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1 UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA FACULDADE DE NUTRIÇÃO ANÁLISES DE COMPOSIÇÃO QUÍMICA DE ALIMENTOS PROFESSORA: PATRICIA DOS SANTOS SOUZA TÉCNICA RESPONSÁVEL: CAMILA Rio de Janeiro 2019/1 2 SUMÁRIO Material Básico de Laboratório ........................................................................................ 3 Anotações Preliminares .................................................................................................... 8 Determinação de Umidade ............................................................................................... 9 Determinação de Resíduo Mineral Fixo (RMF) ou Fração Cinza ................................... 11 Lipídios ou Extrato Etéreo (E.E) – Extração direta em Soxhlet ........................... 14 Determinação de Proteína (Nitrogênio Total) – Método de Kjeldahl .............................. 16 Determinação dos Glicídios ou Fração NIFEXT.............................................................. 20 Determinação Valor Energético Total ............................................................................. 21 Determinação de % do Valor Diário (%VD) ................................................................... 22 Elaboração da Informação Nutricional ........................................................................... 23 Referência Bibliográfica .................................................................................................. 24 TURMA: _____________________ COMPONENTES DO GRUPO: 3 MATERIAL BÁSICO DE LABORATÓRIO Balão de fundo chato Utilizado como recipiente para conter líquido ou soluções, ou mesmo, fazer reações com desprendimento de gases. Pode ser aquecido sobre o tripé com tela de amianto. Balão de fundo redondo Utilizado principalmente em sistemas de refluxo e evaporação a vácuo, acoplado a um rotaevaporador. Balão volumétrico Possui volume definido e é utilizado para o preparo de soluções com precisão em laboratório Béquer É de uso geral em laboratório. Serve para fazer reações entre soluções, dissolver substâncias sólidas, efetuar reações de precipitação e aquecer líquidos. Pode ser aquecido sobre a tela de amianto. Erlenmeyer Utilizado em titulações, aquecimento de líquidos e para dissolver substâncias e proceder reações entre soluções. Seu diferencial em relação ao béquer é que este permite agitação manual, devido ao seu afunilamento, sem que haja risco de perda do material agitado. Kitassato Utilizado em conjunto com o funil de Büchner em filtrações a vácuo Tubo de ensaio Empregado para fazer reações em pequena escala, principalmente em testes de reação em geral. Pode ser aquecido com movimentos circulares e com cuidado diretamente sob a chama do bico de bunsen. 4 Proveta ou cilindro graduado Serve para medir e transferir volumes variáveis de líquidos em grandes quantidades se necessário. Pode ser encontrada em volumes de 25 até 1000mL. Não pode ser aquecida. Bureta com torneira de vidro É um tubo de vidro graduado com uma torneira num dos extremos conduzindo a um tubo de saída mais fino. É empregada especificamente nas titulações. Pipeta graduada Utilizada para medir pequenos volumes. Mede volumes variáveis. Não pode ser aquecida e não apresenta precisão na medida. Pipeta volumétrica Usada para medir e transferir volume de líquidos, não podendo ser aquecida, pois possui grande precisão de medida. Medem um único volume, o que caracteriza sua precisão. Pissete ou Frasco lavador Usada para lavagens de materiais ou recipientes através de jatos de água, álcool ou outros solventes. Dessecador Usado para guardar substâncias em atmosfera com baixo índice de umidade. 