TRABALHO PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO E DA APRENDIZAGEM

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
Desenvolvimento e aprendizagem de bebês, crianças, adolescentes, adultos e idosos. 
ARMAÇÃO DOS BÚZIOS/RJ
2019
 
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
ROSANE SILVA BARRETO
Relatório apresentado da disciplina de Psicologia do Desenvolvimento e da Aprendizagem, do curso de Pedagogia como pré-requisito de aprovação Professora Orientadora: Edelu Kawahala
ARMAÇÃO DOS BÚZIOS
2019 
OBJETIVOS
Compreender as diferenças etapas do desenvolvimento infantil (bebês, e crianças, adolescentes e idosos;
Reconhecer nos sujeitos os aspectos do desenvolvimento cognitivo, psicomotor, emocional e social;
Construir uma análise crítica das observação realizadas à luz das diferentes teorias do desenvolvimento e da aprendizagem.
DESENVOLVIMENTO
População – bebês (0 a 2 anos); crianças (2 a 11 anos); adolescentes (12 a 19 anos); adultos (20 a 60 anos) e idosos (60 anos em diante). Cada aluno irá escolher APENAS UM SUJEITO para observar, com quem deverá permanecer por toda observação.
Local de observação – ambientes frequentados pela população a ser observada, preferencialmente em escolas e outros espaços educativos, pode ser feita também em cursos de língua estrangeira, clubes, residências, praças, shoppings.
Método de pesquisa – observação sistemática.
Frequência das observações – 3 dias de observações. 
Tempo de duração de cada observação – 3 horas por encontro.
Postura do observador – de neutralidade, evitando intervenção ou opinião em relação às atitudes dos sujeitos.
Todos os dias devem observar as áreas: cognitiva, psicomotora, emocional e social.
1) psicomotor – lateralidade, tonicidade, equilibracão, organização espaço-temporal, conhecimento e domínio do próprio corpo constituem aspectos da formação psicomotora; 
2) cognitivo – aspectos ligados à aprendizagem; buscar observar como o sujeito que pensa e constrói o seu conhecimento;
3) emocional – perceber com os sujeitos lidam com suas próprias emoções, que atitudes caracterizam o equilíbrio, o autoconhecimento e o crescimento pessoal;
4) social – observar como o sujeito se relaciona com os demais colegas, familiares e estranhos. 
 
INTRODUÇÃO 
 Será apresentado aqui o comportamento de uma criança de 4 anos na pré-escolar, relatando seu comportamento, analisando os aspectos psicomotor, cognitivo, emocional e social no ambiente escolar. 
RELATÓRIO DE OBSERVAÇÃO
Sujeito da observação: Louise 
Idade:4 anos
Data:18 a 20 de Março de 2019
Inicio:07h
Termino:10h
Escolaridade: Educação Infantil (PRÉ I) 
Local de observação: E.M. José Bento Ribeiro Dantas 
Primeiro dia de observação:
Ao chegar na unidade escolar fui apresentada a diretora, e em seguida encaminhada para sala de aula do pré 1, chegando na sala os alunos estavam sentados em rodinha realizando a rotina (janelinha do tempo, quantos somos e a chamadinha).
Durante a chamadinha observei a postura da aluna Louise, muito participativa, querendo ajudar ao colegas a visualizar o nome na chamadinha. Houve um momento que a professora escolheu um aluno para desenhar na janelinha do tempo, Louise ficou quieta observando, mas com o tom de voz bem baixinho falou:-Não é assim que faz o sol! A professora no mesmo instante explicou que não podemos criticar o desenho do colega, pois cada um desenha de um jeito. Ainda sentados em rodinha a professora fez um momento de leitura e em seguida a professora entregou uma folha branca para os alunos desenharem, cada criança recebeu o seu estojo, e Louise ficou muito empolgada em poder usar o seu material escolar, e fez questão de emprestar seu lápis de cor para a colega que não tinha. Após o término da atividade a professora solicitou que cada um pegasse sua lancheira e Louise foi caminhando e cantando enfileirados.
Antes do lanche lavaram as mãos, e sentaram para realizar a refeição de forma organizada.
Segundo dia de observação: 
Hoje acompanhei a turma na hora da aula de Educação Física, Louise é muito participativa, realiza todas as atividades propostas com muito autonomia, está sempre pedindo para escolher ela, para realizar a brincadeira. O professor pediu que eles realizassem alguns comandos na grama sintética.como:rolar, soltar, pular e Louise realizou todos os movimentos com muita habilidade e rapidez. Em um outro momento o professor realizou a brincadeira “Meus pintinhos venha cá aluna que eu estava observando saiu correndo para não ser pega pelo lobo. A última atividade realizada pelos anos com o professor, exigia equilíbrio Louise chorou na hora que não conseguiu se equilibrar, os colegas ficaram rindo dela. Mas o professor em seguida chamou a atenção dos colegas dizendo que é muito normal cair, pois estávamos ali para aprender.
