 
Paraguassu, duas em residências própria na rua Filemom Nogueira (Centro) e duas na 
localidade Lajeiro. Anteriormente o programa aqui apresentado era nomeado como 
BRAUFA (Brasil Alfabetizado), logo após passou a ser chamado de EJA, 
complementado ao AJA (Alfabetização de Jovens e Adultos). 
O programa segue orientações da LDB, normativas internas da SEDUC e 
possui regimento interno, elaborado pelo corpo discente do Manoel da Cunha. 
O corpo discente é composto por doze (12) professores mencionados 
anteriormente, um diretor, um coordenador, um assistente pedagógico, quatro auxiliares 
de serviços gerais. Sobre relatos dos próprios atuam mais na parte assistencial do que 
pedagógica, pois atuando de modo amigável entre docente e discente desenvolvendo uma 
relação de efetividades para além do espaço escolar. As dificuldades encontradas são 
diversas tais como: a violência, vícios, alto mutilação, depressão, ansiedade extrema, falta 
de recursos básicos para alimentação, uso indevido da água, entre outros fatores. 
Uma das preocupações relatadas do corpo discente é a carência de material 
didático atualizado onde a qual o ultimo material recebido este referente ao ano de 2016, 
apesar da necessidade, os professores seguem a grade curricular baseando-se nesses 
livros. Na avaliação dos alunos acontecem provas mensalmente de caráter qualitativo e 
quantitativo, havendo conselho de professores, utilização de diário de frequência on-line 
disponibilizado pela SEDUC, atividades coletivas com os estudantes destacando projetos 
e palestras voltados ao as áreas psicossociais e conta com apoio do CAPS (Centro de 
Atenção Psicossocial). 
Dentro das normativas do regimento interno são tolerados dez minutos 
(10min) de atraso, o fardamento adequado, o uso obrigatório da carteira do estudante 
produzidas pelo próprio corpo discente. 
Apesar dos percalços, há alunos de destaque em aprovação no ENEM, naOBMEP, alunos cursando e formados em graduações de Matemática, Direito, Pedagogia, 
Gestão Ambiental e etc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANEXO