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A NOVA RETÓRICA E O AUDITÓRIO UNIVERSAL TEORIA DA ARGUMENTAÇÃO DE CHAIM PERELMAN Nascido em 1912, na Polônia. PERELMAN Pai da Lógica Jurídica contemporânea Nova Retórica; Inspirou-se na Retórica Aristotélica cuja finalidade é buscar a sentença ou decisão mais adequada; Preocupou-se em estudar o Raciocínio Jurídico em especial a Atividade Judiciária; Os raciocínios jurídicos são dialéticos; Rejeita a Lógica Formal mas isso não faz com que a elimine totalmente do ordenamento; É adepto da liberdade de pensamento e acredita que a melhor forma de solucionar conflitos é através da discussão; Refuta o Positivismo Jurídico e o Mito da Legalidade de Kelsen. Considera o Julgamento ou Sentença como os principais acontecimentos do processo judicial; Acredita que a sentença deve ser exteriorizada e fundamentada e é resultado de uma dialética entre a Petição Inicial e a Contestação; Prega a Justiça e a Verdade Concreta; O QUE É RETÓRICA? É a teoria acerca dos recursos verbais, sejam orais ou escritos, que são capazes de tornar um argumento persuasivo. O QUE É PERSUASÃO ? Estratégia de comunicação que consiste em utilizar recursos emocionais ou simbólicos para induzir alguém a aceitar uma ideia, uma atitude ou realizar uma ação. NOVA RETÓRICA Se embasa na retórica clássica aristotélica; Nome dado a Lógica Jurídica; Surgiu na Grécia por meio dos sofistas; Não se trata de convencer ninguém, e sim demonstrar com “fatos”, “dados", "provas” da verdade, que passa a ser considerada única e irrefutável; Rejeição à Lógica Formal como instrumento de análise dos raciocínios jurídicos pois acredita que a argumentação se move no terreno do plausível, de forma que os argumentos retóricos não estabelecem verdades; Defende a possibilidade de argumentação e fundamentação racional; A argumentação deve partir daquilo que é plausível, razoável e aceitável. Por não existir verdade absoluta, Perelman destaca o papel do advogado e do magistrado: - Advogado: Demonstrar ao juiz que a tese que está a defender é correta; - Magistrado: Analisar o valor das decisões, julgando se lhe parecem justas, ou ao menos, sensatas; Os juízos jurídicos são juízos de valor; Importância do Respaldo Jurídico para fundamentar a tese defendida; Relata a tensão pela qual o juiz passa ao prolatar a sentença e a considera como um reflexo do diálogo entre o juiz e os advogados; Distinção entre persuadir e convencer. RACIONALIDADE DA ARGUMENTAÇÃO Perelman traça métodos racionais para a formulação do pensamento organizado; Ver a lógica como fruto da razão e de seu poder de abstração. ELEMENTOS DA ARGUMENTAÇÃO TIPOS DE ARGUMENTOS De União ; De Dissociação; Fracos ; Fortes. DEMONSTRAÇÃO X ARGUMENTAÇÃO Nota Perelman que, na argumentação não se trata de mostrar, como na demonstração, que uma qualidade objetiva, como seja a verdade, passa das premissas para a conclusão, mas que se pode fazer admitir o carácter razoável, de uma decisão a partir do que o auditório já admite, a partir das teses às quais ele adere com uma intensidade suficiente. REFERÊNCIAS ALEXY, Robert. Teoria da Argumentação Jurídica- Teoria do discurso racional como teoria da Fundamentação Jurídica. Rio de Janeiro. Forense, 2011. NAVARRO, Luise Stoeterau. A teoria da argumentação de Chaim Perelman. 2014. ALVES, Marco Antônio Sousa. A nova retórica de Chaim Perelman. Belo Horizente. 2009. ALVES, Marco Antônio Sousa. O auditório universal de Chaim Perelman: a relação entre o universal e o particular. São Paulo, 2002
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