5 Condensador É empregado nos processos de destilação. Sua finalidade é condensar os vapores do líquido. É refrigerado a água. Funil de separação Utilizado na separação de líquidos não miscíveis e na extração líquido/líquido. Funil de haste longa Usado na filtração e para retenção de partículas sólidas. Não deve ser aquecido. Pinça metálica Usada para manipular objetos aquecidos. Pinça de madeira Usada para prender o tubo de ensaio durante o aquecimento. Garra de condensador Usada para prender o condensador à haste do suporte ou outras peças como balões, erlenmeyers etc. Bico de Bunsen É a fonte de aquecimento mais utilizada em laboratório. Mas atualmente tem sido substituído pelas mantas e chapas de aquecimento. Deve-se evitar seu uso quando utilizamos substâncias inflamáveis dentro do recipiente que se quer aquecer. 6 Balança analítica É um instrumento que tem uma grande sensibilidade de pesagem, algumas chegam a 0,0001 gramas. Estante para tubo de ensaio É usada para suporte dos tubos de ensaio. Suporte universal Utilizado em operações como: Filtração, Suporte para Condensador, Bureta, Sistemas de Destilação etc. Serve também para sustentar peças em geral. Tripé Sustentáculo para efetuar aquecimentos de soluções em vidrarias diversas de laboratório. É utilizado em conjunto com a tela de amianto. Cadinho Peça geralmente de porcelana cuja utilidade é aquecer substâncias a seco, podendo fundi-las, e com grande intensidade de calor (acima de 500°C), por isto pode ser levado diretamente ao bico de bunsen. Pode ser feito de ferro, chumbo, platina e porcelana. Cápsula de porcelana Peça de porcelana usada para evaporar líquidos das soluções e na secagem de substâncias. Podem ser utilizadas em estufas desde que se respeite o limite de no máx. 500°C Vidro de relógio Peça de Vidro de forma côncava, é usada em análises e evaporações em pequena escala, além de auxiliar na pesagem de substâncias não voláteis e não higroscópicas. Não pode ser aquecida diretamente. 7 Tela de amianto Suporte para as peças a serem aquecidas. A função do amianto é distribuir uniformemente o calor recebido pelo bico de bunsen. Atualmente está sendo proibida sua comercialização, por ser o amianto cancerígeno. Anel ou Argola Usado como suporte do funil na filtração. Almofariz ou Gral com pistilo Usado na trituração e pulverização de sólidos em pequena escala. Mufla É um tipo de estufa que permite calcinar materiais. Estufa Aparelho elétrico utilizado para dessecação ou secagem de substâncias sólidas, evaporações lentas de líquidos, etc. Capela Local fechado, dotado de um exaustor, onde se manipulam solventes e reagentes tóxicos e se realizam as reações que liberam gases tóxicos. 8 DETERMINAÇÕES ANALÍTICAS OBSERVAR DENTRO DAS TÉCNICAS DE AMOSTRAGEM O MELHOR PROCEDIMENTO A SER ADOTADO PARA O PREPARO DAS AMOSTRAS PARA AS ANÁLISES. A quantidade de amostra que não for utilizada de imediato deve ser armazenada de forma correta até a próxima análise. ROTEIRO DAS AULAS PRÁTICASTAREFA 1 - DATA DA AULA: ___/___/____ ANOTAÇÕES PRELIMINARES Nesta primeira aula prática, cada grupo deverá escolher a amostra que será analisada, e extrair dela todas as informações declaradas no rótulo do alimento a ser analisado. Como por exemplo: informações nutricionais, ingredientes, data de validade, lote, fabricante e qualquer outro detalhe que caracterize o produto. Amostra: _____________________________ Grupo: _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________ Informações sobre a amostra: _______________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________ 9 TAREFA 2 - DATA DA AULA: ___/___/____ DETERMINAÇÃO DE UMIDADE Definição: Umidade é a água contida nos alimentos. Fundamento: A umidade corresponde a perda de peso sofrida pela amostra, quando aquecido em condições nas quais a água é removida, bem como outras substâncias que sejam voláteis nessas condições; por isto usa-se a terminologia “voláteis a 105ºC”, quando a umidade é determinada pelo aquecimento direto da amostra em estufas reguladas a 105ºC, o que é o mais usual. Materiais Cápsula de porcelana Pinça Balança analítica Banho-maria (se necessário) Estufa regulada a 105°C Dessecador com sílica gel Técnica: 0. Lavar uma cápsula de porcelana, passar água destilada, codificar e colocar em estufa por pelo menos 1 hora. 1. Colocar, com auxílio de pinça, em dessecador e manter por pelo menos 20 minutos para esfriar. 