Buscar

Fichamento de Penal - Artigos 250 e 251

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

André Felipe Elias Paglioto
Assessoria e Consultoria jurídica
 Nome do aluno:
RGM:
4º Semestre A – Disciplina: Direito Penal IV
Professor: Adolfo Sakamoto Lopes
Fichamento sobre os artigos 250 e 251 do Código Penal
Artigo 250: Causar incêndio, expondo a perigo a vida, integridade física ou o patrimônio de outrem:
Pena: Reclusão, de três a seis anos, e multa.
Objetividade Jurídica: Trata-se da incolumidade pública, ou seja, a prevenção ao perigo ou risco coletivo.
Objeto Material: Trata-se da substância ou objeto alvo de incêndio, como por exemplo, casa ou automóvel de terceiros.
Núcleo do Tipo: No presente artigo, o núcleo do tipo é causar, no sentido de “dar origem”. Realiza tal conduta criminosa o agente que der origem ao incêndio. A definição de “incêndio” nos apresenta que o fogo deve estar presente no local em labaredas de grandes proporções, sendo que o risco a ser corrido deve ser originado do fogo em questão.
Sujeito Ativo: Qualquer pessoa, haja vista que se trata de crime comum.
Sujeito Passivo: É a sociedade, sendo que se trata de crime vago, bem como as pessoas diretamente atingidas pelo incêndio, que tiveram seus bens juridicamente tutelados ameaçados pelo fogo.
Elemento Subjetivo: Na conduta acima descrita, é o dolo de perigo, independente de qualquer finalidade específica. Não se exige a intenção de prejudicar terceiros, sendo suficiente a consciência da possibilidade de causar dano. A modalidade culposa é admitida na figura descrita no parágrafo 2º, apenas. 
Consumação: Ao se tratar de crime material, consuma-se no momento em que o incêndio expõe risco a vida, a integridade física ou ao patrimônio de indeterminadas pessoas.
Prova de Materialidade do Fato Criminoso: É necessária a perícia criminal, para comprovação de crime que deixa vestígios de ordem material, sendo que mera confissão do acusado não pode supri-lo.
Tentativa: É cabível, por se tratar de crime plurissubsistencial.
Ação Penal: Trata-se de crime cuja ação penal é pública incondicionada.
Transação Penal: Em sua modalidade dolosa, não é compatível com a transação penal, por se tratar de crime de elevado potencial ofensivo. Na modalidade culposa, pode sujeitar-se a transação penal e rito sumaríssimo, por se tratar de crime de menor potencial ofensivo.
Causas de aumento de pena: Descritas no parágrafo primeiro do artigo 250, São aplicáveis ao incêndio doloso, incidindo na terceira etapa da dosimetria da PPL, majorando-a de 1/3.
As causas de aumento de pena são:
Intuito de obter vantagem pecuniária em proveito próprio ou alheio: Trata-se de presença de um fim especial de agir, consistente em obter vantagem financeira, para si ou para outrem, pouco importando se tal vantagem venha a ser concretizada ou não.
Probabilidade de propagação mais elevada do incêndio: Em depósito de explosivos, combustível, etc.
Incêndio Culposo: Tem-se descrito no parágrafo segundo do artigo 250 o incêndio culposo. Neste caso, há o incêndio por pura negligência, imprudência ou imperícia, violando-se o dever objetivo de cuidado que a todos é imposto pelo Estado.
Formas Culposas: Se do incêndio, sobrevier lesão corporal de natureza grave, deve-se aumentar de metade a PPL prevista. Caso haja morte de vítima, aplicar-se-á a pena em dobro.
Artigo 251: Expor a perigo a vida, a integridade física, ou o património de outrem mediante explosão, arremesso ou simples colocação de engenho de dinamite ou de substância de efeitos análogos:
Pena: Reclusão de três a seis anos e multa.
Objeto Jurídico: É a incolumidade pública.
Objeto Material: É o engenho de dinamite ou de substâncias de efeitos análogos.
Núcleo do Tipo: Neste caso, trata-se do núcleo do tipo expor, no sentido de colocar vida/objeto jurídico tutelado em risco, mediante explosão, arremesso ou colocação de engenho de dinamite ou análogos.
Sujeito Ativo: Qualquer pessoa, tendo em vista que se trata de crime comum (ou geral).
Sujeito Passivo: Neste caso, é a coletividade, e também, os titulares dos bens jurídicos colocados em perigo ou lesados pela conduta criminosa.
Elemento Subjetivo: É o dolo, independente de finalidade específica. A modalidade culposa se encontra prevista no artigo 3º do artigo 250 do Código Penal.
Consumação: Trata-se de crime material de perigo concreto, consumando-se com a explosão, arremesso ou simples colocação de engenho de dinamite ou de substâncias de efeitos análogos, desde que da presente conduta gere perigo a vida, saúde ou patrimônios alheios. Se não restar perigo comum, poderá ser enquadrado no crime de dano qualificado pelo emprego de substância explosiva, descrito no atrigo 163, parágrafo único, inciso II, do Código Penal.
Prova de materialidade: A prova de materialidade do crime somente pode obtida por meio de exame de corpo de delito, ou seja, prova pericial. Ainda, o mesmo pode ser substituído por prova testemunhal apenas em hipótese de ocultação/desaparecimento dos vestígios.
Tentativa: É admissível, pelo fato de ser crime plurissubsistente.
Ação Penal: Pública incondicionada, em todas as modalidades do delito.
Transação Penal: Em sua modalidade dolosa, prevista no caput, trata-se de crime de elevado potencial ofensivo, não sendo possível haver a transação penal nem a aplicação do rito sumaríssimo. A explosão privilegiada, descrita no parágrafo primeiro, é crime de médio potencial ofensivo, sendo passível de SURSIS. A explosão culposa é crime de menor potencial ofensivo, cabendo, no presente caso, a transação penal e a aplicação do rito sumaríssimo, nos moldes da Lei nº 9.099/1995.
Explosão Privilegiada: Descrita no parágrafo primeiro, declara que ingressam no presente delito as explosões que não forem causadas por dinamite ou similares. 
Explosão Culposa: Trata-se de explosão por negligência, imprudência ou imperícia. No presente caso, não há a intenção de haver a explosão.
Rua Professora Lucy Elias Barakat, 68, Vila Lavínia, Mogi das Cruzes – SP
Fones: (11) 4794.3151/9.9680-6485 (Celular/WhatsApp)
E-Mail: andrefelipeeliaspaglioto.adv@outlook.com.br/andrefelipeeliaspaglioto@aol.com

Continue navegando