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CLÉSIO CASTRO QUESTÕES DE NUTROLOGIA 1ª edição Brasília Edição do Autor 2014 ©2014 Clésio Mello de Castro Edição e Revisão: Clésio Mello de Castro Colaboração: Jean Ceolin Diagramação: Dinajara de Castro 1ª edição – Brasília, setembro de 2014. Edição do Autor: contato@drclesiocastro.com.br www.drclesiocastro.com.br Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida sem autorização prévia expressa por escrito do autor/editor, por quaisquer meios empregados, sejam eletrônicos, mecânicos, videográficos, fonográficos, reprográficos, microfílmicos, fotográficos, gráficos ou outros. Essas proibições aplicam- se também à editoração da obra, bem como às suas características gráficas. “A mente que se abre a uma nova ideia jamais volta ao seu tamanho original”. Albert Einstein SUMÁRIO CAPÍTULO 1: Definições em Nutrologia CAPÍTULO 2: Nutrientes: definição, digestão e absorção Questões Gabarito CAPÍTULO 3: Avaliação do Estado Nutrológico Questões Gabarito CAPÍTULO 4: Balanço Energético, Desnutrição e Dietologia Questões Gabarito CAPÍTULO 5: Terapias de Nutrição Enteral e Parenteral: características, indicações e regulamento Questões Gabarito CAPÍTULO 6: Terapias de Nutrição Enteral e Parenteral: aplicadas às patologias Questões Gabarito CAPÍTULO 7: Síndrome Metabólica Questões Gabarito CAPÍTULO 8: Dislipidemia Questões Gabarito CAPÍTULO 9: Obesidade e Cirurgias da Obesidade Questões Gabarito CAPÍTULO 10: Nutrologia e fases da vida Questões Gabarito CAPÍTULO 11: Distúrbios da Conduta Alimentar Questões Gabarito REFERÊNCIAS APRESENTAÇÃO Segundo a Associação Brasileira de Nutrologia - ABRAN, a Nutrologia é a especialidade médica que estuda, pesquisa e avalia os benefícios e malefícios causados pela ingestão dos nutrientes, aplicando este conhecimento para a avaliação de nossas necessidades orgânicas, visando a manutenção da saúde e redução do risco de doenças, assim como o tratamento das manifestações de deficiência ou excesso de nutrientes. A Nutrologia é uma das 53 especialidades médicas reconhecidas pelo Conselho Federal de Medicina – CFM, Resolução CFM nº 1.763/2005. Nos últimos tempos, com a crescente oferta de informações acerca da importância de se evitar doenças e como uma vida equilibrada pode propiciar longevidade, a Nutrologia tem ganhado destaque entre os cidadãos e profissionais médicos. Aumenta significativamente o número de médicos que deseja dedicar seus conhecimentos a ajudar pessoas a não adoecerem, a viver mais e melhor. Dessa forma, cresce então a demanda de médicos pela atuação de forma reconhecida na especialidade da Nutrologia e essa obra vem corroborar com o desejo desses profissionais servindo especialmente como instrumento de preparo para a Prova de Título da Especialidade e também para outros processos seletivos. A obra reúne questões aplicadas em concursos públicos, inclui ilustrações, introdução aos principais temas concernentes a especialidade da Nutrologia, dicas fundamentais para o seu estudo e gabarito ao final de cada capítulo. O livro foi editado de forma a propiciar a leitura confortável e produtiva. Está organizado por temas, contém tópicos que não esgotam o assunto e tem por objetivo orientar por onde começar os estudos. Algumas questões foram adaptadas para atender o objetivo desta obra podendo abordar mais de um assunto, tendo sido classificadas conforme entendimento deste autor. Bons estudos! Dr. Clésio Castro CAPÍTULO 1: Definições em Nutrologia NUTROLOGIA Nutrologia é a especialidade médica que tem como principal objetivo prevenir, diagnosticar e tratar enfermidades nutroneurometabólicas do ser humano. É uma das 53 especialidades médicas reconhecidas pelo CFM. (Resolução CFM Nº 1.763/2005) A Associação Brasileira de Nutrologia – ABRAN, é uma sociedade de especialidade médica filiada à Associação Médica Brasileira (AMB), e reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e pela Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM), que tem o propósito de contribuir para o fortalecimento da Nutrologia como ciência médica, divulgando o conhecimento científico e colaborando para a saúde da população brasileira. www.abran.org.br NUTROGENÔMICA Conhecida também como Genômica Nutricional, a Nutrogenômica surgiu neste contexto, estudando como alimentos, nutrientes e outros compostos bioativos ingeridos influenciam o genoma. A Nutrogenômica pode ser subdivida em áreas específicas como TRANSCRIPTÔMICA, PROTEÔMICA e METABOLÔMICA, complementares entre si. Transcriptômica Atribui-se o nome transcriptoma ao conjunto completo de transcritos (RNAs mensageiro, RNAs ribossômicos, RNAs transportadores e os microRNAs) de um dado organismo, órgão, tecido ou linhagem celular. Diferentemente do genoma cujo conteúdo é fixo para uma determinada célula (excluindo mutações), o perfil do transcriptoma pode variar de acordo com a condição ambiental na qual a célula ou indivíduo se encontra. Ao estudo da transcriptoma dá-se o nome de transcriptômica. Proteômica O termo proteômica refere-se a estudo do proteoma que engloba todas as proteínas codificadas pelo genoma. Identificar proteínas presentes em células, tecidos e fluidos biológicos; análise de mudanças na expressão proteica em células sadias em relação às doentes; caracterização de modificações pós-traducionais e estudos de interações proteína-proteína são alguns dos inúmeros tópicos abrangidos pelo estudo da proteômica. Entre os objetivos da pesquisa proteômica incluem esclarecer mecanismos moleculares que controlam processos celulares; caracterizar complexos proteicos interligados e suas alterações; descobrir biomarcadores proteicos para detecção e diagnóstico de doenças e identificar alvos para o desenvolvimento de drogas terapêuticas. Metabolômica É o estudo científico que visa identificar e quantificar o conjunto de metabólitos - o metaboloma - produzidos e/ou modificados por um organismo. O metaboloma representa o conjunto de todos os metabólitos em uma célula, fluido biológico, tecido ou organismo, sendo estas substâncias consideradas os produtos finais dos processos celulares. Linus Pauling: um dos cientistas que contribuíram para o avanço das metodologias de análise de metabólitos em fluidos biológicos. Faz parte do seleto grupo de laureados duplamanente com Prêmio Nobel (Química, 1954; Paz 1962). NUTROGENÉTICA A Nutrogenética estuda como a constituição genética de uma pessoa afeta sua resposta à dieta. EPIGENÉTICA É o estudo de mudanças na expressão gênica causadas por alterações que são estáveis ao longo de diversas divisões celulares mas que não envolvem mudanças na sequência de DNA do organismo (além do genoma). Alguns exemplos de modificações epigenéticas incluem a permutação, bookmarking, imprinting genômico, silenciamento de genes, inativação do cromossomo X, position effect, reprogramação, transveção, efeito maternos, o progresso de carcinogênese, muitos efeitos de teratógenos, regulação das modificações de histona e heterocromatina, e limitações técnicas afetando partenogênese e clonagem. PROGRAMMING OU IMPRINTING O termo “programação” (programming ou programação metabólica) foi cunhado para se referir às modificações permanentes na estrutura, fisiologia ou metabolismo de um órgão, favorecendo a manifestação de doenças ao longo da vida, devido a estímulos ou agravos durante um período crítico de desenvolvimento, como na vida intrauterina (fetal programming). A nutrição materna, tendo um papel essencial em relação à ocorrência de alterações epigenéticas que favorecem a ocorrência de doenças na fase adulta, merece toda a atenção: deve ser adequada em calorias, gorduras,proteínas, carboidratos, vitaminas e minerais, seguindo-se as recomendações vigentes, para diminuição do risco de ocorrência de doenças no novo ser em formação. FARMACOGENÔMICA A farmacogenômica refere-se ao estudo das alterações da expressão gênica a partir da administração de fármacos. Em outras palavras, cada indivíduo responde de forma individualizada à farmacoterapia. CAPÍTULO 2: Nutrientes: definição, digestão e absorção NUTRIENTES Nutrientes são os componentes dos alimentos, como carboidratos, proteínas, gorduras, vitaminas e minerais, indispensáveis para a realização de nossas funções vitais. PROTEÍNA A proteína foi o primeiro nutriente a ser considerado essencial para o organismo. Possui carbono, hidrogênio e oxigênio assim como as gorduras e os carboidratos, porém, entre os macronutrientes é o único que possui nitrogênio (16%), além do enxofre. As proteínas são formadas por combinações de até 20 aminoácidos (aa) chamados de aminoácidos proteicos. As proteínas possuem funções estruturais (ex.: colágeno), de controle da homeostase (ex.: hormônios e enzimas), de defesa (ex.: imunoglobulinas), de transporte (ex.: albumina, TBG, CBG, SHBG), de controle e equilíbrio osmótico (ex.: albumina) e fornecimento de energia (ex.: BCAAs). Para o entendimento da digestão e absorção da proteína e o transporte e metabolismo dos aminoácidos no organismo humano é necessário conhecer cada um dos 20 aminoácidos proteicos e suas características principais. Existem também outros aminoácidos que não participam da construção das proteínas mas são importantes no nosso mapa metabólico como a homocisteína, citrulina, ornitina e hidroxiprolina. Representações da estrutura geral do aminoácido R = cadeia lateral Aminoácidos proteicos Desenvolvido pelo autor, 2013. CARBOIDRATOS São as biomoléculas mais abundantes no planeta, sendo também chamadas de sacarídeos, glicídios ou açúcares, cuja principal função é prover e armazenar energia. Quimicamente são considerados poli-hidroxicetonas (ex.: frutose), poli-hidroxialdeídos (ex.: glicose e galactose). Os carboidratos contidos nos alimentos podem ser classificados de acordo com a complexidade de sua fórmula, em monossacarídeos, dissacarídeos (maltose, lactose e sacarose), oligossacarídeos (rafinose, frutoligosacarídeos) e polissacarídeos (amido, glicogênio e celulose). Principais hexoses. Presença das pentoses na constituição do RNA e do DNA. Ribose e desoxirribose ligadas à adenina. LIPÍDEOS Lipídeos são macronutrientes com funções estrutural, hormonal, transportadora de vitaminas e de reserva energética. São substâncias compostas por hidrogênio, carbono e oxigênio. A classe dos lipídeos possui elementos de diferentes estruturas moleculares: Os ácidos graxos são ácidos monocarboxílicos podendo ser classificados como saturados, monoinsaturados e poli-insaturados, dependendo da ausência ou presença de uma ou mais ligações duplas entre seus átomos de carbono. Os ácidos graxos podem estar presentes em nosso organismo na forma livre ou esterificado com glicerol (monoglicerídeos, diglicerídeos e triglicerídeos). Alguns ácidos graxos não conseguimos produzir, portanto, são essenciais para a alimentação humana (poli-insaturados): família do ômega-3 (ALA ácido α-linolênico, EPA ácido eicosapentaenoico, DHA ácido docosaexaenoico) e família do ômega-6 (ácido linoleico). Ácido graxo monoinsaturado (ex.: ácido oleico è azeite de oliva) Ácido graxo poli-insaturado (ex.: DHA ácido docosahexanóico è óleo de peixe) Ácido graxo saturado (ex.: ácido palmítico è gordura animal) Os fosfolipídios são os maiores constituintes da membrana celular. São ésteres de glicerol contendo dois ácidos graxos e um grupo fosfato. Representação dos fosfolipídios Os esfingolipídios possuem características semelhantes aos fosfolipídios no qual o glicerol é substituído pela esfingosina (Cerebrosídeos, Esfingomielinas, Gangliosídeos). Estrutura química da Esfingosina Os Esteróis são derivados de uma estrutura denominada ciclopentanoperidrofenantreno. O colesterol é o mais comum no tecido animal. É precursor da vitamina D e dos hormônios esteroides (andrógenos e estrógenos) Estrutura química do colesterol VITAMINAS O termo “vitaminas” deriva da palavra latina vita (vida) e do sufixo – amina (aminas vitais ou aminas da vida). São compostos orgânicos que atuam como coenzimas em reações metabólicas essenciais para o funcionamento do metabolismo. São classificadas em hidrossolúveis e lipossolúveis. è Hidrossolúveis: B1 (tiamina, vitamina F, aneurina) B2 (riboflavina) B3 (niacina, nicotinamida, ácido nicotínico, pelagramina ou vitamina PP) B5 (ácido pantotênico) B6 (piridoxina) B7 (biotina, vitamina H) B9 (ácido fólico ou piteroilmonoglutamato) B12 (cobalamina) Vitamina C (ácido ascórbico) è Lipossolúveis: Vitamina A (retinol, retinaldeído e ácido retinoico) Precursores da vitamina A: caratenoides (β-caroteno, α-caroteno, γ-caroteno) Vitamina D (ergocalciferol, colecalciferol, 25-hidroxicolecalciferol, 1.25-diidroxicolecalciferol, calcitriol) Vitamina K (K1 ou filoquinona, K2 ou menaquinona) Vitamina E (α-tocoferol, β-tocoferol, γ-tocoferol, δ-tocoferol, α- tocotrienol, β-tocotrienol, γ-tocotrienol, δ-tocotrienol). OLIGOELEMENTOS (MINERAIS) Os Oligoelementos são micronutrientes necessários em pequenas quantidades diárias para manutenção da normalidade metabólica e funcionamento adequados das células. Exercem funções específicas no organismo, incluindo ação hormonal, atuando como cofator enzimático ou estabilizador de reações químicas, incluindo a neutralização de radicais livres. Além dos elementos N, C, H, O, P e S, os minerais estudados no ser humano são: os eletrólitos (Ca, Mg, K, Na, Cl) e os microminerais (Fe, Zn, Se, Mn, Cu, Co, Cr, I e Mo). Também se discute a necessidade alimentar de outros minerais como o V, F, Si, B, Ni, As, também presentes em nosso organismo. Tabela Periódica com representação dos minerais mais estudados no ser humano Questões 1. Assinale a opção em que é apresentado o achado clínico- laboratorial relacionado à deficiência de vitamina B12 e de ácido fólico. A) Anemia hipercrômica macrocítica B) Anemia hemolítica C) Anemia ferropriva D) Anemia aplástica E) Anemia perniciosa (CESPE/SESA-ES/MÉDICO/2013) 2. Assinale a opção em que é indicado o aminoácido convertido em tirosina para a síntese de norepinefrina, epinefrina e dopamina. A) Valina B) Triptofano C) Lisina D) Fenilalanina E) Cisteína (CESPE/SESA-ES/MÉDICO/2013) QUESTÃO 60 3. Assinale a opção em que é apresentado um sinal que confirma a existência de hipovitaminose D. A) Presença de náuseas e vômitos B) Osteomalacia C) Presença de cálculos renais D) Hipercalcemia E) Calcificação metastática de tecidos moles (CESPE/SESA-ES/MÉDICO/2013) Texto para a questão 4 Um paciente de quarenta e nove anos de idade, negro, sedentário, ex- tabagista, procurou um médico nutrólogo, queixando-se de cansaço em esforços moderados que persistiam havia três meses, além de ganho de peso. Seus exames laboratoriais apresentaram os seguintes resultados: glicemia em jejum = 240 mg/dL; hemoglobina glicosilada = 9,8%; colesterol total = 280 mg/dL; HDL = 34 mg/dL; LDL = 167 mg/dL e triglicerídeos = 440 mg/dL. A prova de esforço foi negativa para isquemia. No exame físico, o peso do paciente foi de 105 kg; altura, 168 cm e PA = 150 × 100 mmHg. Observou-se aumento de gordura localizada no abdome e nas coxas, além de acantose nigricans no pescoço e nas axilas.4. Assinale a opção em que é apresentada a substância que pode melhorar a curva de tolerância à glicose no paciente em questão. A) Cobre B) Vitamina K C) Cromo D) Vitamina C E) Zinco (CESPE/SESA-ES/MÉDICO/2013) 5. A suplementação vitamínica que pode beneficiar o paciente com neuropatia periférica é feita com: A) Tiamina B) Nicotinamina C) Ácido pantotênico D) Riboflavina E) Piridoxina. (CESPE/SESA-ES/MÉDICO/2013) 6. Em relação ao ácido nicotínico, assinale a opção correta. A) A carência de ácido nicotínico determina o escorbuto. B) O ácido nicotínico é uma vitamina hidrossolúvel. C) A síndrome clássica da falta de ácido nicotínico é o beribéri. D) A carência de ácido nicotínico determina glossite, seborreia, estomatite e fotofobia. E) O ácido nicotínico é uma vitamina lipossolúvel. (CESPE/SESA-ES/MÉDICO/2013) 7. Assinale a opção em que é apresentado o hormônio que favorece a quebra do glicogênio hepático e muscular, fornecendo glicose ao sangue, e que diminui a liberação de insulina, elevando a glicemia. A) Enteroglucagon B) Colecistoquinina C) Epinefrina D) Tiroxina E) Paratormônio (CESPE/SESA-ES/MÉDICO/2013) QUESTÃO 79 8. A sintomatologia que confirma a hipovitaminose B1 (tiamina) inclui: A) Cardiopatia e neuropatia. B) Xeroftalmia. C) Anemia. D) Glossite, beribéri e queilose. E) Escorbuto. (CESPE/SESA-ES/MÉDICO/2013) QUESTÃO 80 9. A hemorragia perifolicular é sinal clínico de deficiência de: A) Tiamina. B) Riboflavina. C) Vitamina C. D) Vitamina PP. E) Niacina. (CESPE/SESA-ES/MÉDICO/2013) 10. As principais fontes de energia para o enterócito e colonócito, são respectivamente: A) Glutamina e glicose. B) Glutamina e arginina. C) Ácidos graxos de cadeia média e glutamina. D) Glutamina e ácidos graxos de cadeia curta. (IBFC/EBSERH/HUB/MÉDICOS/NUTROLOGIA/2013) 11. Sobre o ferro e o magnésio, assinale a alternativa correta. A) O magnésio participa apenas do metabolismo das proteínas. B) O ferro é transportado pela Ferritina. C) É comum a deficiência de magnésio no uso de terapia nutricional e em situações de má absorção de gordura. D) O ferro é armazenado na medula óssea na forma de transferrina. (IBFC/EBSERH/HUB/MÉDICOS/NUTROLOGIA/2013) 12. A deficiência dos nutrientes citados abaixo podem causar anemia após o tratamento cirúrgico da obesidade, exceto: A) Cobre B) Ferro C) Vitamina B12 D) Selênio (IBFC/EBSERH/HUB/MÉDICOS/NUTROLOGIA/2013) 13. Em relação às vitaminas e suas deficiências assinale a alternativa incorreta: A) A deficiência de vitamina B12 pode ocorrer em pacientes portadores da síndrome do intestino curto. B) A vitamina K está presente em vegetais de folhas verde escuras na forma de filoquinona. C) A vitamina K sintetizada pelas bactérias intestinais é do grupo das menaquinonas. D) A pelagra é causada pela deficiência da piridoxina ou vitamina B6. (IBFC/EBSERH/HUB/MÉDICOS/NUTROLOGIA/2013) 14. Desordens mentais (apatia, insônia, confusão mental, perda de memória), diarreia e dermatite eritematosa são sinais e sintomas clínicos de deficiência de: A) Vitamina A. B) Niacina. C) Vitamina D. D) Vitamina K. E) Tiamina. (IADES/EBSERH/MÉDICO/HUUFBA/2014) 15. A deficiência de vitamina A pode ser decorrente de: A) Síndrome de má absorção de gorduras, obstrução biliar e pancreatite. B) Ingestão excessiva de avidina (glicoproteína encontrada na clara do ovo cru). C) Doenças recessivas autossômicas. D) Diálise peritoneal ou hemodiálise prolongada. E) Uso prolongado de contraceptivos orais e tabagismo crônico. (IADES/EBSERH/MÉDICO/HUUFBA/2014) 16. A literatura reporta que o estado nutricional de uma pessoa pode ser afetado por meio das interações entre medicamentos e alimentos. Alguns fármacos interferem na absorção de um nutriente, bem como podem alterar o respectivo uso pelo organismo e (ou) a excreção. Os fármacos também podem interferir no estado nutricional aumentando ou diminuindo o apetite e afetando, dessa forma, a quantidade de alimentos/nutrientes consumidos. Considerando esse tema, é correto afirmar que os antimicrobianos, por afetarem a microbiota intestinal, interagem diminuindo a disponibilidade das vitaminas: A) A, D, E e K. B) Ácido fólico e riboflavina. C) A, B6 e B12. D) C, B6 e tiamina. E) K e B12. (IADES/EBSERH/MÉDICO-NUTR.PEDIÁT./HU-UFBA/2014) 17. Dentre os óleos utilizados na culinária, aquele que apresenta maior concentração de ácidos graxos monoinsaturados de cadeia longa é o óleo de: A) Soja. B) Milho. C) Oliva. D) Canola. E) Girassol. (FCC/FHEMIG/MÉDICO NÍVEL III/2013) 18. Os lipídeos são importantes fontes de energia e de ácidos graxos essenciais. Quanto às gorduras utilizadas na nossa alimentação, é correto afirmar que: A) Os peixes de águas frias (salmão e atum, por exemplo) contêm altas concentrações de ácidos graxos saturados de cadeia longa. B) O óleo de oliva é rico em ácidos graxos polinsaturados de cadeia longa. C) A carne de porco e de frango contém lipídeos monoinsaturados de cadeia longa. D) O óleo de canola contém altas concentrações de ácidos graxos saturados. E) Os lipídeos saturados estão presentes em alimentos de origem animal. (FCC/FHEMIG/MÉDICO NÍVEL III/2013) 19. Em relação ao metabolismo de aminoácidos (Aa) no organismo de indivíduo saudável, assinale a afirmativa INCORRETA. A) Embora apenas 20% dos Aa musculares sejam alanina e glutamina, eles compreendem mais de 50% dos Aa liberados do músculo esquelético no estado pós-absortivo. B) No estado pós-absortivo, valina, leucina e isoleucina são oxidados in situ no músculo esquelético como fonte de energia, enquanto outros Aa essenciais são metabolizados principalmente no fígado. C) No estado alimentado, a quantidade de Aa ingerida que excede à repleção proteica poderá ser utilizada para oxidação no fígado ou armazenamento de energia no tecido adiposo. D) Durante a fase de absorção, pode-se encontrar não só Aa livres, mas também di e tripeptídeos no sangue portal. Porém, estes últimos serão convertidos a Aa livres no fígado antes de sua utilização ou liberação para a circulação. (FUNDEP/UNIMED/MÉDICO/NUTROLOGIA/2009) 20. Em relação ao metabolismo de lipídeos e vitaminas lipossolúveis, as seguintes afirmativas estão corretas, EXCETO: A) Dietas ricas em ácidos graxos ômega 3 aumentam a formação de prostaglandina PGE3, e leucotrieno LTB5 que possuem menor atividade pró-inflamatória que os ácidos graxos equivalentes da série ômega-6. B) A lipoproteina(a) ou Lp(a) contribui para a redução do risco cardiovascular por reduzir o estresse oxidativo e aumentar o colesterol circulante em HDL. C) A suplementação dietética de sitosterol (3 g/dia) é útil em dislipidemias por reduzir a absorção de colesterol e, consequentemente, seus níveis sanguíneos. D) Dentre os sinais e sintomas da deficiência de ácidos graxos essenciais estão alopécia, dermatite escamosa, esteatose hepática e susceptibilidade a infecções. (FUNDEP/UNIMED/MÉDICO/NUTROLOGIA/2009) 21. São causas de hipocalemia, EXCETO: A) Aldosteronismo primário. B) Hipermagnesemia. C) Vômitos e diarreia. D) Recuperação nutricional. (FUNDEP/UNIMED/MÉDICO/NUTROLOGIA/2009) 22. Sobre o metabolismo de cálcio, analise as seguintesafirmativas e assinale com V as verdadeiras e com F as falsas. ( ) A recomendação de ingestão de cálcio relacionada com a redução da eclampsia é 50% menor do que a recomendada para prevenir perdas ósseas. ( ) Sódio e cálcio compartilham alguns sistemas de transporte no túbulo proximal, de forma que a excreção aumentada de sódio aumentará a excreção de cálcio. ( ) Dietas hiperproteicas podem resultar em perda de cálcio, a qual pode exacerbar os riscos de uma dieta pobre em cálcio. A) (V) (V) (V) B) (V) (F) (F) C) (F) (V) (V) D) (F) (F) (F) (FUNDEP/UNIMED/MÉDICO/NUTROLOGIA/2009) 23. Numere a COLUNA II de acordo com a COLUNA I relacionando os distúrbios de vitaminas às suas manifestações. Assinale a alternativa que apresenta a sequência de números CORRETA. A) (1) (4) (3) (2) B) (2) (3) (4) (1) C) (3) (1) (2) (4) D) (4) (2) (1) (3) (FUNDEP/UNIMED/MÉDICO/NUTROLOGIA/2009) 24. Sobre as ações da arginina, analise as seguintes afirmativas e assinale com V as verdadeiras e com F as falsas. ( ) Sua suplementação é útil para minimizar a lesão por isquemia- reperfusão através do aumento da produção de óxido nítrico (NO) que possui ação vasodilatadora. ( ) Embora a arginina estimule o sistema imune experimentalmente, dados clínicos não suportam seu papel imunoestimulador em queimados ou em trauma operatório. ( ) Em pacientes hipercatabólicos a arginina pode se tornar uma aminoácido condicionalmente essencial, pois ocorre redução na síntese, absorção e aumenta sua degradação. Assinale a alternativa que apresenta a sequência de letras CORRETA. A) (V) (V) (V) B) (V) (F) (V) C) (F) (V) (F) D) (F) (F) (F) (FUNDEP/UNIMED/MÉDICO/NUTROLOGIA/2009) 25. Em relação à digestão e absorção de nutrientes, analise as seguintes afirmativas e assinale com V as verdadeiras e com F as falsas. ( ) O duodeno é o principal sítio de digestão de proteínas. A maioria delas encontra-se digerida ao alcançar o