2. Pesar (tarar) a cápsula. Tomar nota do peso. 3. Pesar exatamente de 3 a 5 g de amostra. Tomar nota do peso. 4. Colocar em estufa a 105ºC por 2 horas, passar para o dessecador e manter por pelo menos 20 minutos. 5. Pesar a cápsula com a amostra dessecada. Tomar nota do peso. 6. Retornar a cápsula para a estufa e repetir os itens 5 e 6 até alcançar peso constante de cápsula + amostra dessecada. 7. Para a realização de cálculo utiliza a menor pesagem de cápsula + amostra dessecada. 8. Para expressar o resultado tirar a média de pelo menos três tomadas de ensaio. Dados: Peso de cápsula + amostra dessecada 1ª pesagem: _________ _______g 2ª pesagem: ________________ g 3ª pesagem: ________________ g 10 1ª tomada de ensaio: Código da cápsula: ___________ Peso de cápsula: ____________g Peso da cápsula + amostra integral: ___________________________g Peso de amostra: ____________g Peso de cápsula +amostra dessecada: ___________________________g Teor de Umidade: ___________% Cálculos: Pi– Pf x 100 = Umidade ou Substâncias voláteis a 105°C por cento m/m Pi Pi = Peso inicial Pf = Peso final Lembrando: Umidade = Peso Amostra – (Peso da amostra dessecada - Peso do cápsula ) Resultado: Teor Médio de Umidade: _________ % 11 TAREFA 3 - DATA DA AULA: ___/___/____ DETERMINAÇÃO DE RESÍDUO MINERAL FIXO (RMF) OU FRAÇÃO CINZA Definição: A fração cinza de um alimento é um termo analítico que representa os constituintes minerais (inorgânicos) do alimento. Fundamento: Baseia-se na reação de combustão, na qual são destruídas todas as substâncias orgânicas. A reação que ocorre na calcinação é a combinação do carbono com O2, volatilizando-se sob a forma de gás carbônico (CO2). O resíduo obtido após calcinação é determinado gravimetricamente e representa a fração inorgânica dos alimentos. Materiais Balança analítica Mufla regulada a 550°C Banho-maria Bico de Bunsen Cadinho de porcelana com tampa Tripé de ferro Triângulo de porcelana Dessecador com sílica gel Técnica: 0. Lavar um cadinho de porcelana, passar água destilada, codificar e calcinar em forno-mufla regulado a 500-550ºC por pelo menos 2 horas. 1. Desligar a mufla e deixar a temperatura baixar até 150ºC. 2. Colocar, com auxílio de pinça, em dessecador e manter por pelo menos 20 minutos para esfriar. 3. Pesar (tarar) o cadinho. Tomar nota do peso. 4. Pesar exatamente de 1 a 3 g de amostra. 5. Observar o tipo de amostra já que os procedimentos serão diferentes: 6.1)Se a amostra for dessecada: colocar na mufla regulada a 500-550ºC, ligar e manter o cadinho + amostra até que não haja mais pontos pretos no resíduo calcinado. 6.2)Se a amostra for integral: colocar previamente em estufa a 105ºC por pelo menos três horas e depois colocar na mufla regulada a 500-550ºC, ligar e manter o cadinho + amostra até que não haja mais pontos pretos no resíduo calcinado. 7. Desligar a mufla e deixar a temperatura baixar até 150ºC. 8. Colocar, com auxílio de pinça, em dessecador e manter por pelo menos 20 minutos. 9. Pesar cadinho + resíduo mineral fixo. 10. Para expressar o resultado tirar a média do teor calculado de pelo menos três tomadas de ensaio. 