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Prática Corporal da Ginástica Seminário de Fundamentos Históricos e Filosóficos da Educação e da Educação Física Alysson Diogenes; Jade Menezes; Rudá Passavante; Yuri Santos. Historicidade das práticas corporais e da ginástica Na Pré-História, a ginástica transparecia através das atividades físicas, como no correr, para caçar e fugir, e no lançar, utilizado na caça. Quanto ao processo de aprendizado, tudo era baseado no “savoir-faire”. A formação do guerreiro, desde o nômade até o aldeão, necessitava dessas exercitações para a manutenção das necessidades do grupo e das aldeias. Fonte 1: https://sandrolucashistoria.blogspot.com/2018/11/predadores-religiao-doencas-emprego Imagem 1: Na Antiguidade Clássica, Platão, através de suas concepções filosóficas, traz à tona a ginástica de caráter militar como formadora do homem, sendo mais utilizada para fins bélicos, pelos espartanos. A Grécia tinha a utilização do exercício como o agente educador, a ginástica promovia o cuidado integral entre corpo e mente. Fonte 2: https://picswe.net/pics/ancient-gymnastics-69 Imagem 2: Enquanto o Oriente, principalmente os hindus, japoneses, chineses e persas, tinham uma utilização das práticas corporais para seu uso terapêutico, religioso e bélico, os romanos utilizavam-se predominantemente do aspecto belicista, ao formar exércitos aliados à exercitação gímnica. Fonte 3: https://sites.google.com/site/historiaeducacaofisica/ conteudos/atividade-fisica-no-periodo-romano-antigo Imagem 3: Com uma imagem predominantemente bélica, na Idade Média, as concepções pedagógicas da ginástica, que eram escassas em seu caráter educativo, tinham como único fim a preparação para guerra, dessa forma, delas a igreja utilizou-se nas Cruzadas. Nesse contexto, pelo fato das práticas gímnicas estarem ligadas, mesmo que indiretamente, aos guerreiros que causaram tantas mortes, essa prática torna-se profana aos olhos de parte da sociedade. Na Idade Moderna, os humanistas traziam uma tendência que tornava a Educação Física parte do contexto da educação. As práticas gímnicas passaram a englobar corridas, esgrima, jogos de bola, equitação, entre outros. (SOARES, 2002) Surgem do Humanismo, duas correntes: o Filantropismo, que tinha por finalidade a tentativa de resgate aos valores classicistas, e o Enciclopedismo, que defendia o papel educador e formador das práticas corporais da Educação Física. No contexto, o trabalho industrial já tomava o tempo de populações, carecendo e impossibilitando-os, dessa forma, de realizar práticas gímnicas. Imagem 4: Fonte 4: https://www.historiadetudo.com/revolucao-industrial As Escolas Européias e a Ginástica no Início da Idade Contemporânea No final do século XVIII, surgem Guts Muths e Amoros Y Ondeano, os criadores da Ginástica moderna, e a partir desse momento, formam-se quatro escolas, todas baseadas em pesquisas da área, e são elas as principais contribuintes para o desenvolvimento da Ginástica no século XIX: Escola Inglesa (1); Escola Alemã (2); Escola Sueca (3); Escola Francesa (4). (PÚBLIO, 2002) 1 - Fundamentalmente contribuem com pesquisas de caráter desportivo. 2 - Produzem estudos que agregam conhecimento para a Ginástica Natural (Muths); Ginástica de Competição (Jahn); Futura Ginástica Rítmica (Bode). 3 - Constroem uma base pedagógica, inserida na Ginástica Lingiana, que mais tarde desenvolveria a Ginástica Sueca. 