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"Tratado das Especialidades em Fonoaudiologia "

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Fonoaudióloga Isabela Vono – Novembro/2005 
1
AVALIAÇÃO E INTERVENÇÃO FONOAUDIOLÓGICA EM IDOSOS 
 
 
Fonoaudióloga Isabela Vono 
 Novembro/ 2005 
Belo Horizonte - MG 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Gerontologia: 
Estudo científico (INTER/TRANSdisciplinar) do processo de envelhecimento 
de todas as coisas vivas, abrangendo aspectos biológicos e biopsicossociais. 
 
Senescência: alterações funcionais e anatômicas que ocorrem naturalmente 
no organismo com o decorrer do tempo. 
 Senilidade: alterações produzidas pelas várias doenças que podem 
acometer o idoso. 
 
 
GIGANTES DA GERIATRIA 
Is Incontinência vesical; 
Iatrogenia. 
 Incapacidade Cognitiva 
•Delirium 
•Depressão 
•Demência; 
Imobilidade; 
 Instabilidade postural; 
 
 
 
 
 
 
 
FONOAUDIOLOGIA 
MOTRICIDADE ORAL 
LINGUAGEM 
VOZ AUDIÇÃO 
Insuficiência familiar Institucionalização Isolamento social
 Indiferença. 
 
Fonoaudióloga Isabela Vono – Novembro/2005 
2
FONOAUDIOLOGIA EM GERONTOLOGIA: 
 
OBJETIVOS: 
• Prevenir; 
• Manter atividades físicas, cognitivas; 
• Adequar e propiciar melhor qualidade de vida. 
 
MOTRICIDADE ORAL 
 
 
•MASTIGAÇÃO 
•DEGLUTIÇÃO 
 
Fisiologia normal da deglutição: 
 
Fase Oral (controle voluntário): lábios. Bochechas, língua, assoalho da 
boca, palato e dentes participam ativamente das fases preparatórias da 
deglutição, incluindo a manutenção dos alimentos na cavidade bucal, sua 
lateralização para mastigação e a formação do bolo. Quando a língua, que 
contém o alimento na sua depressão central, vai de encontro ao palato, o 
bolo é impulsionado para orofaringe; 
Fase faríngea (controle involuntário): 
 … Elevação da faringe pela ação do músculo estilofaríngeo e 
contração do músculo constrictor superior, aproximando sua parede posterior 
ao palato mole, dificultando, assim, o refluxo dos alimentos para a cavidade 
nasal; o movimento vigoroso da língua em sentido posterior determina, em 
toda a faringe, um importante aumento da pressão interna do órgão; 
… Anteriorização e elevação da laringe, contra a base da língua 
ocluindo a entrada das vias aéreas, que são ainda protegidas pela epiglote, 
pregas ariepiglóticas e pelas pregas vocais; esta movimentação aumenta o 
diâmetro da hipofaringe, o esôfago se alonga, havendo discreta queda da 
pressão interna do órgão; 
… Segue-se contração circular rápida e forte da parte alta da faringe 
contra o palato, desencadeando onda contrátil propulsiva no sentido crânio 
caudal, progredindo para a hipofaringe e esôfago; 
 Fase esofágica: passagem do bolo pelo esfíncter faringoesofágico, 
progredindo da parte superior do órgão para a inferior pela ação de 
contrações esofágicas coordenadas e peristálticas. Com a chegada do 
alimento, há a deflagração da sua atividade contrátil, relaxamento pressórico 
do esfíncter inferior do esôfago para facilitar a passagem do alimento para o 
estômago. Após transição esôfago-gástrica, o esfíncter inferior recupera seu 
tônus pressórico para dificultar a ocorrência de refluxo gastroesofágico. 
 
 
 
 
 
Fonoaudióloga Isabela Vono – Novembro/2005 
3
DISFAGIA: Dificuldade de deglutição que interfere no transporte do bolo da 
boca ao estômago, decorrente de um processo agudo ou progressivo. Não é 
uma patologia, mas sim um sinal ou sintoma de alguma etiologia 
•orofaríngea 
•esofágica. 
 
 
ASPIRAÇÃO: Entrada freqüente de saliva ou de partículas de alimento nas 
vias aéreas (dieta/RGE). Pode desencadear complicações respiratórias, 
pneumonia, asfixia, desnutrição e desidratação. 
 
Etiologias da disfagia: 
�neurogênica 
� mecânica (iatrogênica) 
� induzida por drogas (iatrogênica) 
� psicogênica 
� presbifagia 
 
Disfagia Neurogênica:Causada por doenças neurológicas ou trauma. 
•doenças do SNC: AVE, poliomielite, ELA, Parkinson, PC, tumor cerebral, 
TCE, demências 
•doenças musculares: distrofia muscular óculo-faríngea, distrofia miotônica e 
miastenia gravis 
 
Disfagia Mecânica: Controle neurológico central e os nervos periféricos 
estão intactos, porém não há integridade nas estruturas anatômicas 
responsáveis pela deglutição (OFAs). 
’inflamações agudas dos tecidos da orofaringe; traumas (perfuro cortante, 
intubação endotraqueal); queimaduras inalatórias (substância cáusticas); 
divertículo de Zencker;CA cabeça e pescoço; cirúrgicas cabeça/pescoço, 
cardíacas, torácicas; radioterapia; osteófito cervical; acalasia; estenose 
esofágica. 
 
Disfagia Iatrogênica: termo utilizado para o distúrbio da deglutição causado 
por utilização de medicamentos ( + / - ) ou por atos cirúrgicos ou terapêuticos 
inadequados. 
Efeitos que podem alterar o processo da deglutição: diminuição do estado de 
alerta; redução da função faríngea por miopatia medicamentosa; diminuição 
na transmissão neuromuscular; desordens de movimento; aumento ou 
diminuição da saliva 
 
. nível de consciência: benzodiozepínicos (sedativos, hipnóticos, 
anticonvulsinantes), zolpiden, hidrato de cloral, hidroxine, antihistamínicos, 
neurolépticos, barbitúricos, fenitoína, carbamazepina, valproato 
. sialorréia: anticolinesterásticos (hetanecol), anticolinérgicos (prostigmina), 
clonazepan e clozapina; 
 
Fonoaudióloga Isabela Vono – Novembro/2005 
4
. xerostomia: anticolinérgicos, antipsicóticos, captopril, clonidina, diuréticos, 
antidepressivos tricíclicos. 
. movimentos involuntários (discinesias, distonias, parkisonismos): 
neurolépticos 
. dismotilidade esofágica: anticoligérgicos, antipsicóticos, bloqueadores de 
canais de cálcio, relaxantes musculares, hipnóticos, teofilina, antidepressivos 
tricíclicos 
. motilidade faríngea: antibióticos aminoglicosídeos, toxina botulínica 
(espasmos cervicais), corticosteróides 
. lesão esofágica: ácido ascórbico, aspirina, doxiliclina, eritrominina, 
antiinflamatórios não-esteróides, cloreto de potássio, prednisona, tetaciclina 
 
Disfagia Psicogênica: Por ansiedade, depressão e conversivos.: 
�Fase oral aumentada 
�Fase faríngea normal; 
�Fisiologia normal de todas as estruturas 
 
Disfagia/Envelhecimento: 
No idoso há uma deterioração do sistema sensitivo e da função 
motora, decorrente do processo natural de envelhecimento 
 
 
 
 
 
 
SINAIS E SINTOMAS 
"engasgos, tosses e pigarros constantes sem estar se alimentando� voz 
molhada� tempo de refeição prolongado 
" aumento da freqüência de refeições� evitar algum tipo de 
alimento/consistência� isolamento durante a refeição 
" emagrecimento significativo 
" desidratação 
"regurgitação nasal 
"sensação de estase� dificuldade na mastigação 
" ingerir líquidos para auxiliar a deglutição� realizar múltiplas deglutições 
para o bolo alimentar pequeno� engasgos, tosse e pigarro freqüentes antes, 
durante e/ou após a refeição� apresentar incontinência salivar e alimentar,� 
dor torácica 
" febre 
 
DISFAGIA: Características Fase Preparatória 
• incontinência labial; 
• incoordenação dos movimentos da língua; 
• amassamento do alimento com a língua contra o palato; 
• não tritura o alimento; 
O processo de envelhecimento não causa disfagia, entretanto deixa o 
mecanismo mais propenso à fragilização. 
 
Fonoaudióloga Isabela Vono – Novembro/2005 
5
• incapaz de lateralizar o bolo; 
• não forma bolo alimentar; 
• perda prematura do bolo alimentar para faringe ; 
 
DISFAGIA: Características Fase Oral 
• não centraliza o bolo alimentar; 
• não propulsiona o bolo alimentar; 
• redução do movimento ântero-posterior da língua; 
• contato língua-palato incompleto� tempo de trânsito oral aumentado; 
• perda prematura do bolo alimentar para faringe; 
• aspiração antes da deglutição; 
• Não desencadeia ato deglutição;• estase na cavidade oral. 
 
DISFAGIA: Características Fase Faríngea 
• não ocorre o fechamento velofaríngeo; 
• regurgitação nasal; 
• não ocorre elevação e/ou fechamento laríngeo; 
• tempo de trânsito faríngeo aumentado; 
• penetração e/ou aspiração durante a deglutição� disfunção do EES; 
• estase na região da faringe ou da laringe. 
 
DISFAGIA: Características Fase Esofágica 
• aspiração após a deglutição; 
• tempo de trânsito esofágico aumentado; 
• movimentos peristálticos reduzidos; 
• refluxo gastroesofágico 
 
 
DEGLUTIÇÃO/ENVELHECIMENTO 
Língua hipertrófica (crescimento de tecido conectivo e depósito de 
gordura); 
Diminuição da mobilidade de língua; 
Alteração da força de movimentação; 
Alteração de paladar (perda papilas gustativas); 
Perdas dentárias ou próteses mal adaptadas; 
Diminuição da força mastigatória; 
Fadiga alimentar. 
 
 
Achados Videofluoroscópicos: tempo prolongado da fase preparatória; 
alteração na excursão do osso hióide; diminuição da elevação laríngea e 
proteção da V.A.; alteração na motilidade do EES; redução na amplitude da 
contração peristáltica do esôfago; atraso no esvaziamento esofágico; 
diminuição de pressão de repouso do EES; RGE. 
 
Fonoaudióloga Isabela Vono – Novembro/2005 
6
 
FISIOLÓGICO PATOLÓGICO 
Diminuição salivar Boca muito seca 
Lentificação da mastigação e 
deglutição 
Presença de bába 
Escolha de alimentos mais moles Grande dificuldade de mastigação 
Evitar várias refeições Movimentos repetitivos e 
incoordenados de língua e mandíbula 
durante mastigação 
Pouca tosse Deglutição múltipla do mesmo 
alimento 
Alterações do sabor Tosses e engasgos frequentes 
 Refluxo nasaL 
 Restos de alimentos em cavidade oral 
pós alimentação 
 Pigarro e halitose 
 Febres constantes 
 Voz rouca após as refeições 
 
 
 
 
TRATAMENTO FONOTERAPÊUTICO NO IDOSO 
 
¼Anamnese/rapport; 
¼ História clínica (HPP/HMA) e levantamento de dados; 
¼Avaliação clínica: cognição, aspectos anatomorfológicos e 
anatomofuncionais de OFAS, sensibilidade, sistema estomatognático, estado 
dentário e/ou uso de próteses; qualidade vocal, avaliação funcional da 
deglutição ( direta e indireta / ausculta cervical, oximetria de pulso, 
monitoramento vocal, aspectos gerais), avaliação da linguagem 
(testes,conversa espontânea),AVDs, AVDIs 
 
 
AVALIAÇÃO DA DEGLUTIÇÀO: 
••CCllíínniiccaa ((FFoonnooaauuddiioollooggiiaa));; 
 •• VViiddeeoofflluuoorroossccóóppiiccaa;; 
 •• NNaassooffiibbrroollaarriinnggoossccóóppiiccaa;; 
 
 
 
AAvvaalliiaaççããoo CCllíínniiccaa:: EEXXAAMMEE 
 
Sistema Estomatognático:Aspecto; Postura; Tônus; Mobilidade; 
sensibilidade; Dentição; Salivação; Ato motor da deglutição; RReefflleexxooss 
ppaattoollóóggiiccooss;; MMaassttiiggaaççããoo;; DDeegglluuttiiççããoo 
 
Fonoaudióloga Isabela Vono – Novembro/2005 
7
¾¾ MMaassttiiggaaççããoo:: mmooddoo;; tteemmppoo;; pprrooffiicciiêênncciiaa;; aajjuuddaa ccoomm llííqquuiiddoo;; ccoonnttiinnêênncciiaa 
aalliimmeennttaarr;; ssiinnaall ddee ppeenneettrraaççããoo//aassppiirraaççããoo aanntteess ddaa ddeegglluuttiiççããoo 
 
 
¾¾ Deglutição:tempo; ajuda com líquidos; elevação laríngea; n° 
deglutições/bolo; qualidade vocal; sinal de penetração/aspiração 
durante ou após a deglutição; aalltteerraaççããoo rreessppiirraattóórriiaa;; rreegguurrggiittaaççããoo 
nnaassaall;; ssaaííddaa ddee aalliimmeennttoo ppeelloo ttrraaqquueeoossttoommaa;; pprreesseennççaa ddee ttoossssee;; 
sseennssaaççããoo ddee eessttaassee;; mmaannoobbrraass ffaacciilliittaaddoorraass.. 
 
 
oo DDeeffiinniiççããoo ddaass ccoonnddiiççõõeess ppaarraa VVOO ((ccuurrttoo ee lloonnggoo pprraazzoo));; 
oo CCooggnniiççããoo ee eessttaaddoo ddee aalleerrttaa;; 
oo TTeemmppoo ddee ddeemmoorraa nnaa iinnggeessttããoo ddaa ddiieettaa;; 
oo EEppiissóóddiiooss ddee ppeenneettrraaççããoo ee aassppiirraaççããoo (( ddeeffeessaa ddee VVAAss));; 
 
 
¼Diagnóstico; 
¼Planejamento terapêutico 
Estimulações orofaciais extra e intra orais; estimulações 
sensoriais (órgãos dos sentidos: olfativas, gustativas, visuais, 
auditivas, táteis); estimulações direta e indireta da deglutição; 
estimulações lingüísticas, estimulações cognitivas; 
¼Exames complementares (nível cognitivo); 
¼Discussão do caso. 
 
 
PROCEDIMENTOS FONOTERAPÊUTICOS: 
 
#Otimização do Nível Cognitivo; 
# “Higiene Oral”; 
 #Estimulação Sensório-motora oral; 
#Postura; 
#Mobilidade do Sistema Estomatognático; 
#Deglutição; 
#Cuidados com traqueostomia; 
 #Orientações 
 
 
 
# OTIMIZAÇÃO DO NÍVEL COGNITIVO: 
- Estimulação sensorial global (órgãos dos sentidos); 
-Orientações quanto a participação do acompanhante; 
 
 
 
 
Fonoaudióloga Isabela Vono – Novembro/2005 
8
#HIGIENE ORAL 
- Retirada de restos alimentares e outros resíduos, como secreções, fluídos 
ou excesso de saliva instalados na cavidade bucal; 
- Objetivo: propriocepção oral, melhorar a aferência oral (gosto, 
temperatura,tato); 
- Diminuir risco de proliferação de bactérias; 
- Modificação ao longo do tempo da configuração do tecido que recobre 
a língua (cobertura esbranquiçada formada por resíduo alimentar, de 
difícil retirada); 
- Procedimento ensinado ao cuidador e auxiliar de enfermagem ou 
realizado pelo próprio idoso se o mesmo apresentar condições para 
efetuação de tal procedimento; 
Fatores: frequência de alimentação via oral, presença ou ausência de estase 
salivar em cavidade bucal, hiposalivação, produção abundante de secreção, 
dificuldade para cuspir. 
 
#ESTIMULAÇÃO SENSORIO-MOTORA ORAL: 
•Massagem digital extra e intra oral;•Variedade de odores, sabores, texturas 
e temperaturas;•Adequar padrões musculares inadequados. 
 
#POSTURA: 
Com o envelhecimento ocorre uma diminuição de estatura, devido ao 
achatamento das vértebras, cifose dorsal e presença de osteófitos; que 
muitas vezes agravam a deglutição. Faz-se necessário o uso de manobras 
posturais com o objetivo de adequar o padrão de deglutição. 
 O posicionamento do paciente durante alimentação é um dos 
principais cuidados tomados, a fim de evitar a ocorrência da aspiração 
pulmonar. 
 
( Cuidados especiais para idosos acamados: contraturas musculares, 
úlceras de pressão) 
 
#MOBILIDADE DO SISTEMA ESTOMATOGNÁTICO: 
 
* TÉCNICAS INDIRETAS: exercícios de mobilidade do SSMO, estimulação 
do ato da deglutição, exercícios de proteção de VAs) 
 
# CONTROLE MOTOR ORAL DO BOLO 
� elevar/abaixar a ponta de língua, 
� elevar/abaixar o dorso de língua, 
� protruir e retrair a língua, 
� lateralizar a língua, 
� varredura de palato, 
� manipulação intra-oral de garrote, 
� gaze embebida 
 
 
Fonoaudióloga Isabela Vono – Novembro/2005 
9
 
# ESTIMULAÇÃO DA DEGLUTIÇÃO 
� espelho laríngeo 00 ou 0 gelado 
� água congelada numa seringa de 5ml ou menor 
� água congelada na luva ou dedeira 
� gelo picado/ água gelada 
(utilizar técnica dos 4 dedos para verificar elevação e anteriorização laríngea) 
 
#PPRROOTTEEÇÇÃÃOO DDAA VVIIAA AAÉÉRREEAA 
� empuxo, 
� ataque vocal brusco, 
� tosse + som vocálico, 
� deglutição incompleta sonorizada, 
� pressão sobre a cartilagem tireóide, 
� mudança de postura de cabeça, 
� variação tonal 
� protrusão e retração da língua 
 
Terapia indireta: 
� Exercícios de motricidade oral 
� Trabalhar a sensibilidade extra e intra oral (Materiais diferentes, 
temperatura) 
� Inibição dos reflexos patológicos 
 
Reflexo de procura: tocar os pontos cardiais, um de cada vez, ao 
mesmo tempo que se impede a movimentação de cabeça em direção à fonte; 
 Reflexo de sucção: o estímulo é dado tocando-se os lábios que devem 
ser mantidos relaxados ou um pouco retraídos, impedindo a sua protrusão; 
 RReefflleexxoo ddee mmoorrddiiddaa:: ssããoo ddaaddooss ttooqquueessnnaass ggeennggiivvaass,, llaatteerraallmmeennttee,, 
 aaoo mmeessmmoo tteemmppoo eemm qquuee aa mmaannddííbbuullaa éé mmaannttiiddaa ffiirrmmeemmeennttee 
oocclluuííddaa,, iimmppeeddiinnddoo--ssee mmoovviimmeennttooss vviiggoorroossooss ddee aabbeerrttuurraa ee 
ffeecchhaammeennttoo;; 
 RReefflleexxoo ddee vvôômmiittoo:: éé ttooccaaddaa aa rreeggiiããoo ddaa llíínngguuaa eemm qquuee oo rreefflleexxoo eesstteejjaa 
 pprreesseennttee ee sseegguurraa--ssee,, ffiirrmmeemmeennttee ssuuaa ppoonnttaa ccoonnttrraa oo aassssooaallhhoo 
ddaa bbooccaa,, aaoo mmeessmmoo tteemmppoo qquuee éé ffoorrççaaddaa eemm ddiirreeççããoo ppoosstteerriioorr,, iimmppeeddiinnddoo 
ddeessttaa mmaanneeiirraa ssuuaa pprroottrruussããoo.. 
 
•TÉCNICAS DIRETAS (modificações nas características da dieta: 
consistência, textura e volume; posicionamento da dieta na cavidade oral; 
controle do bolo alimentar; manobras posturais de cabeça; deglutição 
supraglótica; deglutição super-supraglótica; manobra de Mendelsohn) e/ou 
indiretas 
 
 
Terapia direta: introdução da dieta por via oral, utilizando manobras 
terapêuticas quando necessárias 
 
Fonoaudióloga Isabela Vono – Novembro/2005 
10
Terapia direta: 
�� CCOONNSSIISSTTÊÊNNCCIIAA -- Começar com o que for mais fácil para o paciente e 
ir aumentando a dificuldade a medida em que a terapia evolui; 
�� VVOOLLUUMMEE -- Deve ser de acordo com as possibilidades do paciente 
 Os volumes muito pequenos são utilizados mais para a 
 estimulação gustativa; 
 Em pacientes com hipo sensibilidade intra-oral para quantidades 
pequenas podem provocar micro-aspirações; 
 Volumes maiores como de 3 a 5 ml fornecem mais pistas para o 
paciente sendo mais funcional. 
�� TTEEMMPPEERRAATTUURRAA -- ROSENBEK et al. relata que os alimentos frio tem um 
tempo diminuído no transito oral, com melhora no disparo do reflexo da 
deglutição. 
 Os alimentos frios dão mais pistas ao paciente porque diferem da 
temperatura da cavidade oral. 
 Os alimentos com temperatura mais morna podem relaxar as 
estruturas da cavidade oral dando ao paciente maior tempo de preparo 
do bolo. 
��PPOOSSTTUURRAA CCOORRPPOORRAALL – Sempre que possível 90° 
 
 
 Mudança de Postura de Cabeça 
 
 1CABEÇA PARA BAIXO (fases: preparatória, oral e faríngea) 
Objetivos: Fechamento laríngeo (Proteção V.A) e Manutenção do alimento 
em cavidade oral 
Indicações: Paralisia laríngea; Aspiração antes e/ou durante a deglutição; 
Falta de controle oral e mobilidade de língua; Sensibilidade oral e/ou 
faríngea alterada 
 
 1CABEÇA PARA TRÁS (fase oral) 
Objetivos: Facilitar a ejeção e Diminuir o tempo de trânsito oral 
Indicação: Mobilidade de língua comprometida 
Contra-indicado: Risco de aspiração antes e/ou durante a deglutição 
 
 1CABEÇA INCLINADA (fases: preparatória, oral e faríngea) 
Objetivos: Manutenção do alimento em cavidade oral; Ejeção da boca até o 
esôfago pelo lado inclinado; 
�Indicações: Falta de controle oral (mobilidade de língua); Sensibilidade oral 
e/ou faríngea alterada; Paralisia de constritores faríngeos unilateral; Paralisia 
laríngea unilateral;Ressecções de hemilaringe. 
 
 1CABEÇA VIRADA (fase faríngea) 
Objetivos: Proteção de V.A.; Facilitar a passagem da faringe para esofâgo 
�Indicações: Paralisia de constritores faríngeos unilateral; Paralisia laríngea 
unilateral; Ressecções de hemilaringe; 
 
Fonoaudióloga Isabela Vono – Novembro/2005 
11
 
 1COMBINADAS (fases: preparatória, oral e faríngea) 
Objetivos: variados 
�Indicações: diversas 
 
 1MANOBRA SUPRAGLÓTICA (fase faríngea) 
Objetivos: Manter fechamento glótico prolongado; Aumentar o tempo de 
apnéia da deglutição 
Indicações: Aspiração/penetração durante a deglutição; Sensibilidade 
laríngea prejudicada; Cognitivo preservado 
 
Procedimento: 
•Antes de deglutir, prender a respiração (apnéia) 
•Deglutir 
•Pigarrear 
•Deglutir 
•Volta a respirar 
 
 1 MANOBRA SUPER SUPRAGLÓTICA (fase faríngea) 
Objetivos: Manter fechamento glótico prolongado; Promover fechamento 
supraglótico - base de língua 
§Indicações: Aspiração/penetração durante a deglutição; Sensibilidade 
laríngea prejudicada; Cognitivo preservado 
 
Procedimento: 
•Antes de deglutir, prender a respiração (apnéia) 
•Deglutir com muita força cervical 
•Pigarrear 
•Deglutir com esforço 
•Volta a respirar 
 
 
 1MANOBRA MENDELSOHN (fase faríngea) 
Objetivos: Promover elevação laríngea; Auxiliar na abertura do EES; 
Indicações: Elevação laríngea prejudicada; Cognitivo alterado 
 
Procedimento: 
•Passivo: terapeuta eleva laringe e a mantém 
•Ativo: Pc inicia a deglutição, mantem a laringe elevada até o término 
 
Terapia direta: 
 
 1MANOBRA MASAKO (fase faríngea) 
Objetivos: Melhorar a passagem do bolo da boca para o esôfago; Minimizar 
estase em recessos faríngeos; 
 
Fonoaudióloga Isabela Vono – Novembro/2005 
12
§Indicações: Paresia, fraqueza ou hipotonia de constritores da faringe; 
Cognitivo preservado 
 
Procedimento: 
•Deglutir com a língua entre os dentes 
 
 1MANOBRA de LIMPEZA DOS RECESSOS FARÍNGEOS (fase 
faríngea) 
• Múltiplas deglutições (deglutições secas) 
• Deglutição dura (com esforço) 
• Emissão de fonemas guturais (“ri ri ri”) 
• Estalos de lábios protraídos 
• Valsava (deglutição com esforço inclusive abdominal) 
• Valsava modificada (cabeça para trás, inflar bochechas e soprar com 
esforço e deglutir) 
• Intercalar deglutições com sólidos e líquidos 
 
A terapia fonoadiológica é individualizada, personalizada para cada paciente 
conforme suas necessidades, nível de cognição/compreensão, capacidades 
musculares e funcionais sempre respeitando capacidades, limites físicos e 
contexto. 
 
#PRODUÇÃO DE SALIVA 
Quanto à produção de saliva, ocorre uma diminuição com o avanço da idade 
que poderá influenciar o desempenho da fase de preparo e ejeção do bolo, 
levando o idoso a consumir maiores quantidades de líquidos durante as 
refeições. 
 
#DEGLUTIÇÃO 
•Monitoramento verbal; 
•Intermediação com colher vazia; 
• Inspeção oral; 
 
# TRAQUEOSTOMIA: 
o Altera coordenação deglutição/respiração; 
o Limita a elevação laríngea; 
o Diminui a sensibilidade laríngea por desvio do fluxo aéreo e com a 
presença do balonete; 
o Disfunção nas pregas vocais 
o Compressão esofágica com o balonete; 
o Pressão subglótica: probabilidade de aspiração. 
 
#ORIENTAÇÕES: 
o Estar acordado, alerta e bem disposto enquanto come; 
o Alimentar-se sentado (se não for possível, elevar cabeceira da cama); 
o Quem oferece o alimento deve se posicionar na mesma altura do paciente 
 
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13
o Usar ordem verbal (“engula”, “coma devagar”, “mastigue bem”); 
o Utilize colher pequena e coma pequenas quantidades de comida para 
evitar engasgos; 
o Alimentar-se em lugar tranqüilo e iluminado; 
o Retirar fatores distrativos (TV, rádio); 
o Adequar utensílios (T.O.)(talheres, pratos); 
o Comer uma colherada de cada vez; 
o Mastigar bem e devagar; 
o Sentir bem o gosto dos alimentos 
o Garantir engoliu tudo antes da próxima colherada; 
o Variar sabor e temperatura; 
o Realizar higienização oral pós-refeição; 
o Não se deitar logo após refeição para garantir o esvaziamento completo 
do conteúdo alimentar do esôfago; 
 
O FATO DE DEGLUTIR SALIVA OU ACEITAR PEQUENA QUANTIDADE DE 
ALIMENTAÇAO NÃO É 
SUFICIENTE PARA ELEGER ALIMENTAÇÃO EXCLUSIVA POR VIA ORAL. 
 
O estabelecimento da via alimentar deve ser um procedimento cuidadoso, 
realizado com base no padrão de deglutição do paciente e em seu estado 
geral de saúde. Requer um amplo conhecimento do caso, assim como das 
síndromes geriátricas que acometem vários sistemas, gerando, além de 
problemas orgânicos, alterações de ordem motora e geral, prejudicando 
atividades como alimentação.Vias de Alimentação: 
o Sonda nasoenteral; üGastrostomia; 
o Oral; 
o Mista: Transição da alimentação / Manutenção do prazer 
alimentar; 
 
Escolha da via de alimentação 
Discussão com a equipe; 
Co-morbidades; 
Desempenho da dinâmica de deglutição; 
Aceitação de volume; 
Nível cognitivo; 
Nutrição; 
Hidratação. 
Medicação 
 
 
 
 
 
A deglutição permanece segura nos idosos sadios. O fato de lentificar a deglutição pode permitir um tempo 
para adquirir geração de pressão adequada, o que significa que os idosos podem e devem se esforçar para 
produzir pressões de deglutição adequadas, por meio de exercícios fonoaudiológicos. As doenças 
relacionadas com a idade expõe os pacientes a um maior risco de disfagia comprometendo 
consequentemente seu estado geral. 
 
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EXAMES COMPLEMENTARES 
Indicação: avaliação clínica prévia; pacientes com desordem da deglutição 
com risco de broncoaspiração; obter excelência no diagnóstico da alteração 
da deglutição e sua etiologia; definição conduta; 
Contra-indicações : Segurança na deglutição / julgamento clínico; Sinais 
clínicos de aspiração; Comprometimento respiratório grave; Rebaixamento 
cognitivo; Instabilidade clínica importante 
 
 
Metodologia da videofluoroscopia da deglutição orofaríngea 
•Testar diferentes consistências e quantidades de alimento no plano lateral e 
ântero-posterior; 
•Deglutição de bário: 4 consistências 
 Volume testado: 5, 10, 20 ml, 200ml 
•Visão Ântero-posterior - Escolpar pulmão e deglutição de bário puro 
•Visão Lateral 
•Sólido com bário 
• Pastoso grosso 
•200 ml bário puro 
•líquido ( água + bário ) 
••Visão oblíqua: Estudo do esôfago; Radiologista (Fase esofágica) 
 
•Avaliação funcional da deglutição; 
•Detectar a disfagia, a sua etiologia e a penetração e/ou aspiração; 
•Permitir a visualização de todas as fases da deglutição; 
•Testar a efetividade das manobras terapêuticas e técnicas posturais;•Evoluir 
o estado nutricional do paciente; 
•Definir a melhor consistência e volume de alimento via oral; 
Vantagens: 
 * Detecção de alterações funcionais 
 * Definição de posturas compensatórias e manobras 
• Qualquer faixa etária 
DESVANTAGENS: 
 * Uso do contraste 
 * Não avalia anormalidades estruturais 
 * Método caro e pouco disponível 
 
Fibronasolaringoscopia da deglutição 
 
•Avaliação estrutural 
•Não é possível quantificar penetração ou aspiração 
•Black out deglutição 
•Testar a efetividade das manobras e das posturas 
• Definição de condutas 
 
 
 
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•Avaliação estrutural 
 (cavidade nasal, E.V.F., faringe, laringe) 
•Avaliação funcional : Fibroscópio na nasofaringe 
 Voz : Emissão de vogal sustentada 
(Coaptação glótica, movimento mucoondulatório) 
 