12 Dados: 1ª tomada de ensaio: Código do cadinho: _____ Peso de cadinho: ______________g Peso de amostra*: _____________g Peso de cadinho + RMF: ____________g Teor de Resíduo Mineral Fixo: _________% em amostra dessecada Teor de Resíduo Mineral Fixo: _________% em amostra integral 2ª tomada de ensaio: Código do cadinho: _____ Peso de cadinho: ______________g Peso de amostra*: _____________g Peso de cadinho + RMF: ____________g Teor de Resíduo Mineral Fixo: _________% em amostra dessecada Teor de Resíduo Mineral Fixo: _________% em amostra integral Cálculos: 100 x N = Cinzas por cento m/m P N = g de RMF P = g de amostra Se a amostra ensaiada for integral: - Cálculo para expressar em 100 g de amostra dessecada: 100 g de amostra integral --------------------- X g de RMF, pode-se afirmar que: (100 - % Umidade) amostra dessecada ---------------X g de RMF 100 g amostra dessecada ------------------------------Y Y= g de RMF/ 100 g de amostra dessecada Se a amostra ensaiada for dessecada: - Cálculo para expressar em 100 g de amostra integral: Peso da amostra seca (g) _________________ RMF (g) (100 – % Umidade) de amostra dessecada_________________ x X= g/ 100 g de amostra integral (A) (A): 100 g de amostra integral contém (100 - % U) de amostra dessecada g amostra = (Peso cadinho + amostra) - Peso cadinho g RMF = (Peso cadinho + RMF) - Peso cadinho 13 Resultados:Teor Médio de Resíduo Mineral Fixo: _________ % (amostra dessecada) Teor Médio de Resíduo Mineral Fixo: _________ % (em amostra integral) 14 TAREFA 4 - DATA DA AULA: ___/___/____ LIPÍDIOS OU EXTRATO ETÉREO – EXTRAÇÃO DIRETA EM SOXHLET Definição: Os lipídios podem ser definidos com um conjunto de substâncias químicas com alta solubilidade em solventes orgânicos (éter etílico, acetona, clorofórmio, éter de petróleo) e baixa solubilidade em água. Exercem função de auxiliar na absorção e transporte de substâncias, é componente das membranas celulares, fornece uma alta concentração energética (9 Kcal por grama), melhora a palatibilidade dos alimentos, entre outras funções . Método: Soxhlet (Extrato Etéreo – E.E.) e seu fundamento: Este método é baseado na propriedade de solubilidade dos lipídeos em éter. Através de aparelhagem adequada, onde se procede uma extração contínua e intermitente com solvente (éter etílico ou éter de petróleo) e, ao final da extração evapora-se (recupera-se) o solvente e determina-se a fração extrato etéreo por gravimetria. Material: Amostra Cartucho de extração Algodão desengordurado Aparelho de Soxhlet com aquecimento elétrico Balão de 250ml Estufa a 105ºC Espátula Pinça de segurança Dessecador com cloreto de cálcio anidro 1)Técnica Soxhlet : 1. Esta análise é sempre realizada com amostra dessecada. No preparo de amostras que não foram submetidas à secagem para conservação, há necessidade de retirar a água da amostra, para isso pese cerca de 5 g de amostra em cápsula de porcelana e proceda a secagem usando a técnica de determinação de umidade. Transfira a amostra para um cartucho de Soxhlet, retirando todo o material com auxílio de um algodão embebido no solvente (éter). 2. Pesar em torno de 2 g de amostra dessecada (no caso das amostras que utilizaram a secagem como método de conservação), transferir para cartucho de Soxhlet e tampar com algodão desengordurado. 3. Preparar um balão vazio de Soxhlet de capacidade de 250mL-300mL, lavando-o com água e detergente, água destilada e deixando secar em estufa por pelo menos 1 hora. 4. Transferir para um dessecador e deixar esfriar por pelo menos 20 minutos. Pesar o balão vazio e anotar o peso. 5. Acoplar o extrator de Soxhlet ao balão e, transferir para o extrator o cartucho com a amostra pesada. Adicionar o solvente éter através do extrator até 2/3 da capacidade do balão. 6. Acoplar o conjunto balão + extrator no condensador do aparelho de Soxlet. Ligar o aparelho e a água circulante. 7. Extrair por pelo menos 6 horas, verificando constantemente a refrigeração do reservatório, para manter a água circulante gelada e evitar evaporação do solvente durante a extração. 