4 - Trazem uma sistematização de várias concepções filosóficas e pedagógicas. Imagem 5: Fonte 5: https://www.g-geschichte.de/plus/turnvater-jahn/ Movimento Ginástico Europeu O Movimento Ginástico Europeu ocorreu em meio ao século XIX, com a proposta de criar bases fundamentadas para a ginástica moderna, sendo essas, tentativas de afastamento das práticas popularizadas que até então eram consideradas parte dos exercícios gímnicos para algo mais próximo da formação apoiada à construção da disciplina física e moral. (SOARES, 2002) Surgem como integrantes dessa grande ação conjunta, os Movimentos do Centro (que traziam ideais da Alemanha, Suíça e Áustria), do Norte (composto por autores e pesquisadores da Suécia, baseados em suas Escola) e Oeste (ao qual a França estava à frente da laboração). A partir do Movimento, disseminou-se pelo mundo a pedagogia de Muths, desenvolveu-se a Ginástica Lingiana, e, em 1939, foi promovido pela ramificação Oeste, eventos extremamente importantes para a universalização de conhecimentos da ginástica, as Lingiadas. Posteriormente, atrasada pela 2º Guerra Mundial, ocorre a segunda realização do evento, que marcou a concreta internacionalização da teórica gímnica. A partir do Movimento, evoluíram as modalidades de ginástica já existentes, assim como surgiram diversos novos tipos de “fazer-se” ginástica, tendo essas outros objetivos, desde promover a saúde, até promover a consumação de métodos gímnicos, fruto da capitalização de sua prática. A Prática Corporal da Ginástica A definição, atual, de ginástica é muito mais inclusiva de movimentos, chegando a abranger todos os possíveis e inúmeros temas a respeito da movimentação. Essa conceituação mostra o quanto a prática gímnica é ampla, assim como agregadora nos inúmeros aspectos e contextos sociais. Imagem 6: Fonte: https://lossinedad.com/jornadas-de-gimnasio-para-gente-sin-edad/ Contexto das Práticas Gímnicas em Pernambuco A princípio, vale-se dizer que em Pernambuco, a ginástica, como um todo, não é tão bem difundida como na região sul do país, contudo, as concepções a respeito do movimento humano são precárias na questão estrutural em termos de ambientação e divulgação do trabalho da ginástica, porém rica nas inúmeras práticas e ramificações do movimento gímnico. A prática corporal da ginástica é um campo extremamente amplo em todo o mundo, que aborda movimentos fora do cotidiano que estão atrelados a cultura de uma região ou país; é possível notar os aspectos culturais da ginástica nos inúmeros locais que ela é aplicada, sendo possível entreter, preparar e cuidar do corpo. Contextos de Intervenção da Ginástica - Esporte Clubes, associações, academias esportivas, instituições de ensino. - Saúde Academias, clínicas, programas sociais, empresas, instituições de ensino. - Lazer Clubes, associações, academias, instituições de ensino. - Educação Instituições de ensino e ONGs. Referências Bibliográficas PÚBLIO, Nestor Soares. Evolução histórica da ginástica olímpica. São Paulo: Phorte Editora, 1996. SOARES, Carmen Lúcia. Imagens da Educação no Corpo: Estudo a partir da ginástica francesa no século XIX. 2ª Ed. Campinas: Autores Associados, 2002. Fontes das imagens (da parte superior seguindo da direita à esquerda) 1: https://classepolitica.com.br/2017/07/19/salvador-alunas-de-escola-municipal-aprendem-ginastica-ritmica -e-melhoraram-desempenho-escolar/ 2: http://dc.clicrbs.com.br/sc/estilo-de-vida/noticia/2013/05/exercicio-fisico-na-terceira-idade-pilates-melhora -autoestima-do-idoso-4154637.html?pagina=8 3: https://brasil.elpais.com/brasil/2016/08/12/deportes/1471038777_277085.html Fontes das imagens (da parte inferior seguindo da direita à esquerda) 1: https://novonegocio.com.br/ideias-de-negocios/montar-academia/ 2: http://maternalzinhoa.blogspot.com/2011/10/ginastica-ludica-por-meio-da-musica.html 3: http://www2.recife.pe.gov.br/noticias/27/12/2011/academia-da-cidade-do-chie-traz-qualidade-de-vida-par a-comunidade
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