 Deglutição: Testar 3 consistências + corante (Perda 
prematura do bolo, aspiração ou penetração, estase em recessos faríngeos e 
sensibilidade laríngea) 
 
 
VANTAGENS 
•Detecção de alterações estruturais 
•Avaliação da sensibilidade laríngea 
•Avaliação no leito/consultorio 
•Ausência da radiação e de contraste 
•Menor custo 
 
DESVANTAGENS 
 
•Avaliação parcial da deglutição 
•Cooperação do paciente 
 
 
AUDIÇÃO/EQUILÍBRIO 
 
Fisiologia da audição: 
O ouvido humano é um órgão altamente sensível que nos capacita a 
perceber e interpretar ondas sonoras em uma gama muito ampla de 
frequências (20 a 20.000 Hz). A captação do som até sua percepção e 
interpretação é uma seqüência de transformações de energia iniciando pela 
sonora, passando pela mecânica, hidráulica e finalizando com a energia 
elétrica dos impulsos nervosos que chegam ao cérebro. A energia sonora é 
captada pelo pavilhão auditivo (orelha) e penetra pelo conduto auditivo que 
termina em uma delicada membrana - o tímpano. O tímpano transforma as 
vibrações sonoras em vibrações mecânicas que são comunicadas aos 
ossículos (martelo, bigorna e estribo). Os ossículos funcionam como 
alavancas, aumentando a força das vibrações mecânicas e reduzindo sua 
amplitude. E também através dos ossículos que o ouvido tem a capacidade 
de "ouvir mais" ou "ouvir menos". Esse controle é feito através de pequenos 
músculos que posicionam os ossículos em condições de transferirem toda ou 
apenas parte da energia mecânica recebida do tímpano. O último ossículo, o 
estribo, pressiona a janela oval da cóclea. Aí as vibrações mecânicas se 
transformam em ondas de pressão hidráulica que se propagam no fluído que 
a preenche. Finalmente, as ondas no fluído são detectadas pelas células 
ciliadas que enviam ao cérebro sinais nervosos (elétricos) que são 
 
Fonoaudióloga Isabela Vono – Novembro/2005 
16
interpretados como som. Os sinais nervosos levados pelo nervo auditivo ao 
cérebro já contém as informações das freqüências que compõem o som que 
está sendo recebido pelo ouvido. Essa análise se processa na membrana 
basilar da cóclea sobre a qual estão dispostas as milhares de células ciliadas. 
 
 
 
Perdas auditivas: 
 
# Condutiva: patologias que atingem ouvido externo e/ou ouvido médio. 
Bloqueio na transmissão das ondas sonoras através do ouvido externo e 
médio (rolha de cerúmen, otite média, calcificação entre os ossículos). 
Tendência a falar baixo; percepção melhor da própria voz. Importância da 
inspeção otoscópica. 
 
# Neurossensorial: distúrbios que comprometem cóclea ou nervo coclear 
(VIII par craniano). Os níveis auditivos para as diferentes freqüências são 
desiguais. Os pacientes apresentam melhor audição para sons de baixa 
freqüência (sons graves). Sentem-se incomodados com a fala alta e 
apresentam dificuldade de ouvir a fala quando o ruído de fundo é alto. 
(Presbiacusia, Ototoxicidade, D. Meniere, Ï ruídos). 
 
• A fala é alta, bilateral, usualmente simétrica, com tendência a 
não discriminar e entender o que é dito. Os sons altos são entendidos 
com precariedade. É lentamente progressiva e ocorre uma diminuição 
da sensibilidade para sons de alta freqüência. 
 
•Presbiacusia: 
–Decréscimo fisiológico da audição; 
–Cuidados: exposição a ruidos intensos, uso indiscriminado de 
medicamentos, histórico (atividade profissional, hábitos de vida, doenças) 
– Problemas de alerta e defesa; 
–Dificuldades de comunicação 
–Isolamento social; 
–Diminuição da compreensão da fala; 
cóclea 
 
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–Dificuldade maior em ouvir em ambientes ruidosos; 
–Maior queixa de que escutam, mas não entendem o que está 
sendo dito; 
–Dificuldade maior para sons agudos; 
–Irritação, raiva, constrangimento, tristeza 
 
 AASI (Aparelho de Amplificação Sonora Individual) 
 
 
 
# Mista: componentes condutivos e neurossensoriais; 
 
# Central: antinge vias auditiva central (porção do nervo coclear e de suas 
conexões). 
 
 
 
PRINCIPAIS EXAMES: 
 
- Audiometria tonal (determinação dos limiares auditivos): detectar 
deficiencia auditiva, auxiliar no topodiagnóstico das lesões auditivas 
(OE/OM/OI), fornecer dados par indicação de AASI; 
- Audiometria vocal/ Logoaudiometria (grau de recepção e 
reconhecimento do indivíduo para a linguagem oral): 
topodiagnóstico, detecção de perdas auditivas funcionais ou não 
orgânicas, evolução do rendimento auditivo-social do indivíduo, 
confirmação de limiares tonais, indicação do AASI; 
- Imitância acústica 
*Timpanometria: medida dinâmica da imitância acústica que 
verifica a mudança na complacência decorrente da variação de 
pressão do ar no canal auditivo externo (JERGER, 1970) 
o Timpanograma Tipo A: pico de máxima complacência, 
pacientes com ouvido médio normal 
o Tipanograma Tipo B: não apresentam pico de máxima 
complacência em nenhuma pressão de ar. Indicativos de fluidos 
no ouvido médio (otite média serosa) ou pequenas perfuraçõesem membrana timpânica; 
o Tipanograma Tipo C: pico de máxima complacência. Indicativo 
de disfunção de tuba auditiva; 
o Tipanograma Tipo As: baixa complacência. RIGIDEZ. Paciente 
com otoscleros ou timpanosclerose. 
o Tipanograma Tipo Ad: altamente complacente. Pacientes 
portadores de disfunção de cadeia ossicular. 
- Reflexo Estapediano: contração involuntária dos músculos do 
ouvido médio em resposta a um estímulo sonoro (NORRIS, 1980). 
 
 
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18
 
Aparelho vestibular: receptor dos estímulos da gravidade e das acelerações 
linear e angulares. Oferece informação constante, tanto em repouso como 
em movimento, da posição do corpo no espaço. 
 
 
Sinais e sintomas dos distúrbios vestibulares: 
- Vertigem: sensação alucinatória de giro do individuo em relação ao 
ambiente (subjetivo) ou do ambiente em relação ao indivíduo 
(objetivo); 
- Enjôo: sensação subjetiva, “mal do mar”, paciente refere como 
deslocamento do chão ou como caminhar sobre algodão; 
- Nistagmo: movimento conjugado dos olhos em duas fases, 
involuntário e rítmico; 
- Acúfenos (tinitus): ocorrência de ruídos nas orelhas e na cabeça, 
na ausência de alguma fonte externa (zumbido). Pode ser sinal de 
trauma acústico, doença de meniére, otosclerose, presbiacusia ou 
acúmulo de cerume que afeta o tímpano e oclui o canal auditivo 
externo. 
- Outros: dor de cabeça, hipersensibilidade aos sons, fotofobia, dor 
muscular. 
 