jejuno proximal. ( ) O principal transportador para a absorção de glicose intestinal é o GLUT5, localizado na borda em escova. ( ) A glutamina é o principal combustível do epitélio do cólon seguido pelo butirato, produzido pela fermentação bacteriana. Assinale a alternativa que apresenta a sequência de letras CORRETA. A) (V) (F) (F) B) (F) (V) (V) C) (F) (F) (F) D) (V) (V) (V) (FUNDEP/UNIMED/MÉDICO/NUTROLOGIA/2009) 26. Numere a COLUNA II de acordo com a COLUNA I relacionando cada mineral às suas manifestações de deficiência. Assinale a alternativa que apresenta a sequência de números CORRETA. A) (1) (4) (3) (2) B) (2) (3) (4) (1) C) (3) (1) (2) (4) D) (4) (2) (1) (3) (FUNDEP/UNIMED/MÉDICO/NUTROLOGIA/2009) 27. Sobre a interferência de fármacos na nutrição, analise as seguintes afirmativas e assinale com V as verdadeiras e com F as falsas. ( ) Os digitálicos podem causar inanição em doses inferiores às que causam intoxicação digitálica, devido às náuseas que esses induzem. ( ) As aversões alimentares podem ser efeitos colaterais de vários agentes quimioterápicos e podem durar meses após a interrupção do tratamento ( ) Anticonvulsivantes como a feniotina e fenobarbital podem causar osteoporose por mecanismos que envolvem a redução da absorção de cálcio intestinal. Assinale a alternativa que apresenta a sequência de letras CORRETA. A) (V) (V) (V) B) (V) (F) (F) C) (F) (V) (V) D) (F) (F) (F) (FUNDEP/UNIMED/MÉDICO/NUTROLOGIA/2009) 28. Sobre a digestão e absorção de nutrientes, assinale a afirmativa INCORRETA. A) A interação na absorção de micronutrientes pode ser utilizada terapeuticamente, como no caso da doença de Wilson, em que a suplementação oral de zinco é utilizada para reduzir a absorção de cobre. B) A absorção de vitaminas hidrossolúveis, na sua maioria, é feita por transporte ativo. Por isso, a suplementação de megadoses dessas vitaminas não são eficazes para pacientes com defeitos no seu transporte para o interior do enterócito. C) A IgA secretora produzida pelos linfócitos B da lâmina própria do intestino, liga-se a antígenos alimentares ou a microorganismos patológicos, evitando sua absorção ou dificultando sua adesão ao epitélio intestinal, respectivamente. D) Os triglicérides de cadeia média são usados em certas alterações intestinais ou pancreáticas, por serem hidrossolúveis e não necessitarem de digestão prévia para sua absorção. (FUNDEP/UNIMED/MÉDICO/NUTROLOGIA/2009) 29. Em relação ao uso de fibras alimentares viscosas e seus mecanismos de ação, é correto dizer que elas são potencialmente úteis nas seguintes situações, EXCETO: A) Constipação intestinal, por aumentar a velocidade do trânsito colônico. B) Dislipidemias, por reduzir a absorção dos ácidos biliares. C) Obesidade, por retardar o esvaziamento gástrico. D) Intolerância à glicose, por diminuir a taxa de absorção da glicose. (FUNDEP/UNIMED/MÉDICO/NUTROLOGIA/2009) 30. A elaboração de dietas para indivíduos deve ser baseada nas recomendações propostas pelo IOM (Institute of Medicine) com base nas DRIs (Dietary Reference Intake). Assim, é CORRETO afirmar: A) Que os valores de UL (Upper Level) foram determinados com o objetivo de minimizar os efeitos adversos sobre o consumo excessivo de determinados nutrientes. Portanto, ao se planejar a dieta, deve-se atentar para o máximo de ingestão permitida de cada nutriente. B) Que os valores de AI (Adequate Intake) foram formulados para os nutrientes com o objetivo de estabelecer os valores de ingestão adequados diários de cada nutriente. C) Que as EAR (Estimated Average Requirement) seriam as médias de consumo de nutrientes para que a necessidade de 95% da população seja alcançada. D) Que, no planejamento individual do programa dietético diário de um indivíduo, é necessário atender os valores de EAR (Estimated Average Requirement) para não haver deficiências futuras de nutrientes. (FUNDEP/IPSEMG/MÉDICO/NUTROLOGIA/2013) 31. As proteínas da dieta devem estar presentes diariamente para atender as demandas relacionadas com as necessidades de cada indivíduo. Diante disso, sobre o metabolismo de proteínas e aminoácidos, é CORRETO afirmar: A) Que o colágeno é uma proteína fibrosa formada por um terço de glicina, além de prolina e hidroxiprolina. Esses são aminoácidos essenciais de devem estar presentes na nossa alimentação. A principal fonte alimentar são as gelatinas utilizadas como sobremesa. B) Que os aminoácidos de cadeia ramificada podem ser metabolizados no músculo esquelético para a produção de energia, este processo é obtido pelo ciclo da alanina-glicose que pode representar uma forma de remoção do nitrogênio produzido. Desta forma, os aminoácidos de cadeia ramificada são importantes suplementos para pacientes com doença hepática. C) Que apesar de a arginina não ser essencial, ela é de um aminoácido que pode ser utilizado como suplemento para melhorar a cicatrização e feridas em pacientes. Isto porque ela inibe a síntese de óxido nítrico, o que evita as lesões necrosantes. D) Que a degradação de aminoácidos no fígado ocorre no ciclo do ácido cíclico com a formação de amônia. (FUNDEP/IPSEMG/MÉDICO/NUTROLOGIA/2013) 32. Com relação ao metabolismo dos carboidratos é CORRETO afirmar que: A) O transportador de glicose GLUT-3 está presente principalmente no cérebro. Sua ação é altamente depende da ação da insulina para o transporte da glicose. B) O transportador de glicose GLUT-4 se encontra principalmente nas células adiposas e na musculatura esquelética. Para o transporte da glicose para o interior das células por esse transportador há a necessidade da açãoda insulina. C) O transportador GLUT-2 está presente principalmente no fígado. A afinidade à glicose é alta para favorecer o influxo rápido para o hepatócito para que seja fornecida energia suficiente para o metabolismo corporal. D) O GLUT-5 é um transportador de frutose presente inclusive nos enterócitos e espermatozóides. No entanto, existe a dependência de insulina também para a atividade adequada desta molécula. (FUNDEP/IPSEMG/MÉDICO/NUTROLOGIA/2013) 33. As recomendações de ingestão de macronutrientes também foram estabelecidas pelo IOM. Desta forma, é CORRETO afirmar que: A) A recomendação de carboidratos para adultos saudáveis é de 130g/dia ou 45 a 65% do total de macronutrientes da dieta. B) Em situações normais a recomendação de proteínas para adultos é de 2g/kg/dia. C) A AI - Adequate Intake para fibras foi estabelecida sendo 30 g/1000 kcal ingeridas. D) De acordo com o IOM o percentual de lipídeos da dieta em condições normais deve ser de 15 a 40%. (FUNDEP/IPSEMG/MÉDICO/NUTROLOGIA/2013) 34. Analise as afirmativas abaixo: I. As reações alérgicas aos alimentos são provocadas por peptídeos derivados de proteínas presentes nos alimentos. Esses peptídeos irão desencadear a produção IgE por plasmócitos. II. A reação alérgica ocorre após a sensibilização do indivíduo. O consumo do alimento ao qual houve a sensibilização faz com que a IgE se ligue aos linfócitos do tipo TCD8+ e estes após a degranulação faz com que os sintomas característicos como náusea, vômitos, manchas na pele e até o edema de glote apareçam. III. Dentre os alimentos que mais provocam alergias alimentares se encontra o leite de vaca. O antígeno que estimula à produção de IgE é a lactose. IV. Em casos de alergia alimentar infantil às proteínas do leite de vaca a melhor conduta é substituir por fórmulas a base de soja. Está (ão) CORRETA(S) as afirmativas A) I, II e III apenas. B) I, III e IV apenas. C) I apenas. D) IV apenas. (FUNDEP/IPSEMG/MÉDICO/NUTROLOGIA/2013) 35. Para paciente com diarreia e anemia depois da retirada cirúrgica de 70 cm de íleo terminal deve-se orientar dieta: A) Pobre em gorduras, com suplementação oral de vitamina B12. B) Pobre em fibra, com suplementação parenteral trimestral de vitamina B12. C) Com fibra, pobre em gorduras e suplementação de vitamina B12 intramuscular mensalmente. D) Pobre em gorduras, rica em triglicérides de cadeia média, com suplementação parenteral de vitamina B12. (IBFC/EBSERH/HUB/MÉDICOS/NUTROLOGIA/2013) 36. Sobre as vitaminas e as doenças provocadas pela deficiência de ingestão e absorção das mesmas é CORRETO afirmar que: A) A vitamina A é transportada no plasma pela transferrina, para que haja solubilização do retinol. A deficiência de vitamina A pode ser verificada pela presença de aumento da concentração desta proteína no plasma. B) A função biológica da vitamina D é manter as concentrações plasmáticas de cálcio. Além disso, recentemente foi verificado que esta vitamina pode impedir a atividade de plasmócitos. C) A tiamina, vitamina B1, presente em leveduras e em cereais integrais desenvolve um papel importante no metabolismo de glicose e de aminoácidos. A deficiência de tiamina é caracterizada por neuropatias. D) A vitamina C é antioxidante e está envolvida também na síntese de colágeno. Sua principal fonte alimentar são os vegetais de folhas verdes escuras. (FUNDEP/IPSEMG/MÉDICO/NUTROLOGIA/2013) 37. Paciente, M.F.S, 58 anos, hipertenso, diabético, com baixa adesão a dieta. Internado no hospital com quadro de oligúria (volume urinário de 24h = 600 ml). Dados bioquímicos: taxa de filtração glomerular (25 ml/min /VR= >90 mL/min); pressão arterial: 160 X 95 mmHg. Paciente mantendo quadro de hipercalcemia sendo diagnosticado osteodistrofia. Assinale a alternativa CORRETA quanto à conduta a ser seguida. A) Dieta hipossódica, 0,6 g de proteína por Kg de peso, restrita em cálcio e suplementada com 25-hidroxicolecalciferol, com restrição hídrica de 800 ml. B) Dieta hipossódica, 0,8 g de proteína por Kg de peso, suplementada com 1,25-dihidroxicolecalciferol, com restrição hídrica de 1100 ml. C) Dieta normossódica, 0,8 g de proteína por Kg de peso, suplementada com 1,25-dihidroxicolecalciferol, sem restrição hídrica. D) Dieta hipossódica, 0,8 g de proteína por Kg de peso, suplementada com 25- hidroxicolecalciferol, com restrição hídrica de 1100 ml. (FUNDEP/IPSEMG/MÉDICO/NUTROLOGIA/2013) 38. Sobre as anemias é CORRETO afirmar que: A) O transporte de ferro ocorre via ferritina, a partir da absorção do Fe3+ ou pela degradação de hemácias no sistema reticuloendotelial. B) A anemia ferropriva é uma condição comum em crianças de 0 a 6 meses em aleitamento materno exclusivo, por isso há necessidade da suplementação da mãe ou da criança nesse período. C) Pacientes com doença hepática crônica ou doença renal crônica devem receber suplementação de ferro por via oral para não agravar a condição de perda de ferro e diminuição da síntese de hemácias que ocorre durante o desenvolvimento dessas patologias. D) Para a não ocorrência da anemia ferroriva é necessário o consumo adequado de ferro heme, presente somente em tecidos animais. Dessa maneira quando há um alto nível de hepcidina circulante significa que o indivíduo apresenta baixo consumo de ferro e o desenvolvimento da anemia. (FUNDEP/IPSEMG/MÉDICO/NUTROLOGIA/2013) 39. Analise as seguintes afirmativas sobre a hipercalemia e assinale com V as verdadeiras e com F as falsas. ( ) Inicialmente notam-se ondas T altas e espiculadas com intervalos QT curtos. ( ) Pode ser tratada com agonistas beta 2. ( ) Pode ser tratada com administração de glicose e insulina. Assinale a alternativa que apresenta a sequência de letras CORRETA. A) (F) (F) (F) B) (F) (V) (V) C) (V) (F) (F) D) (V) (V) (V) (FUNDEP/FHEMIG/MÉDICO NÍVEL III/NUTROLOGIA/2009) Gabarito 1) A 21) B 2) D 22) C 3) B 23) C 4) C 24) B 5) A 25) A 6) B 26) A 7) C 27) A 8) A 28) B 9) C 29) A 10) D 30) A 11) C 31) B 12) D 32) B 13) D 33) A 14) B 34) C 15) A 35) D 16) E 36) C 17) C 37) B 18) E 38) D 19) D 39) D 20) B CAPÍTULO 3: Avaliação do Estado Nutrológico Por que avaliar? Investigar e diagnosticar a deficiência e/ou o excesso de nutrientes associados ou não à presença de processo inflamatório agudo ou crônico. O processo inflamatório está diretamente relacionado ao desenvolvimento da subnutrição associada à lesão. (RIBAS FILHO, et al., 2013) Identificar os pacientes com risco aumentado para complicações associadas à desnutrição, a fim de que se possa oferecer uma terapia nutricional adequada e avaliar a eficácia da intervenção dietética. (MACHADO et al., 2009) O diagnóstico nutrológico deve ser baseado em indicadores de subnutrição e inflamação que incluem anamnese, exame físico, antropometria e avaliação laboratorial. 1. ANAMNESE Perda de peso Padrão alimentar História funcional Hipercatabolismo Antecedentes clínicos Medicação Aspectos socioeconômicos História dietética 2. EXAME FÍSICO (OBJETIVO: DETECTAR DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS ESPECÍFICAS) Perda de tecido subcutâneo Presença de edema Coloração da mucosa e do cabelo Cavidade oral 3. ANTROPOMETRIA E AVALIAÇÃO DA COMPOSIÇÃO CORPORAL Estatura Fórmulas utilizadas para mensurar estatura: Peso = Indicador de mudanças do estado nutricional e importante dado para o cálculo do suporte nutricional. Não só o gasto energético pode ser estimado a partir do peso, mas também as recomendações de macronutrientes, fornecidas em gramas por quilograma de peso corporal. Fórmulas utilizadas para mensurar o peso:Índice de Massa Corporal (IMC) ou Índice de Quetelet Obtido da razão entre o peso atual (kg) e a altura (m) elevada ao quadrado. Limitação: não considera a composição corporal. Quando aplicado a indivíduos com grande quantidade de massa muscular, estes podem ser classificados como sobrepeso ou obesidade. OMS recomenda o uso combinado do IMC com as dobras cutâneas. Machado et al., 2009. Mudança de Peso Recente Em pacientes hospitalizados o importante é verificar a ocorrência de perda de peso não-intencional, visto que perdas de peso importantes em curto período indicam risco nutricional. Composição Corporal: Pode ser estimada por meio das medidas das circunferências (abdominal, braço, panturrilha e quadril) e das dobras cutâneas (bicipial, tricipial, subescapular, supra-ilíaca, coxa) por meio de protocolos e fórmulas antropométricas. Bioimpedância elétrica/Impedância Bioelétrica Estima a composição corporal a partir do princípio de que uma corrente elétrica gerada no corpo pode atravessar diferentes compartimentos do corpo com maior ou menor dificuldade, o que é determinado pela quantidade de água e eletrólitos nesses compartimentos e pela frequência utilizada. Aparelhos de bioimpedância não são indicados para uso em pacientes com alterações hidroeletrolíticas. 4. EXAMES LABORATORIAIS Indicadores bioquímicos relacionados à avaliação do estado nutricional: Proteínas séricas (albumina, transferrina, pré-albumina, proteínas ligadores do retinol – RBP, Fibronectina, Proteína C Reativa) Linfócitos Totais Colesterol Creatinina Urinária Metil-Histidina (3-MH) Balanço Nitrogenado è Ferramenta utilizada para avaliar se a terapia nutricional (TN) está adequada. Consiste na diferença entre o nitrogênio perdido e o consumido. 5. OUTRAS FERRAMENTAS DA AVALIAÇÃO NUTRICIONAL Ferramentas que têm como objetivo aumentar a sensibilidade e especificidade no diagnóstico de alteração do estado nutricional ou auxiliar na triagem e no diagnóstico de risco ou com desnutrição clínica. Índices de Avaliação de Risco Nutricional è Índice de Prognóstico Nutricional (PNI) è Índice de Prognóstico Hospitalar (HPI) è Índice de Risco Nutricional (IRN) è Questionários de Avaliação Questionários validados usados como ferramentas de avaliação nutricional Avaliação Nutricional Subjetiva Global (ASG) Além do exame físico são avaliados: perda de peso, modificações da ingestão oral, sintomas gastrointestinais, capacidade funcional do paciente, doença e demanda metabólica. Validade por estudos populacionais e para pacientes em hemodiálise e insuficiência renal aguda. Avaliação Nutricional Nível I (NSI-I) Elaborada para idosos. Baseada no cálculo do IMC, hábitos alimentares e capacidade funcional. IMC < 22 kg · m-2 ou > 27 kg · m-2, o paciente deve ser encaminhado para avaliação. Avaliação Nutricional Nível II (NSI-II) Inclui dados antropométricos, albumina e colesterol séricos, medicação em uso e, engloba sinais clínicos sugestivos de desnutrição. Inicialmente desenvolvida para idosos. Composta por 18 itens que abordam a história clínica do avaliado, a história dietética, medidas de antropometria e Mini-Avaliação Nutricional (MAN) questionamento sobre como o paciente define o seu estado nutricional. Recentemente a MAN mostrou ser um bom preditor de desequilíbrio nutricional em pacientes institucionalizados. Malnutrition Universal Screening Tool (MUST) Ferramenta de Triagem para Desnutrição Universal Diagnosticar adultos desnutridos ou em risco de desnutrição, além de identificar pacientes obesos. Composto de 5 passos e inclui três indicadores clínicos: IMC, percentual de perda de peso e doença aguda. Escore 0 = baixo risco Escore 1 = risco aumentado Escore 2 ou mais = alto risco. Questionários validados usados como ferramentas de avaliação nutricional Nutritional Risk Screening 2002 (NRS- 2002) Triagem de Risco Nutricional - 2002 População idosa. Baseada em escores relacionados ao estado nutricional do paciente, idade e gravidade da doença associada. São avaliados: perda de peso, padrão alimentar, IMC e doença. Na comparação entre o MAN, o NRS e o ASG em população idosa, a ferramenta ideal é o MAN e NRS deve ser utilizado naqueles pacientes em que o MAN é inviável. Short Nutritional Assessment Questionary (SNAQ®) Ferramenta utilizada como triagem na admissão hospitalar, possibilitando que os pacientes em risco sejam encaminhados para avaliação nutricional mais ampla e sejam submetidos à terapia nutricional adequada. Blackburn et al. apud Machado et al., 2009. Questões 1. As medidas captadas pela antropometria podem ser sensíveis indicadores de saúde, de condição física, de desenvolvimento e de crescimento. Com relação às medidas antropométricas recomendadas para a avaliação nutricional, é correto afirmar que: A) Apenas o índice de massa corpórea deve ser calculado. B) Altura e peso são suficientes. C) Peso corpóreo, medida direta ou indireta de estatura/comprimento, índice de massa corpórea, circunferências (braço, cintura e quadril) e pregas cutâneas (bicipital, tricipital, subescapular e suprailíaca) são medidas que devem ser aferidas. D) São desnecessárias para a avaliação nutricional. E) Apenas peso corporal e dobras cutâneas devem ser aferidos. (CESPE/SESA-ES/MÉDICO/2013) 2. Paciente de sessenta e quatro anos de idade, acamado crônico, foi internado em unidade de terapia intensiva (sem cama balança) devido a acidente vascular encefálico. O peso atual do paciente, portador de cifose torácica, não foi informado. Com referência à estimativa do peso desse paciente, é correto afirmar que: A) Paciente deve ser posicionado em pé e utilizar balança. B) Deve ser utilizada a fórmula de Chumlea (1985). C) A fórmula de Ireton-Jones é a indicada. D) O uso de método direto é o mais indicado para essa estimativa. E) Deve ser utilizada a fórmula de Harris-Benedict, pois ela é empregada desde 1919. (CESPE/SESA-ES/MÉDICO/2013) QUESTÃO 33 3. A perda ponderal: A) Indica doença grave caso atinja 4% em seis meses. B) Não se correlaciona à doença. C) Não se correlaciona à gravidade da doença quando é involuntária, pois não há correlação entre mortalidade e perda ponderal. D) É um indicador fraco e sem significado quanto ao risco de mortalidade e de tempo de hospitalização. E) Correlaciona-se à doença quando involuntária e indica desnutrição grave se atingir, no mínimo, 10% em seis meses. (CESPE/SESA-ES/MÉDICO/2013) 4. Para realização da avaliação nutricional, além da semiologia nutricional, compreendida por história clínica, exame físico e antropometria, são necessários também exames bioquímicos. Acerca da albumina, assinale a opção correta: A) Em situação clínica de inflamação grave, o nível de albumina sérica é baixo, devido exclusivamente à desnutrição proteicocalórica. B) Albumina, um indicador de destaque, é o mais importante para avaliação do estado nutricional, além de ser o mais utilizado na prática clínica diária. C) O nível de albumina sérica correlaciona-se com o tempo de internação, pois o nível alto indica longa permanência hospitalar. D) É imprescindível a reposição de albumina em pacientes com inflamação, pois a reposição e o adequado nível sérico amenizam o estado inflamatório e reduzem o tempo de internação. E) A utilização daalbumina como indicador nutricional é limitada a situações de inflamação, trauma, malignidade e aumento da síntese de proteínas de fase aguda. (CESPE/SESA-ES/MÉDICO/2013) QUESTÃO 35 5. Técnicas mais práticas, como bioimpedância elétrica, têm surgido devido à necessidade da análise adequada da composição corpórea. Essa técnica não invasiva, de fácil e rápida realização, é utilizada para analisar os compartimentos corpóreos por meio da passagem de corrente elétrica. Com relação à bioimpedância elétrica, é correto afirmar que: A) Ela se baseia no princípio da condutividade, e a corrente elétrica é de alta intensidade e de baixa frequência. B) O tecido gorduroso é excelente condutor elétrico, tem menor resistência elétrica e, por isso, sua determinação pela bioimpedância é precisa. C) É uma técnica de relevante valor para estimar gordura corporal, sendo, portanto, uma importante ferramenta para tratamento da obesidade. D) A quantidade de água corporal é medida por exclusão, uma vez que o tecido gorduroso é estimado. E) Os tecidos magros são pobres condutores de corrente elétrica e, por tal motivo, não podem ser detectados pela bioimpedância. (CESPE/SESA-ES/MÉDICO/2013) 6. A avaliação nutricional baseia-se em dados clínicos, subjetivos e objetivos, podendo-se utilizar também de dados bioquímicos. Com relação a esses métodos, podemos afirmar que: A) A albumina pode ser considerada um marcador prognóstico, sobretudo no paciente crítico. B) Em pacientes hospitalizados, o índice de massa corporal é medida imprescindível para o diagnóstico de desnutrição. C) A avaliação subjetiva global não é um bom método para diagnosticar obesidade. D) A transferrina é um bom método para diagnosticar desnutrição, principalmente em pacientes grandes queimados. (IBFC/EBSERH/HUB/MÉDICOS/NUTROLOGIA/2013) 7. A nutrição adequada é essencial para a saúde e para o gerenciamento da doença. O termo fácies informa sobre a repercussão de uma determinada doença na expressão facial do paciente. Quanto ao fácies da desnutrição aguda ou fácies agudo, assinale a alternativa correta. A) O fácies agudo é caracterizado pela impregnação de pigmentos biliares na pele e nas mucosas (principalmente esclerótica e sublingual), conferindo uma coloração amarelada característica. B) No fácies agudo, a coloração da pele, inclusive nas regiões palmoplantares e das mucosas, principalmente conjuntival e labial, apresenta-se pálida. C) No fácies agudo, o estado de humor pode estar comprometido em paciente com quadro prolongado de desnutrição proteico-calórica. D) O fácies agudo confunde-se com depressão. O paciente parece triste, não quer muito diálogo e prefere ficar mais quieto no seu leito. E) No fácies agudo, o paciente parece exausto, cansado, não consegue manter seus olhos abertos por muito tempo, pois os músculos orbiculares palpebrais são os primeiros que se cansam. (IADES/EBSERH/MÉDICO/HUUFBA/2014) 8. Dada a natureza multifatorial dos problemas nutricionais, o diagnóstico do estado nutricional está vinculado à utilização de indicadores antropométricos, dietéticos, bioquímicos e clínicos, complementados com dados socioeconômicos. Com relação aos indicadores antropométricos, assinale a alternativa que apresenta o instrumento atualmente utilizado como referência para acompanhar o crescimento de crianças, independentemente do tipo de serviço (público ou privado) ou do nível de assistência à saúde. A) As novas curvas de crescimento infantil propostas pela Organização Mundial da Saúde (OMS). B) A nova caderneta de saúde da criança, elaborada pelo Ministério da Saúde, no que se refere à aquisição de habilidades e funções. C) As curvas do National Center for Health and Statistics (NCHS). D) O calendário básico de vacinação. E) A densitometria por DEXA (dual-energy X-ray absorptiometry). (IADES/EBSERH/MÉDICO-NUTR.PEDIÁT./HU-UFBA/2014) 9. Os indicadores bioquímicos são auxiliares na avaliação do estado nutricional, tendo como vantagem possibilitar seguimento ao longo do tempo e intervenções nutricionais. Acerca das proteínas viscerais, assinale a alternativa correta. A) A albumina é um índice bastante utilizado na prática clínica devido ao baixo custo. No entanto, a sensibilidade desse parâmetro não é considerada ideal em função de sua longa meia-vida (18 a 20 dias) e, por isso, não deve ser utilizada como indicativo de estado e prognóstico nutricionais e risco para complicações durante a internação. B) Pacientes com valores séricos de albumina inferiores a 3 g% e proteínas totais inferiores a 5 g% possuem maior risco de complicações no pós-operatório e são impedidos de realizar qualquer procedimento cirúrgico. C) A meia-vida da transferrina é de sete a oito dias, inferior à da albumina e, portanto, mais sensível nos casos de desnutrição aguda e no controle de intervenções dietoterápicas. No entanto, sua utilização deve ser restrita nas doenças hepáticas, anemias importantes e hemossiderose. D) A pré-albumina é uma proteína sintetizada no músculo esquelético com ação no transporte da tirosina. Possui vida-média de dois dias, inferior à da albumina e à da transferrina e, portanto, mais sensível nos casos de desnutrição aguda. Seus níveis permanecem inalterados nas enfermidades hepáticas. E) A proteína transportadora de retinol, ligada à albumina, tem ação no transporte de vitamina A (retinol) do tecido hepático para outros tecidos-alvo de seu papel fisiológico. Apresenta sensibilidade muito grande à restrição calórica e proteica, pois sua meia-vida é de apenas 12 horas. Não há limitações quanto ao seu uso. (IADES/EBSERH/MÉDICO/HUUFBA/2014) 10. Um dos objetivos da avaliação laboratorial do estado nutricional é: A) Detectar deficiências nutricionais. B) Avaliar a massa magra. C) Avaliar a massa gorda. D) Avaliar a composição corpórea. E) Detectar causas subjacentes à desnutrição. (FCC/FHEMIG/MÉDICO NÍVEL III/2013) 11. A avaliação laboratorial do estado nutricional do paciente deve ser: A) Realizada da forma mais completa possível, uma vez que as técnicas utilizadas são de baixo custo. B) Ponderada e individualizada, não substituindo a avaliação clínica à beira do leito. C) Precedida de avaliação do recordatório alimentar, uma vez que o paciente precisa da correção de possíveis distúrbios metabólicos imediatamente. D) Precedida de jejum, uma vez que a ingestão alimentar pode alterar os resultados. E) Indicada somente quando ocorrerem distúrbios metabólicos. (FCC/FHEMIG/MÉDICO NÍVEL III/2013) 12. A avaliação do estado nutricional pode ser realizada mensurando- se substâncias capazes de refletir os estoques corpóreos. NÃO representa a avaliação desses estoques a A) Pré-albumina. B) Albumina. C) Transferrina. D) Proteína C reativa. E) Proteína ligada ao retinol. (FCC/FHEMIG/MÉDICO NÍVEL III/2013) 13. Em relação à avaliação clínica e funcional em pacientes adultos, analise as seguintes afirmativas e assinale com V as verdadeiras e com F as falsas. ( ) A contagem absoluta dos linfócitos tem a vantagem de ser um método rápido, acessível e bom preditor da imunocompetência. ( ) A avaliação global subjectiva não deve ser usada para avaliar risco de desnutrição em pacientes acima do peso ideal. ( ) A avaliação funcional pode ser feita pelo uso de um dinamômetro, porém sua variabilidade interindividual faz com que ela seja um mau preditor de complicações. Assinale a alternativa que apresenta a sequência de letras CORRETA. A) (V) (F) (F) B) (F) (V) (V) C) (F) (F) (F) D) (V) (V) (V) (FUNDEP/UNIMED/MÉDICO/NUTROLOGIA/2009) 14. Em relação à bioimpedância elétrica, analise as seguintesafirmativas e assinale com V as verdadeiras e com F as falsas. ( ) Assume que a resistência (impedância) à corrente elétrica é diretamente proporcional ao compartimento do condutor (tecido magro). ( ) Não é confiável em indivíduos acamados. ( ) Assume que o corpo humano é um cilindro e que a condutividade é homogênea. Assinale a alternativa que apresenta a sequência de letras CORRETA. A) (F) (V) (V) B) (F) (F) (F) C) (V) (F) (V) D) (V) (V) (F) (FUNDEP/UNIMED/MÉDICO/NUTROLOGIA/2009) 15. Analise as seguintes afirmativas sobre a avaliação global subjetiva e assinale com V as verdadeiras e com F as falsas. ( ) Pode ser utilizada como prognóstico nutricional em pacientes cirúrgicos. ( ) Não inclui nenhum exame bioquímico. ( ) Não pode ser utilizada em caso de pacientes confusos ou comatosos. Assinale a alternativa que apresenta a sequência de letras CORRETA. A) (V) (V) (V) B) (V) (V) (F) C) (F) (F) (F) D) (V) (F) (V) (FUNDEP/FHEMIG/MÉDICO NÍVEL III/NUTROLOGIA/2009) 16. Sobre a bioimpedância elétrica é correto afirmar: A) Avalia o gasto energético por meio da medida do oxigênio inspirado e gás carbônico expirado. B) É indicada para pacientes agudamente enfermos. C) O ângulo de fase está relacionado a prognóstico e indicador nutricional. D) É padrão ouro para avaliação da composição corporal em obesos mórbidos. (IBFC/EBSERH/HUB/MÉDICOS/NUTROLOGIA/2013) Gabarito 1) C 9) C 2) B 10) E 3) E 11) B 4) E 12) D 5) C 13) C 6) C 14) C 7) E 15) B 8) A 16) C CAPÍTULO 4: Balanço Energético, Desnutrição e Dietologia AVALIAÇÃO DO GASTO ENERGÉTICO Aplicada a pacientes internados. Oferta energética inferior à necessidade basal do paciente pode levar a desnutrição. Oferta superior pode causar distúrbios metabólicos como a síndrome da realimentação. Estimada a partir de fórmulas ou aferida com equipamento de calorimetria indireta. CALORIMETRIA INDIRETA EM QUARTO FECHADO Duração de 24-72 horas. São medidas mudanças na concentração de oxigênio e dióxido de carbono. Alta acurácia, pouco prático e caro. CALORIMETRIA INDIRETA Aferir gasto energético em repouso (GER), também baseado na análise das trocas gasosas. Alta acurácia pode ser realizado em pacientes com respiração espontânea ou sob ventilação mecânica. GER representa 75-90% do gasto energético total (GET). GET representa o GER mais a termogênese resultante da alimentação, ambiente e atividade física. Método caro e necessita ser aplicado por pessoa treinada. HARRIS BENEDICT A equação de Harris-Benedict surgiu de um estudo realizado por James Arthur Harris e Francis Gano Benedict, que foi publicado em 1919 pela Carnegie Institution of Washington na monografia "Um Estudo biométrico dos Metabolismo Basal no homem". O gasto energético total (GET) é a multiplicação do Gasto Energético Basal (GEB) do indivíduo pelos fatores de intensidade de atividade física e do chamado fator de stress ou injúria, associado à patologia do indivíduo. O GET pode representar mais de 100% do GEB em pacientes com doenças graves ou em atletas profissionais em atividade física intensa. MARASMO Grau extremo da subnutrição energética crônica Decorre da ingestão deficiente de alimentos, o que leva ao balanço energético negativo que por sua vez leva ao surgimento de alterações de natureza bioquímica, como diminuição dos níveis séricos de vitaminas e minerais, além do aumento de corpos cetônicos séricos que refletem o consumo das reservas corporais de gordura (lipólise). Características: Consumo do tecido adiposo por causa da privação de energia Redução de 10-30% da taxa metabólica de repouso como forma de adaptação. Grave constipação Peso e altura diminuídos Aparência de fraqueza Bradicardia Hipotensão Hipotermia Pele seca e fina Cabelo fino e esparso de queda fácil. Prega tricipital < 3mm Circunferência muscular do braço < 15 cm. Evolução: alterações funcionais como a diminuição da força muscular e diminuição da resposta imune. Cume: alterações anatômicas como magreza, hipotrofia muscular. KWASHIORKOR Seu nome foi originado de um dos dialetos de Gana, país da África, e significa "mal do filho mais velho", pois costuma ocorrer quando a criança era desmamada e alimentada com muito carboidrato e pouca proteína. A OMS recomenda a inclusão de feijão, soja e outros grãos na dieta. Sinônimo de carência proteica O kwashiorkor designa um tipo grave de desnutrição infantil que normalmente ocorre após o desmame mais ou menos forçado, em que a criança não tem mais acesso ao leite materno. A criança passa a consumir alimentos baseados em carboidratos complexos e relativamente pobres em proteínas. Pode ocorrer também em ambiente hospitalar quando a alimentação proteica do paciente é negligenciada. Características: Cabelo fácil de arrancar e descolorados Abdômen distendido Edema Laceração da pele Dificuldade de cicatrização Rosto inchado Tristeza, irritabilidade a apatia Fígado inchado Olhos avermelhados Redução da albumina sérica (< 2,8 g/dL) Redução da transferrina (<150 mg/dL) Redução da capacidade de fixação do ferro (< 200 mcg/dL) Questões 1. A desnutrição proteico-calórica ocorre quando há demanda aumentada e oferta inadequada de energia e proteína. Acerca da ocorrência de desnutrição em pacientes hospitalizados, assinale a opção correta. A) A desnutrição tem baixa prevalência nos pacientes hospitalizados no Brasil. B) A desnutrição reduz os custos de internação hospitalar. C) A desnutrição reduz a taxa de mortalidade. D) Os pacientes desnutridos não apresentam disfunção orgânica e recebem alta precocemente. E) A desnutrição correlaciona-se ao aumento dos índices de infecção em pacientes internados. (CESPE/SESA-ES/MÉDICO/2013) 2. O balanço calórico é o resultado da diferença numérica entre a necessidade calórica calculada e as calorias realmente administradas. Com relação a esse assunto, assinale a opção correta. A) É desnecessário manter positivo o balanço calórico, pois o importante é a oferta de calorias independentemente da quantidade. B) Nos pacientes críticos, o balanço calórico positivo é essencial na primeira semana de internação e pode melhorar o tempo de internação e os índices de infecção. C) Nos pacientes desnutridos, o aumento da oferta calórica e proteica não reduz o índice de mortalidade. D) Estudos realizados mostram claramente que o balanço calórico positivo é irrelevante. E) É indispensável manter balanço calórico positivo somente na terceira semana de hospitalização do paciente. (CESPE/SESA-ES/MÉDICO/2013) 3. São critérios mínimos para o diagnóstico de marasmo: A) Perda de peso > 10kg em 2 meses e prega triciptal< 3mm. B) Hipoalbuminemia, edema periférico e circunferência muscular do braço, < 15cm. C) Perda de peso > 12kg em 2 meses e hipoalbuminemia. D) Prega tricipital < 3mm e circunferência muscular do braço < 15cm. (IBFC/EBSERH/HUB/MÉDICOS/NUTROLOGIA/2013) 4. Apesar de não haver controvérsia sobre o fato de que o balanço energético negativo causado por redução na ingestão calórica resulte em diminuição da massa corporal, há divergência sobre a melhor maneira de reduzir essa ingestão. Em relação à efetividade da dietoterapia e à perda de peso, assumindo-se que o gasto energético não muda, assinale a alternativa correta. A) Uma dieta planejada individualmente para criar um déficit de 500 a 1000 Kcal deveria ser parte integrante de qualquer programa de perda de peso que objetive diminuição de 5 a 10 Kg por semana. B) Dietas de baixas calorias, com 1000 a 1200 Kcal por dia, reduzem, em média, 8% do peso corporal, em três a seis meses, com aumento de gordura corporal. C) Dietas de baixas calorias, com 1000 a 1200 Kcal por dia, produzem perda de peso maior, em curto prazo, em comparação às dietas de baixíssimas calorias, com 400 a 800 Kcal por dia. D) Dietas hipolipídicas, sem redução do número total de calorias, não levam à perda de peso. \ E) Contato frequente entre o médico e o paciente e o tempo dispendido com o paciente auxiliam muito a perda e a manutenção do peso perdido. (IADES/EBSERH/MÉDICO/HUUFBA/2014) 5. A diarreia é um problema comum em indivíduos infectados pelo HIV e leva à perda de água e eletrólitos, que piora se vômitos também estão presentes. Em casos graves, a diarreia, que pode ser causada por efeito colateral de medicamentos ou contaminação de alimentos, causa desidratação, má absorção de nutrientes, acarretando perda de peso, desnutrição e fraqueza. Nessa condição, assinale a alternativa que indica a melhor conduta nutricional. A) Reduzir os requerimentos de energia nos períodos em que a criança apresentar diarreia. B) Aumentar o consumo de lipídeos para repor perdas hídricas. C) Aumentar gradativamente o consumo de fibra insolúvel e evitar alimentos fontes de fibra solúvel. D) Descascar as frutas e os legumes e cozinhar bem os vegetais. E) Estimular o consumo de leite e derivados, fontes de cálcio. (IADES/EBSERH/MÉDICO-NUTR.PEDIÁT./HU-UFBA/2014) 6. Em relação aos alimentos funcionais, é correto afirmar que A) Ômega 3, carotenoides, fibras alimentares (beta glucana, frutooligossacarídeos, inulina, lactulose, quitosana) e fitoesterois são probióticos. B) Os simbióticos não são alimentos funcionais. C) São alimentos que possuem funções nutricionais básicas e ainda produzem efeitos metabólicos e fisiológicos benéficos à saúde. D) Probióticos são microrganismos vivos que, quando administrados em quantidades adequadas, promovem proteção contra doença cardiovascular. E) Os prebióticos promovem uma diminuição da absorção de minerais, como cálcio, magnésio, ferro e zinco. (FCC/FHEMIG/MÉDICO NÍVEL III/2013) 7. Sobre as consequências metabólicas da inanição, as seguintes afirmativas são corretas, EXCETO: A) Algumas das alterações vistas no jejum são o retardo do esvaziamento gástrico, a hiperuricemia e o aumento da bilirrubina sérica. B) Na fase inicial do jejum (7-10 dias iniciais), a ingestão de proteínas ou carboidratos tem o mesmo efeito sobre a taxa de perda da proteína corporal. C) A perda de peso nos primeiros dias de jejum é principalmente devida ao líquido extracelular, pela combinação de baixa ingestão de sódio e à redução de insulina. D) Um paciente hospitalizado, agudamente enfermo, mantido por período prolongado com soluções intravenosas de glicose pode desenvolver síndrome semelhante ao Kwashiorkor. (FUNDEP/UNIMED/MÉDICO/NUTROLOGIA/2009) 8. Em relação à realimentação de indivíduos gravemente desnutridos, analise as afirmativas e assinale com V as verdadeiras e com F as falsas. ( ) A repleção nutricional deve ser iniciada com dietas ricas em carboidratos e baixas em proteínas, para evitar seus efeitos deletérios. ( ) A ingestão de sódio deve ser minimizada por levar ao edema em membros inferiores ou insuficiência cardíaca. ( ) Pacientes desnutridos com mobilidade limitada terão suas reservas de aminoácidos recuperadas, mas não ganharão massa muscular. Assinale a alternativa que apresenta a sequência de letras CORRETA. A) (V) (F) (F) B) (F) (V) (V) C) (F) (F) (F) D) (V) (V) (V) (FUNDEP/UNIMED/MÉDICO/NUTROLOGIA/2009) 9. Em relação aos alimentos funcionais, analise as seguintes afirmativas e assinale com V as verdadeiras e com F as falsas. ( ) O termo pré-biótico é definido como organismo vivo capaz de induzir alterações na microbiota intestinal, com benefícios à saúde. ( ) O Lactobacilus casei tem sido utilizado no controle da diarreia por rotavirus em crianças. ( ) O uso de produtos contendo bactérias produtoras de betagalactosidase não é útil no tratamento dos sintomas da intolerância a lactose. Assinale a alternativa que apresenta a sequência de letras CORRETA. A) (F) (V) (F) B) (F) (V) (V) C) (V) (F) (V) D) (V) (F) (F) (FUNDEP/UNIMED/MÉDICO/NUTROLOGIA/2009) 10. De acordo com a elaboração de dietas para o indivíduo é CORRETO afirmar que: A) De acordo com as recomendações internacionais de calorias uma dieta com 2000 kcal é suficiente para atingir os requerimentos energéticos de indivíduos adultos. B) O requerimento energético de um adulto deve ser baseado no seu grau de atividade física, na sua idade e no seu peso atual. Essas informações são necessárias para se calcular o EER (Requerimento Energético Estimado). C) Não há a necessidade de se individualizar uma dieta para indivíduos saudáveis, desde que os mesmos façam 3 refeições diárias. D) A padronização de dietas para todos os pacientes ambulatoriais é importante para melhorar o atendimento aos mesmos. (FUNDEP/IPSEMG/MÉDICO/NUTROLOGIA/2013) 11. Paciente JMC, sexo masculino, 67 anos, proveniente da zona rural de Minas Gerais. Deu entrada no pronto socorro com dispnéia e cansaço intenso. Também relata dificuldade de deglutição e falta de apetite. Negou tabagismo e alcoolismo. De acordo com avaliação do seu estado nutricional apresentou IMC de 17 kg/m2, circunferência do braço abaixo do percentil 5 cm e circunferência da panturrilha de 28 cm. Não apresentou edemas nem oligúria. O diagnóstico por imagem revelou aumento de massa cardíaca e aumento da espessura do esôfago. Após a investigação o diagnóstico foi de insuficiência cardíaca congestiva e megaesôfago chagásico. A conduta nutricional CORRETA para esse paciente é: A) Dieta hipercalórica com pelo menos 32 kcal/kg de peso, hiperproteica (1,5 g/kg), hipossódica, via oral e de consistência pastosa. B) Dieta hipercalórica, 35 kcal/kg de peso, normoprotéica, via jejunostomia. C) Dieta normocalórica, 30 kcal/kg de peso, hiperprotéica (1,5 g/kg), via oral, hipossódica e de consistência branda. D) Dieta enteral com sonda pós-pilórica, 32 kcal/kg, hiperprotéica (1,5 g/kg) e com fibras solúveis. (FUNDEP/IPSEMG/MÉDICO/NUTROLOGIA/2013) 12. O suporte nutricional do paciente grave é um dos maiores desafios clínicos dentro da UTI. Baseado nesta afirmativa analise os seguintes itens: I. A terapia nutricional deve ser instituída nas primeiras 24 a 48 horas, após estabilidade hemodinâmica, especialmente em pacientes com diagnóstico nutricional de desnutrição e ou com catabolismo intenso, quando não houver previsão de ingestão adequada de 3 a 5 dias. II. Devido à grande dificuldade na realização da avaliação nutricional no paciente grave, devidoà presença de edema e/ou inconsciência, o exame de albumina torna-se umas das principais ferramentas para o diagnóstico nutricional destes pacientes. III. Paciente grave, desnutrido à admissão, que esteja com o trato gastrointestinal impossibilitado de utilização, deve receber nutrição parenteral precoce, nas primeiras 24 às 48h, independente do estado do paciente. IV. O suporte nutricional enteral não deve ser iniciado em vigência de hipofluxo sistêmico e/ou uso de drogas vasopressoras em doses elevadas (noradrenalina > 50-100 μg/min com sinais de baixa perfusão tecidual), sob o risco de desenvolvimento da síndrome isquêmica intestinal. Assinale a alternativa que apresenta as afirmativas CORRETAS. A) I, II e IV apenas. B) II e IV apenas. C) II e III apenas. D) I e IV apenas. (FUNDEP/IPSEMG/MÉDICO/NUTROLOGIA/2013) 13. Sobre os alimentos funcionais é CORRETO afirmar que: A) Alimentos ou nutrientes funcionais são aqueles cujas recomendações nutricionais são estabelecidas com o intuito de prevenir determinadas doenças associadas a não ingestão dos mesmos. B) O órgão nacional que regulamenta a comercialização dos alimentos ou nutrientes com capacidades funcionais é o Ministério da Agricultura juntamente com o Ministério da Saúde. C) Para a avaliação do nutriente ou alimento que se diz funcional, é necessário constar no relatório técnico as seguintes informações e documentações: denominação do produto; consumo previsto ou recomendado pelo fabricante; finalidade, condições de uso e valor nutricional, quando for o caso; evidências científicas aplicáveis, conforme o caso, à comprovação da eficácia alegação de propriedade funcional e ou de saúde. D) Dentre os documentos necessários para a validação do alimento ou nutriente considerado funcional destaca-se a utilização comprovada em indivíduos realizada pela própria empresa que potencialmente comercializará o produto. (FUNDEP/IPSEMG/MÉDICO/NUTROLOGIA/2013) 14. Mulher de 37 anos, na 28ª semana gestacional chegou ao pronto socorro apresentando dor de cabeça intensa, edema de membros inferiores, superiores e face, confusão mental e sangramento. Ao ser examinada foi verificada pressão arterial de 200 mmHg/110 mmHg. Após realização de exames, foi verificada perda de proteína na urina, glicemia elevada e plaquetopenia. Após estabilização do quadro houve a necessidade de introdução da dietoterapia. De acordo com o quadro descrito qual seria a melhor conduta dietoterápica? A) Dieta hipossódica, hiperprotéica, normocalórica e normoglicídica. B) Dieta normossódica, normoprotéica, normocalórica e normolipídica. C) Dieta hipossódica, hiperprotéica, hipolipídica e hipoglicídica. D) Dieta normossódica, hiperprotéica, hipolipídica e hipocalórica. (FUNDEP/IPSEMG/MÉDICO/NUTROLOGIA/2013) 15. Sobre os imunomoduladores, é INCORRETO dizer que: A) A suplementação de arginina funciona como imunoestimulante em pacientes de alto risco cirúrgico. B) A suplementação de arginina pode levar à vasodilatação em alguns pacientes. C) Pacientes em corticoterapia estão em risco de depleção das reservas de glutamina. D) A imunoterapia com fibras solúveis aumenta o trofismo e vilosidades do intestino delgado reduzindo o risco de translocação bacteriana. (FUNDEP/FHEMIG/MÉDICO NÍVEL III/NUTROLOGIA/2009) 16. Os substratos abaixo podem ser considerados como adjuvantes no tratamento da sepse, EXCETO: A) Glutamina. B) Vitamina C. C) Vitamina E. D) Niacina. (FUNDEP/UNIMED/MÉDICO/NUTROLOGIA/2009) 17. Paciente M.L.S, 62 anos, sexo feminino, vítima de atropelamento. Diagnóstico trauma + hemotórax. Durante a internação, evoluiu com sepse. Paciente com edema em membros superiores e inferiores (+++/++++). No quinto dia de internação, após estabilidade hemodinâmica a equipe de nutrição foi chamada para avaliar o paciente. Foi feita avaliação nutricional onde se determinou a altura estimada de 1,65 cm (por meio da altura do joelho) e peso estimado de 60 kg. O diagnóstico nutricional foi de eutrofia. Necessidade energética calculada = 1800 Kcal e 60 g de proteína por dia. Conduta = Sonda nasogástrica, dieta padrão, intermitente, 60 ml/ hora a cada 2 horas. Após 03 dias a nutrição foi novamente chamada, pois a paciente apresentava diarreia além de hiperglicemia. Baseado nesse caso, assinale a alternativa CORRETA: A) O diagnóstico nutricional está correto, uma vez que em todos os pacientes impossibilitados de se levantar para pesar é feito estimativa de peso usando fórmulas específicas. B) A necessidade energética calculada está correta, mas a prescrição nutricional não. C) A necessidade energética calculada não está correta, mas a prescrição nutricional está. D) A hiperglicemia que a paciente apresenta é devido à resposta metabólica ao trauma, porém tanto a dieta, quanto as calorias totais e quantidade de carboidratos ofertada podem exarcebar o quadro. (FUNDEP/IPSEMG/MÉDICO/NUTROLOGIA/2013). 18. Em atletas, a suplementação de creatina monoidratada tem indicação mais adequada em: A) Modalidades esportivas de endurance. B) Vegetariano tipo vegan. C) Consumidores de carne e pescados. D) Seguidores da dieta mediterrânea. (IBFC/EBSERH/HUB/MÉDICOS/NUTROLOGIA/2013) 19. Uma paciente de 34 anos de idade, com 54 kg, saudável, caminha cerca de 5 km a 6 km, cinco vezes por semana, e se utiliza de contraceptivos esteroides orais frequentemente. Ela submete-se à avaliação ambulatorial e à orientação quanto à dieta adequada para sua rotina. Com referência a esse quadro clínico e a aspectos a ele correlacionados, julgue os seguintes itens. A) Segundo a OMS (1985), a taxa metabólica basal depende diretamente da faixa etária e do peso corporal, não tendo a estatura influência sobre seu cálculo. B) Mulheres devem ingerir 35 kcal por quilograma de peso ideal, sendo de 1,8 g a 2,5 g a quantidade de proteína por quilograma de peso ideal. C) Na orientação dietética da paciente em questão, deve constar maior oferta de lipídios e vitamina A, cujos níveis séricos diminuem com o uso crônico de contraceptivos esteróides. D) No quadro clínico descrito, a atividade física da paciente pode ser considerada moderada. E) Apenas mulheres no período da menopausa devem receber atenção especial de cálcio e vitamina D, devendo ser suspensa temporariamente a atividade física, por acentuar, nessa faixa etária, a osteoporose, caso presente. Assinale a alternativa que apresente a sequência CORRETA: A) V, F, F, V, F B) V, V, F, F, V C) F, F, F, V, F D) V, F, F, F, F (CESPE/MÉDICO/NUTROLOGIA/2008) com alterações. 