Terceiro dia de observação: 
No último dia de observação fiquei focada no comportamento da Louise na hora do recreio, e o momento no parquinho, ela queria sempre ser a primeira no escorrega, na gangorra e nos outros brinquedos. Houve um momento em que ela saiu correndo para chegar primeiro no balanço, mas não consegui, pois o amigo Pedro chegou primeiro que ela. Louise não aceitou e fiquei próximo do balanço até chegar a vez dela, ainda muito chateada sentou no balanço de forma bruta e acabou caindo e ralando os joelhos e cotovelos. O choro foi invita-la professora colocou ela sentada, passou um antisséptico para aliviar a dor. Observei que de imediato fez registro na agenda da aluna, comunicado o responsável sobre o ocorrido. 
1-Desenvolvimento físico-motor:
Louise aparenta ser uma criança muita saudável com 1,10 metros mais ou menos, peso 20 quilos, tem a pele clara, olhos castanhos médio, cabelos cacheados, sempre usando um lindo laço no cabelo. Possui um ótimo desempenho motor, segura os objetos com muita segurança e firmeza, manuseia muito bem a tesoura nas atividades que foi solicitada o uso da mesma e faz o uso do lápis de forma correta. Nas atividades que exigi correr, pular e soltar, Louise realiza de forma equilibrada. 
2-Cognição e aprendizagem escolar: 
 Louise apresenta facilidade em compreender os comandos solicitado pelos professores e respeita os combinados da turma.
A aluna reconhece seu nome na chamadinha e a sua letra inicial em palavras desconhecidas, realiza a contagem com material concreto até 10.
Gosta muito de cantar e dançar, e contar histórias de princesas. Apresenta uma concentração relativa e considera normal a sua faixa etária.
3-Desenvolvimento social: 
 A aluna apresenta um bom relacionamento com os professores e colegas, em alguns momentos demostrou resistência em esperar o colega terminar de usar o brinquedo, para depois ela usar.
Foi possível perceber que na hora da saída se relaciona bem com os alunos maiores que ela, chamando para brincar e conversar. Conversou com o porteiro e a auxiliar de pátio até o transporte chegar. Pude perceber que Louise falava muito sobre seus pais, avós e primas, que gosta de ficar na casa da vovó até sua mãe chegar do trabalho, sobre o pai relata com muito carinho dizendo que ele compra coisas legais para ela, como uma boneca da LOL.Relatou que sua tia tem uma loja que vende várias coisas bolos, comida, açaí, e que no seu aniversária de 5 anos a tia Leninha que vai fazer o bolo da LOL.
4-Desenvolvimento social: 
Apresenta ser uma criança com o seu desenvolvimento social relativo a sua faixa etária. A Louise é filha única, isso reflete um pouco nas suas atitudes em relação a divisão dos brinquedos em sala de aula, entretanto é possível perceber que a família está enfatizando isso com ela em casa, pois quando não dividi os brinquedos, pouco tempo depois ela pede desculpa e empresta o objeto. 
Analise das situações apresentadas com base nas teorias do desenvolvimento:PIAJET
As antigas concepções de inteligência e de desenvolvimento cognitivo sofreram uma revolução com as ideias introduzidas por Piaget.
Em seus estudos, Piaget partiu de pesquisas baseadas na observação e em entrevistas que realizou com crianças. Interessou-se fundamentalmente pelas relações que se estabelecem entre o sujeito que conhece e o mundo que tenta conhecer. Piaget considerou-se um epistemologia genético, porque investigou a natureza e a gênese do conhecimento nos seus processos e estágios de desenvolvimento.
Com base nesta teoria, Louise encontra- se no estágio das operações concretas. 
Esta estrutura (equilibrada) se acha perfeiçoada: o que a criança teria adquirido no nível l 
da ação. 