- Avaliação do Equilíbrio e da função cerebelar: 
¾ Prova de Romberg: solicita-se ao paciente ficar em pé mantendo 
os pés juntos e os olhos fechados Î Equilíbrio (normal), 
lateropulsão, anteropulsão ou retropulsão; 
¾ Prova de Unterberger: solicita-se marchar no mesmo lugar com os 
olhos fechados Î permanência no mesmo lugar ou giro em torno 
de seu eixo (sinal de afecção vestibular); 
¾ Prova Index-Index: paciente se senta e posiciona os braços 
estendidos, paralelos, na altura dos ombros, com os dedos 
indicadores apontando para frente e os olhos fechados (observar 
desvios); 
¾ Prova Index-naso (pesquisa da dismetria): paciente com os olhos 
fechados toca com o dedo indicador (ora com a mão direita, ora 
com a mão esquerda) a ponta do nariz; 
 
 - EXAME VESTIBULAR 
 
Objetivos: 
- Analisar o a função do labirinto e suas correlações com demais 
órgãos e sistemas, dentre os quais o sistema-óculo motor, o 
cerebelo e o tronco encefálico; 
- Determinar a existência ou não de alterações vestibulares; 
- Identificar o(s) lado(s) que está (ão) lesados: D, E, D e E; 
 
Fonoaudióloga Isabela Vono – Novembro/2005 
19
- Verficar se a alteração é periférica (labirinto e/ou VIII par craniano 
até a entrada do tronco encefálico) ou central (núcleos vestibulares, 
vias de interligação ou cerebelo); 
- Acompanhar a evolução do paciente durante tratamento prescrito; 
 
Indicações: 
- Alteração de equilíbrio: tontura, instabilidade postural, sensação de 
andar sobre algodão, vertigem; 
- Alterações auditivas: sensação de abafamento, flutuação auditiva, 
zumbido; 
- Síndromes neurológicas de fossa posterior p/ localizar nível da 
lesão; 
- Distúrbio de aprendizagem. 
 
 
¾ Pesquisa do nistagmo postural: decúbito dorsal, decúbito lateral 
esquerdo, decúbito lateral direito; posição de Rose ( cabeça 
pendente), posição de Rose com torção cervical para a direita e 
posição sentada Î exames objetivos; 
 
Registro dos movimentos oculares: ELETRONISTAGMOGRAFIA/ 
VECTO ELETRONISTAGMOGRAFIA (+ preciso/computadorizado) Î 
exames subjetivos; 
¾ Vestibulometria: calibração dos movimentos oculares; pesquisa do 
nistragmo espontâneo; pesquisa do nistagmo direcional; rastreio 
pendular, nistagmo optocinético, provas rotatórias, nistagmo per-
rotatório, provas calóricas. 
 
 
Condutas e orientações terapêuticas (interdisciplinar): 
 
* Reeducação alimentar: diminuição ou abolição do açúcar; não permanecer 
mais do que 3 horas sem ingerir alimentos; abolir frituras e gorduras; dar 
preferências às carnes brancas de aves ou peixes; aumentar a ingestão de 
verduras frescas ou pouco cozidas; evitar café, chá mate/preto e chocolate; 
Orientações complementares: diminuir ou abolir fumo e bebidas 
alcoólicas; evitar repouso excessivo e realizar atividades físicas; aumentar 
lazer (diminuir estresse); 
 
*Tratamento medicamentoso: controlar sintomas (vertigem, náuseas, 
vômitos e zumbidos): 
- antivertiginosos/antieméticos 
- vasodilatores 
- Ansiolíticos 
Recomenda-se o uso da medicação num curto espaço de tempo, com 
observação constante e diminuição progressiva das doses. 
 
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20
1 efeitos colaterais: aumento de peso, sonolência, parkinsonismo, 
cefaléias, depressão, etc. 
 
 
* Reabilitação vestibular: 
- Conjunto de exercícios que promovem a recuperação funcional do equilíbrio 
corporal. 
- Necessidade de realização de anamnese detalhada, exame vestibular 
completo, lesão vestibular estável e incompleto processo de compensação. 
- Utilização de movimentos normais, naturais e não artificiais ; 
- Visam promover a compensação vestibular para propiciar ao paciente uma 
adaptação para reestruturar seu equilíbrio e retomar suas atividades 
rotineiras; 
- Exercícios de habituação para estimular a compensação central e 
exercícios de controle postural para eliminação de respostas patológicas 
relacionadas com movimentação de cabeça e atividades gerais de 
condicionamento. 
Objetivos fundamentais da reabilitação: 
- Promover a estabilização visual durante os movimentos da cabeça; 
- Melhorar a interação vestibulovisual durante a movimentação 
cefálica; 
- Ampliar a estabilidade postural estática e dinâmica nas condições 
que produzem informações sensoriais conflitantes; 
- Diminuir a sensibilidade individual à movimentação cefálica; 
 
Principais técnicas de reabilitação vestibular: exercícios de Cawthorne & 
Cooksey; exercícios para incrementar a adaptação vestibular; exercícios para 
incrementar a estabilização da postura estática e dinâmica; estratégias 
alternativas para incrementar a estabilização do olhar, estimulação 
optovestibular; estimulação do reflexo vestibular horizontal e vertical; 
treinamento de coordenação de equilíbrio, protocolo de Bolonha, treinamento 
de habituação vestibular 
 
 
VOZ 
 
Presbifonia: processo de deterioração vocal inerente a idade decorrente da 
perda natural da eficiência biomecânica do organismo, que é variável para 
cada indivíduo conforme sua saúde, treino de voz e história de vida. Deve ser 
compreendida como parte do processo de envelhecimento normal e não 
como uma desordem vocal. 
–Alteração da qualidade vocal; 
– Ïnasalidade e Ð intensidade; 
– Ðtempo máximo de fonação; 
– Ï pausas articulatórias; 
– Ðvelocidade de fala; 
 
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21
 
Orientações: 
•Hidratação constante; 
•Dieta equilibrada e diversificada; 
•Exercícios respiratórios; 
•Alongamento e atividades físicas; 
•Não cometer abusos vocais. 
Deve-se pesquisar pelo motivo da alteração vocal (tumores, doenças 
musculares e/ou degenerativas progressivas...). 
 
 
 
LINGUAGEM 
 
Afasia: termo que designa o distúrbio que afeta todos os aspectos da 
linguagem (compreensão e expressão), em decorrência de uma lesão 
cerebral. A afasia em si não é uma doença, mas um sintoma complexo 
relacionado a uma desordem neurofisiológica que envolve os mecanismos 
cerebrais. O distúrbio de linguagem pode vir acompanhado de modificações 
no comportamento, nas esferas intelectuais e emocionais, nas atitudes e na 
personalidade.Os distúrbios afásicos não são relativos somente à 
localização, extensão e severidade da lesão, mas aos hábito, experiências, 
educação e inteligência do indivíduo. 
 
Causas mais frequentes do desenvolvimento da afasia:o Distúrbios vasculares (AVEs); 
o Infecções; 
o Tumores; 
o Traumas cranianos; 
o Doenças desmielizantes; 
o Distúrbios tóxicos; 
o Idiopáticas; 
o DOENÇAS DEGENERATIVAS 
 (perda de neurônios e consequente atrofia cerebral) 
 
O Hemisfério Esquerdo é considerado o hemisfério “especializado na fala e 
linguagem”. A área de BROCA, no lobo frontal (região anterior), é a área 
nobre do processamento motor da fala (expressão); a área de WERNICKE, 
no lobo temporal (região posterior), é a área nobre do processamento 
sensorial da fala (compreensão). 
Alguns distúrbios da comunicação humana, como as afasias, originam-se de 
lesões focais do HE; outros como decorrentes das doenças degenerativas, 
têm sua origem em lesões difusas nos dois hemisférios. 
 
Distúrbios específicos de linguagem relacionados mais freqüentemente aos 
quadros de lesões no HE: perda total da linguagem; neologismo; disprosódia; 
 
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22
manutenção da fala automática com redução da fala intencional; ecolalia, 
anomia; dificuldade de acessar o léxico ou recuperar informações a ele 
referentes; agramatismo; parafasia; linguagem perseverativa; distúrbios 
pragmáticos e discursivos. 
 