15 8. Após a extração, retirar o conjunto balão + extrator do aparelho, retirar o cartucho com a amostra, e retornar o conjunto balão + extrator para o aparelho a fim de se proceder a recuperação do solvente. 9. Após a recuperação do solvente, desacoplar o extrator, e aquecer o balão até que se evapore todo o solvente. 10. Secar o balão com o extrato etéreo por 1 hora em estufa a 105ºC. 11. Esfriar em dessecador por pelo menos 20 minutos. 12. Pesar o balão com o resíduo do extrato etéreo. Tomar nota do peso. Observação: toda a manipulação do material pesado (balão de Soxhlet e cartucho com a amostra) deverá ser realizada com pinça metálica e, evitar sua manipulação com as mãos para evitar erros de análise. Dados: 1ª tomada de ensaio: Código do balão: _____ Peso de balão vazio: _________________g Peso de amostra*: _________________g Peso de balão + E.E.:_________________g Teor de Extrato Etéreo: ____________% em amostra integral Extrato etéreo(E.E.) = [( Peso balão + E. E ) - Peso balão ] Pesar balão com lipídeo. %g Lipídeo = N x 100 P N = gramas de lipídeos P = gramas de amostra 16 TAREFA 5 - DATA DA AULA: ___/___/____ DETERMINAÇÃO DE PROTEÍNA (NITROGÊNIO TOTAL) – MÉTODO DE KJELDAHL Definição: As proteínas são os maiores constituintes de toda a célula viva, e cada uma delas, de acordo com sua estrutura molecular, tem uma função biológica associada às atividades vitais. Método: Baseia-se na determinação de nitrogênio orgânico total após digestão da amostra com ácido sulfúrico e posterior destilação do nitrogênio amoniacal que é então retido sob a forma de sulfato de amônio. Todos os métodos adotados para determinar a fração protéica dos alimentos, encontram-se baseados na dosagem quantitativa do nitrogênio, elemento químico fundamental a composição elementar das proteínas. Portanto, é necessário que se faça a conversão do nitrogênio proteico em proteína e para isso são utilizados fatores, conforme o alimento analisado. No entanto, o fator universal é de 6,25. OBS: Fatores de conversão: OBS: Para cálculo das proteínas a partir do nitrogênio total utilizamos os fatores de conversão da FAO/73 (Greenfield & Southgate, 1992): Fator geral : 6,25 (16% de Nitrogênio) Oleaginosas: Castanha do Pará - 5,46; outras - 5,30. Produtos vegetais: Trigo: inteiro - 5,83, farelo - 6,31, embrião - Produtos animais: 5,80, endosperma - 5,70; Carnes e peixes - 6,25; Arroz e farinha de arroz - 5,95; Gelatina - 5,55; Centeio e farinha de centeio - 5,83; Leite e derivados - 6,38; Cevada e farinha de cevada - 5,83; Caseína - 6,40; Aveia - 5,83; Leite humano - 6,37; Milho - 6,25; Ovo: inteiro - 6,25, Feijões - 6,25; Albumina - 6,32 Soja - 5,71. Vitelina - 6,12. Esse método determina o teor de Nitrogênio de origem orgânica. Baseia-se na ação do H2SO4 sobre um material orgânico onde o carbono é eliminado sob a forma de CO2, o hidrogênio sob a forma de água, e o nitrogênio é transformado em NH3 e fixado sob a forma de um sal amoniacal (NH4) 2SO4. No catalisador, o cobre atua como oxidante e o sulfato de potássio eleva o ponto de ebulição do ácido sulfúrico. Na destilação, o NaOH concentrado libera a amônia, que é destilada e recebida em uma solução de ácido sulfúrico 0,1N contendo indicador de pH adequado, e posteriormente titulado com solução alcalina de mesma 17 concentração. As reações químicas que ocorrem durante o processo da determinação dos compostos nitrogenados podem ser assim resumidas: Digestão: Durante a fase de digestão, coloca-se no tubo de Kjeldahl a amostra embrulhada, juntamente com a mistura digestora e o H2SO4 concentrado. Faz-se o aquecimento a gás ou em chapa elétrica; provavelmente as seguintes reações são observadas: H2SO4/catalisador Matéria orgânica SO2 + CO2 + H2O + R-NH2 H2SO4 R-NH2 + H2O 2NH3 + H2SO4 (NH4)2SO4 Destilação: Pode ser feita por aquecimento direto ou por arraste a vapor, sendo preferível o último. O sulfato de amônio é tratado com NaOH 40% em excesso, ocorrendo a liberação da amônia. A amônia desprendida é então recebida em um erlenmeyer contendo ácido bórico com indicador, (vermelho de metila + verde de bromocresol) (NH4)2SO4 + 2NaOH 2NH4OH + Na2SO4 NH4OH NH3 + H2O NH3 + H3BO3 NH4H2BO3 Titulação: O borato de amônia é titulado com uma solução-padrão ácida 0,1N com fator conhecido, até a viragem do indicador. NH4H2BO3 + HCL H3BO3 + NH4Cl É necessário que se faça a conversão do nitrogênio proteico em proteína e para isso são utilizados fatores, conforme o alimento analisado. No entanto, o fator universal é de 6,25. 3.2. Materiais Digestor Destilador de nitrogênio Balança analítica Tubos de Kjeldahl Bureta de 25 ml ou 50 mL Bastão de vidro Papel Pipeta volumétrica de 25mL Béquer de 25 mL Erlenmeyer de 250 mL Pérolas de vidro Proveta de 50 Ml 18 3.3. Reagentes Mistura catalítica: Sulfato de potássio (K2SO4) p.a., sulfato de sódio anidro (Na2SO4) p.a. ou bissulfato de potássio (KHSO4) p.a. Sulfato de cobre pentahidratado (CuSO4.5H2O) p.a.; na proporção de 10:1 (usar 2g). Ácido sulfúrico Pa. – 5 mL Ácido Clorídrico 0,1N Hidróxido de sódio 40% - 20 mL Ácido bórico 3% - 5 mL Fenolftaleína 1% Indicador misto verde de bromocresol e vermelho de metila 3.4. Procedimentos: 1. Pesar em papel de seda uma quantidade de amostra que contenha de 0,7 mg a 1,4 mg de Nitrogênio. Dobrar o papel e colocar no tubo de digestão. 2. Pesar 0,5 g de mistura catalítica (sulfato de cobre + sulfato de potássio) em papel de seda, dobrar o papel e colocar no tubo de digestão. 3. Adicionar, cuidadosamente, 3 mL de ácido sulfúrico concentrado. 4. Levar o tubo para o bloco digestor, ligar a capela de exaustão, iniciar a digestão a temperatura de 80ºC e aumentar gradativamente até 450º C. Manter os tubos no bloco até que o material digerido esteja claro (cerca de 4 horas à temperatura de 450º C). 5. Esfriar o tubo, adicionar cuidadosamente 5 mL de água destilada, esfriando o tubo externamente, pois a reação entre o ácido e a água é exotérmica. 6. Acoplar o tubo no aparelho de destilação por arraste de vapor (semi-micro Kjeldahl), previamente aquecido. 7. Em erlenmeyer, adicionar 10 mL de ácido bórico a 4% e 2 gotas de indicador vermelho de metila + verde de bromocresol e colocar na base receptora, abaixo do condensador do aparelho. 8. No funil do aparelho, adicionar NaOH 40%, gotejando lentamente até que o material digerido do tubo fique de cor preta. 9. Aguardar a viragem do indicador (de vermelho para verde) contido no erlenmeyer e, destilar durante 5 minutos. 10. Retirar o tubo com o material digerido do aparelho e substituir com um tubo com 2 mL de água destilada. Destilar por mais 5 minutos. 11. Retirar o erlenmeyer do destilador, lavar a borda do condensador. 12. Preparar uma bureta com H2SO4 0,01N padronizado (com fator de correção conhecido). 13. Titular até a viragem do indicador (de verde para coloração rósea). Tomar nota do volume gasto. 3.5. Cálculos usando HCl 0,1M % de nitrogênio total = V x N x fc x 0,014 x 100 P Onde: V = Volume gasto de ácido na titulação N = normalidade do ácido fc = fator de conversão do ácido P = n° de g da amostra g% proteína = g% nitrogênio x FP OBS: FP = fator para nitrogênio proteico (6,25 ou de acordo com amostra) 19 Resultados: 20 TAREFA 6 - DATA DA AULA: ___/___/____ DETERMINAÇÃO DOS GLÍCIDIOS OU FRAÇÃO NIFEXT Definição: Hidrato de carbono, cuja fórmula é representada por Cx(H2O)y. Segundo a sua estrutura, os carboidratos podem ser classificados em monossacarídeos (glicose, frutose, galactose), dissacarídeos (sacarose, lactose e maltose) e polissacarídeos (glicogênio, celulose e amido). São fontes