20. Em populações submetidas a situações de emergência, a segurança nutricional é foco de interesse. Utilizam-se mecanismos de triagem populacional que caracterizam níveis de carência de macronutrientes e micronutrientes para sua devida assistência imediata. Julgue os itens a seguir, relacionados à identificação de carências nutricionais. A) A OMS estima que cerca de 40 milhões de pessoas estão em situação de urgência alimentar no momento; na triagem dessas populações, são utilizados critérios como peso/altura (crianças), IMC (adultos) e edema, além de dados clínicos para detecção de carência de micronutrientes. B) Fraqueza muscular e incapacidade funcional articular são características de carência de vitamina C, geralmente associada à carência de vitamina K, que possui mecanismo de absorção semelhante ao da vitamina C e é responsável por sangramentos nesses casos. C) A carência de vitamina A leva a alterações importantes do tecido epitelial, cegueira de instalação progressiva e perda de apetite e de olfato. D) A deficiência de iodo ainda é considerada uma das principais causas de malformações congênitas envolvendo o sistema osteomuscular.E) Carências protéicas graves podem advir em poucas semanas de ingesta protéica inadequada e podem não conferir ao paciente aspectos ectoscópicos característicos de desnutrição; edema, quando presente, sugere níveis séricos de albumina abaixo de 3,0 g/dL. Assinale a alternativa que apresente a sequência CORRETA: A) V, F, V, F, V B) V, F, V, F, F C) V, V, V, F, V D) V, F, V, V, V (CESPE/MÉDICO/NUTROLOGIA/2008) com alterações. 21. A respeito da calorimetria indireta, assinale a opção correta. A) A calorimetria pode ser realizada em pacientes com respiração espontânea e também em pacientes sob ventilação mecânica, com FiO2 de até 60%. B) A calorimetria mede o gasto energético total com resultados iguais aos obtidos quando se utiliza a equação de Ireton-Jones, sendo, portanto, absolutamente desnecessária. C) A calorimetria indireta é um método caro e cada vez menos utilizado na prática clínica diária. Além disso, os resultados obtidos por esse método são duvidosos. D) A calorimetria indireta é um método preciso de medida do gasto calórico, realizado somente em ambulatório, mas inapropriado para aferir pacientes críticos sob ventilação mecânica. E) A calorimetria indireta é altamente precisa e pode ser realizada em pacientes ambulatoriais e em pacientes críticos, sem sedação e com FiO2 de 100%. (CESPE/SESA-ES/MÉDICO/2013) 22. Paciente, 34 anos, masculino, renal crônico, devido à hipertensão arterial, desnutrido, em hemodiálise 3 sessões por semana. Entre as opções abaixo, assinale a que contém, respectivamente, recomendações corretas sobre a oferta de energia (Kcal/kg/dia) e de proteína (g/kg/d): A) 30-35 e 1,2 -1,4. B) 30 e 1,0. C) 30 e 0,8. D) 30-35 e 0,6-0,8. (IBFC/EBSERH/HUB/MÉDICOS/NUTROLOGIA/2013) 23. São indicações de uso de triglicerídeos ricos em ácidos graxos de cadeia média (TCM), EXCETO: A) Síndrome do intestino curto. B) Hipertrigliceridemia. C) Deficiência de ácidos graxos essenciais. D) Linfangectasia intestinal. (FUNDEP/FHEMIG/MÉDICO NÍVEL III/NUTROLOGIA/2009) 24. Em pacientes com doença celíaca, pode-se afirmar: A) A ausência de sintomas gastrointestinais exclui o diagnóstico. B) A ingestão de produtos que contenham hordeína e secalina é segura. C) A presença de anticorpos antiendomísio é referida como cicatriz sorológica. D) A primeira manifestação pode ser anemia. (IBFC/EBSERH/HUB/MÉDICOS/NUTROLOGIA/2013) 25. A doença celíaca (DC) é autoimune, sendo causada pela intolerância permanente ao glúten, principal fração proteica presente no trigo, no centeio, na cevada e na aveia, e se expressa por enteropatia mediada por linfócitos T em indivíduos geneticamente predispostos. A forma clássica ou típica caracteriza-se pela presença de diarreia crônica, em geral acompanhada de distensão abdominal e perda de peso. Com relação ao tratamento e prognóstico da DC, assinale a alternativa correta. A) As deficiências nutricionais decorrentes da má absorção de macro e micronutrientes, por exemplo, deficiência de ferro, de ácido fólico, de vitamina B12 e de cálcio, são raras e corrigidas rapidamente com a exclusão do glúten da dieta. B) O tratamento da DC consiste em dieta sem glúten, devendo-se, portanto, excluir da alimentação todos os alimentos que contenham trigo, centeio, cevada e aveia, por toda a vida. C) Deve-se verificar a intolerância à lactose e à sacarose, ocasionadas pela deficiência na produção das dissacaridases, irreversíveis mesmo após a normalização das vilosidades. D) A dieta imposta na crise celíaca é restritiva, mas temporária, devendo haver a inclusão gradativa do glúten à dieta com a remissão das manifestações clínicas. E) O quadro de hipersensibilidade alimentar, que resulta em manifestações alérgicas, deve ser considerado quando o indivíduo responde adequadamente à dieta sem glúten e não apresenta negatividade nos exames sorológicos para DC. (IADES/EBSERH/MÉDICO/HUUFBA/2014) Gabarito 1) E 14) A 2) B 15) D 3) D 16) D 4) D 17) D 5) D 18) B 6) C 19) A 7) B 20) A 8) B 21) A 9) A 22) A 10) B 23) C 11) A 24) D 12) D 25) B 13) C CAPÍTULO 5: Terapias de Nutrição Enteral e Parenteral: características, indicações e regulamento O princípio básico da terapia nutrológica é usar o método menos invasivo e mais fisiológico para a alimentação. A via oral sempre deve ser preferida. TERAPIA DE NUTRIÇÃO ENTERAL Enteral: dentro dos intestinos, ou mediante eles; entérico, intestinal. Indicação: pacientes que tem o trato gastrointestinal funcionante, porém não querem ou não consegue ter uma ingestão por via oral que forneça 2/3 a 3/4 das necessidades nutricionais diárias. Indicações para pacientes com Trato Gastrointestinal Íntegro (T.G.I. Íntegro) • Lesões por SNC (Coma, AVC, TCE) • Depressão • Anorexia Nervosa • Caquexia Cardíaca • Câncer • Cirurgia Ortopédica • Queimaduras • Desnutrição Proteico-Calórica Indicações devido às dificuldades de acesso ao intestino normal • Lesões de face e mandíbula • Neoplasia de boca e hipofaringe • Cirurgias de esôfago • Deglutição comprometida de causa muscular ou neurológica • Lesão obstrutiva e inflamatória benigna ou fístula jejunal • Trauma Indicações devido às anormalidades funcionais do intestino • Doenças Intestinais Neonatais • Obstruções Crônicas • Diminuição do esvaziamento gástrico • Fístula Digestiva • Síndrome do Intestino Curto Classificação de sistemas de administração de nutrição enteral Classificação das dietas enterais quanto à: Classificação dos Métodos de Administração Vias de Administração Extremidades distal das Sondas è estômago è duodeno è jejuno TERAPIA DE NUTRIÇÃO PARENTERAL A nutrição parenteral pode ser administrada de maneira central ou periférica. A terapia nutrológica parenteral (TNP) carrega riscos inerentes associados à colocação de cateter venoso central, como infecção e trombose, portanto, a indicação deve ser cuidadosamente avaliada. Indicações: • Trato gastrointestinal (TGI) não funcionante parcial ou totalmente. • Fístulas digestivas de alto débito • Pancreatite grave • Complicações cirúrgicas TGI • Intolerância a dieta enteral (incapacidade de atingir metas nutricionais devido a distensão abdominal, resíduo gástrico elevado, vômito, diarreia) • Obstrução intestinal (suspeita ou confirmada) • Íleo paralítico • Doença inflamatória intestinal • Síndrome do intestino curto • Problemas psicológicos (anorexia, depressão severa, paciente refuta passagem de sonda nasoenteral) • Desnutrição severa • Sangramento gastrointestinal ativo • Varizes do esôfago • Repouso intestinal por suspeita de perfuração • Anorexia relacionada ao HIV/má-absorção • Falência cardíaca com suspeita de que a dieta enteral possa ser prejudicial ao débito. Contraindicações: • Pacientes que toleram NE e recebem suas necessidades por essa via não devem receber NP • Hiperglicemia grave • Hiperosmolaridade • Alterações hidroeletrolíticas graves • Instabilidade hemodinâmica Classificação de soluções parenterais SÍNDROME DE REALIMENTAÇÃO (SR) Definida como “condição potencialmente letal caracterizada por alteração severa de eletrólitos e fluidos associada a anormalidades metabólicas – sobretudo da glicose – em pacientesdesnutridos ou após longo período de jejum, como resultado da reintrodução da nutrição oral, enteral ou parenteral”. Está associada com mortalidade e morbidade significantes, cursando com anormalidades do balanço hídrico, metabolismo anormal da glicose, hipocalemia, hipomagnesemia e possível deficiência de tiamina. Prevenção e tratamento da SR • Avaliação nutricional • Reposição hidroeletrolítica • Monitorar eletrólitos plasmática antes e durante a realimentação. • Corrigir deficiência de tiamina antes de realimentar (20-250mg) – manutenção 100mg/dia, VO. • Calorias: 20kcal/kg/dia (1,2 – 1,5g proteína/kg/dia) • Hipomagnesemia: <0,5mmol ou sintomático – MgSO4 10% - 24mmol em 6 horas (nota: 50% de solução tem 2,1mmol de MgSO4). • Hipocalemia: 20mmol/horas e monitor cardíaco e do potássio plasmático • Hipofosfatemia: corrigir se fósforo for < 0,3mmol/l, ou se paciente for sintomático (9mmol de fosfato monobásico de potássio e solução salina 0,45% em infusão contínua por 12 horas). Questões 1. A resolução RDC n.º 63/2000, da Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, instituiu o regulamento técnico que fixa os requisitos mínimos exigidos para a terapia de nutrição enteral (TNE). Nessa portaria, está definida a equipe multiprofissional de terapia nutricional (EMTN) como um grupo formal, que deve, obrigatoriamente, ser constituído por, pelo menos, um profissional de cada categoria, a saber: médico, nutricionista, enfermeiro e farmacêutico. Com base nessas informações, é correto afirmar que constitui atribuição do médico A) Acompanhar a evolução nutricional do paciente em TNE, independentemente da via de administração, até a alta estabelecida pela EMTN. B) Indicar, prescrever a terapia nutricional enteral, assegurar acesso ao trato gastrintestinal e orientar familiares sobre os riscos do procedimento. C) Avaliar e assegurar a administração da nutrição enteral, observando as informações contidas no rótulo. D) Garantir que a nutrição enteral mantenha a sua pureza físico-química e microbiológica. E) Realizar a avaliação do estado nutricional do paciente, utilizando indicadores nutricionais subjetivos e objetivos, para identificar o risco ou a deficiência nutricional. (CESPE/SESA-ES/MÉDICO/2013) 2. Das complicações metabólicas abaixo, aquele que não corre com o uso prolongado da nutrição parenteral é: A) Diminuição dos elementos traços. B) Diminuição da oxigenação dos tecidos C) Hipofosfatemia. D) Esteatose hepática (IBFC/EBSERH/HUB/MÉDICOS/NUTROLOGIA/2013) 3. Acerca da administração da nutrição enteral, assinale a opção correta. A) A nutrição enteral em sistema fechado é industrializada, estéril, envasada em frasco fechado apto para conexão ao equipo. B) A administração da nutrição enteral em sistema aberto deve ser contínua, pois sua validade é indefinida. C) A nutrição enteral artesanal é seguramente estéril e amplamente utilizada nos hospitais. D) Em sistema fechado, a nutrição enteral requer manipulação prévia, e sua administração pode ser tardia, pois não há riscos de contaminação. E) Em sistema aberto, a nutrição enteral é estéril e apirogênica, portanto não existe definição de horário para sua administração. (CESPE/SESA-ES/MÉDICO/2013) 4. A respeito de nutrição enteral, assinale a opção correta. A) Ofertar nutrientes pela via enteral colabora para a manutenção da arquitetura e da microbiota intestinal e modula o sistema imunológico intestinal. B) A nutrição enteral, independentemente da situação clínica e do diagnóstico, sempre atinge 100% das necessidades calóricas estimadas, sendo desnecessário suplementar nutrição parenteral. C) A nutrição enteral é um procedimento complexo, mais caro que a nutrição parenteral e com índices maiores de complicações. D) A nutrição enteral somente deve ser administrada com a extremidade da sonda nasoenteral localizada no jejuno, pois a localização da sonda em posição gástrica não é mais utilizada. E) Devido à sua importância e relevância, a nutrição enteral deve sempre ser prescrita, mesmo com o trato gastrintestinal não íntegro, como nas fístulas intestinais de alto débito. (CESPE/SESA-ES/MÉDICO/2013) 5. A nutrição parenteral (NP), que consiste em uma solução ou emulsão composta de glicídios, proteínas, lipídeos, vitaminas, sais minerais e eletrólitos, é estéril e apirogênica. A NP é indicada A) Sempre, para pacientes portadores de câncer terminal impedidos de alimentar-se por via oral, mesmo na presença de disfunção orgânica, com a finalidade de prolongar a vida. B) Nas situações clínicas de obstrução intestinal, fístulas digestivas de alto débito, nutrição enteral insuficiente e quadro inflamatório intestinal grave. C) Para pacientes nutridos, com baixo risco nutricional, que estejam sob nutrição enteral, como complementação das necessidades calóricas, já que é isenta de riscos. D) Para pacientes nutridos nas situações de perioperatório de cirurgias do trato gastrintestinal superior, devendo ser utilizada de rotina. E) Para pacientes idosos, hospitalizados, em tratamento de infecção, acometidos por anorexia e baixa ingesta por via oral, com trato gastrintestinal funcionante. (CESPE/SESA-ES/MÉDICO/2013) 6. A oferta de nutrição enteral no trato digestivo implica a existência de capacidade absortiva e digestiva, que varia conforme o substrato ofertado. Acerca desse assunto, assinale a opção correta. A) Os aminoácidos livres, cuja fonte são os L-aminoácidos, estão indicados em situações de reduzida capacidade absortiva, insuficiência pancreática e na doença inflamatória intestinal. B) Os monossacarídeos, cuja fonte é a glicose pura, não necessitam de digestão, têm rápida absorção e não influenciam na osmolalidade intestinal. C) A fibra insolúvel celulose, a solúvel pectina e o polissacarídeo da soja não necessitam de digestão. D) Os polímeros de glicose não necessitam de digestão, pois são mais tolerados que a glicose livre e têm rápida absorção intestinal. E) Os dipeptídeos, cuja fonte é o soro do leite, estão indicados para pacientes com trato gastrintestinal íntegro, funcionante e com enzimas pancreáticas normais. (CESPE/SESA-ES/MÉDICO/2013) 7. Com relação à importância da realização da terapia nutricional enteral e da terapia nutricional parenteral, assinale a opção correta. A) Nos pacientes críticos, a terapia nutricional que ofertar a meta calórica aferida por calorimetria indireta, desde que possível, pode resultar em redução da mortalidade. B) A terapia nutricional iniciada tardiamente, em desfavor de início precoce, poderá resultar em melhor desfecho do caso clínico. C) As variáveis mortalidade, tempo de internação e índices de infecção não sofrem nenhuma interferência da terapia nutricional. D) A terapia nutricional enteral não tem importância imunológica. E) A terapia nutricional adequada reduz a duração e a gravidade da fase catabólica, mas não interfere nos índices de morbimortalidade. (CESPE/SESA-ES/MÉDICO/2013) 8. Com referência à nutrição parenteral (NP), assinale a opção correta. A) Os novos dispositivos e substratos atuais, como PICC, as soluções lipídicas imunomoduladoras e o adequado controle glicêmico não contribuem para a redução do número de complicações inerentes à NP total. B) A NP periférica não é uma alternativa para a NP total, embora não cause tromboflebite. C) A NP é um procedimento valioso, contudo por meio da NP não é possível nutrir ou promover crescimento. Ela apresenta, ainda, alto risco de complicações infecciosas. D) A NP é irrelevante, sendo um procedimento caro e com poucas indicações. E) A nutrição parenteral e a enteral são distintas,pois a nutrição parenteral total deve ser realizada se o trato gastrintestinal não for funcionante e se houver impedimento à administração de nutrição enteral. (CESPE/SESA-ES/MÉDICO/2013) QUESTÃO 47 9. A respeito da utilização de lipídeos na solução parenteral, assinale a opção correta. A) A administração de NP sem lipídeos (sistema glicídico) é isenta de riscos, pois a necessidade diária de ácidos graxos essenciais é irrelevante, e sua omissão não causa danos. B) A mistura de aminoácidos, glicose e lipídeos na NP é considerada pouco balanceada, pois a oferta continuada de lipídeos pode ocasionar embolia gordurosa. C) A glicose exerce efeito prejudicial para a estabilidade da emulsão lipídica, pois favorece a agregação e a instabilidade das gotículas gordurosas. D) Os lipídeos em dose contínua favorecem a ocorrência de hiperglicemia. E) A infusão de lipídeos na dose de 3 g/kg/min é bem tolerada e não causa icterícia colestática. (CESPE/SESA-ES/MÉDICO/2013) 10. Assinale a opção correta acerca das possíveis complicações da nutrição enteral e da nutrição parenteral. A) A nutrição enteral, por ser mais fisiológica, não apresenta complicações mecânicas nem metabólicas. B) A ocorrência de estase gástrica é baixa em pacientes diabéticos estejam em nutrição enteral e, caso ocorra, é de fácil diagnóstico. C) Colecistite acalculosa não ocorre em pacientes submetidos à nutrição parenteral. D) As doenças hepáticas induzidas pela nutrição parenteral total são mais frequentes e graves em crianças que em adultos e nesses casos mais comuns, a colestase é a manifestação hepática de maior ocorrência. E) A hiperglicemia ocorre somente em pacientes submetidos à nutrição parenteral, sendo inexistente na nutrição enteral. (CESPE/SESA-ES/MÉDICO/2013) 11. O paciente submetido à nutrição parenteral deve ser monitorado diariamente quanto à tolerância dos nutrientes. Com referência a esse assunto, assinale a opção correta. A) Os níveis glicêmicos não são preocupantes, pois a hiperglicemia não implica riscos ao paciente. B) A correção da hiperglicemia deve ser realizada somente com a aplicação de insulina de ação lenta, visto que a resposta dessa terapêutica será mais efetiva. C) A monitorização glicêmica não é necessária, desde que o paciente não seja portador de diabetes melito. D) A glicemia deve permanecer entre 200 mg% e 300 mg%, pois o paciente está sob infusão contínua de glicose. E) Em pacientes graves, há ocorrência de hiperglicemia, ainda que eles apresentem níveis elevados de insulina, o que caracteriza resistência insulínica. (CESPE/SESA-ES/MÉDICO/2013) 12. Paciente A.M.S. evolui na enfermaria de gastrocirurgia com distensão abdominal, diminuição dos ruídos hidroaéreos e débito da sonda nasogástrica de 500 ml nas 24 horas, após um procedimento cirúrgico. Tem antecedente de hipertensão e insuficiência cardíaca. Está de jejum há 4 dias. A terapia nutricional que você instituirá é: A) Dieta oral. B) Nutrição parenteral por acesso venoso central. C) Nutrição enteral. D) Nutrição parenteral por acesso venoso periférico. (IBFC/EBSERH/HUB/MÉDICOS/NUTROLOGIA/2013) 13. As alterações clínico-laboratoriais abaixo podem ser encontradas na Síndrome de Realimentação, exceto: A) Hipopotassemia e hipofosfatemia. B) Hipercapnia com insuficiência respiratória. C) Alcalose metabólica e hipermagnesemia. D) Acidose respiratória e esteatose hepática. (IBFC/EBSERH/HUB/MÉDICOS/NUTROLOGIA/2013) 14. Com relação à síndrome da hiperalimentação, assinale a alternativa incorreta: A) Ocorre quando progredimos a oferta nutricional rapidamente em pacientes desnutridos. B) Ocorre quando ofertamos energia em excesso. C) Cursa com hipercapnia e distúrbios hidroeletrolíticos. D) Pode evoluir com insuficiência respiratória. (IBFC/EBSERH/HUB/MÉDICOS/NUTROLOGIA/2013) 15. A nutrição enteral está indicada para pacientes desnutridos ou em risco de desnutrição, que possuam capacidade absortiva total ou parcialmente preservada, cuja alimentação oral não é capaz de prover a quantidade adequada de nutrientes. Acerca da indicação da terapia nutricional enteral (TNE) em diferentes situações clínicas, assinale a alternativa correta. A) Em pacientes com cirrose grave, a nutrição enteral se mostra benéfica, melhorando a função hepática, reduzindo a taxa de complicações e prolongando a sobrevida. Além disso, pode reduzir as complicações em pacientes recém-transplantados, sendo preferível à nutrição parenteral. B) A nutrição enteral não está indicada em pacientes com disfagia. C) Em pacientes submetidos a cirurgias, a nutrição enteral está indicada até mesmo naqueles sem desnutrição evidente. Nesses casos, é necessário que o início da terapia nutricional ocorra o mais precoce possível. D) A nutrição enteral está indicada em pacientes com doença de Crohn para prevenir e tratar desnutrição e melhorar a qualidade de vida. Entretanto, está contraindicada como terapia na agudização da doença e na manutenção da remissão na doença crônica ativa. E) O estado nutricional dos pacientes nefropatas tem impacto direto sobre a doença renal. Assim, a suplementação oral por meio da nutrição enteral deve ser sempre instituída. (IADES/EBSERH/MÉDICO/HUUFBA/2014) 16. De acordo com a Portaria MS/SNVS nº 272/1998, que aprova o regulamento técnico para fixar os requisitos mínimos exigidos para a terapia de nutrição parenteral (TNP), entendesse por TNP: A) Solução ou emulsão, composta basicamente de carboidratos, aminoácidos, lipídios, vitaminas e minerais, estéril e apirogênica, acondicionada em recipiente de vidro ou plástico, destinada à administração intravenosa em pacientes desnutridos ou não, em regime hospitalar, ambulatorial ou domiciliar, visando a síntese ou manutenção dos tecidos, órgãos ou sistemas. B) Conjunto de procedimentos terapêuticos para manutenção ou recuperação do estado nutricional do paciente por meio da nutrição parenteral e(ou) enteral. C) Conjunto de procedimentos terapêuticos para manutenção ou recuperação do estado nutricional do paciente por meio de nutrição parenteral. D) Soluções parenterais de grande volume (SPGV) e soluções parenterais de pequeno volume (SPPV), empregadas como componentes para a manipulação da nutrição parenteral. E) Estabelecimento de saúde destinado a prestar assistência à população na promoção da saúde e na recuperação e reabilitação de doentes. (IADES/EBSERH/MÉDICO/HUUFBA/2014) 17. A presença de nutriente no lúmen intestinal promove a integridade do trato digestório, estimulando as secreções entéricas, os hormônios e o fluxo sanguíneo. No período neonatal, quanto aos pacientes com restrições temporárias ou permanentes de uso pleno da via digestiva e como mecanismo trófico da mucosa intestinal, é correto afirmar que se recomenda a utilização da: A) sonda orogástrica. B) terapia de reidratação oral. C) nutrição enteral mínima. D) nutrição enteral em bolus. E) nutrição parenteral. (IADES/EBSERH/MÉDICO-NUTR.PEDIÁT./HU-UFBA/2014) 18. De acordo com a conduta preconizada pela ASPEN (Sociedade Americana de Nutrição Enteral e Parenteral) para pacientes adultos em tratamento intensivo, assinale a afirmativa INCORRETA. A) A via enteral é rota preferida comparada à nutrição parenteral, para a alimentação em pacientes em cuidado intensivo que necessitem de suporte nutricional. B) Nos pacientes em unidade de cuidado intensivo, a presença de ruídos intestinais e a evidência de saída de flatus ou fezes não são requeridas para o início da nutrição enteral. C) Antes de iniciar o suporte nutricional, deve-se proceder à avaliação nutricional, utilizando as medidas de albumina, pré-albumina, cálculo indireto da altura e pesoestimado. D) Em pacientes obesos (com índice de massa corporal > 30), o objetivo calórico da nutrição enteral deve variar entre 11 a 14 kcal/kg de peso atual ou 22 a 25 kcal/kg de peso ideal. (FUNDEP/UNIMED/MÉDICO/NUTROLOGIA/2009) 19. Segundo as diretrizes da ESPEN (Sociedade Europeia de Nutrição Parenteral e Enteral), o risco de infecção relacionada com o cateter para acesso a Nutrição Parenteral pode ser reduzido, se