Distúrbios específicos de linguagem relacionados mais freqüentemente aos 
quadros de lesões no HD: dificuldade em adequar a linguagem e o discurso 
ao contexto de produção; usar linguagem contextualizada quando houver 
necessidade de negociação de sentido (entre os interlocutores) para o 
desenvolvimento natural do diálogo; processar lingüisticamente os vários 
aspectos semânticos do léxico; processa habilidade de nível textual; 
processar prosódia; perceber e organizar as informações que envolvam 
aspectos emocionais da comunicação; processar informações referenciais e 
inferenciais; lidar lingüisticamente com ambigüidade. 
 (Mac Kay et al ,2003) 
Avaliação (doenças neurogênicas): 
 Uso de testes e de protocolos tais como: Afasia de Schuell, teste de 
Boston para afasia, teste de afasia Rio de Janeiro, protocolo de avaliação 
motora oral, protocolo de comunicação funcional de M.T. que normalmente 
abrangem aspectos de repetição, nomeação, leitura, relato de estória ou 
texto descritivo de figura e análise de conversa espontânea. 
 
Avaliação de linguagem em pacientes com DEMÊNCIA 
 
Comprometimentos mais comuns: 
•Dificuldade em definir, nomear objetos ou itens de uma categoria; 
•Dificuldade de associar palavras; 
•Dificuldade em processar significado; 
•Decrescente sensibilidade ao contexto comunicativo; 
•Dificuldade na tradução de idéias em símbolos linguísticos; 
•Problemas com pensamentos abstratos, raciocínio e compreensão de 
relações lógicas; 
•Déficits no raciocínio verbal; 
•Dificuldades com ambiguidades; 
•Dificuldades com reprodução de histórias; 
•Discurso com tendência repetitiva; 
•Problemas de interação; 
•Decréscimo gradual do vocabulário, 
....dentre outros. 
 
Avaliação: Parâmetros das avaliações das doenças neurogênicas + avaliação 
do estado mental (atenção, orientação, linguagem, fala, habilidades visuo-
espaciais, memória, habilidades de abstração e funções executivas). Deve-se 
analisar também: memória verbal e não verbal, construção visuo espacial, 
orientação espaco-temporal, raciocínio linguístico, repetição, leitura/escrita, 
 
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23
nomeação, compreensão auditiva, fluência e qualidade de conversa 
espontânea. 
 
(MINI-MENTAL •TESTE DE LISTA DE PALAVRAS DO CERAD (MORRIS et 
al, 1989; BERTOLUCCI et al, 1998); •FLUÊNCIA VERBAL (1 minuto), TESTE 
DO RELÓGIO; Teste de Boston (teste de descrição da Figura da cena do 
roubo do biscoito). 
 
Cuidados e relações do dia-a-dia 
•Ouvir com atenção; 
•Falar de frente ao ouvinte; 
•Falar uma pessoa de cada vez; 
•Manter contato visual; 
•Vocabulário simples; 
•Utilizar linguagem gestual como apoio; 
•Conversar em locais tranquilos e iluminados 
•Ser direto; 
•Evitar questões abertas (ex: . Onde vamos? ☺ Vamos ao supermercado?); 
 
DEMENCIA AFASIA 
Início gradual do problema 
(geralmente) 
Início rápido do problema 
Lesão cerebral bilateral Lesão no hemisfério esquerdo 
Pode apresentar variações de 
humor, retraimento, agitação 
Apresenta humor apropriado, 
embora ocorram fases de depressão 
e demonstração de frustração 
Cognição moderada ou severamente 
comprometida, mas as habilidades 
de linguagem mantém-se até 
estágios mais tardios 
Habilidades de linguagem 
comprometidas, mas a cognição 
preservada 
Problemas de memória em graus 
variados 
Memória preservada 
Comportamento desorganizado e 
socialmente inapropriado 
Comportamento organizado e 
socialmente apropriado 
Confusão mental e desorientação de 
tempo e espaço 
Aspectos mentais e orientação 
espaço-temporal preservados 
Desorientação do “eu” nos estágios 
mais tardios 
Não há desorientação do “eu” 
Deterioração progressiva da 
performance semântica para a 
sintática e fonológica 
Performances sintático-semântica e 
fonológica comprometidas ao 
mesmo tempo. 
Fluência até o início do estágio 
severo 
Fluência e não- fluência 
Respostas pouco corretas para 
tarefas de reconhecimento espacial 
e verbal 
Respostas relativamente corretas 
para tarefas de reconhecimento 
espacial verbal 
 
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Problemas nas habilidades de 
reconto de estórias 
Melhor habilidade de reconto de 
estória 
Problemas na descrição de objetos 
comuns 
Melhor habilidade na descrição de 
objetos comuns 
Compreensão do texto em situação 
de leitura silêncios prejudicada 
Melhor compreensão do texto em 
situação de leitura silenciosa 
Pior habilidade nas tarefas de 
desenho 
Melhor habilidade nas tarefas de 
desenho 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os objetivos terapêuticos apóiam-se na manutenção da qualidade da 
comunicação do paciente ou, em casos mais avançados, do mínimo 
necessário para uma comunicação rotineira. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Afasia e demência podem ocorrer juntas: um paciente afásico pode desenvolver uma doença 
neurológica que resulte em demência; um paciente com demência pode sofrer um AVE que 
resulte em uma afasia e, ainda há casos em que pacientes com afasia podem ser confundidos 
com pacientes com demência e há pacientes com demência que apresentam sintomas afásicos 
(Mac Kay et al, 2003) 
 
Fonoaudióloga Isabela Vono – Novembro/2005 
25
 
 
DADOS RELEVANTES PARA ANAMNESE E AVALIAÇÃO 
FONOAUDIOLÓGICA 
 
 
 
ANAMNESE FONOAUDIOLÓGICA 
 
 
 
I - IDENTIFICAÇÃO: 
 
Nome, Sexo; Idade; DN; Peso; Endereço; Bairro; Cidade; UF; Fone; 
Escolaridade; Profissão; Estado Civil; Encaminhamento; Responsável; 
Profissional; Data de realização. 
 
II - MOTIVO DA CONSULTA: 
 
III- HPP: 
 
IV – DADOS ESPECÍFICOS: 
 
a) Internação Hospitalar: Tempo; UTI; Coma; Traquestomia; Utilização de sonda; 
Alta; Exames médicos; Medicação (Anterior e Atual); Diagnóstico; Conduta 
médica; Exames radiológicos; Doenças associadas 
• ATENDIMENTOS ANTERIORES E EXAMES REALIZADOS 
 b) Condições de saúde física e mental da família / Antecedentes familiares: 
 
c) Desenvolvimento e/ou condições atuais das seguintes áreas: (anteriores, 
concomitantes ou posteriores a queixa) 
• COMUNICAÇÃO: Linguagem; Articulação; Fluência e Voz; 
• Aspectos cognitivos: Memória; Atenção; Compreensão 
• Aspectos broncopulmonares: Episódios de pneumonia; Febre 
freqüente sem causa aparente: 
• AUDIÇÃO: Exames; Uso de AASI; Queixas; Sintomas; 
• VISÃO: -Queixas; Uso de óculos; 
• SONO: Duração; Características; Tranqüilo; Bába; Ronca; Apnéia; 
Bruxismo; 
• MOTOR: Motricidade global; Coordenação motora; 
• PSICOLÓGICO: Alterações; Convivência familiar; 
• FÍSICA: Limitações; 
• FUNÇÕESESTOMATOGNÁTICAS: -Mastigação; Deglutição; 
Respiração; Fala; 
• HÁBITOS DELETÉRIOS: 
 
Fonoaudióloga Isabela Vono – Novembro/2005 
26
 
• Dieta Atual: Condições alimentares atuais; Tipo de via utilizada para 
alimentação; 
ORAL: consistência; volume; temperatura; tempo necessário para 
cada refeição; ingestão de líquidos; utilização de manobras ou 
instrumentos específicos; quantidade total consumida por via oral; nível 
de independência alimentar; alimentos preferidos e que não gosta; quem 
prepara a alimentação 
 
ENTERAL: Tipo de sonda: nasogástrica, nasoentérica ou 
gastrostomia; Higienização e troca da sonda; Dieta industrializada ou 
caseira; Volume ingerido; Tempo de utilização da sonda; Responsável 
pelos horários e administração da dieta. 
 