primárias de energia e fornecerem 4 Kcal por grama consumida. Método: NIFEXT (Nitrogen Free Extract): É um valor calculado pela diferença entre 100 e as demais frações da composição centesimal (Umidade, Cinzas, Lipídios, Proteínas e Fibra.). Sendo um valor calculado em função das demais determinações, recaem nesta fração todas as diferenças subestimadas ou superestimadas nas demais frações. Cálculos: ∑= %UMIDADE + %CINZA + %LIPÍDIOS + %PROTEÍNA + %FIBRA %NIFEXT = 100 - ∑ Resultado: Teor de Carboidrato: _________ % (em amostra integral) 21 TAREFA 7 - DATA DA AULA: ___/___/____ DETERMINAÇÃO VALOR ENERGÉTICO TOTAL Definição: É a energia produzida pelo organismo proveniente dos macronutrientes: carboidratos, proteínas e lipídios. Valor expresso em Kcal ou Kj. Cálculo: 1 g proteína = 4 Kcal ou 17 kJ 1 g lipídio = 9 Kcal ou 37 kJ 1 g glicídio = 4 Kcal ou 17 kJ VET = _____________________ Kcal VET = _____________________KJ 22 TAREFA 8 - DATA DA AULA: ___/___/____ DETERMINAÇÃO DE % DO VALOR DIÁRIO (%VD) Definição: É o percentual que a porção do alimento corresponde ao Valor Diário utilizado como referência para a rotulagem. Os valores diários de referência para uma dieta de 2000 kcal, como preconizado pela RDC nº 360/2003 são: - Valor Energético ................................................................... 2000kcal = 8400 kJ - Carboidratos ........................................................................... 300 g - Proteínas ............................................................................. 75 g - Gorduras Totais ...................................................................... 55 g - Gorduras Saturadas .............................................................. 22 g - Fibra Alimentar ....................................................................... 25 g - Sódio .................................................................................... 2400 mg Resultados : 23 ELABORAÇÃO DA INFORMAÇÃO NUTRICIONAL OBRIGATÓRIA Item Quantidade por porção % VD (*) Valores Diários de Referênc ia com base em uma dieta de 2.000 kcal ou 8.400 kJ. ANÁLISE CRITICA A CERCA DA ROTULAGEM NUTRICIONAL 24 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ASSOCIATION OF OFFICIAL ANALYTICAL CHEMISTS. Official methods of analysis of the Association of Official Analytical Chemists. 14 ed. Arlington, USA: Association of Official Analytical Chemists, 1984, 1141p. BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC nº 359, de 23 de dezembro de 2003. Aprova Regulamento Técnico de Porções de Alimentos Embalados para Fins de Rotulagem Nutricional. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 26 dez. 2003, seção 1. ______. Ministério da Agricultura. Secretaria Nacional de Defesa Agropecuária. Laboratório Nacionalde Defesa Animal. Portaria nº1 de 7 de outubro de 1981. Aprova os métodos analíticos oficiais para controle de produtos de origem animal e seus ingredientes. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, p. 19381, 13 out. 1981, seção 1 ______. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC nº 360, de 23 de dezembro de 2003. Aprova o Regulamento Técnico sobre Rotulagem Nutricional de Alimentos Embalados. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 26 dez. 2003, seção 1. CECCHI H.M. Fundamentos teóricos e práticos em análise de alimentos . 2 ed. Campinas: Editora da Unicamp, 2003. INSTITUTO ADOLFO LUTZ. Métodos físico-químicos para análise de alimentos , 4ª ed. Brasília, 2005. SÃO PAULO. Secretaria de Estado de Saúde. Coordenadoria dos Serviços Técnicos Especializados. Instituto Adolfo Lutz. Normas analíticas do Instituto Adolfo Lutz: Métodos químicos e físicos para análise de alimentos . 3 ed. São Paulo: Instituto Adolfo Lutz, 1985, 533p, v.1.
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