forem aplicadas as seguintes medidas, EXCETO: A) Fazer troca programada profilática do cateter central. B) Fazer implantação por túnel subcutâneo do cateter de uso prolongado. C) Fazer punção venosa central guiada por ultrassom. D) Usar clorexidina como antiséptico da pele. (FUNDEP/UNIMED/MÉDICO/NUTROLOGIA/2009) 20. Em relação às modalidades de infusão das dietas enterais, analise as seguintes afirmativas e assinale com V as verdadeiras e com F as falsas. ( ) A infusão contínua relaciona-se com maior risco de aspiração. ( ) A infusão intermitente permite melhor deambulação. ( ) A infusão intermitente permite uma progressão mais rápida da dieta Assinale a alternativa que apresenta a sequência de letras CORRETA. A) (F) (V) (F) B) (V) (F) (F) C) (F) (V) (V) D) (V) (F) (V) (FUNDEP/UNIMED/MÉDICO/NUTROLOGIA/2009) 21. Dentre as principais complicações da Nutrição enteral pode-se citar, EXCETO: A) Fibrilação atrial. B) Infecção intestinal. C) Hiperglicemia. D) Otite. (FUNDEP/UNIMED/MÉDICO/NUTROLOGIA/2009) 22. A terapia nutricional é parte integrante do tratamento do paciente crítico. A primeira opção terapêutica é a nutrição enteral, pois, nessa situação, o paciente mantém a funcionalidade intestinal. Assinale a opção em que é apresentada a atitude inicial para a execução da terapia nutricional enteral. A) Definição da duração da nutrição B) Escolha da fórmula apropriada C) Determinação da via de oferta D) Determinação do momento do início E) Definição da meta calórico-proteica (CESPE/SESA-ES/MÉDICO/2013) 23. Em relação ao papel de cada profissional na equipe multiprofissional de suporte nutricional, numere a COLUNA II de acordo com a COLUNA I. Assinale a alternativa que apresenta a sequência de números CORRETA. A) (1) (2) (3) B) (2) (3) (1) C) (1) (3) (2) D) (3) (1) (2) (FUNDEP/UNIMED/MÉDICO/NUTROLOGIA/2009) 24. A vantagem da técnica de gastrostomia por via endoscópica é: A) A detecção de alterações no Trato Gastrointestinal (TGI) antes do procedimento. B) A realização de fundoplicatura na presença de Refluxo Gastroesofágico (RGE). C) A utilização da técnica de fluoroscopia para a colocação do cateter. D) A melhor adaptação social do paciente no pós-operatório. E) O menor risco de ocorrência de granuloma na cicatriz. (FCC/FHEMIG/MÉDICO NÍVEL III/2013) 25. Suporte nutricional enteral pode ser definido como administração de nutrientes na via digestiva utilizando cateteres específicos. Baseado nesta afirmativa analise os itens a seguir: I. A infusão intermitente é considerada mais fisiológica, com possibilidade de normalização da secreção de insulina, uma vez que a dieta é administrada em volumes de 100 ml a cada 2 horas. II. A administração contínua é recomendada para pacientes hospitalizados, pois a infusão de pequenos volumes da dieta está associada à redução de distensão gástrica, refluxo gastroesofágico, ocorrência de aspiração e diarreia. III. A redução da ocorrência de diarreia em pacientes com dieta enteral pode ser obtida com a administração de fibras solúveis, pré e probióticos e glutamina. IV. Na ocorrência de estase, volume residual acima de 200 ml deve-se suspender a nutrição enteral. Estão CORRETAS as afirmativas. A) I, II e IV apenas. B) II, III e IV apenas. C) II e III apenas. D) I, II, III e IV. (FUNDEP/IPSEMG/MÉDICO/NUTROLOGIA/2013) 26. A introdução da dieta após a colocação de gastrostomia por via endoscópica depende A) De ausência de dor abdominal e vômitos. B) De jejum prolongado, por período maior que 24 horas. C) Da observação de eliminação de gases e fezes. D) Do término do efeito anestésico. E) De exame físico, com atenção para a distensibilidade abdominal e presença de Ruído Hidro Aéreos (RHA). (FCC/FHEMIG/MÉDICO NÍVEL III/2013) 27. Em relação à nutrição enteral assinale V para as afirmativas verdadeiras ou F para as falsas. ( ) As dietas nomoméricas ou elementares são constituídas de aminoácidos livre e por isso apresentam alta osmolaridade. Estão indicadas em doenças disabsortivas. ( ) Dietas oligoméricas possuem aminoácidos livres, triglicerídeos de cadeia média e longa em sua composição, sendo obrigatória a ausência de fibra. ( ) As fontes proteicas mais utilizadas nas dietas poliméricas são proteína isolada de soja, lactoalbumina, caseína ou mistura de caseína e proteína de soja. ( ) As dietas enterais de sistema fechado são mais seguras do ponto de vista microbiológico, sendo manipuladas apenas no momento do envase. Assinale a sequência CORRETA. A) V F F V. B) F F V F. C) F F F F. D) V F V F. (FUNDEP/IPSEMG/MÉDICO/NUTROLOGIA/2013) 28. A via de primeira escolha, para a introdução de Terapia Nutricional, é a A) Enteral, via oral. B) Enteral, via sonda nasojejunal. C) Enteral, via sonda nasogástrica. D) Parenteral, por acesso venoso periférico. E) Parenteral, por acesso venoso central. (FCC/FHEMIG/MÉDICO NÍVEL III/2013) 29. Analise as seguintes afirmativas sobre as dietas enterais e assinale com V as verdadeiras com F as falsas: ( ) Dietas com densidade de 1,5 kcal/mL e relação de 150 kcal não proteicas por grama de nitrogênio são adequadas para pacientes com restrição hídrica moderada e com indicação de nutrição enteral. ( ) Dietas enterais com osmolaridade de 450 mosm/L devem ser dadas por sonda em posição gástrica, já que sua osmolaridade impede a liberação pós-pilórica. ( ) O uso de peptídeo em formulações oligoméricas tem a vantagem de reduzir a osmolaridade, mas leva a uma absorção de aminoácidos mais lenta quando comparado ao uso de aminoácidos cristalinos. Assinale a alternativa que apresenta a sequência de letras CORRETA. A) (V) (F) (F) B) (V) (V) (F) C) (F) (V) (V) D) (F) (F) (V) (FUNDEP/FHEMIG/MÉDICO NÍVEL III/NUTROLOGIA/2009) 30. Conforme o manual da ASPEN (1998), sobre o suporte nutricional parenteral, é INCORRETO afirmar que: A) Está indicado para pacientes com doença de Crohn, pois facilita a remissão da doença em 60-80% dos casos. B) Constitui primeira escolha em pacientes com um metro de intestino delgado funcionante. C) Está indicado para casos de toxidade gastrointestinal por quimioterápico e sem ingestão oral por mais de uma semana. D) Está indicado para pacientes com íleo paralítico prolongado por infecção peritoneal. (FUNDEP/FHEMIG/MÉDICO NÍVEL III/NUTROLOGIA/2009) 31. São contraindicações relativas de punção venosa central por intracath, EXCETO: A) Irradiação prévia da região cervical. B) Choque hipovolêmico grave. C) Pneumonia grave. D) Deformidade torácica. (FUNDEP/FHEMIG/MÉDICO NÍVEL III/NUTROLOGIA/2009) 32. Sobre fibras em Suporte Nutricional Enteral (SNE), é INCORRETO afirmar: A) Que a suplementação de 15 a 30 g de fibra/dia associa-se ao aumento no volume fecal e frequência das evacuações em pacientes constipados. B) Que a alta fermentabilidade do polissacarídeo de soja é responsável pela melhora da altura das criptas colônicas vista em pacientes em SNE suplementadacom essa fibra. C) Que a suplementação da goma guar pode contribuir para as necessidades energéticas totais do paciente. D) Que, dentre os efeitos adversos relacionados com a suplementação da fibra em SNE, estão a distensão abdominal e a menor absorção de fósforo, zinco e magnésio. (FUNDEP/FHEMIG/MÉDICO NÍVEL III/NUTROLOGIA/2009) Gabarito 1) B 17) C 2) B 18) C 3) A 19) A 4) A 20) A 5) B 21) A 6) A 22) E 7) A 23) D 8) E 24) A 9) C 25) D 10) D 26) E 11) E 27) D 12) B 28) A 13) C 29) A 14) A 30) B 15) A 31) C 16) C 32) B CAPÍTULO 6: Terapias de Nutrição Enteral e Parenteral: aplicadas às patologias Assim como na alimentação tradicional oral, as necessidades nutricionais nas Nutrição Enteral e Nutrição Parenteral devem ser individualizadas. As Terapias de Nutrição Enteral e Parenteral podem e devem ser administradas nos pacientes, respeitando as particularidades das patologias que os acometem. Entre as patologias que trazem particularidades para a Terapia Nutricional Enteral e Parenteral, e necessidade de adequações, estão: Doenças inflamatórias no intestino Doença cardiopulmonar Pancreatite aguda Doença renal Fístulas gastrointestinais Doença hepática Síndrome do intestino curto HIV Trauma e Queimaduras Transplante Além disso, a administração das técnicas de Terapia Nutrológica deve levar em consideração as fases da vida do paciente: Paciente recém-nascido Paciente pediátrico Paciente adolescente Paciente adulto Paciente gestante Paciente idoso Questões Texto para as questões 1 e 2: Um paciente com trinta e cinco anos de idade, 70 kg, 1,70 m, foi internado em unidade de terapia intensiva, devido a politrauma. O paciente apresentou insuficiência respiratória e foi colocado em ventilação mecânica. No 5.º dia de internação, o paciente foi levado ao centro cirúrgico e submetido à laparotomia exploradora, que, contudo, não apresentou achados significativos. No 6.º dia de internação, o paciente estava em íleo paralítico e completava jejum de seis dias. O paciente estava sob uso de noradrenalina em desmame. Ao exame físico, foi detectado abdome distendido. Havia sonda nasogástrica (SNG) aberta e produtiva, 1.500 mL nas últimas 24 horas. Os exames laboratoriais do paciente mostravam glicemia = 220 mg/dL, ureia = 100 mg/dL, creatinina de 1,5 mg/dL, sódio sérico = 149 mEq/L, potássio sérico = 2,8 mEq/L e osmolaridade sérica de 350 mOsm/kg, além de acidose metabólica discreta. QUESTÃO 42 1. Com relação ao caso clínico acima apresentado, assinale a opção correta. A) Deve-se ocluir a SNG, estimular com procinéticos e imediatamente iniciar nutrição enteral. B) Nessa situação, não há nenhum risco, devendo ser iniciada nutrição de dupla via, isto é, nutrição parenteral total (NPT) associada à nutrição enteral, pois o importante é anular o déficit calórico. C) A NPT deve ser iniciada somente após estabilidade hemodinâmica e equilíbrio acidobásico, observando-se a relação risco/benefício. D) Deve-se iniciar NPT, sistema 3/1, de imediato, pois o paciente está em risco nutricional grave, com déficit calórico severo. E) Deve-se iniciar nutrição parenteral periférica (NPP), com sistema 2/1, pois acidose metabólica e retenção nitrogenada não são contraindicações ao uso de NPP. (CESPE/SESA-ES/MÉDICO/2013) 2. Considere que o paciente tenha piorado clinicamente, após a realização de tomografia de abdome e que tenha sido levado para relaparotomia exploradora, na qual se verificou lesão em alça de delgado. Considere ainda que o paciente tenha persistido enfermo, com distensão abdominal e SNG produtiva, o que configura trato gastrintestinal não funcionante. Suponha que, nessa fase, os exames laboratoriais do paciente tenham evidenciado equilíbrio hidroeletrolítico e acidobásico e normalidade da função renal. Diante dessa situação, foi iniciada NPT, central, sistema fechado, 3/1. Assim sendo, assinale a opção em que é apresentada a oferta calórica e proteica preconizada para o caso clínico descrito. A) Glicídeo 2,9 mg/kg/min; proteínas 1,5 g/kg/dia e lipídeo 1,0 g/kg/dia B) Glicídeo 6,1 mg/kg/min; proteínas 3,5 g/kg/dia e lipídeo 3,0 g/kg/dia C) Glicídeo 0,9 mg/kg/min e proteínas 0,6 g/kg/dia D) Glicídeo 1,1 mg/kg/min; proteínas 0,6 g/kg/dia e lipídeo 0,8 g/kg/dia E) Glicídeo 2,0 mg/kg/min; proteínas 0,8 g/kg/dia e lipídeo 1,0 g/kg/dia (CESPE/SESA-ES/MÉDICO/2013) 3. A execução de nutrição parenteral (NP) no paciente crítico pode ser associada à nutrição enteral, sendo denominada nutrição parenteral suplementar (NPS). Acerca desse assunto, assinale a opção correta. A) Associar nutrição parenteral pode anular o baixo risco da nutrição enteral. B) Apesar de a nutrição enteral disponibilizar em média 60% das necessidades calóricas, suplementar a nutrição enteral com nutrição parenteral não apresenta resultados satisfatórios. C) A suplementação da nutrição enteral com nutrição parenteral pode resultar em hiperalimentação, necessária aos pacientes com hipercatabolismo. D) Não há resultado de redução nos índices de infecção e(ou) mortalidade com o uso de NPS. E) A oferta otimizada e suplementada com NPS iniciada no quarto dia de internação de UTI pode reduzir o índice de infecção nosocomial. (CESPE/SESA-ES/MÉDICO/2013) 4. Das situações abaixo, está indicado o uso de dieta imunomoduladora (mistura de nutrientes imunomoduladores) e glutamina isolada, respectivamente em: A) Pré-operatório e grande queimado. B) Grande queimado, trauma e pré-operatório. C) Pré-operatório, trauma e síndrome do intestino curto. D) Trauma, síndrome do intestino curto e pós-quimioterapia. (IBFC/EBSERH/HUB/MÉDICOS/NUTROLOGIA/2013) 5. No paciente portador de Síndrome do Intestino Curto: A) A perda de parte do cólon acarreta em desidratação e má absorção de gorduras e vitaminas lipossolúveis. B) A nutrição parenteral é a base do tratamento para esses pacientes. C) O jejuno é a porção do intestino com maior capacidade de adaptação. D) A ressecção da válvula íleo-cecal é um fator prognóstico negativo para o desmame da nutrição parenteral. E) Dietas elementares podem ser utilizadas inicialmente, devido à absorção facilitada. (FCC/FHEMIG/MÉDICO NÍVEL III/2013) 6. Paciente portador de síndrome do intestino curto, estável e recebendo nutrição parenteral total domiciliar. Os exames laboratoriais necessários para o controle clínico e a frequência são, respectivamente: A) Proteínas totais e frações, glicemia e cálcio iônico – 2 vezes por semana. B) Perfil lipídico e hepático, eletrólitos e glicemia – quinzenalmente. C) Hemograma completo e proteína C reativa – quinzenalmente D) Ureia, creatinina e fósforo sérico – semanalmente. E) Fosfatase alcalina, colesterol e glicemia – 2 vezes por semana no paciente estável. (FCC/FHEMIG/MÉDICO NÍVEL III/2013) 7. Referente à nutrição parenteral total em um paciente gravemente doente, consideram-se complicações relacionadas à terapia nutricional: A) Disfunção hepática, hiperglicemia e septicemia. B) Disfunção renal, obstipação e colelitíase. C) Infecção relacionada ao cateter, disfunção renal e emboliapulmonar. D) Alterações hidroeletrolíticas, infecção relacionada ao cateter e refluxo gastroesofágico. E) Diarreia, disfunção hepática e embolia pulmonar. (FCC/FHEMIG/MÉDICO NÍVEL III/2013) 8. De acordo com a conduta preconizada pela ASPEN (Sociedade Americana de Nutrição Enteral e Parenteral) para pacientes adultos em tratamento intensivo, é INCORRETO afirmar que: A) A suplementação de fibra solúvel pode ser benéfica em pacientes hemodinamicamente estáveis em nutrição enteral que desenvolvem diarreia enquanto que a fibra insolúvel deve ser proibida nesses pacientes. B) Uma combinação de vitaminas antioxidantes, minerais traços (incluindo especificamente selênio) deve ser dada a todos os pacientes criticamente doentes recebendo terapia nutricional. C) Em pacientes em nutrição parenteral é desejável manter uma subalimentação, isto é, ter como objetivo calórico final a administração de 80% do requerimento calórico pré-determinado. D) No caso de nutrição parenteral, o controle glicêmico deve ter como objetivo a aquisição de glicemia abaixo de 110mg/dL. Em caso de glicemia superior a esse nível, o uso de insulina intravenosa deve ser iniciado. (FUNDEP/UNIMED/MÉDICO/NUTROLOGIA/2009) 9. De acordo com as diretrizes da ESPEN (Sociedade Europeia de Nutrição Parenteral e Enteral) sobre a nutrição parenteral em hepatologia, é CORRETO afirmar A) Que, em pacientes com esteatohepatite alcoólica, a recomendação diária de energia é de duas vezes o valor do gasto metabólico em repouso e 0,7 a 0,8g de aminoácidos por kg de peso corporal/dia. B) Que, em pacientes com cirrose hepática, a recomendação energética é de 1,3 vezes o valor do gasto metabólico em repouso e 1,2-1,5g de aminoácidos/kg de peso corporal/dia. C) Que, em caso de encefalopatia hepática grave (grau IV), não há indicação para a solução rica em aminoácidos de cadeia ramificada. D) Que, em caso de insuficiência hepática aguda, a recomendação diária de energia é de 1,6 vezes o valor do gasto metabólico em repouso e de 0,6-0,8g de aminoácidos por kg de peso corporal. (FUNDEP/UNIMED/MÉDICO/NUTROLOGIA/2009) 10. De acordo com as diretrizes da ESPEN (Sociedade Europeia de Nutrição Parenteral e Enteral) sobre nutrição parenteral em Doença Inflamatória Intestinal, analise as seguintes afirmativas e assinale com V as verdadeiras e com F as falsas ( ) Não há evidências suficientes de que o repouso intestinal seja mais benéfico que a nutrição em si em pacientes com Doença de Crohn. ( ) A Nutrição enteral está contraindicada nos casos de Colite Ulcerativa em atividade. ( ) Além da terapia convencional, o uso de glutamina e ômega-3 é recomendado para portadores de Colite Ulcerativa ou Doença de Crohn. A) (V) (F) (V) B) (F) (V) (V) C) (V) (F) (F) D) (F) (F) (F) (FUNDEP/UNIMED/MÉDICO/NUTROLOGIA/2009) 11. De acordo com as diretrizes da ESPEN (Sociedade Europeia de Nutrição Parenteral e Enteral) sobre nutrição parenteral em Síndrome do Intestino Curto, analise as seguintes afirmativas e assinale com V as verdadeiras e com as F as falsas. ( ) A esteatorreia associada a deficiência de ácidos graxos essenciais é comum, pois a absorção dos lipídeos, comparada a de proteínas e carboidratos, necessita de maior extensão de intestino. ( ) Pacientes na fase inicial do pós-operatório devem receber cerca de 35-40 kcal/kg peso com cerca de 35-50% das calorias totais como lipídeos. ( ) Alterações no balanço de sódio e magnésio são comuns na fase adaptativa, devido às grandes perdas desses minerais. A) (V) (F) (V) B) (F) (V) (V) C) (V) (F) (F) D) (F) (F) (F) (FUNDEP/UNIMED/MÉDICO/NUTROLOGIA/2009) 12. Segundo as diretrizes da ESPEN (Sociedade Europeia de Nutrição Parenteral e Enteral) em relação à nutrição parenteral em pancreatite, analise as seguintes afirmativas e assinale com V as verdadeiras e com F as falsas. ( ) Quando há indicação de suporte nutricional, este deve ser iniciado por nutrição parenteral central, devido à falência da função intestinal. ( ) No caso de pancreatite aguda grave, há gasto energético aumentado associado ao maior catabolismo proteico e resistência à insulina. ( ) Mesmo em pacientes sem disfunção moderada do pâncreas endócrino, deve-se evitar a infusão de carboidratos por esta também estimular o pâncreas exócrino. A) (V) (F) (V) B) (F) (V) (F) C) (F) (F) (F) D) (V) (V) (V) (FUNDEP/UNIMED/MÉDICO/NUTROLOGIA/2009) 13. Segundo a ESPEN (Sociedade Europeia de Nutrição Parenteral e Enteral) em relação à nutrição parenteral na pancreatite aguda, assinale a afirmativa INCORRETA. A) Pacientes devem receber cerca de 25 kcal não proteicas/kg peso/dia ou, no caso de risco de síndrome da realimentação, 15 a 20 kcal não proteicas/kg/dia. B) A hipocalcemia seja achado frequente nestes pacientes e nível abaixo de 2 mmol/L é fator prognóstico negativo nessa doença. C) Em pacientes com indicação de nutrição parenteral, há evidências clínicas sugerindo o efeito benéfico da glutamina na redução das complicações. D) Em pacientes com história regressa de hipertrigliceridemia associada à pancreatite aguda, deve-se manter a trigliceridemia abaixo de 500 mg/dL para prevenir futuros episódios de pancreatite. (FUNDEP/UNIMED/MÉDICO/NUTROLOGIA/2009) 14. Segundo a ESPEN (Sociedade Europeia de Nutrição Parenteral e Enteral), sobre o suporte nutricional parenteral em pacientes com insuficiência renal, analise as seguintes afirmativas e assinale com V as verdadeiras e com F as falsas. ( ) Pacientes em diálise devem receber um acréscimo na quantidade de proteína ingerida, uma vez que 10 a 15% dos aminoácidos da solução parenteral são perdidos no dialisato. ( ) Em pacientes com taxa de filtração glomerular <25 mL/minuto, a recomendação de 0,60g de proteína/kg/dia (sendo 2/3 de alto valor biológico) é adequada. ( ) Em pacientes sem indicação de diálise, o aporte de vitamina C deve ser restrito a 50 mg/dia, já que uma suplementação excessiva pode resultar em oxalose secundária. Assinale a alternativa que apresenta a sequência de letras CORRETA. A) (V) (F) (V) B) (F) (V) (F) C) (F) (F) (F) D) (V) (V) (V) (FUNDEP/UNIMED/MÉDICO/NUTROLOGIA/2009) 15. Segundo a ESPEN (Sociedade Europeia de Nutrição Parenteral e Enteral) em relação ao suporte nutricional enteral em pacientes com insuficiência renal não complicada, analise as seguintes afirmativas e assinale com V as verdadeiras e com F as falsas. ( ) Em pacientes em hemodiálise, é recomendada uma suplementação de folato (1mg/dia) e de piridoxina (10-20 mg/dia) devido às perdas induzidas pela diálise. ( ) A suplementação de 1,5 g de proteínas/kg peso/dia e 25 kcal não proteicas/kg peso/dia é mais vantajosa do que dietas com teor proteico de 0,25 g/kg/dia e de 40 kcal não proteicas/kg/dia, pois estão relacionadas a menor complicações metabólicas. ( ) O suporte nutricional está indicado para um paciente em hemodiálise, com índice de massa corporal (IMC) de 19 kg/m2 e níveis baixos de albumina e pré-albumina séricas. Assinale a alternativa que apresenta a sequência de letras CORRETA. A) (V) (F) (V) B) (V) (V) (V) C) (F) (V) (F) D) (F) (F) (F) (FUNDEP/UNIMED/MÉDICO/NUTROLOGIA/2009) 16. Em relação ao suporte nutricional nasdoenças cardíacas e pulmonares, analise as seguintes afirmativas e assinale com V as verdadeiras e com F as falsas. ( ) A cachexia cardíaca é definida em pacientes com insuficiência cardíaca crônica com perda de peso maior que 10% do peso anterior à doença, (na ausência de edema) nos últimos três meses. ( ) Drogas utilizadas no tratamento da insuficiência cardiaca crônica podem ser úteis para melhorar o estado nutricional. Como exemplo, pode-se citar os efeitos anticatabólicos dos betabloqueadores e a menor perda de peso com o uso de inibidores da enzima conversora de angiotensina. ( ) Em pacientes com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica, a principal estratégia é fracionar a solução de nutrição enteral em pequenas doses, pois isso trará mais benefícios do que possíveis mudanças na composição de macronutrientes das soluções enterais padrões. Assinale a alternativa que apresenta a sequência de letras CORRETA. A) (V) (F) (F) B) (F) (V) (V) C) (F) (F) (F) D) (V) (V) (V) (FUNDEP/UNIMED/MÉDICO/NUTROLOGIA/2009) 17. Sobre o suporte nutricional em pacientes oncológicos, assinale a afirmativa INCORRETA. A) Pacientes em risco de desnutrição que irão se submeter à cirurgia, o suporte nutricional por 10–14 dias, antes da operação poderá minimizar as complicações cirúrgicas. B) Nutrição parenteral pode estar indicada como complementação nutricional para aqueles pacientes com ingestão oral ou enteral inadequadas (< 60% do gasto energético) prevista por, pelo menos 10 dias. C) Em casos de tumores sólidos de crescimento rápido, deve-se limitar a administração de soluções de enterais ou parenterais suficientes para manter o metabolismo basal, uma vez que o tumor se beneficiará mais com o suprimento de nutrientes do que o paciente. D) Um paciente submetido a transplante de medula óssea com mucosite grave pode receber, preferencialmente nutrição parenteral, devido ao risco de infecção pela colocação do tubo em pacientes imunossuprimidos. (FUNDEP/UNIMED/MÉDICO/NUTROLOGIA/2009) 18. Analise as seguintes afirmativas em relação ao suporte nutricional em pacientes oncológicos e assinale com V as verdadeiras e com F as falsas. ( ) O gasto energético pode ser calculado como 20–25 kcal/kg/dia para pacientes acamados ou 25–30 kcal/kg/dia naqueles deambulandos. ( ) O uso de esteroides por curto prazo está indicado para aumentar o apetite, reduzir a perda de peso e melhorar a qualidade de vida em pacientes caquéticos. ( ) Mesmo em pacientes bem nutridos, deve se implantar suporte nutricional durante a quimioterapia para minimizar os efeitos adversos do tratamento e melhorar a resposta contra o tumor. Assinale a alternativa que apresenta a sequência de letras CORRETA. A) (V) (F) (F) B) (F) (V) (V) C) (V) (V) (F) D) (F) (F) (V) (FUNDEP/UNIMED/MÉDICO/NUTROLOGIA/2009) 19. Sobre terapia nutricional em pacientes traumatizados, assinale a afirmativa INCORRETA. A) Nos politraumatizados complicados por infecção, soluções ricas em aminoácidos ramificados reduzem as taxas de morbimortalidade B) A terapia nutricional deve ser implantada imediatamente, após a estabilização do paciente, caso