 
INVESTIGAÇÀO SOBRE OS MECANISMOS DE PROTEÇÃO DAS VIAS 
AÉREAS: 
Presença ou ausência de alteração vocal depois da deglutição; Presença ou 
ausência de tosse; Presença ou ausência de alteração respiratória depois da 
deglutição. 
 
 
• CONDIÇÕES SOCIAIS E INTERACIONAIS: Família, Amigos, 
Cuidador. 
 
• INFORMAÇÕES ADICIONAIS: Autorização foto/filmagem; 
Expectativas do paciente e familiares quanto a reabilitação: 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO FONOAUDIOLÓGICA 
 
 
IDENTIFICAÇÃO: 
 
1 – Aspectos anatomomorfológicos e de postura (intra e extra oral) 
- Língua (normal, alargada, rebaixada, frênulo); 
- Lábios (fechados, abertos,entreabertos, com possibilidade de 
vedamento, evertido, encurtado); 
- Bochechas (simétricas, marcas ou ferimentos); 
- Palato Mole (amigdalas e úvula); 
- Palato Duro (profundo, estreito); 
- Arcada dentária (dentição, oclusão, uso de próteses, higienização); 
- Paredes posteriores da faringe; 
- Região vestibular (aspectos e coloração); 
- Simetria facial. 
 
Fonoaudióloga Isabela Vono – Novembro/2005 
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2- Aspectos anatomofuncionais (avaliados de forma contextualizada) 
• Tonicidade: 
- Lábios (funcionamento normal, hipo ou 
hiperfuncionante); 
- Língua (tensão normal, aumentada ou diminuída); 
- Bochechas (com resistência); 
 
• Mobilidade/ Motricidade (em repouso e durante 
movimentos) 
• Lábios (selamento; protrusão, retração, abaixamento, 
elevação, estalos e vibração); 
• Língua (protrusão, retração rotação interna, rotação 
externa, lateralização para baixo, acima, D, E e 
vibração); 
• Véu palatino (elevação e rebaixamento). 
• Sensibilidade intra-oral; 
• Sensibilidade Especifica: Tátil; Térmica; Gustativa; 
Olfativa 
 
3 – Funções Neurovegetativas: 
• Respiração: Tipo, Modo, Capacidade respiratória 
 
• Deglutição: 
• Avaliação sem dieta (indireta): 
• Desencadeamento do ato de deglutição 
(presente, ausente, lentificado); 
• Posicionamento da laringe; 
• Selamento labial 
• Presença de sialorréia; 
• Qualidade vocal; 
• Coloração facial; 
• Aspectos respiratórios 
• Ausculta cervical (presença de ruídos) 
• Prazer alimentar 
• Tempo de trânsito oral 
 
- Avaliação com dieta: 
- Consistência:_______________ 
- Pressão do esfíncter labial (normal ou alterada); 
- Elevação da laringe (normal, reduzida, 
trepidação); 
- Ausculta cervical (normal ou alterada) 
- Qualidade vocal após deglutição (normal ou 
alterada) 
- Deglutição completa ou incompleta 
 
Fonoaudióloga Isabela Vono – Novembro/2005 
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• Mastigação: VO: ________________ 
• Velocidade (normal, aumentada ou diminuída); 
• Tipo mastigatório (bilateral, unilateral Dou e ou 
alternado); 
• Movimentos (verticais, rotatórios) 
 
4 – Linguagem: 
• Pragmática: Atenção conjunta; Função regulatória; Interação 
social; Intenção comunicativa; Troca de turno 
• Linguagem não– verbal: Expressão facial; Gestos; 
Contato visual; Expressão corporal; 
• Linguagem verbal 
• Linguagem oral: 
- Fala: Fluência; Velocidade; Ritmo; Entonação; 
Prosódia; Discurso; Fonética; Fonologia; 
• Aspectos morfo-sintático-semantico; 
• Linguagem Escrita: 
- Emissão: 
a-) aspectos morfo-sintático-semântico (coerência temporal, 
temática semântica e nível de construção); 
b-) Aspectos grafêmicos; 
c-) Aspectos motores 
- Recepção: 
• Leitura: Nível, Velocidade; Entonação; Respeito a 
pontuação;Tipo 
• Interpretação 
 
5-) Voz: 
- Qualidade vocal; 
- Ressonância; 
- Altura; 
- Intensidade; 
- CPFA: 
 
6-) Aspectos Cognitivos: 
- Compreensão de ordens simples; 
- Compreensão de ordens complexa; 
- Atenção 
- Memória. 
7) Equilíbrio: 
 
HD: 
CONDUTA: Ass. / CRfa 
 
Tempo Máximo de Fonação 
/a/ - 
/e/ - 
/ i / - 
/ o / - 
/ u / - 
 
Fonoaudióloga Isabela Vono – Novembro/2005 
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PLANEJAMENTO TERAPÊUTICO: 
• Aspectos a serem trabalhados: 
• Orientações 
• Número de sessões 
OBS:_________________________________________________________
_________________________________________________________ 
 
 
Referências Bibliográficas: 
 
CHAIMOVICZ, Flavio – A saúde dos idosos brasileiros às vésperas do século XXI: 
problemas, projeções e alternativas. Rev. Saúde Publica, 31 (2): 184-200, 1997 
COSTA, M.; CASTRO, L.P. – Tópicos em Deglutição e Disfagia – Editora Medsi, RJ, 2003. 
FREITAS, E.V et al – Tratado de Geriatria e Gerontologia – Editora Guanabara Koogan: 
RJ, 2002; 
FURKIM, AM; SANTINI, CS – Disfagias Orofaríngeas - Pró-fono – SP, 2001; 
JACOBI, Juliana. Disfagia: Avaliação e tratamento. Revinter, 2003 
MACEDO FILHO, E.D. e col. - Disfagia: Abordagem multiprofissional. São Paulo. Frôntis 
Editora, 1999 
MACEDO FILHO, E.D. e col. - Manual de cuidados do paciente com disfagia. São Paulo, 
Lovise, 2000 
MAK KAY, APMG; ASSENCIO-FERREIRA,VJ; FERRI-FERREIA, TMS Afasias e 
demências: Avaliação e tratamento fonoaudiológico. Santos Editora: SP, 2003 
MOR, R.;FRAGOSO, M;TAGUCHI, CK;FIGUEIREDO, JF – Vestibulometria e 
Fonoaudiologia. Lovise: SP,2001. 
VIDIGAL, MLN; RODRIGUES< KL; NASRI,F – Efeitos do envelhecimento sadio na 
deglutição In HERNANDEZ, A.M.; MARCHESAN, I. – Atuação Fonoaudiológica no 
Ambiente Hospitalar - Editora Revinter, RJ, 2001; 
OLIVEIRA, S.T. (org.) – Fonoaudiologia Hospitalar - Editora Lovise. SP, 2003. 
RIOS, I.J.A. – Fonoaudiologia Hospitalar – Coleção CEFAC – Pulso Editorial – SP, 2003; 
RUSSO, I – Intervenção Fonoaudiológica na Terceira Idade – Editora Revinter, RJ, 1999. 
RUSSO, IP; SANTOS, TMM – A Prática da Audiologia Clínica. Cortez Editora, 4 Ed. SP, 
1993 
SUSUKI, H.S – Idoso. Coleção CEFAC – Pulso Editorial – SP, 2003; 
 
Anotações Aulas Pós-graduação em Reabilitação do Idoso – CIAPE/FELUMA (Profs. Drs. 
Ana Cristina Faria, Maria de Mello, Edgar Nunes entre outros)/2005 
Anotações Aulas/ Grupos de Estudos – Fga. Laelia C. Vicente/2005 
 
www.abraz.com.br 
www.ciape.org. 
www.sbgg.org.br 
www.who.org,br 
www.gerontologia.com.br 
www.parkinson.org.br 
http://www.psiqweb.med.br/geriat/alzh.html

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