FREUD 
 Um segundo pressuposto básico é o de que a personalidade tem uma estrutura que se desenvolve com o passar do tempo. Freud propôs três partes da personalidade: o id, que é a fonte da libido; o ego, um elemento muito mais consciente executivo “da personalidade; e o superego que é o centro da consciência e da moralidade, uma vez que ele incorpora normas e censuras da família e da sociedade. Na teoria de Freud, essas três partes não estão todas presentes no nascimento. O bebe e a criança pequena são totalmente id-instinto e desejo, sem influência repressora do ego ou do superego. O ego começa a se desenvolver nas idades de 2 a aproximadamente 4 ou 5 anos, quando a criança aprende a adaptar suas estratégias de gratificação instantânea. Finalmente o superego começa a se desenvolver exatamente antes da idade escolar, quando a criança ego começa a se desenvolver nas idades de 2 a aproximadamente 4 ou 5 anos, quando a criança aprende a adaptar suas estratégias de gratificação instantânea. Finalmente o superego começa a se desenvolver exatamente antes da idade escolar, quando a criança incorpora os valores e as tradições culturais dos pais.
 Freud acredita que os estagio do desenvolvimento da personalidade eram fortemente influenciados pelo amadurecimento. Em cada um dos cinco estágios psicossexuais de Freud (estágios do desenvolvimento da personalidade sugeridos por Freud, consistindo dos estágios oral, anal, fálico.
 Com base nessa teoria, Louise encontra-se no estágio Fálico, entre 4-5 anos. Neste estágio a criança começa a ter a percepção dos gêneros, masculino(pai) e feminino (mãe). 
WALLON 
A gênese da inteligência para Wallon é genética e organicamente social, ou seja ó ser humano é organicamente social e sua estrutura orgânica supõe a intervenção da cultura para se atualizar” (Dantas,1992). Nesse sentido, a teoria do desenvolvimento cognitivo de Wallon é centrada na psicogênese da pessoa completa. O estudo de Wallon é centrado na criança contextualizada, onde o ritmo no qual se sucedem as etapas do desenvolvimento é descontínuo, marcado por rupturas, retrocessos e reviravoltas, provocando em cada estes profundas mudanças nas anteriores. Nesse sentido, a passagem dos estágios de desenvolvimento não se dá linearmente, por ampliação, mas por reformulação, instalando-se no momento da passagem de uma etapa a outra, crises que afetam a conduta da criança. Conflitos se instalam nesse processo e são de origem exógena quando resultantes dos desencontros entre as ações da criança e o ambiente exterior, estruturado pelos adultos e pela cultura e endógenos e quando gerados pelos efeitos da maturação nervosa(Galvão,1995). Esses conflitos são propulsores do desenvolvimento. São cinco estágios de desenvolvimento do ser humano apresentados por Galvão(1995) sucedem-se em fases com predominância afetiva e cognitiva.
 Compreendendo essa teoria pude perceber que a Louise está no estágio Personalismo, que ocorre dos três ao seis anos. Nesse estágio desenvolve-se a construção da consciência de si mediante as interações sociais, reorientando o interesse das crianças pela pessoas.
VYGOTSKY 
 Nessa teoria interacionista desenvolvida por Vygotsky, o conhecimento é, antes de tudo, impulsionado pelo desenvolvimento da linguagem no ser humano. Sua teoria também considera que a interação entre o indivíduo e o meio em que ele está inserido são essenciais ao processo de aprendizagem e, inclusive entra em acordo com as etapas do desenvolvimento propostas por Jean Piaget na teoria construtivista. Entretanto para Vygotsky, e o próprio movimento de aprender e buscar conhecimento que irá gerar a aprendizagem afetiva. Este processo deve ocorrer de fora para dentro, ou seja, do meio social para o indivíduo.
 Ensinar o que a criança já sabe desmotiva o aluno e ir além de sua capacidade é inútil”, diz Tereza Regoo psicólogo considerava ainda que todo aprendizado amplia o universo mental do aluno.
CONCLUSÃO
Ao realizar esse relatório de observação, é possível perceber de forma mais ampla que o desenvolvimento é algo continuo no ser humano. E que o professor precisa estar sempre se atualizando, estudando para compreender e contribuir com essas fases do desenvolvimento, pois diversos aspectos são muitos comuns a muitas pessoas. Qualquer dos casos que ocorre no dia a dia o professor precisa estar atento para poder compreender e contribuir com o desenvolvimento dos seus docentes. 
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 
PIAGET, Jean. A Representação do Mundo na Criança. Rio de Janeiro: Distribuidora Record 
PIAGET, Jean. A Construção do Real na Criança. Trad. Álvaro Cabral. Rio de Janeiro: Zahar, 1970
VYGOTSKY, L.S. et al.Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem. São Paulo: Ícone/EDUSP,1988. 
CARRARO, PATRÍCIA ROSSI-Livro didático-Psicologia do desenvolvimento e da aprendizagem.1ª edição, SESES, Rio de Janeiro,2015
Referências bibliográficas