ele não tenha condições de comer por via oral. C) O uso de dieta hipercalórica deve ser evitada em função das alterações metabólicas do trauma, as quais poderiam aumentar a morbimortalidade. D) As deficiências nutricionais em pacientes com infecção só poderão ser corrigidas, após a infecção ter sido controlada. (FUNDEP/UNIMED/MÉDICO/NUTROLOGIA/2009) 20. Em relação à terapia nutricional no perioperatório, assinale a afirmativa INCORRETA. A) Quando indicado no pré-operatório, os suportes nutricional enteral e parenteral apresentam eficácia semelhante na melhora do estado nutricional no pós-operatório. B) A solução de nutrição parenteral pode ser mantida durante o ato operatório, desde que em doses usuais (cerca de 40 kcal/kg/dia) e em pacientes sem estresse metabólico. C) Na fase pós-operatória, o suporte nutricional parenteral é mais eficaz em prevenir complicações e renutrir o paciente submetido à cirurgia abdominal, se comparada à dieta oral. D) O uso de suporte nutricional 2 a 3 dias de pré-operatório em pacientes desnutridos, não irá melhorar as complicações ou o prognóstico. (FUNDEP/UNIMED/MÉDICO/NUTROLOGIA/2009) 21. Em relação aos pacientes queimados, analise as seguintes afirmativas e assinale com V as verdadeiras e com F as falsas. ( ) Logo após o trauma térmico, a taxa metabólica basal aumenta nos primeiros cinco dias e, caso não haja complicações, tende a normalizar 15 dias após o trauma térmico. ( ) Os aportes de vitaminas A e C, ferro e zinco devem ser particularmente analisados, pois participam diretamente do processo de cicatrização. ( ) Em grandes queimados, o suporte nutricional enteral deve ser evitado nas primeiras 72h, pois sua introdução antes disso levará a complicações como infecções ou úlceras gastroduodenais Assinale a alternativa que apresenta a sequência de letras CORRETA. A) (V) (F) (F) B) (V) (V) (F) C) (F) (V) (V) D) (F) (F) (V) (FUNDEP/UNIMED/MÉDICO/NUTROLOGIA/2009) 22. Em relação à doença celíaca, analise as seguintes afirmativas e assinale com V as verdadeiras e com F as falsas. ( ) O mecanismo pelo qual a gliadina exerce seus efeitos deletérios é pela hidrólise incompleta do glúten na mucosa intestinal, originando produtos tóxicos que comprometem a integridade das vilosidades. ( ) Doenças como dermatite herpetiforme, doença inflamatória intestinal e colangite esclerosante podem estar associadas à doença celíaca, mascarando-a. ( ) Como o tratamento é baseado na retirada do glúten, deve-se prescrever uma dieta contendo principalmente mandioca, arroz e aveia, por não serem fontes de glúten. Assinale a alternativa que apresenta a sequência de letras CORRETA. A) (F) (V) (F) B) (V) (V) (V) C) (V) (F) (V) D) (F) (F) (F) (FUNDEP/UNIMED/MÉDICO/NUTROLOGIA/2009) 23. De acordo com as doenças inflamatórias intestinais é correto afirmar, EXCETO: A) A doença de Chron e a Colite Ulcerativa são doenças inflamatórias intestinais que acometem indivíduos em quaisquer faixas etárias e não tem uma etiologia definida. B) As doenças inflamatórias intestinais têm grandes conseqüências no estado nutricional do indivíduo devido às perdas de nutrientes. C) No caso da terapia nutricional mais adequada em fases agudas da doença de Chron há a necessidade de suspensão da dieta e posterior introdução da dieta elementar. D) Para prolongar a fase de remissão é necessária uma dieta balanceada, rica em fibras, em especial as solúveis. Além disso, o uso de ácido graxo linolênico pode favorecer o controle da produção de citocinas inflamatórias. (FUNDEP/IPSEMG/MÉDICO/NUTROLOGIA/2013) 24. Sobre a terapia nutricional do paciente crítico é CORRETO afirmar que: A) A glutamina por via parenteral está recomendada na dose de 0,3 a 0,5 g/kg/dia nos pacientes críticos com indicação de nutrição parenteral. B) Pacientes graves com IMC > 30K g/m2 são beneficiados com dieta normocalórica contendo entre 1,2 a 1,5g de proteína por Kg de peso por dia. C) As necessidades energéticas e proteicas do paciente crítico, não obeso, são de 30 a 35 Kcal/kg de peso/dia e 1,2 g/kg/dia a 2,0 g/kg/dia de proteína, dependendo do estado metabólico. D) Na ocorrência de diarreia nos pacientes críticos em uso de nutrição enteral, deve-se substituir a dieta por dieta oligomérica. (FUNDEP/IPSEMG/MÉDICO/NUTROLOGIA/2013) 25. Paciente J.R.L, 60 anos, sexo masculino,deu entrada no pronto atendimento vítima de politraumatismo, evoluiu com aumento das escórias renais, dando inicio a hemodiálise. Exames bioquímicos: uréia sérica=120 mg/dL(VR= 15 a 50 mg/dL); creatinina = 3,0 mg/dl (VR = 0,7 a 1,3mg/dl ); fósforo = 4,0 mg/dl (VR= 2,5-4,8 mg/dl); cálcio = 10 mg/dl (VR= 8,5 a 10,2 mg/dl). Assinale a alternativa que apresenta as recomendações CORRETAS para o paciente acima. A) 30 Kcal por Kg de peso; 1,5 g de proteína por Kg de peso, 1000 mg de cálcio e 1500 mg de fósforo. B) 25 Kcal por Kg de peso; 1,2 g de proteína por Kg de peso, 500 mg de cálcio e 800 mg de fósforo. C) 30 Kcal por Kg de peso; 1,5 g de proteína por Kg de peso, 1000 mg de cálcio, 800 mg de fósforo. D) 25 Kcal por Kg de peso; 1,5 g de proteína por Kg de peso, 1000 mg de cálcio e 400 mg de fósforo. (FUNDEP/IPSEMG/MÉDICO/NUTROLOGIA/2013) 26. Paciente M.L.S, 62 anos, sexo feminino, vitima de atropelamento. Diagnóstico trauma + hemotórax. Durante a internação, evoluiu com sepse. Paciente com edema em membros superiores e inferiores (+++/++++). No quinto dia de internação, após estabilidade hemodinâmica a equipe de nutrição foi chamada para avaliar o paciente. Foi feita avaliação nutricional onde se determinou a altura estimada de 1,65 cm (por meio da altura do joelho) e peso estimado de 60 kg. O diagnóstico nutricional foi de eutrofia. Necessidade energética calculada = 1800 Kcal e 60 g de proteína por dia. Conduta = Sonda nasogástrica, dieta padrão, intermitente, 60 ml/ hora a cada 2 horas. Após 03 dias a nutrição foi novamente chamada, pois a paciente apresentava diarreia além de hiperglicemia. Sobre a paciente citada no caso acima, assinale qual seria a conduta CORRETA em relação à diarréia apresentada: A) A diarréia deve ser devido à antibioticoterapia, dessa forma é recomendado manter a prescrição dietética. B) A diarréia que a paciente apresentou deve ser devido intolerância a dieta, devendo a mesma ser substituída por dieta oligomérica. C) Deve-se reduzir a velocidade de infusão da dieta, e verificar a osmolaridade da mesma. D) Em todos os pacientes de suporte enteral com quadro de diarréia, deve-se introduzir mix de fibras. (FUNDEP/IPSEMG/MÉDICO/NUTROLOGIA/2013) 27. Sobre as alterações clínicas e metabólicas da sepse, as seguintes afirmativas são corretas, EXCETO. A) A secreção aumentada de glucagon, catecolaminas e glicocorticoides é responsável pela produção de calor, catabolismo e estimulação das células alfa do pâncreas. B) Dentre os mediadores químicos relacionados ao trauma estão o fator de necrose tumoral (TNF) alfa e as interleucinas (IL) IL1 e IL-6. C) O aumento da IL-10 sinaliza para a produção de proteínas de fase aguda no fígado e diferenciação de linfócitso B em plasmócitos. D) Agentes como tromboxano A2 (TxA2), óxido nítrico, e fração 5a do complemento mantém o estado inflamatório visto no paciente séptico. (FUNDEP/UNIMED/MÉDICO/NUTROLOGIA/2009) 28. Um senhor com 62 anos de idade, vítima de politrauma, submetido a laparotomia em que se encontrou hemoperitônio decorrente de lesão hepática por trauma, foi admitido em unidade de terapia intensiva. Após reposição volêmica, o paciente apresentou pressão arterial de 143 mmHg × 84 mmHg e freqüência cardíaca de 116 bpm. A respiração foi mantida assistida, com ventilação mecânica sob TOT com SpO2 de 96%. Exames laboratoriais mostraram uréia de 34 mg%, creatinina de 0,9 mg% e glicose 102 mg%. O exame físico mostrou abdome plano, depressível, peristalse inaudível, drenos com secreções sanguinolentas residuais. Débito urinário e função renal foram considerados normais. Considerando o quadro clínico acima e a aspectos a ele correlacionados, julgue os itens a seguir. 1. O quadro do paciente impede a administração de terapia nutricional parenteral, devido às alterações hemodinâmicas a que ele foi submetido. 2. Instalação de sonda enteral em posição pós-pilórica no ato cirúrgico permite o início de nutrição enteral precoce com dieta elementar em 36 horas de pós-operatório. 3. Na vigência de estabilidade cardiocirculatória, terapia nutricional parenteral com 15% de aminoácidos totais a 20%, 30% de lipídios em triglicerídeos de cadeia longa e média e 55% de carboidratos é uma opção válida de terapia nutricional. 4. Na situação em apreço, em virtude do quadro de trauma, o mais indicado é ministrar 45 kcal para cada quilograma de peso ideal ao paciente, no intuito de manter equilíbrio metabólico. 5. O paciente em questão deve ser submetido a reposição de vitamina B12 precocemente, em virtude da lesão hepática e devido a suas escassas reservas orgânicas. Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA: A) F, V, F, F, V B) V, F, F, V, V C) F, V, V, F, F D) F, F, V, F, F (CESPE/MÉDICO/NUTROLOGIA/2008) com alterações. 29. Em relação ao uso de carboidratos em pacientes com sepse, as seguintes afirmativas são corretas, EXCETO: A) Doses maiores que 0,12g/kg/dia podem levar ao fígado gorduroso. B) Um aporte excessivo de carboidratos levará ao aumento na secreção de catecolaminas. C) O aporte excessivo de carboidratos pode levar ao aumento da produção de CO2. D) O aporte de 300g é suficiente para inibir a neoglicogênese em um paciente de 70kg. (FUNDEP/UNIMED/MÉDICO/NUTROLOGIA/2009) 30. Em relação ao uso de lipídeos em pacientes sépticos, analise as seguintes afirmativas e assinale com V as verdadeiras e com F as falsas. ( ) A mistura de 50% de triglicérides de cadeia média e cadeia longa (TCM/TCL) é mais indicada do que TCL isoladamente. ( ) Em pacientes em nutrição parenteral, o aporte de lípides deve ser de 30-40% das calorias totais. ( ) O uso de óleo de peixe por via enteral ou parenteral está associado com melhora da resposta imune, metabólica e hipertérmica. Assinale a alternativa que apresenta a sequência de letras CORRETA. A) (V) (V) (V) B) (V) (F) (V) C) (F) (V) (F) D) (F) (F) (F) (FUNDEP/UNIMED/MÉDICO/NUTROLOGIA/2009) 31. Sobre as patologias do fígado, assinale a afirmativa INCORRETA. A) Em pacientes com abuso crônico de álcool, é comum o achado de hiper homocisteinemia. B) Suplementos de vitamina A são benéficos em pacientes com cirrose alcoólica, pois melhoram a toxicidade do hepatócito causada pelo álcool. C) Formulações ricas em misturas triglicérides de cadeia média/longa mostram melhores resultados na prevenção da colestase em cirróticos que misturas triglicérides de cadeia longa. D) A avaliação nutricional de candidatos ao transplante hepático pode ser feita utilizando a avaliação global subjetiva. (FUNDEP/UNIMED/MÉDICO/NUTROLOGIA/2009) 32. A desnutrição é característica frequente em pacientes com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), estando associada tanto com morbidade quanto mortalidade nesses pacientes. Levando em consideração a afirmativa acima, assinale os itens a seguir como V quando verdadeiro ou F falso. ( ) A intervenção nutricional deve ser considerada em pacientes com DPOC com IMC < 25 kg/m2 ou perda involuntária de peso significativa (>5% no último mês). ( ) Dietas ricas em carboidratos podem aumentar a produção de CO2 e do quociente respiratório em pacientes com DPOC, mas, de maneira geral, causam menos desconforto respiratório do que as ricas em lipídeos. ( ) A dieta preconizada para o paciente com DPOC deve conter em torno de 20% de proteína, porém os excessos devem ser evitados uma vez que os aminoácidos valina, leucina e isoleucina estimulam o centro respiratório podendo induzir a fadiga muscular e dispneia. ( ) Os mecanismos fisiopatológicos da desnutrição nos pacientes com DPOC são: redução da ingestão alimentar devidoà reserva respiratória limitada; aumento do gasto energético; redução do aproveitamento de nutrientes devido a hipoxia. Assinale a sequência CORRETA. A) (V) (F) (F) (F) B) (F) (F) (F) (F) C) (F) (V) (F) (V) D) (F) (V) (V) (V) (FUNDEP/IPSEMG/MÉDICO/NUTROLOGIA/2013) 33. Em relação ao paciente hepatopata crônico assinale a alternativa INCORRETA. A) Pacientes com cirrose descompensada e ascite devem receber dieta hiperproteica e hipossódica. B) Pacientes com doença hepática em estágio final devem receber dieta hipoproteica, a fim de se prevenir a encefalopatia hepática. C) Na terapia nutricional dos pacientes cirróticos deve-se optar pelas fontes proteicas a base de proteína vegetal e laticínios por serem fontes de aminoácidos de cadeia ramificada. D) A passagem de sonda está contra indicada somente nos pacientes com varizes esofágicas ativas ou com risco de sangramento importante. (FUNDEP/IPSEMG/MÉDICO/NUTROLOGIA/2013) 34. Em relação à doença pulmonar obstrutiva crônica, pode-se afirmar que: A) A prevalência de subnutrição nos pacientes portadores de DPOC diminui drasticamente nos últimos anos pelo uso da nutrição parenteral. B) A perda de peso está associada à anorexia e dificuldade de ingestão alimentar pela própria dispenia. C) A subnutrição não contribui para a dificuldade ventilatória. D) A perda de massa magra pode ser revertida com o uso de corticoides. (IBFC/EBSERH/HUB/MÉDICOS/NUTROLOGIA/2013) 35. Analise as afirmativas abaixo em relação a um paciente desnutrido com enfisema pulmonar e com indicação de suporte nutricional. 1. Deve-se indicar nutrição parenteral total, já que a passagem da sonda nasogástrica leva ao risco de aspiração. 2. Dietas contendo mais de 50% de lípides podem causar imunossupressão. 3. As dietas devem ser hiperlipídicas, hiperproteicas e hipoglicídicas para reduzir a retenção de CO2. A partir dessa análise, pode-se concluir que A) Nenhuma afirmativa está correta. B) Apenas as afirmativas I e II estão corretas. C) Apenas as afirmativas II e III estão corretas. D) Todas as afirmativas estão corretas. (FUNDEP/FHEMIG/MÉDICO NÍVEL III/NUTROLOGIA/2009) 36. Em relação às características encontradas em pacientes hipermetabólicos e seu tratamento nutricional, é INCORRETO afirmar: A) Que a glicose deve ser dada em taxa de 2 a 5 g/kg/peso/dia, sendo, muitas vezes, necessário o uso de insulina para o controle glicêmico. B) Que a administração de 25 a 30 kcal/kg peso corporal é adequada para a maioria das situações de hipermetabolismo. C) Que, em paciente em dieta enteral com tolerância menor que 50% do seu objetivo calórico, deve-se suspender a nutrição enteral e iniciar nutrição parenteral total. D) Que o uso de lipídeos nesses pacientes tem a função de aumentar a carga calórica e prevenir a deficiência de ácidos graxos essenciais. (FUNDEP/FHEMIG/MÉDICO NÍVEL III/NUTROLOGIA/2009) 37. Sobre o suporte nutricional no paciente cirúrgico, é CORRETO afirmar que: A) Pacientes nutridos, mas sem aporte de nutrientes por mais de sete dias, têm indicação de suporte nutricional pré-operatório. B) O suporte nutricional deverá ser instituído ao menos 15 a 20 dias antes de uma cirurgia eletiva para ser eficaz em prevenir complicações pré-operatórias. C) Pacientes traumatizados devem receber 50-60% de suas calorias como lipídeos para minimizar a intolerância à glicose comum ao trauma. D) O suporte nutricional deve ser implantado no pós-operatório de pacientes politraumatizados com o objetivo de alcançar o anabolismo proteico nessa fase. (FUNDEP/FHEMIG/MÉDICO NÍVEL III/NUTROLOGIA/2009) 38. Sobre o paciente com câncer, assinale a afirmativa INCORRETA. A) Pacientes com caquexia por câncer apresentam aumento da degradação e síntese proteicas, resultando em maior taxa de renovação (turnover) proteica. B) Fatores relacionados com a caquexia do câncer são o fator de necrose tumoral (TNF) alfa, interleucina (IL)-6 e leptina. C) A pancreatoduodenectomia resulta em anorexia, saciedade precoce, trânsito rápido e diarreia. D) Nutrição parenteral total associada à quimioterapia melhora a resposta à quimioterapia e reduz sua toxicidade. (FUNDEP/FHEMIG/MÉDICO NÍVEL III/NUTROLOGIA/2009) Gabarito 1) C 20) A 2) A 21) C 3) E 22) B 4) A 23) C 5) D 24) A 6) B 25) C 7) A 26) C 8) D 27) B 9) B 28) C 10) C 29) D 11) A 30) B 12) B 31) B 13) D 32) D 14) D 33) B 15) B 34) B 16) B 35) C 17) C 36) C 18) D 37) A 19) C 38) D CAPÍTULO 7: Síndrome Metabólica Síndrome Metabólica A Síndrome Metabólica (SM), descrita por Gerard Reaven em 1979, inicialmente batizada de Síndrome X ficou conhecida como “a doença do século XXI”, caracteriza-se pela resistência à insulina. A SM é diagnosticada através do “quarteto mortal”: Obesidade central Hiperglicemia Dislipidemia Hipertensão Questões Texto para as questões 1 e 2 Um paciente de cinquenta e nove anos de idade, obeso, sedentário, tabagista, procurou o médico nutrólogo, queixando-se de pré-cordialgia e canseira aos esforços moderados que ocorriam havia três meses. Há cinco anos o paciente foi diagnosticado com hipertensão arterial, tratada durante um ano. Seus exames há quatro anos apresentaram os seguintes resultados: glicemia em jejum = 138 mg/dl. Exame físico: PA = 160 x 100 mmHg; FC = 96 bpm; coração: bulhas rítmicas, A2 hiperfonética, sem sopros; pulmões com MV presente, simétrico, sem ruídos adventícios; abdome sem visceromegalias; MMII sem edema. Na segunda consulta: PA = 150 x 100 mmHg; glicemia de jejum = 276 mg/dL; hemoglobina glicosilada = 11,2%; colesterol total= 300 mg/dL; HDL = 47 mg/dL; LDL = 177 mg/dL e triglicerídeos = 380 mg/dL. A prova de esforço foi negativa para isquemia. 1. Com relação ao caso clínico apresentado, é correto afirmar que o paciente A) Necessita realizar o exame de curva glicêmica para confirmação do diagnóstico de diabetes melito e início do tratamento. B) Apresenta apenas um exame com resultado anormal e precisa realizar novamente um exame de glicemia para confirmação do diagnóstico. C) É diabético e necessita de tratamento imediato com dieta e exercício físico. D) É diabético e seus níveis glicêmicos indicam tratamento com insulina. E) É diabético e seus níveis glicêmicos indicam internação para compensação. (CESPE/SESA-ES/MÉDICO/2013) QUESTÃO 63 2. No que se refere à relação entre a hipertensão arterial e a condição desse paciente, assinale a opção correta. A) O paciente apresenta hipertensão do avental branco, já que não apresenta sintomatologia compatível com os níveis pressóricos. B) O paciente é hipertenso, e o tratamento, no momento, deve incluir apenas exercícios físicos adequados e orientação nutricional. C) O paciente é hipertenso, e os achados dos exames indicam a necessidade de internação para compensação do quadro. D) O paciente é hipertenso e deve ser submetido a tratamento medicamentoso, além de exercícios físicos adequados e orientação alimentar. E) O paciente necessita de acompanhamento por mais trinta dias para confirmação do diagnóstico de hipertensão. (CESPE/SESA-ES/MÉDICO/2013) Texto para as questões 3 e 4 Um paciente de quarenta e nove anos de idade, negro, sedentário, ex- tabagista, procurou um médico nutrólogo, queixando-se de cansaço em esforços moderados que persistiam havia três meses, além de ganho de peso. Seus exames laboratoriais apresentaram os seguintes resultados: glicemia em jejum = 240 mg/dL; hemoglobina glicosilada = 9,8%; colesterol total = 280 mg/dL; HDL =34 mg/dL; LDL = 167 mg/dL e triglicerídeos = 440 mg/dL. A prova de esforço foi negativa para isquemia. No exame físico, o peso do paciente foi de 105 kg; altura, 168 cm e PA = 150 × 100 mmHg. Observou-se aumento de gordura localizada no abdome e nas coxas, além de acantose nigricans no pescoço e nas axilas. QUESTÃO 67 3. O diagnóstico de síndrome metabólica nesse paciente é definido por: A) Glicemia, pressão arterial e taxa de triglicerídeos. B) IMC, glicemia e acantose nigricans. C) IMC, crise hipertensiva e colesterol LDL. D) Pressão arterial, taxa de colesterol HDL e acantose nigricans. E) IMC, acantose nigricans e pressão arterial. (CESPE/SESA-ES/MÉDICO/2013) 4. Assinale a opção em que são apresentados os dados do paciente que confirmam a presença de acantose nigricans. A) Obesidade, colesterol total= 280 mg/dL, HDL = 34 mg/dL B) Etnia negra, HDL = 34 mg/dL, obesidade C) Glicemia de jejum 240 mg/dL, obesidade, etnia negra D) Hemoglobina glicosilada = 9,8%, colesterol total = 280 mg/dL, triglicerídeos = 440 mg/dL E) PA = 150 mmHg × 100 mmHg, etnia negra, hemoglobina glicosilada = 9,8% (CESPE/SESA-ES/MÉDICO/2013) Texto para a questão 5 Joana, de quinze anos de idade, procurou um nutrólogo com queixa de excesso de peso. Relatou os seguintes hábitos alimentares: não faz a primeira refeição, porque acorda apressada para ir à escola; no recreio, come biscoitos ou batatas fritas industrializadas com refrigerante; come, no mínimo, duas vezes por semana, em lanchonete fast food; almoça e janta normalmente, com arroz, feijão, farinha, carne e batatas fritas; come verduras, gosta de frutas, mas prefere os doces. Joana disse que assiste à televisão, aproximadamente, durante três horas por dia. Segundo relato da mãe, o fato de estar com o peso elevado deixa Joana muito deprimida. Joana teve a menarca aos dez anos de idade e, há um ano, vem apresentando alterações do ciclo menstrual, caracterizadas por menstruações a intervalos que variam de sessenta a setenta dias. Seu peso atual é de 76,5 kg, e sua altura é de 150 cm. No exame físico, notou-se hipertrofia amigdaliana e tireoide palpável. Havia aumento de gordura localizada no abdome e nas coxas, além de acantose nigricans no pescoço e nas axilas. A paciente apresentou glicemia em jejum igual a 115 mg/dL e PA de 130 mmHg x 90 mmHg. Os pais de Joana são obesos. A mãe é portadora de diabetes melito, e o pai é hipertenso. QUESTÃO 75 5. O dado da adolescente que confirma a presença de acantose nigricans é: A) Aalteração do ciclo menstrual. B) PA=130 mmHg × 90 mmHg. C) Glicemia de jejum de 115 mg/dL. D) Tireoide palpável. E) Menarca precoce. (CESPE/SESA-ES/MÉDICO/2013) 6. A Síndrome Metabólica (SM) corresponde ao quadro composto por aumento da circunferência abdominal, aumento dos níveis de triglicérides, glicemia e da pressão arterial sistêmica. Sobre as alterações observadas nessa síndrome, assinale a alternativa correta. A) A geração do radical superóxido está aumentada em decorrência da diminuição da expressão da enxima NADPH-oxidase do tecido adiposo. B) A expressão das enzimas antioxidantes do adipócito (superóxido dismutase, glutationa peroxidase e catalase) está aumentada na SM como resposta ao estresse oxidativo aumentado. C) A deficiência de arginina e/ou da tetraidrobiopterina (BH4) corresponde às condições responsáveis pelo aumento da espécie reativa de nitrogênio (radical óxido nítrico), o que pode resultar em contração do vaso. D) O aumento da geração de espécies reativas do oxigênio (Radicais Livres de Oxigênio) que ocorre na SM está associado à diminuição de adiponectina e também de seu regulador (PPAR-gama). (IBFC/EBSERH/HUB/MÉDICOS/NUTROLOGIA/2013) 7. No diabetes tipo II a dieta é ferramenta fundamental no tratamento e no controle de suas complicações. Em relação à dietoterapia do diabético, a dieta deve A) Ter restrição de lipídeos. B) Ter restrição de carboidratos. C) Ter restrição de proteínas. D) Ser individualizada de acordo com as necessidades e controles bioquímicos do paciente. E) Ter restrição de lipídeos e carboidratos. (FCC/FHEMIG/MÉDICO NÍVEL III/2013) 8. O diabetes apresenta várias complicações, destacando-se entre elas, a neuropatia diabética, onde o achado clínico mais comum é: A) Disfagia. B) Polineuropatia periférica. C) Mononeuropatia periférica. D) Fenômeno de Raynaud. E) Oftalmoplegia. (FCC/FHEMIG/MÉDICO NÍVEL III/2013) Gabarito 1) D 5) C 2) D 6) D 3) A 7) D 4) C 8) B CAPÍTULO 8: Dislipidemia No processo de aterogênese, a aterosclerose ocorre como doença inflamatória evolutiva, crônica, de origem multifatorial, em resposta a agressão endotelial, comprometendo camadas íntimas de artérias de médio e grande calibres. A placa aterosclerótica se forma a partir da agressão ao endotélio vascular devida a: elevação de lipoproteínas aterogênicas, hipertensão