Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Perdas Nutricionais em Alimentos Apertizados Wender Prof.: Dr. Paulo A. Rossignoli Produção Mundial Produção mundial estaria de 5,7 a 6 milhões de toneladas Processamento Térmico - Variáveis Qualidade do M.O.: espécie, forma vegetativa e resistência; Produtos ácidos (tomate e frutas) podem ser processados por aquecimento em água fervente; Alimentos de baixa acidez (ervilha, milho, feijão, carnes, etc.) requerem altas temperaturas e pressão de vapor (por isso adiciona-se ácido cítrico ou vinagre para baixar o pH); Velocidade de penetração do calor até o centro do vasilhame; Duração do aquecimento e temperatura (textura, sabor, destruição dos nutrientes); Processamento Térmico - Variáveis Temperatura inicial do produto (produtos pré-aquecidos encurta o tempo de esterilização); Sistema de aquecimento e resfriamento. Tempo e Temperatura Requeridos pH > 4,5 Temperatura 115° e 125°C pH até 4,5 na ordem dos 100°C Influência da Apertização Infelizmente a aplicação do calor provocará mudanças indesejadas ao alimento (cor, sabor, textura e valor energético). As proteínas poderão ser desnaturadas, ao passo que os hidratos de carbono poderão participar da reação de escurecimento Influência da Apertização Tianina (B1) sensível ao calor e sua perda na apertização convencional poderá ser substancial (50% a 75%) [encontrado tanto em alimentos de origem animal quanto vegetal. Sua manutenção é feita por meio da ingestão regular de alimentos, como legumes verdes, frutas, peixes, fígado, carne vermelha (principalmente a carne de porco)]; Riboflavina (B2) apresenta estabilidade ao calor, porém apresenta sensibilidade à luz [encontrada em vegetais folhosos (couve, brócolis, espinafre, repolho, agrião, entre outros), ovos, carne, semente de girassol, ervilha] Influência da Apertização Ácido ascórbico (vitamina C) é destruído por aquecimento e baixas temperaturas a longo tempo. De modo geral altas temperaturas com tempos curtos alteram menos as vitaminas hidrossolúveis. A Vitamina A: relativamente estável ao calor, no entanto aquecimento na presença de O2 ocasionam perdas apreciáveis. Na ausência de ar, tratamento a 116°C tem pouco efeito sobre a Vitamina A. Influência da Apertização A Vitamina D: tem se mostrado relativamente estável ao calor e resistente a oxidação. No entanto a soma de calor e O2 causam sua degradação. Vitamina E: é estável ao calor na ausência de O2 e rapidamente destruída na sua presença. Vitamina K é bem resistente ao tratamento térmico. Estudo Produto Analisado Dobrada com Feijão, Feijoada à Transmontana, Chispalhada, Sopa da Pedra e Chouriço com Feijão Perfis de temperatura testados Processo Taxa de aquecimento Tempo Temperatura A 7,3°C/Minutos durante 14’ 45 minutos 121°C B 6,57°C/Minuto durante 9’ 30 minutos 123°C C 11,5°C/Minuto durante 8’ 40 minutos 123°C D 8°C/Minuto durante 13’ 45 minutos 123°C A produção da Dobrada com Feijão em lata é efetuada na empresa D’Avó que está localizada na zona industrial do Bombarral. O produto Dobrada com Feijão é composto por: Feijão branco (36%), água de cozedura, dobrada de vaca (18%), chouriço de carne (2,4%), chouriço mouro (2,4%), cenoura (2,4%), amido de milho, tomate, cebola, sal e especiarias. Fábrica Perfil de temperatura e variação de pressão durante os diferentes processos de esterilização (A, B, C e D) Perfil de temperatura e variação de pressão durante os diferentes processos de esterilização (A, B, C e D) Teste bioindicadores de esterilização Teor de proteína Método de Kjeldahl De cada processo foi retirada uma lata de amostra e realizadas 6 análises em cada amostra (4 latas de Dobrada com Feijão x 6 análises = 24 análises). Análise sensorial 9 provadores treinados, Prova discriminativa triangular, um exemplar de cada processo C e D (uma vez terem sido estes que demostraram segurança alimentar) cada prato foi dividido em três partes iguais e em cada parte foi colocada uma amostra (2 amostras do processo D e uma do processo C) Pergunta: “ tem à sua frente três amostras de Dobrada com feijão D’Avó. Duas delas são da mesma esterilizações iguais e uma é de esterilização diferente das outras duas. Prove e selecione a amostra diferente” Análise sensorial Bibliografia ALMEIDA, A.S. Validação do Processo de Esterilização de Refeições Prontas a Comer Enlatadas. Leiria. 2012 FRIJA, A.M. Alterações nutricionais, organolépticas e de textura dos produtos hortícolas. Lisboa, 2012 GAVA, A.J. PRINCÍPIOS DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS: 1. ed. São Paulo: Nobel, 1998.
Compartilhar