arterial ou tabagismo. Em seguida, a disfunção endotelial aumenta a permeabilidade da camada íntima às lipoproteínas, favorecendo a sua retenção no espaço subendotelial. Partículas de LDL tornam-se retidas, sofrendo oxidação. O depósito de lipoproteínas na parede arterial ocorrerá de acordo com a concentração delas no plasma. O surgimento de moléculas de adesão leucocitária na superfície do endotélio também ocorre na disfunção endotelial. Essas moléculas são responsáveis pela atração de monócitos e linfócitos para a parede arterial. Proteínas quimiotáticas induzem monócitos a migrar para o espaço subendotelial, onde se diferenciam em macrófagos, captando as LDL oxidadas. Os macrófagos repletos de lipídios chamados de células espumosas, compõem basicamente as estrias gordurosas, lesões macroscópicas iniciais da aterosclerose. A primeira manifestação da doença aterosclerótica é um evento coronariano agudo em aproximadamente 50% dos indivíduos que o apresentam. Portanto, identificar indivíduos assintomáticos predispostos é primordial para a prevenção por meio de metas terapêuticas bem definidas. A criação de algoritmos surgiu com a finalidade de identificar o risco global de ocorrência de eventos clínicos, e dentre esses algoritmos destaca-se o Escore de Risco de Framingham (ERF), que consegue selecionar adequadamente indivíduos de alto e baixo risco, estimando a probabilidade de ocorrer infarto do miocárdio ou morte por doença coronária no período de 10 anos em indivíduos sem diagnóstico prévio de aterosclerose clínica. Escore de Risco de Framingham (ERF) em homens. Escore de Risco de Framingham (ERF) em mulheres. Através do ERF, estimam-se indivíduos sem doença aterosclerótica significativa em três modalidades, considerando a probabilidade de infarto ou morte por doença coronariana no período de 10 anos: Baixo risco: < 10% Médio risco: 10% a 20% Alto risco: > 20% SITUAÇÕES QUE AUMENTAM A CLASSIFICAÇÃO DE RISCO INICIAL Doença Coronariana familiar prematura Síndrome Metabólica Hipertorfia VE Creatinina > 1,5mg/dL PCD >3mg/L IMT >1 TRATAMENTO DAS DISLIPIDEMIAS NÃO MEDICAMENTOSO Ácido Graxo monoinsaturado (ex.: Oliva) Diminuir gordura Trans Beta Sitosterol 3g /dia Atividade Física MEDICAMENTOSO Estatinas 10 a 80 mg /dia Ezetimibe 10mg/diaColestiramina 4g /dia Fibratos 400 a 1200 mg /dia Ácido Nicotínico 500 a 2000 mg / dia Ômega 3 – 1 a 10 g /dia Questões Texto para as questões 1 e 2: Joana, de quinze anos de idade, procurou um nutrólogo com queixa de excesso de peso. Relatou os seguintes hábitos alimentares: não faz a primeira refeição, porque acorda apressada para ir à escola; no recreio, come biscoitos ou batatas fritas industrializadas com refrigerante; come, no mínimo, duas vezes por semana, em lanchonete fast food; almoça e janta normalmente, com arroz, feijão, farinha, carne e batatas fritas; come verduras, gosta de frutas, mas prefere os doces. Joana disse que assiste à televisão, aproximadamente, durante três horas por dia. Segundo relato da mãe, o fato de estar com o peso elevado deixa Joana muito deprimida. Joana teve a menarca aos dez anos de idade e, há um ano, vem apresentando alterações do ciclo menstrual, caracterizadas por menstruações a intervalos que variam de sessenta a setenta dias. Seu peso atual é de 76,5 kg, e sua altura é de 150 cm. No exame físico, notou-se hipertrofia amigdaliana e tireoide palpável. Havia aumento de gordura localizada no abdome e nas coxas, além de acantose nigricans no pescoço e nas axilas. A paciente apresentou glicemia em jejum igual a 115 mg/dL e PA de 130 mmHg x 90 mmHg. Os pais de Joana são obesos. A mãe é portadora de diabetes melito, e o pai é hipertenso. 1. Assinale a opção em que são apresentados os dados que comprovam o diagnóstico de síndrome metabólica em Joana. A) IMC, glicemia e acantose nigricans B) Menarca precoce, IMC e colesterol LDL C) Pressão arterial, colesterol HDL e acantose nigricans D) Menarca precoce, acantose nigricans e IMC E) Pressão arterial, glicemia e triglicerídeos (CESPE/SESA-ES/MÉDICO/2013) 2. Joana retornou ao consultório para uma segunda consulta após dois meses. Não houve ganho ou perda de peso. A paciente referiu dificuldade em seguir as orientações dietéticas e trouxe os seguintes resultados laboratoriais: colesterol total aumentado; triglicérides aumentado; LDL colesterol aumentado; HDL colesterol normal; T3 normal; T4 normal; TSH normal e ausência de anticorpos antitireoidianos. Considerando o lipidograma e o quadro clínico atual de Joana, a conduta terapêutica mais adequada é: A) Iniciar hipoglicemiante oral em baixas doses, devido aos riscos do diabetes melito. B) Acrescentar fibratos, em virtude dos riscos cardiovasculares. C) Acrescentar estatina e hipoglicemiante oral. D) Insistir na orientação dietética, apesar dos riscos. E) Acrescentar estatina devido aos riscos cardiovasculares. (CESPE/SESA-ES/MÉDICO/2013) 3. Os agentes farmacológicos disabsortivos no tratamento da obesidade e da hipercolesterolemia são, respectivamente: A) Orlistate e fibrato. B) Orlistate e sinvastatina. C) Sibutramina e sinvastatina. D) Orlistate e ezetimiba. (IBFC/EBSERH/HUB/MÉDICOS/NUTROLOGIA/2013) 4. Quanto à determinação do perfil lipídico, é correto afirmar que ela é recomendada, a partir dos dois anos de idade, quando: A) Avós, pais, irmãos e primos apresentam lipidúria. B) Há clínica de dislipidemia. C) Inexistem outros fatores de risco. D) Há acometimento por doenças infecciosas, como pneumonia e diarreias agudas. E) há utilização de contraceptivos, imunossupressores, corticoides, antirretrovirais e outras drogas que possam induzir elevação do clearance de lipídeos plasmáticos. (IADES/EBSERH/MÉDICO-NUTR.PEDIÁT./HU-UFBA/2014) 5. Existe um aumento crescente na hipercolesterolemia na população mundial. A droga que atua bloqueando a absorção intestinal do colesterol proveniente de dieta é a: A) colestiramina. B) fenilefrina. C) ezetimiba. D) acarbose. E) orlistat. (FCC/FHEMIG/MÉDICO NÍVEL III/2013) Gabarito 1) E 2) D 3) D 4) B 5) A CAPÍTULO 9: Obesidade e Cirurgias da Obesidade O prejuízo à saúde, a redução da qualidade de vida e da perspectiva de duração da vida associados à falha de tratamentos conservadores para obesidade favorecem a indicação da terapêutica cirúrgica em casos selecionados. Em 2005, por meio da Resolução nº 1.766, o CFM estabeleceu normas seguras para o tratamento cirúrgico da obesidade mórbida definindo indicações, procedimentos aceitos e equipe. Em 2010, a Resolução nº 1.942 atualizou a norma anterior. Dentre as considerações é importante salientar as indicações transcritas abaixo do próprio documento: Pacientes com Índice de Massa Corpórea (ICM) acima de 40 kg/m2. Pacientes com IMC maior que 35 kg/m2 e co-morbidades (doenças agravadas pela obesidade e que melhoram quando a mesma é tratada de forma eficaz) que ameacem a vida, tais como diabetes, apneia do sono, hipertensão arterial, dislipidemia, doença coronariana, osteo-artrites e outras. Idade: maiores de 18 anos. Idosos e jovens entre 16 e 18 anos podem ser operados, mas exigem precauções especiais e o custo/benefício deve ser muito bem analisado. Obesidade estável há pelo menos cinco anos. Pelo menos dois anos de tratamento clínico prévio, não eficaz. Ausência de drogas ilícitas ou alcoolismo. Ausência de quadros psicóticos ou demenciais graves ou moderados. Compreensão, por parte do paciente e de seus familiares, dos riscos e mudanças de hábitos inerentes a uma cirurgia de grande porte e da necessidade de acompanhamento pós-operatório com a equipe multidisciplinar por toda a vida do paciente. A resolução estabelece também os procedimentos (cirurgias) aceitos, classificados conforme segue: RESTRITIVAS CIRURGIAS MISTAS COM MAIOR COMPONENTE RESTRITIVO CIRURGIAS MISTAS COM MAIOR COMPONENTE DIABSORTIVO Questões Texto para questões 1 e 2 Uma paciente de quarenta e cinco anos de idade, considerando-se acima do peso, procurou atendimento com um médico nutrólogo para avaliação e orientação. Inicialmente, a paciente relatou que come pouco, logo não entende sua dificuldade de perder peso. Ao ser questionada sobre seus hábitos, a paciente acrescentou que não faz restrições alimentares, não fuma, não pratica atividades físicas regulares e que, aos fins de semana, costuma beber cerveja. Informou, ainda, que, havia um ano, tinha sido diagnosticada com diabetes melito e que, em função desse diagnóstico, recebera orientação para realizar exercícios físicos e restrições na dieta. O exame físico ambulatorial indicou peso = 82kg; altura = 157 cm; PA = 146 mmHg × 90 mmHg; concentração de gordura no abdome e no pescoço; abdome globoso, sem presença de dor, massas ou visceromegalias e MMII com varizes calibrosas e edema (1/4). A paciente trouxe à consulta vários exames que tinham sido realizados, havia três meses, a pedido do médico da emergência hospitalar, em função de ela ter apresentado dor de grande intensidade, do tipo ardência pós-brandial, em quadrante superior do abdome. Entre os exames realizados durante o atendimento de emergência constavam radiografias de rotina para abdome agudo, que apresentavam resultados normais, EAS, que também apresentou resultado normal, e ultrassonografia abdominal, que evidenciou a presença de quatro cálculos na vesícula biliar, medindo cada um em torno de1×1 cm. O médico nutrólogo pediu a realização de vários exames laboratoriais, cujos resultados foram: provas de função e inflamação hepática normais; amilase normal; glicemia em jejum = 110 mg/dL; glicemia pós-brandial (realizada após a refeição = 180 mg/dL; hemoglobina glicosilada (AIC) = 7,0%; creatina de 1,0 mg/dL; colesterol total = 230 mg/dL; LDL = 150 mg/dL; HDL = 35 mg/dL; triglicerídeos = 250 mg/dL. 56 1. Com base no quadro clínico acima apresentado, assinale a opção em que é apresentado o diagnóstico da paciente. A) Obesidade grau II B) Obesidade grau III C) Peso normal D) Acima do peso E) Obesidade grau I (CESPE/SESA-ES/MÉDICO/2013) 2. Considerando o caso clínico apresentado, assinale a opção correta acerca da indicação de cirurgia bariátrica à paciente. A) A cirurgia é indicada independentemente dos riscos associados à HAS e à diabetes melito, considerando-se o IMC da paciente. B) A cirurgia é indicada independentemente dos riscos associados ao diabetes melito e ao IMC apresentado pela paciente. C) A cirurgia é indicada independentemente do risco de doenças cardiovasculares. D) A cirurgia não é indicada, devido aos riscos de complicações no pós- operatório, apesar do IMC da paciente. E) A cirurgia não é indicada, apesar dos riscos associados, considerando-se o IMC da paciente. (CESPE/SESA-ES/MÉDICO/2013) 3. Assinale a opção em que é apresentada a principal origem da síndrome de dumping com esteatorreia e hipoglicemia pós- gastrojejunostomia Billroth II. A) Deficiência de zinco B) Deficiência de vitamina B12 C) Insuficiência de enzimas pancreáticas D) Deficiência de ferro E) Discinesia biliar (CESPE/SESA-ES/MÉDICO/2013) 4. Na gastrectomia parcial distal com Bilroth II ocorre má absorção dos lipídios e de: A) Magnésio e vitamina B1. B) Vitamina A e vitamina C. C) Magnésio e cálcio. D) Ferro e vitamina B12. E) Manganês e potássio. (CESPE/SESA-ES/MÉDICO/2013) QUESTÃO 65 5. A prescrição dietética na pós-gastrectomia tem como finalidade facilitar a passagem do quimo, que pode ser obtida com: A) Aumento na consistência das preparações e redução no volume das porções. B) Redução na consistência das preparações e aumento no volume das porções. C) Aumento na consistência das preparações e no volume das porções. D) Redução na consistência das preparações e no volume das porções. E) Aumento na consistência líquida, sem resíduo ácido. (CESPE/SESA-ES/MÉDICO/2013) QUESTÃO 66 6. Após cirurgia gástrica, frequentemente os pacientes perdem peso, atingindo níveis bem abaixo dos anteriores à operação. Esse fato parece resultar tanto da redução na ingestão calórica quanto de uma discreta má absorção. Nesses casos, além de rica em proteína, a dieta deverá ser classificada, em relação ao lipídio e ao carboidrato, respectivamente, como: A) Pobre e pobre. B) Rica e rica. C) Moderada e moderada. D) Moderada e pobre. E) Moderada e rica. (CESPE/SESA-ES/MÉDICO/2013) Texto para a questão 7 Um paciente de quarenta e nove anos de idade, negro, sedentário, ex- tabagista, procurou um médico nutrólogo, queixando-se de cansaço em esforços moderados que persistiam havia três meses, além de ganho de peso. Seus exames laboratoriais apresentaram os seguintes resultados: glicemia em jejum = 240 mg/dL; hemoglobina glicosilada = 9,8%; colesterol total = 280 mg/dL; HDL = 34 mg/dL; LDL = 167 mg/dL e triglicerídeos = 440 mg/dL. A prova de esforço foi negativa para isquemia. No exame físico, o peso do paciente foi de 105 kg; altura, 168 cm e PA = 150 × 100 mmHg. Observou-se aumento de gordura localizada no abdome e nas coxas, além de acantose nigricans no pescoço e nas axilas. 7. Assinale a opção em que é apresentada a classificação desse paciente quanto ao peso. A) Obesidade grau II B) Obesidade grau III C) Peso normal D) Acima do peso E) Obesidade grau I (CESPE/SESA-ES/MÉDICO/2013) 8. No tratamento de pacientes com excesso de peso, pode acontecer o chamado “platô”, no qual o peso se mantém estável, a despeito da manutenção do tratamento. O achado encontrado que contribui para a estabilização do peso é a: A) Hiperinsulinemia B) Hiperglicemia C) Diminuição dos níveis de leptina D) Diminuição das citocinas adipocitárias (IBFC/EBSERH/HUB/MÉDICOS/NUTROLOGIA/2013) 9. Paciente feminina de 58 anos se submeteu a Cirurgia de Scopinaro há 10anos. Apresenta, há 2 meses, edema de membros inferiores, dispneia aos moderados esforços, dispneia paroxística noturna e inapetência. Ao exame físico está taquicárdica, com turgência jugular e edema de membros inferiores, hepatomegalia dolorosa, estertores crepitantes em bases de ambos hemitóraz e terceira bulha à ausculta cardiorrespiratória. Dentre os nutrientes abaixo, aquele cuja deficiência NÃO explica o quadro clínico da paciente é: A) Manganês B) Tiamina C) Ferro D) Cobre (IBFC/EBSERH/HUB/MÉDICOS/NUTROLOGIA/2013) 10. A cirurgia bariátrica é um método invasivo e radical para a redução da obesidade refratária ao tratamento clínico e medicamentoso e está contraindicada em pacientes com: A) Expectativa de aderir ao tratamento pós-operatório, incluindo realização dos exames necessários, comparecimento às consultas médicas e uso correto da suplementação dietética. B) Tentativas pregressas frustradas de perda de peso com emprego de dietas e programas não cirúrgicos. C) IMC ³ 35 Kg/m2 com comorbidades. D) IMC ³ 40 Kg/m2 sem comorbidades. E) Distúrbios psiquiátricos graves ou que não se comprometam a modificar o seu estilo de vida após a cirurgia. (IADES/EBSERH/MÉDICO/HUUFBA/2014) 11. NÃO são consideradas complicações decorrentes da obesidade exógena: A) Hipertensão Arterial Sistêmica, Diabetes Mellitus tipo II e Dislipidemia. B) Síndrome Metabólica, Síndrome de Pick-Wick e Pseudotumor cerebri. C) Síndrome de Cushing, Doença de Graves e Diabetes Mellitus tipo I. D) Síndrome de Pick-Wick, Pseudotumor cerebri e Síndrome de Cushing. E) Diabetes Mellitus tipo II, Síndrome Metabólica e Dislipidemia. (FCC/FHEMIG/MÉDICO NÍVEL III/2013) 12. A avaliação laboratorial no seguimento ambulatorial de pacientes submetidos à cirurgia bariátrica deve consistir de: A) Hemograma, vitamina B12 e Leptina. B) Colesterol total e frações, enzimas hepáticas, proteínas totais e frações. C) Densitometria óssea, glicemia e insulina de jejum e ácido úrico. D) Hemograma, proteínas totais e frações, cálcio sérico e vitamina D. E) Leptina, DEXA, cálcio sérico e paratormônio. (FCC/FHEMIG/MÉDICO NÍVEL III/2013) 13. A sibutramina é indicada no tratamento da obesidade, e deve ser usada em conjunto com dieta e exercícios, como parte de um programa de perda de peso. A ação desta droga é: A) Serotoninérgica. B) Anticolinérgica. C) Adrenérgica. D) Inibidora da lipase pancreática. E) Muscarínica. (FCC/FHEMIG/MÉDICO NÍVEL III/2013) 14. A cirurgia bariátrica está indicada em pacientes obesos que, além da obesidade, apresentam complicações desta doença, como diabetes tipo II, dislipidemia, hipertensão etc., e que apresentam índice de massa corpórea (IMC em g/m2) igual ou superior a: A) 45. B) 25. C) 30. D) 40. E) 35. (FCC/FHEMIG/MÉDICO NÍVEL III/2013) 15. A obesidade é uma doença cada vez mais comum, cuja prevalência já atinge proporções epidêmicas. A doença mais prevalente na população obesa é a: A) Leucemia linfoide aguda. B) Osteoporose. C) Litíase urinária. D) Enxaqueca. E) Doença de Graves. (FCC/FHEMIG/MÉDICO NÍVEL III/2013) 16. Segundoa Sociedade Americana de Obesidade (The Obesity Society), assinale a droga que NÃO se relaciona com o ganho de massa gorda após a cirurgia bariátrica. A) Valproato B) Bloqueadores beta adrenérgicos C) Sulfonilurei D) Sinvastatina (FUNDEP/UNIMED/MÉDICO/NUTROLOGIA/2009) 17. Sobre o manejamento nutricional em pacientes submetidos à cirurgia bariátrica, analise as seguintes afirmativas e assinale com V as verdadeiras e com F as falsas. ( ) O sucesso da cirurgia pode ser classificado como a aquisição de um IMC entre 25 a 30 kg/m2, nos primeiros 18 meses de pós-cirurgia. ( ) A suplementação de proteínas está indicada para aqueles que ingerem menos que 60g de proteína/dia, após aconselhamento nutricional, independentemente do peso corporal. ( ) A deficiência de cálcio é melhor tratada com citrato de cálcio se comparado com carbonato de cálcio, devido à falta de acidez gástrica Assinale a alternativa que apresenta a sequência de letras CORRETA. A) (V) (V) (V) B) (V) (F) (F) C) (F) (V) (V) D) (F) (F) (F) (FUNDEP/UNIMED/MÉDICO/NUTROLOGIA/2009) 18. Segundo as diretrizes da Sociedade Americana de Obesidade (The Obesity Society - 2009), sobre o cuidado nutricional após bypass gástrico em Y de Roux, analise as seguintes afirmativas e assinale com V as verdadeiras e com F as falsas. ( ) Pacientes devem ser desencorajadas a engravidarem nos primeiros 18 meses após a cirurgia, devido ao risco de defeitos do tubo neural, sangramento gastrointestinal e anemia. ( ) A introdução de fontes proteicas na alimentação deve ser feita após a 4a semana pós-operatória, uma vez que sua introdução em tempo mais precoce acarretará vômitos e diarreia. ( ) A suplementação profilática de vitamina B12 é feita por via intramuscular uma vez que a suplementação oral é ineficaz pela ausência de fator intrínseco. Assinale a alternativa que apresenta a sequência de letras CORRETA. A) (V) (V) (V) B) (F) (V) (V) C) (V) (F) (F) D) (F) (F) (F) (FUNDEP/UNIMED/MÉDICO/NUTROLOGIA/2009) 19. Com relação à obesidade, analise as afirmativas seguintes. 1. A obesidade e a resistência à insulina estão relacionadas a níveis altos de produção de TNF-alfa, IL-6 e leptina pelos adipócitos. 2. As dietas com melhor resultado em longo prazo são as dietas com restrição acentuada de calorias, aquelas com 600 a 1200 kcal. 3. Um dos fatores que predispõe à obesidade é a obesidade materna ou o ganho de peso excessivo durante a gestação. 4. No caso de obesidade em crianças menores de 7 anos a melhor conduta é a restrição calórica, ou seja, o fornecimento de calorias abaixo da EER recomendada para a faixa etária. Estão CORRETAS as afirmativas: A) II, III e IV apenas. B) II e IV apenas. C) I e III apenas. D) I, III e IV apenas. (FUNDEP/IPSEMG/MÉDICO/NUTROLOGIA/2013) 20. Sobre as implicações nutricionais da cirurgia bariátrica é CORRETO afirmar que: 1. Para que o paciente possa ser submetido à cirurgia bariátrica é necessário que o mesmo seja maior de idade, apresente IMC acima de 40 kg/m2 ou 35 kg/m2 com co-morbidades associadas. 2. Os sinais e sintomas mais comuns que aparecem em média 6 meses após a cirurgia são, alopecia, náuseas, vômitos e diarreia. 3. A conduta nutricional mais adequada logo após a cirurgia, ainda em ambiente hospitalar é dieta líquida restrita composta por chás, sucos coados e caldo de legumes. 4. As deficiências nutricionais mais comuns decorrentes da cirurgia bariátrica são: anemia ferropriva, deficiência de vitamina B12 e déficit de proteínas. Estão CORRETAS as afirmativas: A) I, III e IV apenas. B) II, III e IV apenas. C) I, II, III e IV. D) I, II e III apenas. (FUNDEP/IPSEMG/MÉDICO/NUTROLOGIA/2013) 21. Um paciente obeso, com 52 anos de idade e 124 kg, PA = 164 mmHg × 104 mmHg e IMC igual a 41, apresentou quadro de desconforto respiratório, edema de membros inferiores e intolerância ao decúbito de instalação progressiva. Exames complementares demonstraram glicemia = 134 mg%, colesterol total = 287 mg/dL, frações LDL = 194 mg/dL, HDL = 38 mg/dL, VLDL = 55 mg/dL, triglicerídios = 306 mg/dL. Gasometria arterial com PaO2 = 76 mmHg, PaCO2 = 68 mmHg, HCO3 – = 28 mmol/mL, BE = +6, Sat O2 = 84%. Considerando o quadro clínico acima descrito, julgue os itens que se seguem. 1. O paciente é portador de obesidade de grau III, segundo a OMS, e síndrome metabólica, não sendo indicado para o caso tratamento cirúrgico da obesidade devido a quadro de insuficiência cardíaca concomitante. 2. No quadro em apreço, constitui medida terapêutica indicada: dieta restrita em sal, com rigor de um grama de adição por grande refeição (total de 4 g a 6 g por dia), associada ao uso de sibutramina para o tratamento da obesidade. 3. As alterações laboratoriais encontradas no lipidograma, particularmente os altos níveis séricos de triglicérides, limitam o percentual de lipídios a ser recomendado na dieta do paciente em questão a 10% do valor calórico total. 4. A despeito dos transtornos cardiocirculatórios apresentados pelo paciente descrito, deve-se manter oferta de líquidos com restrições aferidas, segundo balanço hídrico rigoroso, considerando a água contida nos alimentos. 5. O uso de metformina é indicado para aumentar a sensibilidade à insulina e diminuir a morbidade e mortalidade cardiovascular. Assinale a alternativa que apresente a sequência CORRETA: A) F, F, F, V, V B) V, F, F, V, V C) F, V, F, V, F D) F, F, F, V, F (CESPE/MÉDICO/NUTROLOGIA/2008) com alterações. Gabarito 1) E 12) D 2) E 13) A 3) C 14) E 4) D 15) C 5) D 16) D 6) D 17) C 7) A 18) C 8) C 19) C 9) A 20) C 10) E 21) A 11) C CAPÍTULO 10: Nutrologia e fases da vida Além da individualização da terapia nutrológica conforme a patologia, o médico deve ser capaz de identificar as necessidades nutrológicas e acordo com a fase do ciclo da vida do paciente. NUTRIÇÃO NO ESTÁGIO INICIAL DA INFÂNCIA Durante os dois primeiros anos da vida, caracterizados pelos rápidos crescimento e desenvolvimento físicos e sociais, ocorrem muitas mudanças que afetam a alimentação e o consumo de nutrientes. A adequação da ingestão de nutrientes pela criança afeta sua interação com o ambiente em que vive. Crianças saudáveis e bem nutridas são capazes de responder a prender com os estímulos ambientais e de interagir com seus pais e cuidadores de maneira a fortalecer o vínculo e a afeição. NUTRIÇÃO NA INFÂNCIA O período que começa após a lactância e dura até a puberdade é frequentemente chamado de período de crescimento latente ou quiescente – um contraste com as drásticas alterações que ocorrem durante a lactância e a adolescência. Embora o crescimento físico possa ser menos marcante o ocorrer em um ritmo mais estável durante o primeiro ano, os períodos pré- escolares e da escola primária são um momento de crescimentoimportante nas áreas social, cognitiva e emocional. NUTRIÇÃO NA ADOLESCÊNCIA A adolescência é um dos períodos mais excitantes e também desafiadores do desenvolvimento humano. Geralmente considerado como período da vida entre 12 e 21 anos de idade, a adolescência é uma época de grande transformação fisiológica, psicológica e cognitiva, durante a qual uma criança se torna um adulto. O padrão gradual de crescimento que caracteriza o início da infância se modifica rapidamente para um padrão de crescimento e desenvolvimento acelerados, afetando tanto os aspectos de saúde física como os aspectos psicossociais. As alterações nos padrões cognitivos e emocionais permitem que os adolescentes se tornem mais independentes conforme amadurecem. A influência e a aceitação dos pares podem se tornar mais importantes do que os valores familiares, criando períodos de conflito entre os adolescentes e os pais. Como todas essas alterações apresentam um efeito direto nas necessidades de nutrientes e no comportamento alimentar dos adolescentes, é importante que o nutrólogo tenha uma compressão completa de como essas alterações de desenvolvimento da adolescência podem afetar o estado nutricional. NUTRIÇÃO NA GESTAÇÃO A nutrição ideal para uma concepção bem-sucedida é quando inclui quantidades adequadas de todas as vitaminas, minerais e macronutrientes fornecedores de energia necessários. Na gestação o feto depende 100% da alimentação da mãe. Há um consumo maior de certos nutrientes e a gestante necessidade de suplementação especialmente de: ácido fólico, ferro e ácidos graxos essenciais, para atender as demandas de qualidade e quantidade nutricional demandadas pelo feto com continuidade no período de lactação. Recomendações de ganho de peso emitidas pelo Institute of Medicine NUTRIÇÃO DO IDOSO No envelhecimento, o cuidado de nutrição não está apenas no manejo da doença ou terapia de nutrição clínica, ele tem se ampliado com um forte foco em estilos de vida saudáveis e prevenção de doenças. Nunca é tarde para considerar a nutrição como um fator de promoção de saúde e prevenção de doenças. A nutrição pode incluir três tipos de serviços preventivos. Na prevenção primária, a ênfase está na nutrição na promoção da saúde e prevenção de doenças. Equilibrar uma alimentação saudável com atividade física é igualmente importante. A prevenção secundária envolve a redução do risco e retardo no progresso de doenças crônicas relacionadas à nutrição para manter a funcionalidade e a qualidade de vida. E, por fim, na prevenção terciária, o gerenciamento de caso e o planejamento da alta muitas vezes envolvem problemas de mastigação e de apetite, dietas modificadas, e limitações funcionais. Questões 1. O ganho de peso recomendado para mulheres obesas durante a gestação, segundo o Institute of Medicine (IOM), considerando-se o índice de massa corporal (IMC) pré-gestacional, é de: A) 12 kg a 17 kg. B) Até 4 kg. C) Até 5 kg. D) 5,5 kg a 10 kg. E) 10,5 kg a 12 kg. (CESPE/SESA-ES/MÉDICO/2013) 2. Em relação à avaliação e às necessidades nutricionais no paciente idoso, é INCORRETO afirmar que: A) A redução da área muscular do braço é considerada critério diagnóstico de desnutrição com implicação no prognóstico. B) O gasto energético diminui em um ritmo de 2 a 4% por década, a partir dos 30 anos. C) A necessidade de proteína diminui para 0,65 g de proteína/kg de peso/dia, devido a perda da massa muscular com a idade. D) A estimativa da altura do paciente pode ser feita medindo-se o comprimento da perna e inserindo o resultado em equações específicas. (FUNDEP/UNIMED/MÉDICO/NUTROLOGIA/2009) 3. Acerca do efeito da dieta materna na composição do leite, assinale a alternativa correta. A) O volume de leite materno é proporcional ao consumo de fluidos. B) O consumo de macronutrientes não interfere em sua concentração no leite humano, mas a deficiência de alguns micronutrientes pode afetar seu teor no leite materno com subsequente depleção nutricional do lactente. C) O conteúdo de ácido docosahexaenoico e ácido araquidônico da dieta materna não afeta o teor total desses ácidos graxos no leite materno. D) A concentração dos principais minerais, como cálcio, fósforo, magnésio, sódio, potássio e ácido fólico é afetada pela dieta materna. E) Os micronutrientes, como tiamina, riboflavina, vitamina B6, vitamina A, vitamina B12 e iodo podem ter aumento de até 50% em sua concentração no leite materno, em relação aos valores normais, se houver baixo consumo e (ou) reserva materna. (IADES/EBSERH/MÉDICO-NUTR.PEDIÁT./HU-UFBA/2014) 4. Prevenir a obesidade na infância é a maneira mais segura de controlar essa doença crônica grave, que pode se iniciar desde a vida intrauterina até a adolescência. A importância da prevenção na infância decorre da associação da obesidade com doenças crônicas do adulto, que podem surgir já na infância. Acerca desse assunto, é correto afirmar que, para a prevenção da obesidade na infância e na adolescência, faz-se necessário: A) Proporcionar horários flexíveis das refeições, respeitando-se a vontade da criança e do adolescente. B) Promover atividades familiares e o comportamento sedentário. C) Aumentar o consumo de alimentos com elevada densidade energética. D) Incentivar o consumo de frutas, hortaliças e cereais integrais. E) Aumentar a exposição à propaganda de alimentos saudáveis, estimulando o hábito de comer assistindo TV. (IADES/EBSERH/MÉDICO-NUTR.PEDIÁT./HU-UFBA/2014) 5. A alimentação complementar é o conjunto de todos os alimentos, além do leite materno, oferecidos durante o período em que a criança continuará a ser amamentada ao seio, embora sem exclusividade. No que se refere às recomendações do Ministério da Saúde para a introdução da alimentação complementar, assinale a alternativa correta. A) A introdução dos alimentos complementares deve ser lenta e gradual a partir dos seis meses de idade. B) A oferta de água é desnecessária enquanto a criança estiver em aleitamento materno. C) A alimentação complementar deve ser oferecida em horários fixos, respeitando-se os hábitos da família. D) No início da alimentação complementar, os alimentos oferecidos à criança devem ser preparados especialmente para ela. Os alimentos devem ser bem cozidos e sempre passados na peneira e (ou) liquidificados, a fim de evitar engasgos. E) O mel pode ser indicado com o início da alimentação complementar, em substituição ao açúcar, para adoçar papas de frutas, sucos e chás. (IADES/EBSERH/MÉDICO-NUTR.PEDIÁT./HU-UFBA/2014) 6. No processo de recuperação do crescimento de recém-nascidos que sofreram algum tipo de retardo do crescimento intrauterino (RCIU), é descrito um aumento da velocidade de crescimento. Em relação a esse fenômeno, é correto afirmar que ele se denomina: A) Síndrome de emaciação. B) Recém-nascido pré-termo pequeno para a idade gestacional (RNPT PIG). C) Pequeno para a idade gestacional (PIG). D) Growth. E) Catch-up. (IADES/EBSERH/MÉDICO-NUTR.PEDIÁT./HU-UFBA/2014) 7. Constituem indicações de terapia nutricional na gravidez, EXCETO: A) Peso pré-gestacional 10% menor que o peso ideal. B) Perda de peso de 5-6 kg no primeiro trimestre, persistente após aconselhamento nutricional. C) Ganho de peso inadequado no segundo e terceiro trimestres, após aconselhamento nutricional. D) Crescimento fetal 10% ou mais, abaixo do esperado para a idade gestacional. (FUNDEP/UNIMED/MÉDICO/NUTROLOGIA/2009) 8. Em relação ao aporte de nutrientes na nutrição parenteral total na gravidez, é INCORRETO afirmar que: A) A necessidade calórica diária pode ser estabelecida multiplicando-se o gasto energético basal por 1,8.B) A relação de nitrogênio e calorias não proteicas deve girar em torno de 1:150 C) O aporte de lipídeos total deve ser mantido em cerca de 10% das calorias administradas. D) A administração de glicose deve ser em torno de 4-5 mg/kg/min para manter glicemia normal. (FUNDEP/UNIMED/MÉDICO/NUTROLOGIA/2009) 9. Em relação à avaliação e ao suporte nutricional no paciente idoso, analise as seguintes afirmativas e assinale com V as verdadeiras e com F as falsas. ( ) Em pacientes acamados, com ou sem alterações neurológicas, deve-se preferir posição pós-gástrica da sonda enteral. ( ) Um indivíduo que toma seis tipos de medicamentos por dia, mora sozinho e tem constipação intestinal grave, pode ser classificado como ―em risco de desnutrição proteico calóricaǁ. ( ) O sedentarismo, uso de antiácidos e deficiência de fósforo agravam a perda de massa óssea nesses pacientes. Assinale a alternativa que apresenta a sequência de letras CORRETA. A) (V) (F) (F) B) (F) (V) (V) C) (F) (F) (F) D) (V) (V) (V) (FUNDEP/UNIMED/MÉDICO/NUTROLOGIA/2009) 10. Segundo a ESPEN (Sociedade Europeia de Nutrição Parenteral e Enteral) sobre Suporte Nutricional em pacientes geriátricos, é INCORRETO afirmar: A) Que, no caso de disfagia grave, a maioria dos pacientes não tolera nutrição enteral, sendo necessário o suporte parenteral, preferencialmente periférico. B) Que, suplementos hiperproteicos são úteis para reduzir o risco de úlceras de decúbito ou, quando já estabelecidas, melhorar sua cicatrização. C) Que fórmulas enterais acrescidas de fibras podem contribuir para a melhora do trânsito intestinal. D) Que, nos casos de gastrostomia endoscópica percutânea, a dieta poderá ser iniciada depois de três horas de sua implantação. (FUNDEP/UNIMED/MÉDICO/NUTROLOGIA/2009) 11. Pré-escolar de 36 meses apresenta, ao exame físico, tecido celular subcutâneo diminuído, sem outras alterações clínicas. A avaliação do gráfico da curva de crescimento mostra peso/idade no percentil 2,0. Pelas normas do Ministério da Saúde, pode-se afirmar que: A) É portador de baixo peso B) É portador de muito baixo peso C) É portador de desnutrição grave D) Encontra-se em alerta nutricional E) É portador da forma clínica denominada Marasmo (TEP 2013) 12. Analise as afirmativas abaixo: 1. O diabetes gestacional tem elevada prevalência e está relacionado à resistência periférica à insulina no organismo materno em decorrência da produção de hormônios chamados contrainsulínicos. 2. A proposta nutricional que mais repercute positivamente no tratamento do diabetes gestacional é uma dieta com 30 a 35 kcal/kg/peso/dia para gestantes com peso ideal. 3. A melhor distribuição de macronutrientes da dieta para uma gestante com diabetes gestacional é de 40% de carboidratos, 40% de lipídeos e 20% de proteínas. Estão CORRETAS as afirmativas A) I, II e III. B) I apenas. C) II e III apenas. D) I e III apenas. (FUNDEP/IPSEMG/MÉDICO/NUTROLOGIA/2013) 13. Lactente de seis meses apresenta difi culdade em ganhar peso por insuficiência cardíaca devido a malformação congênita. Nasceu prematuro de 34 semanas, pesando 1800g, ficou dois meses internada e vem se alimentando por sucção (frágil) com fórmula láctea de partida, 50ml/vez adicionada de 2% de triglicerídeos de cadeia média. Seu peso atual é de 2100g e para que a cirurgia cardíaca seja realizada, é necessário que ganhe peso sufi ciente. Tendo em vista a patologia de base que gerou o problema descrito, a conduta nutricional correta é: A) Restrição hídrica e nutrição enteral com fórmula de alta densidade calórica B) Leite materno ordenhado ou de banco de leite, 100ml de 3/3h, dado em copinho C) Adição de suplemento energético às mamadas com volume controlado em 120ml de 3/3h D) Controle hídrico volumétrico e fórmula láctea com densidade calórica semelhante ao leite materno E) Nutrição com fórmula de aminoácidos e ácidos graxos essenciais associada à nutrição parenteral intermitente (TEP 2013) 14. A prevalência da obesidade tem aumentado de forma acelerada nas crianças brasileiras. Ela pode comprometer de forma significativa a saúde, não só da criança, mas do adulto que ela será. Entre as medidas abaixo, a única que NÃO tem impacto positivo na prevenção da obesidade é: A) Aleitamento materno B) Atividade física regular C) Uso de hipoglicemiante oral D) Reduzir o uso de alimentos processados E) Diminuir o tamanho das porções dos alimentos (TEP 2013) 15. Lactente de 15 meses, foi encaminhado para internação devido a broncopneumonia. Após anamnese e exame clínico foram prescritos hidratação venosa, eletrólitos e penicilina. Exames laboratoriais: anemia importante, função hepática e renal normais. O diagnóstico nutricional, de acordo com as novas curvas de referência (OMS, 2006) foi defi nido como magreza acentuada pelo índice de massa corpórea e pelo indicador peso para estatura e, muito baixa estatura e muito baixo peso para a idade. A terapia nutricional para este paciente NÃO deve incluir nas primeiras 48h: A) Potássio B) Ácido fólico C) Sulfato ferroso D) Sulfato de zinco E) Megadose de vitamina A (TEP 2012) 16. Acerca da fenilcetonúria clássica, é correto afirmar que se trata de um erro inato do metabolismo intermediário de herança autossômica recessiva e que ela resulta da deficiência de: A) Fenilalanina. B) Tirosina. C) Fenilalanina hidroxilase (FAL-OH) hepática. D) Dopamina e noradrenalina. E) Tetrahidrobiopterina (BH4). (IADES/EBSERH/MÉDICO-NUTR.PEDIÁT./HU-UFBA/2014) 17. Pré-escolar de três anos é levado ao pronto socorro com diagnóstico nutricional de magreza acentuada, de acordo com as novas curvas da OMS (2006). Exame físico: t. ax. <35°C, desidratação sem choque. Exames laboratoriais: hemograma: leucocitose leve; glicose: 42mg/dl; sódio: 118mEq/l. Baseado no diagnóstico nutricional e no quadro clínico e laboratorial, a conduta indicada é: A) Administrar sódio em altas doses para correção rápida do sódio sérico B) Prescrever hidratação venosa com altos volumes para evitar o choque C) Contraindicar a terapia de reidratação oral (TRO) D) Realizar correção imediata da glicemia E) Iniciar nutrição parenteral imediata (TEP 2012) 18. Pré-escolar de três anos, com quadro de diarreia crônica e síndrome de má-absorção, está em uso de sonda nasogástrica há alguns dias. Nos últimos dias apresenta hipocalcemia e hipopotassemia de difícil correção apesar da oferta de cálcio e potássio. Esse distúrbio deve estar associado a baixos níveis de: A) Sódio B) Fósforo C) Magnésio D) Vitamina D E) Vitamina K (TEP 2012) Gabarito 1) D 10) A 2) C 11) A 3) B 12) A 4) D 13) A 5) A 14) C 6) E 15) C 7) D 16) C 8) C 17) D 9) D 18) C CAPÍTULO 11: Distúrbios da Conduta Alimentar Os distúrbios alimentares são determinados por diversos fatores que interagem para produzir a doença. Os transtornos são síndromes e não doença específica com causa, curso e patologia comuns, existe uma interação entre psicologia e fisiologia nestes transtornos. Os transtornos são divididos em duas classes de fatores de risco: A primeira inclui transtornos psiquiátricos de maneira geral e a segunda é específica para os transtornos alimentares. A primeira classe inclui comorbidades de outras patologias psiquiátricas, histórico familiar, abuso sexual e adversidades na infância. A segunda classe, onde são os fatores específicos incluem os traços de personalidade, por exemplo, o risco para desenvolvimento da obesidade em alguns indivíduos pode gerar a realização de uma dieta calórico-proteica restritiva. AOrganização Mundial da Saúde (OMS), classifica os distúrbios da conduta alimentar da seguinte maneira: Classificação dos distúrbios da conduta alimentar Entretanto, diversos estudos recentes especificam novas classificações provavelmente a serem atualizadas no CID 11 para os outros transtornos da alimentação, apresentados a seguir: ANOREXIA A doença inicia-se com progressiva restrição calórica. A pessoa passa a se preocupar exclusivamente com sua dieta, tendo como característica principal o medo de engordar. Durante a doença passa por uma perda de peso progressiva e contínua. Entretanto, mesmo com extrema magreza a pessoa sente-se gorda, devido às alterações da imagem corporal. Esta conduta alimentar pode resultar em um quadro de desnutrição calórico-proteica gerando assim mudanças fisiopatológicas. BULIMIA Bulimia significa compulsão alimentar. Este transtorno é caracterizado por uma ingestão episódica descontrolada, rápida e de grandes quantidades de comida durante um curto período, geralmente acompanhada de medidas purgativas como (vômito induzido, uso indevido de laxantes, diuréticos ou enemas). Estas medidas purgativas têm como objetivo evitar o ganho de peso e são acompanhadas por sentimento de culpa, depressão ou auto-aversão. VIGOREXIA Classificado como uma das manifestações do transtorno obsessivo- compulsivo. Também conhecido como transtorno dismórfico muscular ou complexo de “Adônis”. Pessoas com este transtorno tem obsessão por atividades físicas na busca do corpo cada vez mais musculoso. Assim como na anorexia existe uma distorção da imagem que os portadores têm do próprio corpo. ORTOREXIA A ortorexia nervosa é um novo distúrbio do comportamento alimentar caracterizado por uma obsessão para comer saudável. Pessoas com este transtorno apresentam preocupação excessiva com a qualidade dos alimentos consumidos limitando assim a variedade, o que pode ocasionar carência nutricional ou um quadro completo de distúrbio da conduta alimentar. PREGOREXIA Este transtorno alimentar ocorre em mulheres grávidas ou logo após o parto. Preocupadas em não engordar durante a gravidez ou emagrecer rapidamente após o parto, elas reduzem o consumo de calorias e praticam atividades físicas de maneira extrema, prejudicando assim a sua saúde e a do bebe. DRUNKOREXIA Embora ainda não tenha sido denominada como uma doença pela Organização Mundial da Saúde (OMS), este distúrbio vem sido frequentemente evidenciado. A drunkorexia acontece quando um indivíduo, de maneira obsessiva preocupasse em não engordar e passa assim a consumir bebidas alcoólicas ao invés de comida. É uma variação da anorexia, o álcool funciona como inibidor do apetite ou como sedativo, a pessoa dorme ao invés de comer. Em geral a ansiedade é um sintoma frequente e o álcool cria a falsa ideia de aliviar os problemas. Em médios e longos períodos este transtorno causa quadros depressivos. TRANSTORNOS DA COMPULSÃO PERIÓDICA (TCAP) Caracteriza-se pela grande ingestão de alimentos em um período de tempo periódico, acompanhado da sensação de perda de controle sobre o quê e a quantidade que se come. Para se caracterizar o diagnóstico de TCAP estes acontecimentos devem ocorrer ao menos duas vezes na semana por um período de seis meses. Este tipo de conduta alimentar está relacionado à obesidade, diabetes mellitus do tipo 2 e hipertensão arterial. SÍNDROME DO COMER NOTURNO Este transtorno é caracterizado pela alta ingestão de alimentos predominantemente durante a noite. A pessoa consome antes de dormir ou desperta de seu sono para ingerir grande quantidade de alimentos. Pessoas com este transtorno tem insônia e falta de apetite durante o dia. Como característica bioquímica, as dosagens de cortisol dos indivíduos são altas e os níveis de melatonina e leptina baixos. Questões 1. No que se concerne à anorexia nervosa (AN), assinale a opção correta. A) A AN não tem uma etiologia definida e praticamente não difere da bulimia. B) A AN caracteriza-se pela relutância do paciente em manter o peso corporal adequado à sua idade e à sua estatura. C) O principal objetivo da terapia nutricional para pacientes com AN é a manutenção do peso corporal, pois não é possível a correção das sequelas fisiológicas da desnutrição. D) Os medicamentos são utilizados para o tratamento dos sintomas depressivos, das alterações do apetite e das distorções da imagem corporal. Os psicofármacos são altamente eficazes no combate aos sintomas exclusivos da AN e a melhora clínica é evidente. E) A AN é um transtorno alimentar e incide principalmente em homens de meia-idade. (CESPE/SESA-ES/MÉDICO/2013) QUESTÃO 50 2. Um dos principais fatores originários de alterações da percepção da imagem corporal é a imposição de um padrão corporal considerado ideal, ao qual estão associados o sucesso e a felicidade (Conti, Frutuoso e Gambardella, 2005). A propósito dos transtornos dismórficos corporais, assinale a opção correta. A) Observa-se que o portador de vigorexia pratica atividade aeróbica em excesso e não teme perda de massa muscular. B) Indivíduos acometidos pela ortorexia não se preocupam com a quantidade dos alimentos, tampouco com o peso corporal, mas com a qualidade da alimentação. C) O ortorético pratica exercícios com grande intensidade, o que dificulta a capacidade do organismo de se recuperar e facilita a ocorrência de lesões musculares constantes. D) Na vigorexia, é raro o uso de anabolizantes esteroides e de suplementos nutricionais. E) Indivíduos acometidos pela vigorexia descrevem-se como fortes, mas, na verdade, possuem musculatura subdesenvolvida. (CESPE/SESA-ES/MÉDICO/2013) 3. Paciente apresenta episódios de compulsão alimentar 2 vezes por semana sem mecanismo compensatório, como vômitos, uso de laxantes e diuréticos, exercício físico extenuante, etc. Tem medo mórbido de engordar. Com relação ao peso corporal, encontra-se com leve sobrepreso. O diagnóstico é: A) Anorexia nervosa. B) Transtorno de compulsão alimentar periódico C) Bulimia nervosa. D) Transtorno alimentar não especificado. (IBFC/EBSERH/HUB/MÉDICOS/NUTROLOGIA/2013) 4. Qual o termo utilizado para o transtorno obsessivo-compulsivo caracterizado por um cuidado extremo em ingerir alimentos saudáveis, excluindo aqueles considerados “impuros”, com a justificativa que contêm herbicidas, pesticidas, substâncias artificiais, ingredientes geneticamente modificados, todos os tipos de gorduras e alimentos que contenham muito sal ou muito açúcar, o que leva a importantes restrições dietéticas, perda de relações sociais e insatisfações afetivas? A) Binge eating. B) Bulimia nervosa. C) Anorexia nervosa. D) Ortorexia. E) Vigorexia. (IADES/EBSERH/MÉDICO/HUUFBA/2014) 5. Dentre as principais características exigidas no diagnóstico de anorexia nervosa, pode-se citar, EXCETO: A) Perda considerável de peso auto infligida, por evitar alimentos que engordam, por vômitos ou abuso de laxativos. B) Distúrbio endócrino secundário no eixo hipotalâmico-hipofisário gonadal, manifestado na mulher por amenorreia. C) Perda do apetite por, no mínimo três meses, acompanhada por depressão ou crises de choro na hora das refeições. D) Distúrbio psicológico centrado no medo de não ser capaz de controlar a alimentação ou medo de engordar. (FUNDEP/UNIMED/MÉDICO/NUTROLOGIA/2009) 6. Sobre as desordens do comportamento alimentar, analise as afirmativas abaixo. 1. Obediência perante a família, comportamento exemplar e alto desempenho acadêmico são características descritas em pacientes com anorexia nervosa. 2. Depressão, tendência ao alcoolismo, a furtos e ao suicídio são características descritas empacientes com bulimia nervosa. 3. Na anorexia nervosa a meta calórica é 1,5 vezes a recomendada para indivíduos do mesmo sexo e idade, para facilitar o período de reposição nutricional. 4. A bulimia nervosa pode ser frequentemente vista em pacientes que já tiveram anorexia nervosa. A partir dessa análise, pode-se concluir que: A) Apenas a afirmativa I está correta. B) Apenas as afirmativas II e III estão corretas. C) Apenas as afirmativas I, II e IV estão corretas. D) Todas as afirmativas estão corretas. (FUNDEP/FHEMIG/MÉDICO NÍVEL III/NUTROLOGIA/2009) Gabarito 1) B 2) B 3) B 4) D 5) C 6) C REFERÊNCIAS LIVROS ALMEIDA, Carlos Alberto N.; RIBAS FILHO, Durval A. Dicionário Brasileiro de Nutrologia. 1ª edição. Atheneu, 2008. BEHRMAN, R. E.; KLIEGMAN, R. M.; JENSON, H. B. Nelson Tratado de Pediatria. 19ª edição. Elsevier, 2013. BRAUNWALD, E.; KASPER, D. L.; FAUCI, A. S.; JAMESON, J. L.; LONGO, D. L.; HAUSER, S. Medicina Interna de Harrison. 18ª edição. Mc Graw-Hill, 2013. BRAY, G.A.; BOUCHARD, C. Handbook of Obesity. Clinical Applications. 3ª edição. Informa Healthcare, 2008.. CABALLERO, B.; COUSINS, R. J.; ROSS, A. C.; SHIKE, M.; SHILS, M. E. Tratado de Nutrição Moderna na Saúde e na Doença. 10ª edição. Manole, 2009. DUTRA-DE-OLIVEIRA, José Eduardo; MARCHINI, J. Sérgio. Ciências Nutricionais. 2ª edição. São Paulo: Sarvier, 2011. EVANGELISTA, J. 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MINISTÉRIO DA SAÚDE CAPÍTULO 1: Definições em Nutrologia CAPÍTULO 2: Nutrientes: definição, digestão e absorção Questões Gabarito CAPÍTULO 3: Avaliação do Estado Nutrológico Questões Gabarito CAPÍTULO 4: Balanço Energético, Desnutrição e Dietologia Questões Gabarito CAPÍTULO 5: Terapias de Nutrição Enteral e Parenteral: características, indicações e regulamento Questões Gabarito CAPÍTULO 6: Terapias de Nutrição Enteral e Parenteral: aplicadas às patologias Questões Gabarito CAPÍTULO 7: Síndrome Metabólica Questões Gabarito CAPÍTULO 8: Dislipidemia Questões Gabarito CAPÍTULO 9: Obesidade e Cirurgias da Obesidade Questões Gabarito CAPÍTULO 10: Nutrologia e fases da vida Questões Gabarito CAPÍTULO 11: Distúrbios da Conduta Alimentar Questões Gabarito REFERÊNCIAS